23/11/2010

ALMORRÓIDA ENTUSIASMADA


SIDA: número de infectados diminui 
pela primeira vez desde 1999


O número de doentes infetados pela epidemia de SIDA diminuiu 19 por cento relativamente a 2009, o que acontece pela primeira vez desde 1999, lê-se no documento hoje distribuído pela ONUSIDA.

O documento, denominado “Relatório Global da ONUSIDA - Epidemia de SIDA”, destaca que “desde 1999, ano em que se acredita que a epidemia atingiu, globalmente, o pico, o número de novas infeções diminuiu 19 por cento”.

Ou seja, em 2009 foram registadas 2,6 milhões de pessoas infetadas com HIV, enquanto em 1999 aquele valor foi de 3,1 milhões de pessoas.

O objetivo continua a ser “discriminação zero, zero novas infeções por HIV, e zero mortes relacionadas com a SIDA”, através do acesso universal a medidas eficazes preventivas do HIV, tratamento, cuidados e apoio.

Apesar dos ganhos alcançados, o documento recorda que o “progresso futuro depende fortemente de esforços conjuntos de todos os envolvidos” no combate à epidemia.

O relatório dá ainda como exemplo dos avanços registados o facto de 5,2 milhões de pessoas, das cerca de 15 milhões que necessitam de tratamento antirretroviral, e que vivem em países de rendimento baixo ou intermédio, terem atualmente acesso a essas medidas terapêuticas.

O resultado é a diminuição do número de mortes relacionadas com a SIDA, segundo a ONU.

Face aos esforços continuados de prevenção, o continente africano, desde sempre associado ao aumento continuado dos casos de SIDA, apresenta neste relatório dados encorajadores.

Com efeito, em 33 países considerados para avaliação das políticas de combate à epidemia, entre 2001 e 2009, conclui-se que a incidência diminuiu mais de 25 por cento e, destes, 22 situam-se na África subsaariana.

“As maiores epidemias na África subsaariana – Etiópia, Nigéria, África do Sul, Zâmbia e Zimbabué -, ou estabilizaram ou apresentam sinais evidentes de declínio”, refere o estudo.

Esta tendência é, todavia, invertida em várias regiões e países. Em sete países, cinco dos quais na Europa de Leste e Ásia Central, a incidência do HIV aumentou mais de 25 por cento no mesmo período.

“Parar as infeções, salvar vidas e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com o HIV continuam a estar no centro da resposta global à SIDA. Os sucessos e os desafios contínuos, descritos neste relatório, devem servir de catalisadores para a ação continuada”, sustenta-se no documento.

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23/11/10

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