26/09/2010

JOSÉ MANUEL DURÃO BARROSO

José Manuel Durão Barroso
José Manuel Durão Barroso
Primeiro-ministro de  Portugal
Mandato: 6 de Abril de 2002
a 29 de Junho de 2004
Precedido por: António Guterres
Sucedido por: Pedro Santana Lopes
Presidente da Comissão Europeia
Mandato: 23 de Novembro de 2004
à actualidade
Precedido por: Romano Prodi

Nascimento: 23 de Março de 1956 (54 anos)
Lisboa
Primeira-dama: Margarida Sousa Uva
Partido: PSD
Profissão: Jurista e Professor Universitário
Assinatura: Assinatura de Durão Barroso
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José Manuel Durão Barroso GCC (Lisboa, 23 de Março de 1956) é um político e professor português, actual presidente da Comissão Europeia, cargo que ocupa desde Novembro de 2004. Em Portugal, foi sub-secretário do ministério dos assuntos internos, em 1985, e ministro dos Negócios Estrangeiros em 1992. Entre 2002 e 2004, ocupou o cargo de primeiro-ministro da República Portuguesa. A 23 de Novembro de 2004, Durão Barroso assumiu as funções de Presidente da Comissão Europeia, cargo que irá assumir outra vez em Novembro de 2009, após ter sido reeleito pelo Parlamento Europeu a 16 de Setembro

Formação e início de carreira

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, após o 25 de Abril de 1974, obteve depois o grau de mestre em Ciências Económicas e Sociais, pelo Instituto Europeu da Universidade de Genebra (Institut Européen de l'Université de Genève). Desenvolveu uma carreira académica como Assistente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo passado pelo Departamento de Ciência Política da Universidade de Georgetown (em Washington), onde efectuou trabalho de pesquisa no âmbito do seu nunca concluído doutoramento. De regresso a Lisboa, Durão Barroso foi Professor Auxiliar e director do Departamento de Ciência Política da Universidade Lusíada de Lisboa.
Participou na reunião de Bilderberg de 1994, quando era ministro dos Negócios Estrangeiros do XII Governo Constitucional. Um ano depois estava a candidatar-se à liderança do partido. Perdeu para Fernando Nogueira, mas a sorte acabou por o bafejar, porque Nogueira foi derrotado nas legislativas por António Guterres (num ciclo político muito desfavorável ao PSD). Durão ficou como reserva e tornou-se líder social-democrata em 1999, quando Marcelo Rebelo de Sousa saiu. Apesar de ter perdido as legislativas de 1999 para António Guterres, não se deu por vencido, ficando célebre a sua frase «tenho a certeza que serei primeiro-ministro, só não sei é quando». O seu vaticínio acabou por confirmar-se, tornando-se primeiro-ministro do XV Governo Constitucional em 2002, um governo de coligação PSD-CDS.
Em 2003, voltou a estar presente no clube de Bilderberg, na qualidade de primeiro-ministro. Em meados de 2004 era designado presidente da Comissão Europeia. Voltou a participar na reunião deste ano de 2005 de Bilderberg, que teve lugar na Alemanha, na qualidade de presidente da Comissão. Participou também da última reunião do grupo na Grécia de 14 a 16 de Maio de 2009.

O início da actividade política


Durão Barroso (à esquerda) enquanto primeiro-ministro de Portugal num encontro na Casa Branca com o ex-presidente dos EUAGeorge W. Bush

A sua actividade política teve início nos seus tempos de estudante, antes da Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974. Foi um dos líderes da FEM-L (Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas), as "jotas" do Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP), força política de inspiração maoísta. Em 1980, Durão Barroso aderiu ao Partido Social Democrata, partido do centro-direita português, no qual está filiado até hoje.

Alguns factos marcantes

Santana Lopes, secretário de estado da cultura, falou insistentemente a Cavaco Silva, então primeiro-ministro, do que considerava a extrema inteligência de Durão Barroso e que este merecia um lugar no governo. Cavaco convidou-o para ser sub-secretário de Estado no Ministério de Assuntos Internos, cargo que ocupou de 1985 a 1987. Rapidamente foi nomeado secretário de estado dos Assuntos Externos e Cooperação (1987-1992) e depois ministro dos Negócios Estrangeiros (1992-1995).
Em 1990 ele foi o principal promotor dos acordos de Bicesse, que levaram a um armistício temporário na Guerra Civil de Angola entre MPLA e a UNITA de Jonas Savimbi. Foi também um divulgador no panorama político internacional da causa da independência de Timor-Leste, ex-colónia portuguesa invadida a 7 de Dezembro de 1975 pela Indonésia e considerada por este país como a sua 27ª província.
Em 1993 o World Economic Forum refere-se a Durão Barroso com um dos "Global leaders for tomorrow" e considera-o um "political star".

Governação

Na oposição, Durão Barroso foi eleito deputado por Lisboa à Assembleia da República em 1995 e foi o presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros. Em 1999 foi eleito Presidente do PSD, tendo-se tornado então o líder da oposição.
Nas eleições lesgistivas de 2002 conseguiu com o PSD alcançar uma maioria relativa no Parlamento. Formando uma coligação pós-eleitoral com o CDS-PP alcançou uma maioria absoluta que lhe permitiu formar governo com estabilidade.
A 6 de Abril de 2002, Durão Barroso tornou-se primeiro-ministro de Portugal. Como primeiro-ministro destacou-se pela política de contenção da despesa pública (tendo como Ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite) e pelo apoio à invasão do Iraque em 2003, uma decisão que, de acordo com as sondagens, era contrária à opinião da grande maioria dos portugueses.

A mudança para Bruxelas

A 29 de Junho de 2004, Barroso anunciou a sua demissão, para assumir o cargo de presidente da Comissão Europeia, remodelada e com mais poderes, sucedendo neste cargo a Romano Prodi, depois de o seu governo ter, durante bastante tempo, apoiado António Vitorino (socialista, da oposição) como candidato português para este cargo. Esta escolha foi feita por unanimidade pelos executivos dos 25 estados-membros da União nessa data, após uma reunião extraordinária do Conselho Europeu.
O Parlamento Europeu deu o seu aval a esta nomeação em 22 de julho de 2004, com 413 votos em 711 (251 contra e 44 abstenções, 3 nulos)[3]. Deveria ser conduzido no cargo a 1 de Novembro de 2004, para um mandato de cinco anos. No entanto, devido a não ter conseguido reunir os apoio necessários junto do Parlamento Europeu para a aprovação da lista de comissários, a 27 de Outubro23 de Novembro a sua equipa comissarial foi aprovada pelo Parlamento Europeu. de 2004, Durão Barroso pediu que a votação fosse adiada para data posterior. Finalmente, a

A primeira Comissão Barroso

A Comissão deveria ter entrado em funções no dia 1 de Novembro de 2004 mas, devido à oposição do Parlamento Europeu quanto à escolha de alguns comissários, Barroso viu-se obrigado a esperar. O nome de Rocco Buttiglione para Vice-Presidente e Comissário para a Justiça, Liberdade e Segurança foi trocado pelo de Franco Frattini; Ingrida Udre, que foi proposta pela Letónia para a Fiscalidade e união alfendegária foi substituída pelo húngaro László Kovács que tinha sido originariamente proposto para a Energia.
Tido como próximo do liberalismo económico, foi muito criticado por parte da imprensa europeia de esquerda[4]. Teve de afrontar em 2005 o «não» à Constituição Europeia de franceses e neerlandeses, que se expressaram em referendo[5]. Declara pouco depois destes votos negativos que não está pessimista e acredita no futuro da União[6] e continua a sua política de aproximação da Europa em relação aos cidadãos.
Apoiou a proposta de Nicolas Sarkozy de fazer um tratado modificado (Tratado de Lisboa) mas recusa a designação de tratado simplificado.


WIKIPÉDIA

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