28/09/2010

ALMORRÓIDAS NA INTERMET


Internet: portugueses têm atitude colonizadora 
no Second Life - investigador

Os portugueses têm uma atitude colonizadora na plataforma Second Life, um espaço virtual para o qual transportam símbolos nacionais, defende o investigador Paulo Frias, professor no curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto.

"A maioria dos portugueses que utiliza a plataforma, transporta para dentro do mundo virtual uma simbologia - edifícios, objetos - que reproduz um discurso oficial, um discurso histórico", declarou à agência Lusa o docente, que esta segunda feira defendeu uma tese de doutoramento sobre o tema.

"Novos Colonos - Comunicação, Representação e Apropriação do Espaço em Mundos Virtuais Online - A Comunidade Portuguesa em Second Life" foi a dissertação defendida na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

De acordo com Paulo Frias, os portugueses "têm uma tendência para simular - numa plataforma que está vazia e onde podiam construir qualquer coisa - elementos simbólicos da sua nacionalidade, como o Terreiro do Paço, o Colégio Militar ou a Torre de Belém".

O investigador, que estudou a presença portuguesa na plataforma durante três anos, considera que esta atitude "induz um certo conforto e constrói símbolos de poder", mas também cria um ambiente "de alguma exclusividade, que afasta aqueles que não se identificarem" com esta atitude.

Mediante a sua investigação, Paulo Frias, que já utilizava a plataforma para fins curriculares, concluiu que, dos cerca de 6000 portugueses ativos na plataforma no primeiro trimestre deste ano, "65 por cento tinham entre 35 e 49 anos, 24 por cento entre 18 e 34 anos e 11 por cento mais de 50 anos".

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28/09/10

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