12/07/2010

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Urgências perdem médicos

Cerca de 500 clínicos gerais vão deixar as Urgências dos hospitais públicos e vão trabalhar como médicos de família nos centros de saúde. O anúncio, feito há dias pela ministra da Saúde, Ana Jorge, na audição na Comissão Parlamentar de Saúde, é criticado pelos colegas dos centros de saúde que têm a especialidade em Medicina Geral e Familiar, ao contrário dos outros.
"O grupo de profissionais sem a especialidade de Medicina Geral e Familiar poderá fazer essa formação, um upgrade que dará equivalência para integrar as Unidades de Saúde Familiares", explicou a ministra.
Esses médicos poderão vir a integrar os centros de saúde mais carenciados do País, localizados nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém, onde faltam cerca de 200 profissionais.
"CORREIO DA MANHÃ"

Testes obrigam banca a angariar 100 mil milhões

Os testes de "stress" à banca da Europa deverão obrigar a aumentos de capital num valor próximo dos 100 mil milhões de euros. A estimativa é do Deutsche Bank, que acredita que a maioria das instituições irá ser aprovada neste exame. Os resultados só serão revelados pela Comissão dos Supervisores da Banca Europeia (CEBS) no final da próxima semana.
"Realizámos os nossos próprios testes de 'stress' e achamos que a maioria dos bancos europeus será capaz de superar a fasquia de 6% no rácio 'Tier I', com a excepção do National Bank of Greece e o Allied Irish Bank", refere o Deutsche Bank. Deste teste fizeram parte apenas 48 de um total de 91 bancos - entre eles quatro portugueses - que serão "examinados" pela CEBS.
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Médio-defensivo é reforço prioritário

SAD PROCURA SOLUÇÃO PARA POSIÇÃO MAIS RECUADA DO MEIO-CAMPO
Depois de ter assegurado a contratação do extremo chileno, Jaime Valdés, o Sporting concentra-se agora na aquisição de um médio que possa atuar na posição mais recuada do meio-campo. Ainda sem poder contar com Miguel Veloso e Pedro Mendes - que regressam no dia 16 de férias, depois de terem representado Portugal no Mundial da África do Sul -, o treinador leonino tem feito algumas adaptações durante o estágio de pré-temporada, em Evian-les-Bains.
Nuno André Coelho e Daniel Carriço são alguns dos exemplos, mas a intensidade dos trabalhos de pré-época, juntamente com o pouco tempo de repouso entre os vários jogos de preparação, têm limitado a gestão do plantel: "É inquestionável que precisamos de mais jogadores para ocupar o meio-campo, dai a dificuldade em gerir os jogos seguidos que marcamos para a pré-temporada. Temos o Pedro Mendes e o Miguel Veloso e eventualmente uma contratação que tarda em chegar", referiu o técnico lisboeta, após o empate com o Nice.
"RECORD"

Processos sem castigo por divisões entre juízes e MP

Há casos que nem chegam a julgamento e outros que ficam sem condenações. Maria José Morgado considera que o crime sofisticado exige outra forma de avaliação das provas. O juiz Rui Rangel critica as investigações
Carmona Rodrigues foi acusado, pronunciado por um juiz, e pelo caminho perdeu o apoio político do PSD para se candidatar à Câmara de Lisboa devido às suspeitas sobre o caso da permuta de terrenos com a Bragaparques. Chegou ao dia do julgamento e um colectivo de juízes nem deu início ao mesmo, considerando não existir qualquer crime neste processo. Dirigentes da arbitragem foram acusados de viciarem as classificações dos árbitros na Federação Portuguesa de Futebol ("Apito Dourado"). Em julgamento, foram todos absolvidos. Doze jovens que, segundo o Ministério Público, tinham como modo de vida assaltar caixas multibanco foram, em julgamento, todos absolvidos.
Estes são apenas três casos (ver descrição nos relacionados) em que houve um forte investimento por parte da investigação (Ministério Público e polícias), mas que, no momento da verdade, o julgamento, tudo se esfuma. O que se passa? Investigações mal feitas ou juízes sem preparação para julgar processos sofisticados e ao mesmo tempo mediáticos?
Sob anonimato, procuradores e juízes atribuem responsabilidades uns aos outros. Para os primeiros, ouvidos pelo DN, os juízes, neste tipo de processos, ou têm à frente uma confissão ou não condenam. Estes últimos defendem-se, dizendo que ninguém pode ser condenado sem provas. E isso não é "excesso de rigor", mas sim objectividade, criticando a forma como muitos destes casos chegam a julgamento sem, na sua opinião, ter a prova acautelada.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Caso Freeport. O Pinóquio não era Sócrates

Carlos Guerra, o antigo presidente do Instituto da Conservação da Natureza (ICN), que foi constituído arguido no âmbito do processo Freeport, afirmou nos autos que o "Pinóquio", mencionado em correspondência trocada entre Charles Smith e a sociedade Freeport PLC, é José Manuel Marques, antigo vice-presidente do ICN e consultor da Câmara Municipal de Alcochete - e também arguido no processo. Esta é uma das revelações que constam do relatório da Polícia Judiciária (PJ) do processo Freeport - investigação que durou seis anos - que foi entregue a 21 de Junho
aos procuradores do Ministério Público que acompanham o caso.

O i soube que Carlos Guerra afirmou num dos seus três depoimentos: "A referência a Pinóquio é-me familiar porquanto o Dr. Manuel Pedro várias vezes se referia ao Dr. José Manuel Marques como Pinóquio". José Manuel Marques nega saber quem é Pinóquio e, como é público, o autor da alcunha, Charles Smith, sempre afirmou que Pinóquio é qualquer pessoa pouco fiável
e que usava o termo para se referir ao seu contabilista, José Ginja.

Mas o processo pode já estar prescrito. Isto porque as perícias consideram que a aprovação do empreendimento de Alcochete foi inteiramente regular e que a alteração das regras da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPE), para além de legítima, não teve qualquer interferência na aprovação do projecto. Assim, se houvesse crime, tratar-se-ia de "corrupção para acto lícito", e já estaria prescrito.
"i"

Direito sobrelotado abre mais vagas
Cem novos lugares, sobretudo em horário pós-laboral
Um actual bastonário, um anterior e dois candidatos: todos criticam a abertura de mais vagas nas faculdades públicas para o curso de Direito. Porto, Braga, Coimbra e Lisboa terão, este ano, mais cem lugares do que no ano passado, somando um total de 1330 lugares. Serão outros tantos desempregados, quando terminarem os estudos? Os quatro responsáveis contactados pelo JN dizem que não é uma fatalidade, mas que os jovens que ponderam seguir Direito
o devem fazer conscientes de que entrar no mercado de trabalho não será fácil.

É certo que, das cem novas vagas, 90 foram abertas em regime pós-laboral, vocacionado para quem já trabalha (as restantes dez terão horário normal, na Faculdade do Porto). Mas ter mais de um milhar de licenciados por ano, sobretudo agora com a licenciatura de três anos do Processo de Bolonha (antes eram cinco) não é comportável, acreditam dois candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Sevens: Portugal sagra-se campeão europeu em Moscovo

A Selecção Nacional de râguebi sagrou-se pela sétima vez campeã da Europa de “sevens”, ao derrotar a França por 12-5, na final da competição disputada em Moscovo.
"A BOLA"

Governo mantém fundação que há 30 anos não cumpre objectivos

Instituição chegou a estar extinta, mas promete agora iniciar actividades em 2011. Único testamenteiro contesta orientação da administração
O Governo mantém, pela voz do secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, a vontade de que a Fundação António Sardinha (FAS) continue a funcionar. A FAS, instituída há três décadas por Maria Sardinha com o nome do seu marido de quem enviuvara, tinha o objectivo de construir um hospital e um centro de dia para idosos. Mas, até hoje, nunca concretizou o objectivo.
Em resposta escrita ao PÚBLICO, Marques remete para o futuro próximo a realização dos fins da fundação: "Espera-se que o projecto apresentado, e que visa a construção de uma unidade de cuidados continuados e um lar de idosos, esteja em condições de ser aprovado pela Câmara Municipal de Sintra, permitindo a abertura, a breve trecho, do concurso para início da obra.
A estimativa de custos de construção é de 6.715.504,00 euros.
Depois de se obter o licenciamento a construção demorará 1,5 a 2 anos."

Certo é que, já em Novembro de 2005, o actual presidente do conselho de administração da Fundação, Luís Garcês Palha, prometia que as obras teriam início no final de 2006. Passaram quatro anos. O responsável da FAS justifica os atrasos com problemas com a aprovação do projecto na Câmara de Sintra e outros entraves burocráticos. "Espero que em 2011 comecem as obras", diz.
"PÚBLICO"

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