12/07/2010

MARTA CRAWFORD


Especialista sexo

Contentamento descontente

AO FIM DE 20 ANOS de casamento, Isabel ainda gosta do marido. Têm dois filhos bem-educados e uma vida boa. O António também gosta da mulher e considera-a uma boa mãe. Família feliz?! Bem... A Isabel acha que o marido não a compreende em muitas coisas, que não é carinhoso com ela e que lá no íntimo não a percebe. Ele não percebe porque é que a mulher se tornou tão distante, evita o sexo, nunca o procura sexualmente e se afastou emocionalmente dele ao longo dos anos. A pouco e pouco a inevitabilidade aconteceu: António começou a reagir aos estímulos externos, às ex-namoradas, às colegas de trabalho... No início era apenas um jogo de sedução inconsequente, até que surgiu a "tal". Nunca pensou que aos quarenta e tal anos, com uma vida formatada para ser feliz, encontraria a mulher que realmente o completa, afectiva e sexualmente. Mas tem medo de optar. Porquê? Por causa da família. A Isabel fantasia a medo com um colega por quem se apaixonou no passado, e vive entre a culpa e a raiva por não ter coragem de arriscar. Porquê? Por causa da família. Apesar disso, a vida do casal vai correndo como se tudo estivesse bem. Ambos sabem que é preciso fazer alguma coisa para que o casamento faça sentido. Será que ele devia abdicar da mulher por quem se apaixonou e investir no casamento? Será que ela devia resolver a sua paixão e apostar no marido? Talvez! Mas ninguém faz nada, os anos vão passando e ambos vão vivendo num contentamento descontente. Porquê? Por causa da família.


AO FIM DE 20 ANOS de casamento, Isabel ainda gosta do marido. Têm dois filhos bem-educados e uma vida boa. O António também gosta da mulher e considera-a uma boa mãe. Família feliz?! Bem... A Isabel acha que o marido não a compreende em muitas coisas, que não é carinhoso com ela e que lá no íntimo não a percebe. Ele não percebe porque é que a mulher se tornou tão distante, evita o sexo, nunca o procura sexualmente e se afastou emocionalmente dele ao longo dos anos. A pouco e pouco a inevitabilidade aconteceu: António começou a reagir aos estímulos externos, às ex-namoradas, às colegas de trabalho... No início era apenas um jogo de sedução inconsequente, até que surgiu a "tal". Nunca pensou que aos quarenta e tal anos, com uma vida formatada para ser feliz, encontraria a mulher que realmente o completa, afectiva e sexualmente. Mas tem medo de optar. Porquê? Por causa da família. A Isabel fantasia a medo com um colega por quem se apaixonou no passado, e vive entre a culpa e a raiva por não ter coragem de arriscar. Porquê? Por causa da família. Apesar disso, a vida do casal vai correndo como se tudo estivesse bem. Ambos sabem que é preciso fazer alguma coisa para que o casamento faça sentido. Será que ele devia abdicar da mulher por quem se apaixonou e investir no casamento? Será que ela devia resolver a sua paixão e apostar no marido? Talvez! Mas ninguém faz nada, os anos vão passando e ambos vão vivendo num contentamento descontente. Porquê? Por causa da família.



AO FIM DE 20 ANOS de casamento, Isabel ainda gosta do marido. Têm dois filhos bem-educados e uma vida boa. O António também gosta da mulher e considera-a uma boa mãe. Família feliz?! Bem... A Isabel acha que o marido não a compreende em muitas coisas, que não é carinhoso com ela e que lá no íntimo não a percebe. Ele não percebe porque é que a mulher se tornou tão distante, evita o sexo, nunca o procura sexualmente e se afastou emocionalmente dele ao longo dos anos. A pouco e pouco a inevitabilidade aconteceu: António começou a reagir aos estímulos externos, às ex-namoradas, às colegas de trabalho... No início era apenas um jogo de sedução inconsequente, até que surgiu a "tal". Nunca pensou que aos quarenta e tal anos, com uma vida formatada para ser feliz, encontraria a mulher que realmente o completa, afectiva e sexualmente. Mas tem medo de optar. Porquê? Por causa da família. A Isabel fantasia a medo com um colega por quem se apaixonou no passado, e vive entre a culpa e a raiva por não ter coragem de arriscar. Porquê? Por causa da família. Apesar disso, a vida do casal vai correndo como se tudo estivesse bem. Ambos sabem que é preciso fazer alguma coisa para que o casamento faça sentido. Será que ele devia abdicar da mulher por quem se apaixonou e investir no casamento? Será que ela devia resolver a sua paixão e apostar no marido? Talvez! Mas ninguém faz nada, os anos vão passando e ambos vão vivendo num contentamento descontente. Porquê? Por causa da família.

in "i"
10/06/10

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