08/06/2010

MARTA CRAWFORD


...mas não era a mesma coisa

"Às vezes apetece-me tanto que até dói", "estava a trabalhar e só pensava em sexo", "masturbo-me muito", "apetece-me sempre". Verdade ou mentira? Uma mulher pode realmente sentir estes desejos "invulgares" por sexo? Sim, é perfeitamente normal! Quer dizer que se gosta de sexo, que se tem prazer e que lhe sabe bem. Provavelmente quer dizer também que o objecto de desejo é suficientemente interessante para provocar tal motivação. Desejar sexo é uma coisa boa, muito boa! Longe vão os tempos em que uma mulher não podia desejar porque seria mal apelidada. Uma mulher tem todo o direito de desejar o melhor para si, uma sexualidade que faça sentido para ela, que tenha em conta as suas necessidades e a preencha. Quando a sexualidade de uma mulher está resolvida, entre outras coisas, porque se sente bem consigo, com o seu corpo, com os seus desejos, com a forma como se expressa sexualmente, então é natural que sinta vontade de ter sexo, e que seja assaltada por pensamentos eróticos com maior frequência. O desejo sexual que uma mulher sente pelo seu/sua parceiro/a, pode aumentar a sua disponibilidade sexual, o seu à-vontade, a sua excitação e o seu prazer. O desejo é muito importante, mas nem sempre é sentido espontaneamente. Por vezes surge depois da excitação e resulta satisfatoriamente, outras vezes não chega sequer a surgir. Podia haver sexo sem desejo? Podia, mas não era a mesma coisa. Infelizmente, a falta de desejo sexual continua a ser a principal queixa dos casais. Vale a pena "aprender" a desejar.

in "JORNAL i"
05/06/10

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