02/05/2010

JAIME ZUZARTE CORTESÃO

Jaime Cortesão (c. 1910).
Túmulo de Jaime Cortesão no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Jaime Zuzarte Cortesão (Ançã, Cantanhede, 29 de Abril de 1884Lisboa, 14 de Agosto de 1960), foi um médico, político, escritor e historiador português. Filho do filólogo António Augusto Cortesão, foi irmão do historiador Armando Cortesão e pai da renomada ecologista Maria Judith Zuzarte Cortesão.

Biografia

Estudou no Porto, em Coimbra e em Lisboa, vindo a formar-se em Medicina em 1909. Lecionou no Porto de 1911 a 1915, quando foi eleito deputado por aquela cidade. Em plena Primeira Guerra Mundial defendeu a participação do país no conflito, tendo participado como voluntário do Corpo Expedicionário Português, no posto de capitão-médico, tendo publicado as memórias dessa experiência.

Fundou, com Leonardo Coimbra e outros intelectuais, em 1907 a revista "Nova Silva". Em 1910, com Teixeira de Pascoaes, colaborou na fundação da revista "A Águia", e, em 1912 iniciou "Renascença Portuguesa", que publicava o boletim "A Vida Portuguesa". Em 1919 foi nomeado director da Biblioteca Nacional de Portugal. Em 1921, abandonando a "Renascença Portuguesa", foi um dos fundadores da revista "Seara Nova".

Participou numa tentativa de derrube da ditadura militar portuguesa, presidindo a Junta Revolucionária estabelecida no Porto. Por esse motivo foi demitido de seu cargo na Biblioteca Nacional (1927), vindo a exilar-se em França, de onde saiu em 1940, quando da invasão daquele país pelo Exército Nazi no contexto da Segunda Guerra Mundial. Dirigiu-se para o Brasil através de Portugal, onde veio a estar detido por um curto espaço de tempo.

No Brasil, fixou-se no Rio de Janeiro, dedicando-se ao ensino universitário, especializando-se na História dos Descobrimentos Portugueses (de que resultou a publicação da obra homónima) e na Formação Territorial do Brasil. Em 1952, organizou a Exposição Histórica de São Paulo, para comemorar o 4.º centenário da fundação da cidade.

Regressou a Portugal em 1957. Envolvendo-se na campanha de Humberto Delgado, foi preso por 4 dias com António Sérgio, Vieira de Almeida e Azevedo Gomes em 1958, ano em que veio a ser eleito presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.

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