04/04/2010

GOMES LEAL












António Duarte Gomes Leal (Lisboa, 6 de Junho de 184829 de Janeiro de 1921)[1] foi um poeta e crítico literário[2] português.


Vida e obra

Nasceu na praça do Rossio, freguesia da Pena, em Lisboa, filho natural de João António Gomes Leal (m. 1876), funcionário da Alfândega, e de Henriqueta Fernandina Monteiro Alves Cabral Leal.

Frequentou o Curso Superior de Letras, mas não o concluiu, empregando-se como escrevente de um notário de Lisboa.[2] Durante a sua juventude assumiu pose de poeta boémio, satânico e janota, mas com a morte da sua mãe, em 1910, caiu na pobreza e converteu-se ao Catolicismo.[3] Vivia da caridade alheia, chegando a passar fome e a dormir ao relento, em bancos de jardim, como um vagabundo, tendo uma vez sido brutalmente agredido pela canalha da rua. No final da vida, Teixeira de Pascoaes e outros escritores lançaram um apelo público para que o Estado lhe atribuísse uma pensão, o que foi conseguido, apesar de diminuta.

Foi um dos fundadores do jornal "O Espectro de Juvenal" (1872)[2] e do jornal "O Século" (1881),[2] tendo colaborado também na Gazeta de Portugual,[2] Revolução de Setembro[2] e Diário de notícias.[2] A sua obra insere-se nas correntes ultra-romântica, parnasiana, simbolista e decadentista.

Bibliografia activa

  • A Fome de Camões: Poema em 4 cantos (1870) (eBook)
  • O Tributo do Sangue (1873)
  • A Canalha (1873)
  • Claridades do Sul (1875) (eBook)
  • A Traição (1881)
  • O Renegado: A Antonio Rodrigues Sampaio, carta ao velho pamphletario sobre a perseguição da imprensa (1881) (eBook)
  • A Morte do Atleta (1883) (eBook)
  • História de Jesus para as Criançinhas Lerem (1883)
  • Troça à Inglaterra (1890)
  • A Senhora da Melancolia (1910)

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