21/02/2010

ALEXANDRE BRAGA filho

Alexandre Braga, filho, em 1900

Alexandre Braga, filho (Porto, 10 de Novembro de 1871 - Lisboa, 7 de Abril de 1921), foi um conceituado advogado e político português, ligado ao Partido Republicano.

Biografia

Da média burguesia portuense, filho do advogado e escritor famoso do mesmo nome, e sobrinho de Guilherme Braga, Alexandre Braga, formou-se em Direito, na Universidade de Coimbra, abrindo, depois, banca de advogado no Porto. Desde estudante que aderiu ao ideário republi­cano, fundando efémeros jornais dedicados à causa (Portugal, A Crónica) e publicando, com Fausto Guedes Teixeira, folhetos políticos por ocasião do governo Hintze Ribeiro - João Franco (1894).

Mas foi como orador que Alexandre Braga veio sobretudo a distinguir-se, tanto no foro como, e especialmente, na política. Ao lado de António José de Almeida e Afonso Costa, mas porventura maior do que eles no brilho e na construção retórica, contribuiu decisivamente para difundir os ideais que servia entre as massas. Muito popular, foi eleito deputado republicano por Lisboa em 1906 e depois, sucessivamente, até à morte. Os anos de 1906-1910 corresponderam ao apogeu dos triunfos oratórios de Alexandre Braga.

A proclamação da República trouxe-lhe a deca­dência, tanto no discurso como no gozo da popularidade. Pelo Partido Democrático foi, no entanto, ministro do Interior no efémero governo de Azevedo Coutinho (Dezem­bro de 1914 a Janeiro de 1915) e, com mais continuidade, ministro da Justiça no último governo Afonso Costa, derrubado pelo Sidonismo (Abril a Dezembro de 1917). Mas era, já então, pouco conceituado pela sua vida dissoluta e pela sua incapacidade para a superar.

Exilado em 1917-1919, regressou depois a Por­tugal, distinguindo-se ainda pela sua interpretação do fenómeno sidonista e denunciação dos males internos do Partido Democrático que o haviam causa­do. Retirou-se da política em 1920, falecendo pouco depois. Pertenceu à Maçonaria, tendo sido iniciado em 1909 na loja Fax, de Lisboa.

wikipédia

Sem comentários:

Enviar um comentário