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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
03/02/2024
UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA
JOANA AMARAL DIAS
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Meta-corrompida
Portugal alcançou o feito extraordinário de corromper o combate à corrupção. Uau! Conseguiu criar uma teia corrupta para evitar combater a corrupção. Incrível! Comecemos, claro, pelo cerne, pela prevenção da corrupção dos deputados. Em 2015, o GRECO (Grupo de Estados contra a Corrupção) sugeriu a Portugal cinco recomendações para esta área. Oito anos depois, o que tem a Assembleia da República para apresentar? Nada. Raspas. Zero. Nem uma única concretização. Portanto, a própria “casa da democracia” logo mostra ao que vem. Fraude.
Tudo o resto é ravina. No Índice de Perceção da Corrupção (IPC) ocupamos, num universo de 180 países, a 33.ª posição. Também não progredimos na nevrálgica prevenção da corrupção em relação a juízes e procuradores. Aliás, cumprimos de forma satisfatória apenas três das 15 recomendações. Lá fingimos que fizemos alguma coisinha. Só para disfarçar.
Isto em domínios altamente sensíveis, conectados com o funcionamento de dois importantes órgãos de soberania.
E há mais conclusões demolidoras do dito grupo do Conselho da Europa. Continuamos a lamber papel com punhos de renda e mangas de alpaca. Desenvolvemos um lindo e mui extenso quadro jurídico e institucional anticorrupção, cheio de arrebiques e berloques gongóricos e rococós, mas sem qualquer operacionalidade ou eficácia. Há a Estratégia Anticorrupção, o Mecanismo Anticorrupção, a Entidade da Transparência, o código de conduta para membros do governo e dos gabinetes governamentais, há isto e aquilo, mas nada funciona. Tudo parado.
Ou seja, tudo está formalmente criado, mas não há sombra de implementação efetiva. Gerámos a ilusão de lutarmos contra a corrupção quando, na prática, nada fazemos. Só empatamos.
Óbvio que, assim, fica quase tudo por fazer: a verificação da integridade das pessoas com funções executivas de topo, as restrições pós-emprego, os processos de consulta pública e o acesso à informação pública, a transparência dos contactos entre altos funcionários executivos, lobistas e terceiros, a concretização dos requisitos relativos à proteção de denunciantes, um sistema sólido de escrutínio da declaração de rendimentos, património, interesses, incompatibilidades e impedimentos. Etc., etc., etc.
Pelo meio, os mesmos autores desta burla sobre a burla, qual metaburla burlesca, conseguiram ainda edificar um negro anátema que recai sobre todos os que alertam sobre os graves problemas portugueses neste domínio. Ou seja, os que se atrevem a falar do fracasso das políticas anticorrupção são logo apodados de perigosos populistas ou demagogos pela fina flor da política e pela nata bem-pensante do arco da governação ou até geringonço. Já o único partido mais sonoro sobre a gangrena nacional também se cala na hora da verdade. O Chega grita que vai limpar o país, mas no Parlamento não mexe uma palha e até protege os poderes fácticos. Ou seja, mais uma criativa forma de ludibriar. Enfim, os nossos políticos controlam os meios de combate à corrupção para garantir que ela continua. É o crime perfeito. Chama-se Portugal.
* Psicóloga clínica, activista política
IN "NOVO"- 20/01/24.
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o macaco chama-se madureira
𝙴𝚖 𝚊𝚗𝚊́𝚕𝚒𝚜𝚎: 𝙻𝚒́𝚍𝚎𝚛 𝚍𝚘𝚜 𝚂𝚞𝚙𝚎𝚛 𝙳𝚛𝚊𝚐𝚘̃𝚎𝚜 𝚍𝚎𝚝𝚒𝚍𝚘 𝚙𝚎𝚕𝚊 𝙿𝚂𝙿
𝙵𝚎𝚛𝚗𝚊𝚗𝚍𝚘 𝙼𝚊𝚍𝚞𝚛𝚎𝚒𝚛𝚊 𝚓𝚊́ 𝚎𝚜𝚝𝚊́ 𝚗𝚘 𝚝𝚛𝚒𝚋𝚞𝚗𝚊𝚕, 𝚎 𝚌𝚘𝚖 𝚊𝚙𝚘𝚒𝚘 𝚍𝚎 𝚊𝚕𝚐𝚞𝚗𝚜 𝚊𝚍𝚎𝚙𝚝𝚘𝚜 𝚍𝚘 𝙵𝙲 𝙿𝚘𝚛𝚝𝚘
FONTE:01/02/24
NR: Portugal também é disto, feito de grupos de débeis intelectuais que neste caso vão dar apoio a um arruaceiro comprovado e a um provável autor de vários crimes entre os quais tráfico de droga, enriquecimento ilícito e fraude fiscal, sempre com a bonomia e a amizade do sr. Pinto da Costa.
Mas este grupo não é pequeno, há um "partido que mais parece uma cloaca acústica" apostado em arrebanhar votos dos desfavorecidos mentais que se prepara para se aproximar dos 20% nas eleições de Março. Sem esta gente não haveriam comícios no "covil da iria", nem padres pedófilos a "homiliar" impunemente..