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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
30/11/2023
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RODRIGO SOUSA
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Futuro, a nossa luta constante
Abril abriu as janelas para aqueles que mais precisavam respirar: finalmente, o nosso país experimentava uma revolução, quebrando barreiras e conquistando a liberdade de expressão, associação, reivindicação, saúde pública, um sistema de ensino verdadeiramente livre e muito mais.
No entanto, sabíamos que essa construção não se encerrava em Abril. Foi um processo constante ao longo de décadas de reivindicações persistentes: desde as vozes das mulheres que tentaram silenciar em Abril, até às milhares de pessoas LGBTQ+ que agora saem à rua orgulhosas e insubmissas, ou por tudo o que Abril ainda não cumpriu; o futuro sempre foi uma luta constante.
Cinquenta anos depois, encontramo-nos, no entanto, numa encruzilhada diante da nova crise política em nosso país. Uma desgovernação egoísta que parece ter sido conivente com os grandes poderes, como é típico de qualquer maioria absoluta. Ao mesmo tempo, vivemos uma crise na opinião pública sobre o papel que o Ministério Público tem desempenhado na investigação dessa mesma desgovernação.
Diante do caos, eleições antecipadas são a resposta mais justa que podemos oferecer a um país que precisa reconquistar a esperança na democracia e em seus representantes. É a resposta mais justa que podemos oferecer àqueles que não se identificam com o circo constante e que desejam superar o impasse político que vivemos.
No entanto, este ato eleitoral difere de todos os outros que já vivemos: corremos o risco de conviver com um governo que tem a presença de ministros da extrema direita reacionária, que desejam deter o progresso que experimentamos como herdeiros de Abril, abrindo nossa democracia a caminhos perigosos para o nosso futuro coletivo. Corremos o risco de ter ministros que resgatam a radicalidade do neoliberalismo, que vende nossas vidas diárias a grandes startups, sufocando constantemente nossa suposta boa vida.
É urgente começarmos a fazer as exigências necessárias que tanto precisamos: uma mobilização por aqueles que realmente não desistem do nosso Estado Social, da justiça e da igualdade fraterna, por aqueles que querem levar este país a sério e não desejam um governo fraco com os poderosos e forte com os supostamente fracos. Isso significa defender tudo o que conquistamos em Abril e que não queremos perder: que a liberdade nunca se encerre em si mesma e que estas eleições sejam um reforço de tudo aquilo que somos, e nunca do que não desejamos ser.
* Carinhosamente apelidado de serrano inquieto, apaixonado pelos vales da Beira Alta que o viram nascer e crescer. Do e para o interior, orgulhosamente educado pela escola pública. Neste momento a continuar a aventura pelas Beiras, desta vez na cidade de Coimbra onde estuda Relações Internacionais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
IN "gerador.eu" -23/11/23.
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3540.UNIÃO
putin HUYLO
putin é um canalha...
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🅿️🅰️®🅰️🅱️ 𒉔 ́♑️💲 🅰️ ✝️🅾️↩🅾️💲
Feliz aniversário para todos nós, todos deveríamos estar a comemorar.
A idade de todos hoje é 2023
Você sabia que hoje o mundo inteiro tem a mesma idade?
Hoje é um dia muito especial e só acontece uma vez a cada mil (1.000) anos.
Sua idade + seu ano de nascimento para cada pessoa= 2023.
É tão estranho que nem os especialistas conseguem explicar! Você dá uma olhada e vê se é 2023.
Está esperando há mil anos!
Exemplo:
Quem tem 69 anos.
Nascido em 1954.
Então 69+1954=2023
🎂Parabéns a todos!!!
👏👏🎊🎊🎈🎈🎉
ESTA INTRUJICE TEM GRAÇA E EXPLICA COMO É A PATAREQUICE DAS PESSOAS!
Se fizer a experiência com qualquer idade sua e o ano correspondente o resultado é o mesmo.
PARABÉNS ZÉ POR SERES UM GRANDE ALDRABÃO!!!.
29/11/2023
AURORA RIBEIRO
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Agora que já se percebeu que uma transição energética é incontornável, os grandes grupos financeiros não querem perder as relações de exploração que os enriqueceram, ou a influência institucional que têm. Propõem formas de transição que não transitam nada, querem manter tudo como estava, trocam os antigos problemas ambientais por novos problemas ambientais.
Gerard Barron, da empresa “The Metals Company” disse: “O futuro é metálico”. Segundo os interesses do costume, a transição do fóssil para a energia elétrica e renováveis a larga escala implica a extração de milhões de toneladas de metais do fundo do mar. Esses metais não existem em todas as parte do globo. Mas existem aqui nos Açores.
Mas é também nos Açores, com a ciência que é feita aqui, que estão a ser estudados os efeitos nefastos que a exploração mineira terá para os ecossistemas oceânicos. O bom estado do oceano, esse sim, é fundamental para evitar a catástrofe climática. E poucos sítios do mundo são tão importantes para estudar o oceano e a sua conservação como o mar dos Açores. Para que percebamos quais são as alternativas possíveis e mais viáveis - como o serviço público de energia renovável e a circularidade da economia - para uma transição realmente justa para os trabalhadores e para toda a gente.
No entanto, a pressão para a mineração não é só comercial, é económica e é política. E esta pressão não vem só de multinacionais ou da Europa. Vem também de Lisboa. E é com a justificação de salvaguardar projetos de superior interesse nacional (como também justificaram os do lítio) que a República não quer deixar que os Açores tenham direito a um parecer vinculativo sobre o que pode ou não acontecer no mar dos Açores. Não queremos que nos venham impingir projetos de mineração em nome do superior interesse nacional - ou será que devemos dizer superior interesse colonial?
Precisamos de mais visão e de mais ambição. Se é urgente proteger o nosso mar e se a criação de áreas marinhas protegidas é uma ferramenta essencial para tal, não queremos que se dê um passo maior que a perna, como o Governo regional fez prometendo ter uma proposta pronta para 30% de proteção até ao final deste ano. Agora, claro, não só não irá cumprir esse prazo, como, com a pressa de o fazer, atropelou passos importantes nas negociações e na fabricação de consensos. O processo de definição e negociação das AMP tem, verdadeiramente, de ser consertado com todas as partes, e isso exige empenho, estratégia, dedicação e vontade política. Não queremos mais reservas de papel que ficam bem nas campanhas e nas notícias mas pouco ou nenhum efeito têm na preservação da vida marinha.
Aliás, no que diz respeito ao Mar, este governo regional falhou em toda a linha. Na distribuição das pastas pelos partidos da coligação, relegou para último plano esta matéria essencial e estratégica para a região. Descolou o mar da ciência e não planeou absolutamente nada de novo.
* Licenciada em Cinema, mestre em Comunicação e Media, bolseira de doutoramento em Sociologia no ICS da Universidade de Lisboa. Nasceu em Lisboa e vive na Horta, Açores, desde 2008. Co-diretora do Festival Maravilha na Horta
IN "ESQUERDA" - 23/11/23.