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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
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II-λ βλΤλLHλ DO CHILΣ
7-O Gσlρε dε Σѕтαdσ
* SINOPSE: Considerado um dos melhores e mais completos documentários latino-americanos, A Batalha do Chile é o resultado de seis anos de trabalho do cineasta Patrício Guzmán. Dividido em três partes (A insurreição da burguesia, O golpe militar e O poder popular), o filme cobre um dos períodos mais turbulentos da história do Chile, a partir dos esforços do presidente Salvador Allende em implantar um regime socialista (valendo-se da estrutura democrática) até as brutais conseqüências do golpe de estado que, em 1974, instaurou a ditadura do general Augusto Pinochet. Essa edição especial se completa com outros dois documentários: Patrício Guzmán: um história chilena, sobre a trajetória única do autor de A Batalha do Chile e A resistência final de Salvador Allende, uma reconstituição dos últimos momentos de Allende antes do golpe. "Salvador Allende põe em marcha um programa de profundas transformações sociais e políticas. Desde o primeiro dia a direita organiza contra ele uma série de greves enquanto a Casa Branca o asfixia economicamente. Apesar do boicote, em março de 1973 os partidos que apóiam Allende obtêm mais de 40% dos votos. A direita compreende que os mecanismos legais já não servem. De agora em diante sua estratégia será o golpe de estado. A batalha do Chile é um documento que mostra, passo a passo, esses acontecimentos que comoveram o mundo". Patricio Guzmán
** Este documentário foi retirado do site da Juventude Comunista Brasileira, a lista dos prémios que são atribuídos ao filme é de excelência, fica claro que o trabalho é datado mas sem memória não há história como diz o saudoso JOSÉ AUGUSTO FRANÇA
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Ano novo hoje, vida
nova daqui a 30 dias
Na viragem do calendário daquele que para muitos de nós parece ter sido o 24.º mês de um ano de 2020 de má memória, é a esperança no regresso à vida que marca este primeiro dia de 2022. Esperança alimentada em muito pela aparente transformação da pandemia em endemia - com conhecimento, vacinação e medicamentos iminentes como fatores-chave. Basta ver que, se os contágios de covid batem recordes diários, os casos graves e as mortes estão numa fração da fasquia de há um ano, quando em vez dos mais de 28 mil casos diários atuais lidávamos com 6 mil, mas registávamos três vezes mais doentes internados do que hoje e cinco vezes mais mortes.
A esperança que o novo ano traz, porém, vai muito além da covid. Materializa-se na adoção de políticas que permitam finalmente ao país andar para a frente, com foco no investimento, na produtividade e no valor acrescentado que fique em Portugal. Que permitam a criação de oportunidades de trabalho reais e com mais-valia - e não à boleia de emprego público numa altura em que a digitalização deveria estar a emagrecer o Estado -, com salários que permitam segurar aqui o talento português e atrair o estrangeiro, num momento em que a concorrência com outros países europeus é maior do que nunca. Não só em nome do crescimento do país mas também pela necessidade de inverter a pirâmide, rejuvenescendo já com imigração qualificada - mas também apostando em políticas de verdadeiro incentivo à natalidade - um país que já tem duas vezes mais idosos do que jovens e que tem de saber evitar o destino que se antecipa para daqui a duas décadas de ser o mais envelhecido da União Europeia. E a um prazo não muito mais alargado, o risco de ser um país que deixará morrer, com o povo, a nossa cultura e a nossa História.
O virar de página poderá acontecer em 30 dias, com o resultado das legislativas antecipadas - e, mais até, dos acordos parlamentares que permitirem governar numa até agora mais que certa minoria, com estabilidade. Os portugueses têm de exigir com clareza que essa aposta se faça pelo lado da criação de condições de prosperidade e não contra as empresas, criadoras de riqueza e de emprego, garante de melhores condições e qualidade de vida para as famílias. Pela adoção de políticas que permitam fazer, agir, construir, removendo barreiras e pondo fim a discussões intermináveis. Pela capacidade de reformar o que há demasiado tempo identificámos como lesivo do crescimento - carga fiscal penalizadora, nomeadamente do trabalho, burocracia, legislação complexa, justiça morosa e inacessível para muitos. E sobretudo pelo já tardio emagrecimento de um Estado que é alimentado por cada um dos portugueses, que cada vez pagam mais por pior serviço público.
É isto que temos de desejar da nova vida do país, que virá depois de dia 30 de janeiro.
* Jornalista, directora
IN "DINHEIRO VIVO" - 01/01/22