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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
𝐼𝑆 - 𝑊𝐴𝑆 - 𝐻𝐴𝑆 𝐵𝐸𝐸𝑁 𝑒́ 𝑢𝑚 𝑚𝑒𝑚𝑜𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 - 𝑢𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑣𝑖𝑠𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑔𝑟𝑎𝑑𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜. 𝐶𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎̀ 𝘩𝑖𝑠𝑡𝑜́𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑣𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐿𝑒𝑜𝑛𝑑𝑖𝑛𝑔, 𝑢𝑚 𝑟𝑖𝑧𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝟹 𝑥 𝟻 𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑒 𝑠𝑒𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑒𝑠𝑐𝑢𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑖𝑛𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑐𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑎̂𝑛𝑡𝑎𝑛𝑜. 𝐶𝑜𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑢𝑚 𝑎𝑐𝘩𝑎𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒𝑜𝑙𝑜́𝑔𝑖𝑐𝑜 𝑙𝑎𝑛𝑐̧𝑎𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜, 𝑒𝑙𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑎́ 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 𝑎𝑡𝑟𝑎́𝑠 𝑑𝑎 𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒 𝟿. 𝐸𝑚 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑒𝑢́𝑑𝑜, 𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑐𝑒 𝑛𝑜𝑡𝑢𝑟𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑚𝑎 𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑟 𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑎𝑙𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑟𝑒𝑡𝑎 𝑎 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑟𝑓𝑜𝑠𝑒 𝑒𝑚 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜. 𝘩𝑡𝑡𝑝𝑠: //𝑤𝑤𝑤.𝑘𝑢𝑣𝑎.𝑎𝑡/𝑙𝑒𝑜𝑛𝑎𝑟𝑡/𝑓𝑟𝑜𝑚-𝑛𝑜𝑡𝘩 ... 𝐴 𝑎𝑟𝑡𝑖𝑠𝑡𝑎 𝐶𝑙𝑎𝑢𝑑𝑖𝑎 𝐻𝑒𝑖𝑛𝑧𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑢𝑑𝑜𝑢 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑛𝘩𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙. 𝑄𝑢𝑒𝑟 𝑠𝑒𝑗𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑢𝑚 𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡𝑜́𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑠𝑎𝑖𝑜 𝑜𝑟𝑔𝑎̂𝑛𝑖𝑐𝑜 𝑜𝑢 𝑝𝑟𝑒𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑒𝑛𝑐̧𝑎̃𝑜, 𝑓𝑜𝑡𝑜𝑔𝑟𝑎𝑓𝑖𝑎 𝑜𝑢 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙𝑎 - 𝑎 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑎𝑐̧𝑜𝑠 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑖𝑠 𝑡𝑒𝑚 𝑠𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑑𝑒 𝘩𝑎́ 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑜 𝑓𝑜𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑢 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙𝘩𝑜 𝑎𝑟𝑡𝑖́𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜. 𝑉𝑎́𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑖𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑎 𝑙𝑒𝑣𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑑𝑒 𝐿𝑖𝑛𝑧 𝑎𝑜 𝐾𝑢𝑛𝑠𝑡𝘩𝑎𝑙𝑙𝑒 𝐾𝑟𝑒𝑚𝑠, 𝑎 𝑉𝑖𝑒𝑛𝑎, 𝑀𝑢𝑛𝑖𝑞𝑢𝑒 𝑒 𝐵𝑒𝑟𝑙𝑖𝑚 𝐴 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒𝑟 𝑀𝑎𝑟𝑖𝑜𝑛 𝑆𝑡𝑒𝑖𝑛𝑓𝑒𝑙𝑙𝑛𝑒𝑟, 𝑑𝑎𝑛𝑐̧𝑎𝑟𝑖𝑛𝑎 / 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒𝑟, 𝑝𝑖𝑛𝑡𝑜𝑟𝑎 𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑟𝑖𝑡𝑜𝑟𝑎. 𝐸𝑠𝑡𝑢𝑑𝑜𝑢 𝑑𝑎𝑛𝑐̧𝑎, 𝑙𝑖𝑡𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑜𝑠𝑜𝑓𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑉𝑖𝑒𝑛𝑎, 𝐵𝑒𝑟𝑙𝑖𝑚 𝑒 𝑀𝑒́𝑥𝑖𝑐𝑜. 𝐴𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑑𝑎𝑛𝑐̧𝑎 𝑝𝑜𝑒́𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑛𝑎 𝐴𝑟𝑔𝑒𝑛𝑡𝑖𝑛𝑎, 𝐶𝑜𝑠𝑡𝑎 𝑅𝑖𝑐𝑎, 𝑀𝑢𝑛𝑖𝑞𝑢𝑒, 𝐵𝑒𝑟𝑙𝑖𝑚 𝑒 𝑒𝑚 𝑣𝑎́𝑟𝑖𝑜𝑠 𝑚𝑢𝑠𝑒𝑢𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑜 𝟸𝟷𝑒𝑟 𝐻𝑎𝑢𝑠 𝑉𝑖𝑒𝑛𝑛𝑎, 𝑀𝑈𝑀𝑂𝐾 𝑉𝑖𝑒𝑛𝑛𝑎, 𝐹𝑒𝑟𝑑𝑖𝑛𝑎𝑛𝑑𝑒𝑢𝑚 𝐼𝑛𝑛𝑠𝑏𝑟𝑢𝑐𝑘. 𝑈́𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎 𝑝𝑢𝑏𝑙𝑖𝑐𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 “𝐿𝐼𝐸𝐵𝑆 𝐿𝐸𝐵𝐸𝑁 / 𝐷𝐸𝐴𝑅 𝐿𝐼𝐹𝐸” 𝐸𝐷𝐼𝑇𝐼𝑂𝑁𝐴𝑅𝑇- 𝐶𝐼𝐸̂𝑁𝐶𝐼𝐴 𝟸𝟶𝟷𝟿. »𝑂𝐵𝑆𝐸𝑅𝑉𝐴𝐷𝑂𝑅 𝑆𝐼𝐿𝐸𝑁𝐶𝐼𝑂𝑆𝑂« 𝐿𝑒𝑜𝑛𝐴𝑅𝑇 𝑉𝑜𝑐𝑒̂, 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑠𝑖𝑙𝑒𝑛𝑐𝑖𝑜𝑠𝑜, 𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑝𝑜́𝑠 𝑑𝑖𝑎. 𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑛𝑒𝑣𝑒 𝑜𝑢 𝑢𝑚𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟, 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑓𝑖𝑟𝑚𝑒, 𝑎𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎, 𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑚𝑜 𝑒 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎. 𝑉𝑜𝑐𝑒̂ 𝑣𝑒̂ 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑠𝑒𝑢 𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑚𝑢𝑑𝑎, 𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑣𝑒̂𝑚 𝑒 𝑣𝑎̃𝑜, 𝑑𝑒́𝑐𝑎𝑑𝑎𝑠, 𝑎̀𝑠 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑠𝑒́𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠, 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑚. 𝑇𝑢𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑖 𝑒 𝑣𝑒𝑚, 𝑚𝑎𝑠 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑎𝑖́. 𝑂 𝑞𝑢𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑓𝑎𝑧 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑠𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑖𝑛𝑔𝑢𝑒́𝑚 𝑙𝘩𝑒 𝑡𝑒𝑛𝘩𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜, 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑖́𝑑𝑜 𝑜𝑢 𝑝𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑎𝑟 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑎𝑠 𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑚𝑒𝑙𝘩𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒 𝑔𝑎𝑟𝑎𝑛𝑡𝑖𝑟 𝑢𝑚 𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙. 𝑉𝑜𝑐𝑒̂ 𝑒́ 𝑢𝑚𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑛𝑐̧𝑎̃𝑜, 𝑠𝑒𝑚 𝑛𝑒𝑛𝘩𝑢𝑚𝑎 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑒𝑛𝑐̧𝑎̃𝑜 𝘩𝑢𝑚𝑎𝑛𝑎. 𝑂 𝑞𝑢𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑗𝑎́ 𝑣𝑖𝑣𝑒𝑛𝑐𝑖𝑜𝑢, 𝑣𝑖𝑢, 𝑠𝑢𝑝𝑜𝑟𝑡𝑜𝑢 𝑒 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟𝑖𝑎 𝑛𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑟? 𝑉𝑜𝑐𝑒̂ 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎 𝑚𝑖𝑡𝑜, 𝑡𝑟𝑎𝑑𝑖𝑐̧𝑎̃𝑜, 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑝𝑜, 𝑜𝑎́𝑠𝑖𝑠 𝑒, 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑣𝑒𝑧, 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑒́ 𝑜 𝑝𝑎𝑙𝑐𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝐿𝑒𝑜𝑛𝑎𝑟𝑡. 𝐴́𝑟𝑣𝑜𝑟𝑒, 𝑠𝑒𝑢 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑠𝑖𝑙𝑒𝑛𝑐𝑖𝑜𝑠𝑜.
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I-λ βλΤλLHλ DO CHILΣ
1-A Iиѕυяяειçα̃σ dα Bυяgυεѕια
* SINOPSE: Considerado um dos melhores e mais completos documentários latino-americanos, A Batalha do Chile é o resultado de seis anos de trabalho do cineasta Patrício Guzmán. Dividido em três partes (A insurreição da burguesia, O golpe militar e O poder popular), o filme cobre um dos períodos mais turbulentos da história do Chile, a partir dos esforços do presidente Salvador Allende em implantar um regime socialista (valendo-se da estrutura democrática) até as brutais conseqüências do golpe de estado que, em 1974, instaurou a ditadura do general Augusto Pinochet. Essa edição especial se completa com outros dois documentários: Patrício Guzmán: um história chilena, sobre a trajetória única do autor de A Batalha do Chile e A resistência final de Salvador Allende, uma reconstituição dos últimos momentos de Allende antes do golpe. "Salvador Allende põe em marcha um programa de profundas transformações sociais e políticas. Desde o primeiro dia a direita organiza contra ele uma série de greves enquanto a Casa Branca o asfixia economicamente. Apesar do boicote, em março de 1973 os partidos que apóiam Allende obtêm mais de 40% dos votos. A direita compreende que os mecanismos legais já não servem. De agora em diante sua estratégia será o golpe de estado. A batalha do Chile é um documento que mostra, passo a passo, esses acontecimentos que comoveram o mundo". Patricio Guzmán
** Este documentário foi retirado do site da Juventude Comunista Brasileira, a lista dos prémios que são atribuídos ao filme é de excelência, fica claro que o trabalho é datado mas sem memória não há história como diz o saudoso JOSÉ AUGUSTO FRANÇA.
*** Continuamos à procura de mais documentários sobre ditadores, não se pode ocultar a história.
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Regresso à anormalidade
Enquanto uma parte substancial do país segue a galope em direção à normalidade, há um outro Portugal que não desconfinou: o dos serviços públicos. A patriótica eficácia de planeamento no programa vacinal não contagiou o restabelecimento das rotinas nas repartições e lojas do cidadão.
Voltamos ao trabalho presencial, aos estádios, ao cinema, reabriram negócios, largamos as máscaras na rua e, apesar disto tudo, garantir o agendamento da emissão ou renovação do cartão de cidadão ou do passaporte continua a ser um doloroso e irritante exercício de cidadania falhada. No início, era compreensível (a pandemia tirou-nos o chão), pelo meio, fomos dando o benefício da dúvida (o sistema está a ajustar-se e a recuperar o tempo perdido, pensámos), mas eis que, quase dois anos após a declaração pandémica, continuamos agrilhoados. Sobretudo nas grandes cidades, os congestionamentos e filas manter-se-ão até ao final de outubro. A correr bem.
Há dias, um dirigente sindical acusou a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, de ter berrado com os funcionários da Loja do Cidadão das Laranjeiras, depois de se ter apercebido de que havia uma alma plantada há 11 horas para tratar do passaporte. A ministra garante que não levantou a voz e que se limitou a lembrar aos funcionários a necessidade de aplicar a lei e que, no caso em apreço, não havia razões objetivas para o cidadão não ser atendido de forma expedita. Nestas coisas já sabemos o que esperar: os sindicatos dirão sempre que há funcionários a menos (o que parece mais ou menos unânime), o Governo garantirá sempre que está a fazer tudo o que pode para mitigar o aborrecimento dos portugueses (foi ontem anunciada, entretanto, a Loja do Cidadão online, que verá a luz do dia em... 2023). E, no final, como também acontece sempre, sobramos nós. Por isso, se for preciso berrar, afinemos as vozes, em particular as dos partidos da Oposição, que, com a honrosa exceção do PCP, parecem andar alheados desta dimensão estática do confinamento. O país não pode verdadeiramente fazer o caminho da normalidade se o Estado continuar a comportar-se como um paquiderme que vê toda a gente a levantar-se da sala e continua refastelado no sofá enroscado nos vírus pré-pandémicos.
* Director-adjunto
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS" - 18/09/21
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