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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
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AWA apoia a campanha
para a eliminação da
violência contra as mulheres
A Association of Women Ambassadors in Lisbon, mais vulgarmente designada por AWA, é um grupo informal de embaixadoras acreditadas em Portugal com embaixadas em Lisboa, e das representantes diplomáticas do gabinete do Presidente da República e do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Das 86 embaixadas residentes em Lisboa, 23 são chefiadas por mulheres: Ucrânia, Índia, Roménia, África do Sul, Filipinas, Peru, Suécia, Cuba, Paraguai, Holanda, Estónia, Canadá, Espanha, Bélgica, Turquia, Colômbia, França, Austrália, Croácia, Timor-Leste, Tailândia, Finlândia e Noruega (pela ordem da data de apresentação das credenciais da embaixadora do país junto do Presidente da República).
Enquanto embaixadoras, a nossa missão é a de promover os nossos países em Portugal e desenvolver as relações bilaterais com Portugal nas esferas política, económica, cultural e interpessoal. Os nossos interesses nacionais variam, visto que representamos vários países de todo o mundo, mas partilhamos temas comuns. Cada uma de nós, por exemplo, representa um país que acredita na igualdade de género entre homens e mulheres, nos direitos fundamentais das mulheres e jovens mulheres e que estas devem viver livres de violência. E é por isso que participamos na campanha pela eliminação da violência contra as mulheres.
As estatísticas sobre a violência contra as mulheres são claras. De acordo com as Nações Unidas, uma em cada três mulheres e jovens mulheres sofrerá violência física ou sexual durante a sua vida. Todos os dias, 137 mulheres são mortas por um membro da sua família. Em todo o mundo, 15 milhões de meninas adolescentes, com idades entre 15 e 19 anos, foram sujeitas a sexo forçado. Quando paramos para considerar que o número de vítimas adolescentes é maior do que o de toda a população de Portugal, entendemos com grande preocupação a dimensão do problema. E a pandemia da covid-19 exacerbou esta violência. Desde o início da crise, os dados mostram um aumento nas chamadas para as linhas de apoio à violência doméstica, em muitos países.
A violência pode assumir muitas formas. Cerca de 71% de todas as vítimas do tráfico humano mundial são mulheres e meninas, das quais três em cada quatro são exploradas sexualmente. A ONU também observa que pelo menos 200 milhões de mulheres e meninas, com idades entre 15 e 49 anos, sofreram mutilação genital feminina, em 31 países onde a prática está concentrada.
Apesar desta evidência esmagadora da violência contra as mulheres, muitas vezes é fácil ignorar o problema, fingir que não se vê ou pensar que é um problema entre casais e que deverá ser resolvido a portas fechadas. Mas essa visão está a mudar. Mulheres e meninas têm todo o direito de viver sem medo da violência, de desfrutar dos mesmos direitos fundamentais que todas as outras pessoas.
Por isso, é importante que cada uma de nós faça a sua parte para sensibilizar e acabar com a violência contra as mulheres.
Entre colegas embaixadoras conversamos e sabemos que individualmente as suas embaixadas organizaram outras iniciativas de sensibilização como a #orangetheworld. Este cartaz representa um esforço coletivo da parte de 23 países para um mesmo propósito: a defesa da igualdade de género, a capacitação das mulheres e jovens meninas, a promoção e proteção dos direitos humanos.
Estamos unidas para fazer as nossas vozes serem ouvidas. Temos a sorte de viver e trabalhar em Portugal, um país que partilha da nossa crença na necessidade de combater a violência contra as mulheres e agradecemos os esforços dos vários participantes da sociedade portuguesa, tais como o governo, os meios de comunicação e organizações da sociedade civil, na chamada de atenção para este tema. Esperamos que juntos possamos continuar a agir para acabar com a violência contra as mulheres.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" - 05/12/20
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