Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
18/09/2020
FONTE:
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LEONOR ROSAS
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Devemos a nossa Democracia
ao Antifascismo
O antifascismo é a génese da nossa democracia e do nosso Estado Social. Rejeitar o antifascismo - como corrente ampla e abrangente que defende a importância dos direitos humanos, da liberdade e da paz - é necessariamente posicionar-se do lado do fascismo e das atrocidades que gerou.
Nas décadas de 1920 e 30, em todos os países onde regimes fascistas se impuseram, milhares de antifascistas se levantaram para os combater. Presos, torturados, exilados, assassinados: homens e mulheres cuja memória importa ativar para o combate que travamos nos nossos dias. Hoje, o avanço da direita radical e de movimentos fascizantes vem de mão dada com o esforço de desativar a memória antifascista do século XX. A luta das e dos resistentes contra a violência fascista é pintada como um campo de batalha onde se digladiam dois extremos simétricos.
Em 1922, Mussolini marcha sobre Roma. Bem antes disso, já os seus squadristi violentavam e assassinavam opositores, socialistas, sindicalistas e comunistas. As leis fascistissimas do Duce perpetuaram e institucionalizaram essa violência. Na Alemanha, em 1933, Hitler foi chamado a formar governo. No mesmo ano, milhares de resistentes são deportados para Dachau (o primeiro campo de concentração) onde são forçados a trabalhar até à morte. O nazi-fascismo é responsável pela pior guerra que a Humanidade conheceu, com dezenas de milhões de mulheres e homens mortos. Neste período, o seu projeto assassino quis igualmente eliminar fisicamente todos os considerados “indesejáveis”. O Holocausto representa a morte a milhões de judeus, pessoas ciganas, pessoas LGBT, prisioneiros de guerra soviéticos, sérvios, testemunhas de Jeová e pessoas com deficiência. Foi a luta de resistentes antifascistas, de exércitos aliados e de prisioneiros que travou tais atrocidades e derrotou a Alemanha Nazi, a Itália Fascista e seus aliados.
Em 1936, em Espanha, um pronunciamiento fascista contra o governo democraticamente eleito da República afunda o país numa violenta Guerra Civil. Com mais de 100 mil desaparecidos, o fim da guerra inaugura a ditadura franquista, que durará até 1975, perseguindo e assassinando milhares de opositores. Por cá, em 1933, é aprovada a Constituição que inaugura a ditadura do Estado Novo. A 18 de janeiro de 1934, os operários e a população da Marinha Grande iniciam uma revolta contra a recém instaurada ditadura que proibia greves e sindicatos livres. Estes homens serão enviados para o Tarrafal - campo da morte lenta. Durante os 48 anos da ditadura fascista do Estado Novo, milhares de homens e mulheres serão presos e torturados em Caxias, Aljube, Peniche, Tarrafal e outros cárceres por exigirem democracia, liberdade e autodeterminação.
Combater estas novas forças da desmemória e do branqueamento da história é igualmente devolver a agencialidade política a quem foi apagado ou transformado em vítima. Por todo o mundo, a resistência antifascista - e também anticolonial -, sempre ativa e agindo frequentemente na clandestinidade, foi composta de gente que não deixou que a violência que lhes foi imposta os definisse como vítimas, a sua própria ação definiu-os como resistentes. Estes homens e mulheres foram agentes políticos de transformação e guardiões da democracia. Como nos explica o historiador Enzo Traverso, o “gosto” pela vítima apolítica por parte de quem procura neutralizar a História apaga os antifascistas, os combatentes anticoloniais e todos os homens e mulheres que se tornaram agentes da sua própria libertação.
Hoje, a extrema-direita procura reabilitar moralmente ditadores ou regimes fascistas e colocar os resistentes e os movimentos antifascistas no mesmo patamar moral que os anteriores. Simultaneamente, procuram pintar o antifascismo como um grupo marginal e arruaceiro que põe em causa “a ordem”. Esquecem-se, no entanto, que o antifascismo é a génese da nossa democracia e do nosso Estado Social e que rejeitar o antifascismo - como corrente ampla e abrangente que defende a importância dos direitos humanos, da liberdade e da paz - é necessariamente posicionar-se do lado do fascismo e das atrocidades que gerou. Tal como na década de 1940, não existe um muro em cima do qual se possa estar - ou se é pela democracia ou não se é.
Como democratas, porque antifascistas, reconhecemos hoje que estamos nos ombros de gigantes e que, sendo a nossa genealogia política a da resistência e da luta, é o nosso trabalho continuá-la. Ser antifascista hoje é igualmente lutar por um aprofundamento dos direitos das mulheres, das pessoas LGBT e das pessoas racializadas. O combate ao radicalismo fascizante deve fazer-se sem deixar ninguém para trás, rejeitando todas as formas de discriminação.
Não devemos as nossas democracias, liberdades e direitos económicos e sociais a ditadores, devemo-los a quem os combateu. Muitas vezes com as suas próprias vidas. Por isso, é necessário que disputemos o campo da memória e preservemos as histórias de quem resistiu como ferramenta essencial para construir um futuro de liberdade, fraternidade, igualdade e paz.
* Activista estudantil
IN "ESQUERDA" - 15/09/20
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2396.UNIÃO
A companheira de Julian Assange, Stella Moris, denunciou que o fundador do WikiLeaks é vítima de tratamento abusivo na prisão de segurança máxima de Belmarsh, no sudeste de Londres, de onde trava uma batalha judicial para evitar ser extraditado para os Estados Unidos (EUA).
“Todos os dias Julian é acordado às 05:00, algemado, é colocado em celas, despido e submetido a raios-x.
É transportado [para o tribunal] durante 1,5 horas no que parece um caixão vertical, numa van claustrofóbica. Está numa caixa de vidro nos fundos do tribunal, da qual não pode consultar adequadamente os seus advogados”, referiu no Twitter.
As audiências sobre a extradição de Assange para os EUA, onde enfrenta prisão perpétua por divulgação de registos de ações de guerra no Iraque e no Afeganistão e arquivos de detidos na prisão de Guantánamo, entre outros documentos, começaram em Londres em 07 de setembro, noticiou esta quinta-feira o RT.
101-CINEMA
Sιɴopѕe:
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𝒜𝓅𝑜́𝓈 𝒶𝓁𝑔𝓊𝓃𝓈 𝓈𝑒́𝒸𝓊𝓁𝑜𝓈, 𝓈𝓊𝓇𝑔𝑒 𝓊𝓂 𝒾𝓃𝒾𝓂𝒾𝑔𝑜, 𝒾𝓂𝑜𝓇𝓉𝒶𝓁 𝒸𝑜𝓂𝑜 𝒶𝓂𝒷𝑜𝓈, 𝓆𝓊𝑒 𝓅𝓇𝑒𝓉𝑒𝓃𝒹𝑒 𝒹𝑒𝒸𝒶𝓅𝒾𝓉𝒶𝓇 𝒞𝑜𝓃𝓃𝑜𝓇, 𝓅𝒶𝓇𝒶 𝓈𝑒 𝓉𝑜𝓇𝓃𝒶𝓇 𝑜 𝓊́𝓃𝒾𝒸𝑜 𝒾𝓂𝑜𝓇𝓉𝒶𝓁 𝒹𝒶 𝒻𝒶𝒸𝑒 𝒹𝒶 𝒯𝑒𝓇𝓇𝒶.
Eleɴco:
𝑅𝑜𝓍𝒶𝓃𝓃𝑒 𝐻𝒶𝓇𝓉-𝐵𝓇𝑒𝓃𝒹𝒶 𝒲𝓎𝒶𝓉𝓉
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𝐵𝑒𝒶𝓉𝒾𝑒 𝐸𝒹𝓃𝑒𝓎-𝐻𝑒𝒶𝓉𝒽𝑒𝓇 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹
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𝒥𝑜𝓃 𝒫𝑜𝓁𝒾𝓉𝑜- 𝒟𝑒𝓉. 𝒲𝒶𝓁𝓉𝑒𝓇 𝐵𝑒𝒹𝓈𝑜𝑒
𝒮𝒽𝑒𝒾𝓁𝒶 𝒢𝒾𝓈𝒽- 𝑅𝒶𝒸𝒽𝑒𝓁 𝐸𝓁𝓁𝑒𝓃𝓈𝓉𝑒𝒾𝓃
𝒥𝒶𝓂𝑒𝓈 𝒞𝑜𝓈𝓂𝑜- 𝒜𝓃𝑔𝓊𝓈 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹
𝐵𝒾𝓁𝓁𝓎 𝐻𝒶𝓇𝓉𝓂𝒶𝓃-𝒟𝑜𝓊𝑔𝓁𝒶𝓈 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹
FONTE:ZIUL MIDRAJ