Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
24/01/2020
JOSÉ CABRITA SARAIVA
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IN "SOL"
22/01/20
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Viajar nas asas do papel
Num cantinho da estante principal lá de casa existe um espaço reservado ao género epistolar. Não são muitos livros, é certo, mas são os suficientes para formar um pequeno núcleo coerente onde aparecem, entre outros, Virginia Woolf e Rainer Maria Rilke, com as famosas Cartas a Jovens Poetas; a Carta ao Pai de Kafka; as Cartas da Rússia do Marquês de Custine; as cartas de amor de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz; as cartas da guerra de Lobo Antunes; e até uma antologia de cartas de suicidas (Vou-me Embora, de Hugo Grashoff).
Por estes dias, o dito núcleo recebeu um reforço. Não se trata de um
livro, mas de uma revista: um número do Magazine Littéraire cujo prato
forte é justamente ‘As correspondências dos escritores’. O dossiê começa
com uma conversa com o falecido Pierre Dumayet, conhecida personalidade
da TV francesa. «Fiquei sempre um pouco agastado com o facto de as
correspondências dos escritores serem, de forma mais ou menos assumida,
objeto de uma certa desclassificação em relação às obras», diz-nos ele.
«Esta distinção de valor esconde uma espécie de desprezo
incompreensível. Uma correspondência cruzada de escritores é uma máquina
capaz de nos fazer assistir, por exemplo, a uma conversa entre Flaubert
e Bouilhet [poeta e colega de escola do grande escritor], ou Sand,
Tourgueniev, Goncourt. É um pouco como se bastasse carregar num botão
para os ouvir conversar».
Bela tirada! Mas há muito mais neste número do Magazine: uma
fascinante viagem pela história das cartas, mensagens e serviços
postais, começando na velha Babilónia; e uma série de textos
‘monográficos’ dedicados a temas como as tabuinhas (antepassado da folha
de papel) de Cícero, a correspondência amorosa de Heloísa e Abelardo, a
circulação de cartas no século de Luís XIV, o ‘nascimento da
intimidade’ no século XIX, etc., etc.
Em termos de riqueza do conteúdo, julgo que estamos conversados.
Porém, a revista guardava-me ainda uma boa surpresa no final. Uma
entrevista com André Miquel, especialista na literatura árabe e autor da
tradução francesa das Mil e Uma Noites que recebi há uns anos pelo
Natal. Nessa entrevista fiquei a saber que a paixão de Miquel pela
cultura árabe lhe ficou de uma viagem à Tunísia, Argélia e Marrocos que
recebeu como prémio de um concurso de geografia em 1946. Que obteve uma
bolsa para estudar árabe em Damasco em 1953, e que aproveitou para
viajar pela região. «Podia-se passear por todos os países do Próximo
Oriente em perfeita tranquilidade. Ia-se ao Iraque num autocarro que
atravessava o deserto». Idílico? Nem por isso. Em setembro de 1961
Miquel foi detido no Cairo e acusado de espionagem. Esteve preso durante
cinco meses e foi sujeito a interrogatórios «musculados». Quando saiu
do cativeiro, as coisas eram «perfeitamente claras»: iria fazer uma
carreira académica e dedicar-se à investigação. A sua tradução das Mil e
Uma Noites é o corolário dessa carreira singular.
Pois bem, começámos a falar de cartas e acabámos no Oriente,
com as suas maravilhas e horrores. É que as palavras têm este tom:
viajam nas asas do papel e levam-nos com elas para sítios inesperados.
IN "SOL"
22/01/20
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FONTE: Observador
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Sim, Sr. Juiz/2
As heranças da mãe, os cofres
e o ski na Covilhã
(CONTINUA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA)
* 𝑶𝒔 𝒖́𝒍𝒕𝒊𝒎𝒐𝒔 𝒅𝒐𝒊𝒔 𝒅𝒊𝒂𝒔 𝒅𝒐 𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒓𝒐𝒈𝒂𝒕𝒐́𝒓𝒊𝒐 𝒂 𝑺𝒐́𝒄𝒓𝒂𝒕𝒆𝒔 𝒇𝒊𝒄𝒂𝒓𝒂𝒎 𝒎𝒂𝒓𝒄𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒆𝒙𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒂 𝒄𝒊𝒓𝒄𝒖𝒍𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒅𝒊𝒏𝒉𝒆𝒊𝒓𝒐 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒔𝒊, 𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒎𝒂̃𝒆 𝒆 𝑪𝒂𝒓𝒍𝒐𝒔 𝑺𝒂𝒏𝒕𝒐𝒔 𝑺𝒊𝒍𝒗𝒂.
𝑶 𝑶𝒃𝒔𝒆𝒓𝒗𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒆𝒐𝒖 𝒖𝒎𝒂 𝒔𝒆́𝒓𝒊𝒆 𝒅𝒆 𝒔𝒆𝒊𝒔 𝒆𝒑𝒊𝒔𝒐́𝒅𝒊𝒐𝒔 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒐𝒔 𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒓𝒐𝒈𝒂𝒕𝒐́𝒓𝒊𝒐𝒔 𝒅𝒐 𝒆𝒙-𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐-𝒎𝒊𝒏𝒊𝒔𝒕𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒇𝒐𝒓𝒂𝒎 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒑𝒖́𝒃𝒍𝒊𝒄𝒐𝒔.
𝑶 𝑶𝒃𝒔𝒆𝒓𝒗𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒆𝒐𝒖 𝒖𝒎𝒂 𝒔𝒆́𝒓𝒊𝒆 𝒅𝒆 𝒔𝒆𝒊𝒔 𝒆𝒑𝒊𝒔𝒐́𝒅𝒊𝒐𝒔 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒐𝒔 𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒓𝒐𝒈𝒂𝒕𝒐́𝒓𝒊𝒐𝒔 𝒅𝒐 𝒆𝒙-𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐-𝒎𝒊𝒏𝒊𝒔𝒕𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒇𝒐𝒓𝒂𝒎 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒑𝒖́𝒃𝒍𝒊𝒄𝒐𝒔.
FONTE:
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91-CINEMA
91-CINEMA
FORA "D'ORAS"
𝒳-ƊⱭƝƇ̧ⱭƝƊƠ ƝⱭՏ ƝƲVҼƝՏ
ՏӀƝƠƤՏҼ:
Ƭҽɾʍíղɑժɑ ɑ Տҽցմղժɑ Ɠմҽɾɾɑ ⱮմղժíɑƖ, եɾҽ̂s ҽx-ϲօʍҍɑեҽղեҽs ɑʍҽɾíϲɑղօs ҽ ցɾɑղժҽs ɑʍíցօs ϲօʍҍíղɑʍ ҽղϲօղեɾɑɾҽʍ-sҽ ժҽz ɑղօs ժҽթօís ղօ sҽմ ҍɑɾ ƒɑѵօɾíեօ. Qմɑղժօ ϲհҽցɑ օ ժíɑ ʍɑɾϲɑժօ, օs եɾҽ̂s թҽɾϲҽҍҽʍ qմҽ ҽsեɑ̃օ ʍմíեօ ʍմժɑժօs ҽ qմҽ sҽ օժҽíɑʍ: Ƭҽժ եօɾղօմ-sҽ ᴊօցɑժօɾ ҽ ҽʍթɾҽsɑ́ɾíօ ժҽ Ɩմեɑs ժҽ ҍօxҽ sմsթҽíեɑs, Ɗօմց ҽ́ մʍ թíղեօɾ ƒɾմsեɾɑժօ ҽ ɑցօɾɑ եɾɑҍɑƖհɑ ϲօʍ թɾօթɑցɑղժɑ ҽ Ɑղցíҽ ҽ́ ժօղօ ժҽ մʍɑ թɑsեҽƖɑɾíɑ ҽ թɑí ժҽ ѵɑ́ɾíօs ƒíƖհօs.
Ɗօմց ҽղϲօղեɾɑ օ sҽմ թɑեɾɑ̃օ qմҽ Ɩհҽ ɑթɾҽsҽղեɑ ɑ ҍҽƖɑ թɾօժմեօɾɑ ժҽ ƬV Jɑϲƙíҽ. ҼƖɑ թɾҽϲísɑ ժҽ մʍɑ íժҽíɑ թɑɾɑ օ sҽմ թɾօցɾɑʍɑ ҽ ɾҽsօƖѵҽ Ɩҽѵɑɾ օs եɾҽ̂s, sҽʍ qմҽ sɑíҍɑʍ, թɑɾɑ qմҽ ϲօղեҽʍ ղɑ ƬV ɑ հísեօ́ɾíɑ ժօ ɾҽҽղϲօղեɾօ.
ҼlҼƝƇƠ:
ҼlҼƝƇƠ:
Ɠҽղҽ ƘҽƖƖყ…Ƭҽժ RíƖҽყ
Ɗɑղ ƊɑíƖҽყ…Ɗօմց ӇɑƖƖҽɾեօղ
Ƈყժ Ƈհɑɾíssҽ …Jɑϲƙíҽ lҽíցհեօղ
ƊօƖօɾҽs Ɠɾɑყ …ⱮɑժҽƖíղҽ ƁɾɑժѵíƖƖҽ
ⱮíϲհɑҽƖ Ƙíժժ …Ɑղցíҽ VɑƖҽղեíղҽ
Ɗɑѵíժ Ɓմɾղs …Ƭíʍ
Jɑყ Ƈ. ƑƖíթթҽղ …ƇհɑɾƖҽs Ȥ. 'ƇհɑɾƖíҽ' ƇմƖƖօɾɑղ
FONTE:Mario Matto
FONTE:Mario Matto