Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
27/04/2019
FILIPE BATISTA
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IN "i"
25/04/19
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A hipócrita
solidariedade humana
A reconstrução de Notre-Dame será, certamente,
acompanhada mediaticamente e terminará com uma inauguração de pompa. Da
recuperação de Sofala e das vidas dos milhares de moçambicanos afetados
nada se saberá, e perdurará no esquecimento.
A bondade humana dá, neste milénio, sinais de
contágio com o que é, hoje, a principal tendência das coisas:
superficialidade e mediatismo.
Talvez por culpa das redes sociais, dos youtubers e desta sociedade
de consumo imediato, o ser humano dá cada vez mais sinais de viver as
tragédias e solidarizar--se com elas num ritmo do estilo Twitter.
Presencia-se uma catástrofe, uma calamidade ou um incidente grave e, em
dois ou três dias, toda a gente comenta, toda a gente contribui e se
envolve para, dois ou três dias depois, o acontecimento cair no
esquecimento.
Mais incompreensíveis são os fenómenos que envolvem perda de vidas
humanas ou em que homens, mulheres e crianças correm risco de vida ou
são colocados em situação de profunda degradação. Perante estes, o mundo
choca-se, mobiliza-se e age – normalmente contribuindo financeiramente –
e, tal como Pilatos, lava as suas mãos e prossegue o seu caminho.
Há cerca de uma semana, o planeta (em rigor, uma pequena parte dele),
despertou com o choque de Notre-Dame em chamas. Naturalmente que, para
quem sabe o que é e entende o seu significado na história da França e na
cultura europeia, o que aconteceu é triste e exalta o espírito de
solidariedade.
Mas grande parte do planeta não sabe, não quer saber e
este incidente é irrelevante para os problemas do seu quotidiano. As
pessoas que foram afetadas pelo ciclone Idai em Moçambique, os migrantes
do norte de África (ainda se lembram deles?), os migrantes detidos à
porta dos EUA ou as vítimas da guerra na Síria, desconfio, não tiveram
tempo para lamentar este infortúnio.
Eu, naturalmente, fiquei impressionado, assim como ficaria se algo
semelhante acontecesse aos Jerónimos, ao Convento de Mafra ou à Catedral
de Barcelona, por exemplo. O que me fez alguma confusão foi a prontidão
com que os milionários franceses se apressaram a doar fortunas para a
reconstrução da catedral.
Num espaço de horas, Bernard Arnault, o dono do grupo LVMH, anunciou
uma doação de 200 milhões de euros, e François Pinault uma doação de cem
milhões – a juntar a estas, muitas outras que elevaram o patamar para
os 600 milhões de euros.
A crítica não vai para o gesto, que é certamente bem-vindo e
totalmente legítimo. A crítica vai para a ausência destes
gestos-relâmpago quando o que está em causa são vítimas humanas.
Estes benfeitores de Notre-Dame ficarão certamente na História como
beneméritos contribuintes para a restituição da catedral ao povo. Ficará
registado na História, escrito nos livros, nas wikipédias da vida e,
muito provavelmente, será relembrado nas aulas de História para todo o
sempre.
O mesmo talvez não acontecesse se o gesto fosse feito para aliviar o
sofrimento das crianças vítimas do longo conflito na Síria, ou para
ajudar a reconstrução da região de Moçambique afetada pelo ciclone.
Seria reconhecido o gesto, mas estaria condenado ao esquecimento do
resto do mundo. Nem mesmo os beneficiários da ajuda poderiam alguma vez
retribuir.
O mesmo não se poderá dizer dos 13 milhões de visitantes que
Notre-Dame recebe por ano e, entre eles, os que vão continuar a
assegurar as visitas às lojas do grupo LVMH e o consumo dos seus
produtos de luxo, tais como: Hennessy, Moët & Chandon, Dom Pérignon,
Veuve Clicquot, Tag Heuer, Zenith, Hublot, De Beers, Louis Vuitton,
Fendi, Bvlgari, Donna Karan, Kenzo, Loewe ou Marc Jacobs.
A ajuizar por esta luxuosa lista de produtos, eu diria que 200
milhões são uma enorme generosidade, mas pecam por escasso para um grupo
que fatura acima dos 46 mil milhões de euros. Em rigor, a doação foi de
cerca de 4% da faturação do grupo; é significativa e é certamente de
boa vontade.
Contudo, não acho que seja totalmente superficial e – nada
me convence do contrário – não tem associada uma contrapartida clara:
garantir o fluxo de consumidores dos seus produtos.
A ironia de tudo isto é que o incidente de Notre-Dame mobilizou 16
vezes mais recursos que a ajuda inicial a Moçambique. O tempo recorde em
que a catedral irá ser reconstituída contrastará com os anos que
Moçambique levará a reerguer a província de Sofala e os seus 1300
quilómetros quadrados de terra inundada.
A reconstrução de Notre-Dame será, certamente, acompanhada
mediaticamente e terminará com uma inauguração de pompa. Da recuperação
de Sofala e das vidas dos milhares de moçambicanos afetados nada se
saberá, e perdurará no esquecimento.
É isto a hipócrita solidariedade humana.
IN "i"
25/04/19
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* A Euronews arrancou segunda-feira 18/03/19 numa viagem de dois meses para
perceber o espírito dos cidadãos da Europa antes das eleições de maio.
Começando
em Lisboa, os nossos jornalistas vão viajar por Espanha, França,
Itália, Grécia, Bulgária. Roménia, Hungria, Áustria, República Checa,
Polónia, Alemanha e Holanda, antes de terminarem em Bruxelas nas
vésperas da votação.
Em cada etapa da viagem, dois jornalistas da Euronews vão viajar juntos e ouvir as pessoas que vivem longe das grandes cidades.
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A crise migratória tem preocupado a Europa e a Grécia é um dos pontos
de entrada de milhares de refugiados e migrantes que tentam entrar no
Velho Continente.
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Os jornalistas Fay Doulgari e Bryan Carter percorreram o rio Evros, que estabelece a fronteira entre a Turquia e a Grécia.
À medida que percorrem a região compreendem, rapidamente, que a migração é uma questão sensível. Este é um dos principais pontos de entrada na Europa, para os refugiados. Para reduzir o número de travessias, o Governo grego construiu, em 2012, uma cerca de 10 quilómetros na única parte da fronteira entre a Grécia e a Turquia que não está dividida pelo rio Evros. Isso não impediu que algumas pessoas tentassem atravessar.
À medida que percorrem a região compreendem, rapidamente, que a migração é uma questão sensível. Este é um dos principais pontos de entrada na Europa, para os refugiados. Para reduzir o número de travessias, o Governo grego construiu, em 2012, uma cerca de 10 quilómetros na única parte da fronteira entre a Grécia e a Turquia que não está dividida pelo rio Evros. Isso não impediu que algumas pessoas tentassem atravessar.
Como pensionistas europeus e atentos iremos divulgar a viagem que pressupomos com muito interesse.
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FONTE: renascença
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1956
Senso d'hoje
JOÃO TABORDA DA GAMA
ADVOGADO
JACINTO LUCAS PIRES
ESCRITOR
ANTÓNIO COSTA
PRIMEIRO MINISTRO-PORTUGAL
Os "filhos dos filhos"
que fizeram o 25 de abril
* JORNALISTAS: GRAÇA FRANCO E JOSÉ PEDRO FRAZÃO
A Renascença assinalou os 45 anos do 25 de Abril com uma emissão
especial a partir da residência oficial do primeiro-ministro, no Palácio
de S. Bento.
Esta emissão especial contou também com as participações de João Taborda
da Gama e Jacinto Lucas Pires, filhos de Jaime Gama e Francisco Lucas
Pires, respetivamente. Os dois comentadores da Renascença recordaram
como lhes foi explicado o 25 de abril e refletiram sobre o papel da
rádio e importância da palavra dita.
FONTE: renascença
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77-CINEMA
77-CINEMA
FORA "D'ORAS"
XII-OS MAIAS
CENAS DA VIDA ROMÂNTICA
CENAS DA VIDA ROMÂNTICA
SINOPSE
A acção de "Os Maias" passa-se em Lisboa, na segunda metade dos séc. XIX. Conta-nos a história de três gerações da família Maia.
A acção inicia-se no Outono de 1875, altura em que Afonso da Maia, nobre e rico proprietário, se instala no Ramalhete. O seu único filho – Pedro da Maia – de carácter fraco, resultante de um educação extremamente religiosa e proteccionista, casa-se, contra a vontade do pai, com a negreira Maria Monforte, de quem tem dois filhos – um menino e uma menina. Mas a esposa acabaria por o abandonar para fugir com um Napolitano, levando consigo a filha, de quem nunca mais se soube o paradeiro.
O filho – Carlos da Maia – viria a ser entregue aos cuidados do avô, após o suicídio de Pedro da Maia.
Carlos passa a infância com o avô, formando-se depois, em Medicina em Coimbra. Carlos regressa a Lisboa, ao Ramalhete, após a formatura, onde se vai rodear de alguns amigos, como o João da Ega, Alencar, Damaso Salcede, Palma de Cavalão, Euzébiozinho, o maestro Cruges, entre outros. Seguindo os hábitos dos que o rodeavam, Carlos envolve-se com a Condessa de Gouvarinho, que depois irá abandonar.
Um dia fica deslumbrado ao conhecer Maria Eduarda, que julgava ser mulher do brasileiro Castro Gomes. Carlos seguiu-a algum tempos sem êxito, mas acaba por conseguir uma aproximação quando é chamado Maria Eduarda para visitar, como médico a governanta. Começam então os seus encontros com Maria Eduarda, visto que Castro Gomes estava ausente. Carlos chega mesmo a comprar uma casa onde instala a amante. Castro Gomes descobre o sucedido e procura Carlos, dizendo que Maria Eduarda não era sua mulher, mas sim sua amante e que, portanto, podia ficar com ela.
Entretanto, chega de Paris um emigrante, que diz ter conhecido a mãe de Maria Eduarda e que a procura para lhe entregar um cofre desta que, segundo ela lhe disse, continha documentos que identificariam e garantiriam para a filha uma boa herança. Essa mulher era Maria Mão Forte – a mãe de Maria Eduarda era, portanto, também a mãe de Carlos. Os amantes eram irmãos...
Contudo, Carlos não aceita este facto e mantém abertamente, a relação – incestuosa – com a irmã. Afonso da Maia, o velho avô, ao receber a notícia morre desgosto. Ao tomar conhecimento, Maria Eduarda, agora rica, parte para o estrangeiro; e Carlos, para se distrair, vai correr o mundo. O romance termina com o regresso de Carlos a Lisboa, passados 10 anos, e o seu reencontro com Portugal e com Ega, que lhe diz: - "falhamos a vida, menino!"
FONTE: Comédia em PT
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A acção inicia-se no Outono de 1875, altura em que Afonso da Maia, nobre e rico proprietário, se instala no Ramalhete. O seu único filho – Pedro da Maia – de carácter fraco, resultante de um educação extremamente religiosa e proteccionista, casa-se, contra a vontade do pai, com a negreira Maria Monforte, de quem tem dois filhos – um menino e uma menina. Mas a esposa acabaria por o abandonar para fugir com um Napolitano, levando consigo a filha, de quem nunca mais se soube o paradeiro.
O filho – Carlos da Maia – viria a ser entregue aos cuidados do avô, após o suicídio de Pedro da Maia.
Carlos passa a infância com o avô, formando-se depois, em Medicina em Coimbra. Carlos regressa a Lisboa, ao Ramalhete, após a formatura, onde se vai rodear de alguns amigos, como o João da Ega, Alencar, Damaso Salcede, Palma de Cavalão, Euzébiozinho, o maestro Cruges, entre outros. Seguindo os hábitos dos que o rodeavam, Carlos envolve-se com a Condessa de Gouvarinho, que depois irá abandonar.
Um dia fica deslumbrado ao conhecer Maria Eduarda, que julgava ser mulher do brasileiro Castro Gomes. Carlos seguiu-a algum tempos sem êxito, mas acaba por conseguir uma aproximação quando é chamado Maria Eduarda para visitar, como médico a governanta. Começam então os seus encontros com Maria Eduarda, visto que Castro Gomes estava ausente. Carlos chega mesmo a comprar uma casa onde instala a amante. Castro Gomes descobre o sucedido e procura Carlos, dizendo que Maria Eduarda não era sua mulher, mas sim sua amante e que, portanto, podia ficar com ela.
Entretanto, chega de Paris um emigrante, que diz ter conhecido a mãe de Maria Eduarda e que a procura para lhe entregar um cofre desta que, segundo ela lhe disse, continha documentos que identificariam e garantiriam para a filha uma boa herança. Essa mulher era Maria Mão Forte – a mãe de Maria Eduarda era, portanto, também a mãe de Carlos. Os amantes eram irmãos...
Contudo, Carlos não aceita este facto e mantém abertamente, a relação – incestuosa – com a irmã. Afonso da Maia, o velho avô, ao receber a notícia morre desgosto. Ao tomar conhecimento, Maria Eduarda, agora rica, parte para o estrangeiro; e Carlos, para se distrair, vai correr o mundo. O romance termina com o regresso de Carlos a Lisboa, passados 10 anos, e o seu reencontro com Portugal e com Ega, que lhe diz: - "falhamos a vida, menino!"
FONTE:
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NR: Se os nossos visitadores tiverem nos seus arquivos filmes de bom nível ou outros temas que julguem interessantes agradecemos que nos enviem para: "apxxdxdocorreio@gmail.com", ficaremos mais que gratos.
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