Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
08/02/2019
.
HOJE NO
"i"
PSP detém 12 pessoas
de trotinete e bicicleta
Polícia fez operação de fiscalização em todo o país
A PSP deteve 12 pessoas e totalizou 528 contraordenações na
quinta-feira, no âmbito de uma operação de fiscalização a bicicletas e
trotinetes denominada "Risco Mínimo".
.
.
ATÉ PARADAS INCOMODAM |
Entre os detidos na operação, seis condutores de bicicletas e trotinetes apresentavam excesso de álcool no sangue.
No âmbito da mesma operação foram ainda registadas outras 618
infrações. A PSP fiscalizou um total de 1268 bicicletas e trotinetes
"Especialmente direcionada para a fiscalização do cumprimento das
disposições legais aplicáveis", a ação contou com a participação de 1109
agentes.
* Agora os automobilistas não estão tão sós, já têm ciclistas e trotinistas com quem partilhar boçalidades.
.
.
HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Medalhas olímpicas
feitas de lixo eletrónico
A
organização japonesa dos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, quer
produzir as medalhas de competição com lixo eletrónico. Desde 2017 que
está a ser organizada uma campanha de forma a recolher todos os
telemóveis e computadores deitados fora para que possam ser
reutilizados.
.
MORTE OLÍMPICA |
Numa atualização feita esta sexta-feira, os
organizadores anunciaram a recolha de mais de 47 mil toneladas de
dispositivos eletrónicos, onde se inclui um total de cinco milhões de
telemóveis entregues por uma das maiores companhias eletrónicas do
Japão.
Com cerca de 90% do
ouro alcançado e 85% da prata, é expectável que as metas sejam atingidas
até ao final de 2019, de forma a que comecem a ser fabricadas as
medalhas.
Recorde-se que já na edição de 2016, no Rio de
Janeiro, cerca de 30% das medalhas atribuídas foram feitas com materiais
reciclados.
* Mas que lindo, os arpões que matam as baleias também são de lixo electrónico? Ecomortandade?
.
.
Votaram
contra a maioria dos deputados da bancada do CDS-PP, e as abstenções
saíram do PCP, PEV, do deputado social-democrata Miguel Morgado, e dos
deputados do CDS Nuno Magalhães, João Rebelo, Teresa Caeiro e Ana Rita
Bessa.
.
HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Cristas juntou-se à Esquerda e ao
PSD a favor da lei da paridade
A nova
lei da paridade em titulares de cargos políticos, estabelecendo uma
representação mínima de 40% de cada género, foi aprovada em votação
final pelo PSD, PS, Bloco, PAN e pela presidente do CDS-PP, Assunção
Cristas.
Esta nova lei entra
em vigor no prazo de 120 dias, o que significa que se aplicará já nas
eleições legislativas de 6 de outubro, mas não nas europeias de 26 de
março próximo.
Na
votação eletrónica - já que a aprovação do diploma requeria dois terços
por uma maioria absoluta de deputados -, a proposta que partiu do
Governo obteve 184 votos a favor, 24 contra e oito abstenções.
.
.
SUSANA AMADOR |
A presidente do CDS e a
democrata-cristã Isabel Galriça Neto juntaram-se ao PSD, PS, Bloco de
Esquerda, PAN e ao deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira na
aprovação deste diploma.
Com a entrada
em vigor do atual diploma, em vez de um terço de obrigatoriedade de
representação política de cada género em candidatura políticas, como tem
acontecido até agora, passa-se a partir de legislativas de outubro para
a fasquia de 40%.
A deputada
socialista Susana Amador considerou a aprovação da nova lei da paridade
"um passo histórico" no sentido da igualdade entre homens e mulheres na
representação política, enquanto o dirigente social-democrata Carlos
Peixoto afirmou que a ação do PSD foi decisiva "para moderar" o diploma
inicial que saiu do Governo.
Numa
declaração de voto oral, a presidente do CDS-PP manifestou apoio à
existência de uma progressiva igualdade entre homens e mulheres ao nível
da representação política, mas fez um discurso muito crítico sobre a
atuação do PS e do PSD ao longo do processo de aprovação deste diploma.
"Muitos
deputados e deputadas da nossa bancada teriam até o desejo de fazer
evoluir o seu sentido de voto, mas isso não aconteceu porque continuamos
a ter no texto final aprovado dúvidas sérias sobre a sua conformidade à
Constituição, nomeadamente a questão relacionada com a sanção. Depois,
aprovar alterações relevantes às leis eleitorais em ano das próprias
eleições é contrário a todos os princípios de sensatez política e
democrática", declarou a líder democrata-cristã.
Assunção
Cristas fez questão de referir que o Grupo Parlamentar do CDS-PP é já
atualmente o mais paritário de todos, com oito deputadas em 18, ou seja,
44%.
"Temos aprovadas internamente
regras para a constituição das listas de candidatos às próximas eleições
legislativas, procurando o máximo equilíbrio possível. Lamento que não
tenha sido possível um consenso mais alargado e que haja este atropelo
às melhores recomendações internacionais, juntando um bloco central
[PSD, PS] porventura com outros interesses que nada têm a ver com o
reforço da representação das mulheres", criticou a presidente do CDS-PP.
Já
a deputada comunista Rita Rato, cuja bancada se absteve nesta votação,
afirmou que o PCP "não acompanha a ideia de que aquilo que determina a
opção política de cada eleito seja o seu sexo e não a sua opção
ideológica".
"Queremos registar que
ainda na anterior legislatura houve uma presença muito significativa de
mulheres no parlamento. Mas essa foi a legislatura e o parlamento que
mais atacou os direitos das mulheres. Tantas mulheres aqui sentadas
votaram pelo aumento do horário de trabalho na administração pública",
apontou Rita Rato.
Rita Rato criticou ainda medida tomadas por ex-ministras de Pedro Passos Coelho, como Maria Luís Albuquerque e Assunção Cristas.
"Por
via dessas duas ministras foram impostos cortes salariais às mulheres
da administração pública - mulheres que são a maioria na administração
pública. Cortaram-se pensões às reformadas, que são a maioria dos
pensionistas. A lei da paridade radica num embuste, que é o sexo de cada
um dos eleitos que determina a justeza das propostas", insistiu a
deputada do PCP.
* Não nos espantamos com o sentido de oportunidade de Cristas e com a militante subserviência ao macho comunista de Rita Rato.
LIU ZHEMMIN
.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
07/02/19
.
Acabar com a pobreza
é possível enfrentando as
desigualdades entre países
São necessárias transformações fundamentais no futuro, para reduzir as diferenças de rendimento entre os países e dentro deles. Segundo as estimativas da ONU, sem mudanças significativas, mais de 7% da população mundial poderá continuar na pobreza até 2030.
Os líderes mundiais comprometeram-se a acabar com a pobreza até 2030.
Alcançar esse objetivo significa conseguir, durante a próxima década,
reduções acentuadas nas desigualdades de rendimento, de oportunidades,
de género, de exposição ao risco, entre países e dentro dos países.
A desigualdade é um
reconhecido obstáculo para a erradicação da pobreza, assim como muitos
outros desafios para o desenvolvimento, e apresenta-se em múltiplas
dimensões na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que
constitui o plano universalmente aceite para promover a prosperidade e o
bem-estar social, protegendo o meio ambiente.
De acordo
com diversas informações estatísticas, a desigualdade de rendimentos
entre os países diminuiu um pouco nas últimas décadas, graças ao forte
crescimento económico registado no leste e no sul da Ásia. Contudo, há
muitos países, particularmente em África, na Ásia Ocidental e na América
Latina e Caraíbas, onde os níveis de rendimento continuaram a cair,
exacerbando as desigualdades de rendimentos entre países.
A
análise mais recente das Nações Unidas no "World Economic Situation and
Prospects 2019" indica que os níveis de rendimento "per capita"
estagnaram ou declinaram em 47 economias em desenvolvimento e em
transição no ano passado. A maioria desses países tem retrocedido
constantemente ao longo de várias décadas. Esta realidade representa um
enorme desafio à medida que os países se esforçam para reduzir a
pobreza, desenvolver infraestruturas essenciais, criar empregos e apoiar
a diversificação económica. A maioria das nações menos desenvolvidas é
altamente dependente de matérias-primas, o que enfatiza a importância de
diversificar e bem gerir os recursos naturais para explorar o seu
potencial de desenvolvimento. Vários países viveram também longos
conflitos armados ou distúrbios civis e instabilidade política.
Se
esta tendência continuar, será cada vez mais difícil erradicar a
pobreza e criar emprego para todos. O fraco desempenho económico também
está ligado ao insuficiente investimento em educação de qualidade,
serviços de saúde, proteção social, programas para grupos marginalizados
e mitigação e adaptação às alterações climáticas.
O
crescimento mais rápido do PIB, por si só, não levará necessariamente a
melhorias significativas nos padrões de vida. Desigualdades profundas
persistem na distribuição de riqueza dentro dos países, atuando como uma
grande barreira ao desenvolvimento. A elevada desigualdade dos países
ao nível interno está associada à exclusão e à fragmentação social, à má
governação, ao aumento do risco de violência e de conflito interno.
São
necessárias transformações fundamentais no futuro, para reduzir as
diferenças de rendimento entre os países e dentro deles. Segundo as
estimativas da ONU, sem mudanças significativas, mais de 7% da população
mundial poderá continuar na pobreza até 2030, incluindo cerca de 30% da
população de África e dos países menos desenvolvidos.
No
caso do continente africano, onde a população está a crescer a uma taxa
superior a 2% ao ano, reduzir os níveis de pobreza extrema para menos de
5% até 2030 exigirá uma combinação de crescimento de dois dígitos do
PIB e declínios dramáticos nas desigualdades, uma situação sem
precedentes.
Medidas políticas integradas e transversais
que potenciam as perspetivas de crescimento económico e reduzam as
desigualdades de rendimento são essenciais para um mundo mais
sustentável e inclusivo. Para tal é necessário investir na educação, na
saúde, na resiliência às alterações climáticas e na inclusão financeira e
digital, para apoiar o crescimento económico e a criação de empregos no
curto prazo, promovendo o desenvolvimento sustentável a longo prazo.
A
estabilidade macroeconómica e um sólido programa de políticas
orientadas para o desenvolvimento, incluindo um sistema financeiro
robusto e eficaz, são elementos-chave para enfrentar com sucesso as
desigualdades. Políticas fiscais bem projetadas podem ajudar a suavizar o
ciclo de negócios, fornecer bens públicos, corrigir falhas de mercado e
influenciar diretamente a distribuição de rendimento. A ampliação do
acesso à educação de qualidade é também crucial, aliada a políticas de
emprego, como o aumento do salário mínimo e o aumento da proteção
social. A prioridade no desenvolvimento de infraestruturas rurais, por
meio de investimentos públicos em transportes, na agricultura e na
energia, pode também apoiar o alívio da pobreza e diminuir as
desigualdades dentro dos países.
Embora não exista uma
solução única de políticas que garanta uma sociedade mais igualitária e
próspera, é evidente que os apelos para erradicar a pobreza não fazem
sentido sem uma ação política concertada e comprometida na redução das
desigualdades.
* Subsecretário-Geral da ONU para os Assuntos Económicos e Sociais
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
07/02/19
.
.
.
HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Bruxelas.
Turismo tem roubado casas aos
mais pobres de Lisboa e Porto
“Deterioração projetada na procura externa e aumento da incerteza podem ter efeitos negativos nas decisões de investimento”, avisa Bruxelas.
“É preciso acompanhar mais de perto” o que
está a acontecer no mercado de habitação em Portugal, em particular em
Lisboa e Porto, avisa a equipa da Comissão Europeia (CE) que veio ao
país avaliar como está a correr o pós-programa de ajustamento.
No nono relatório sobre Portugal, divulgado ontem ao final da tarde, os
especialistas da CE mostram-se relativamente preocupados com os efeitos
da subida do valor das casas nos últimos anos e constatam, por exemplo,
que há efeitos sociais destruidores em curso.
“O aumento nos preços das casas está, em
grande medida concentrado nas principais cidades de Lisboa e Porto, onde
as atividades do turismo se estão a expandir para as áreas
residenciais, com um impacto negativo na habitação a preços acessíveis
para os grupos socialmente vulneráveis”, constatam os peritos.
Valor das casas em Portugal deve travar com menos procura
Horas antes, ontem de manhã, a Comissão Europeia, ao mais alto nível, no estudo sobre as projeções económicas do inverno, apresentado em Bruxelas pelo comissário da Economia, Pierre Moscovici, também tocou nesse problema e nos perigos que uma travagem abrupta na procura de casas (seja devido ao arrefecimento dos fluxos turísticos, seja por via de uma quebra na capacidade financeira dos estrangeiros que vêm ao país comprar imobiliário) representa para a estabilidade da economia portuguesa.
.
Para Bruxelas, a explosão vivida nos anos mais recentes ao nível do
mercado de habitação em Portugal pode ter os dias contados. A produção
de casas continua a “recuperar”, mas é de esperar um “abrandamento da
procura externa”, isto é, da procura dos investidores estrangeiros. O
ambiente externo está mais incerto, há o problema do brexit e a travagem
da economia chinesa.
Portanto, se houve um boom imobiliário – e alguns analistas afirmam que sim – ele estará prestes a acabar.
Bruxelas vem assim juntar-se ao Banco de Portugal e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) nos avisos ao aparente fim de ciclo de forte expansão que pode estar a acontecer no mercado imobiliário português, um fenómeno que não sendo generalizado ao território nacional, parece afetar bastante algumas economias locais, sobretudo os maiores centros urbanos, concordam as duas instituições.
No estudo divulgado de manhã, a Comissão observa que “a recente recuperação na construção residencial deve contribuir para alguma moderação na inflação dos preços da habitação para 8,5% no terceiro trimestre de 2018 face a igual período de 2017, após um pico de 12,2% no início do ano”.
São subidas grandes, mas quando se faz o balanço dos últimos quatro anos, o aumento médio é ainda maior, de 30% ou mais.
No entanto, avisa Bruxelas, a correção do mercado residencial português ainda não acabou. “Os preços das casas devem registar uma moderação ainda maior durante o período de previsão [até 2020], refletindo a recuperação gradual da oferta e a desaceleração na procura externa”, alerta o executivo europeu.
Banco de Portugal e FMI já avisaram
O primeiro aviso de que Portugal estaria a incorrer num risco sério surgiu em junho quando o banco central governado por Carlos Costa alertou para o facto de “a duração e o ritmo de crescimento dos preços neste mercado poder implicar riscos para a estabilidade financeira, em caso de persistência destas dinâmicas”.
Escassas semanas depois, seria o FMI a constatar que “existem vulnerabilidades financeiras que podem estar a emergir em determinadas bolsas”, em certas regiões da Europa. “Há sítios – por exemplo, Luxemburgo, algumas cidades alemãs, algumas áreas em Portugal e Holanda – onde os desequilíbrios entre a procura e a oferta estão a levar a uma forte valorização do imobiliário residencial [habitação] ou comercial”, exemplificou.
Em setembro, foi o próprio Carlos Costa a retomar o tema, alertando para “situações de euforia no mercado, nomeadamente no mercado residencial e hipotecário”.
O governador defendeu então “medidas que ataquem desenvolvimentos sistémicos negativos resultantes da interação das decisões individuais”, que viria a tomar, limitando, por exemplo, máximos na concessão de crédito bancário, regras mais estritas para o pagamento das prestações e para a proporção entre juros e rendimento.
Em dezembro, a situação não estava mais equilibrada. Pelo contrário. O banco central avisou que a sobrevalorização dos preços era “mais acentuada a nível regional/local” e estava a acontecer muito por causa da procura, da “forte dinâmica do turismo e do investimento direto por não residentes”.
Ora, isso é um problema. Se os estrangeiros tiverem menos dinheiro, a economia nacional pode tornar a ficar num limbo por causa desta forte exposição imobiliária.
“Dada a elevada exposição do setor bancário ao mercado imobiliário residencial, um ajustamento abrupto dos preços neste mercado representa um risco para o setor bancário”, disse Carlos Costa.
Mais incerteza, menos investimento
Ontem, o crescimento previsto da economia portuguesa foi revisto em baixa ligeira em 2018 e 2019 pela Comissão Europeia (CE), que agora está bastante mais negativa relativamente aos riscos que podem afetar Portugal e sobretudo Europa e zona euro. Esta última só deve crescer 1,3% e mesmo isso não é certo. Pode ser pior.
De acordo com as novas previsões, a economia nacional deve expandir-se apenas 1,7% este ano, o pior registo desde 2014, estava Portugal a sair do programa de austeridade da troika e do governo PSD-CDS. Nessa altura, cresceu 0,9%.
No novo estudo, a CE revela-se, de facto, muito mais pessimista relativamente às ondas de choque que podem vir da China (cuja a economia muito endividada e apoiada em consumo interno está a travar), aos efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia (o brexit é cada vez mais uma incógnita) e aos efeitos das guerras comerciais por esse mundo fora.
No capítulo sobre Portugal, Bruxelas deixa claro que os riscos para os próximos dois anos “são negativos já que a deterioração projetada na procura externa e o aumento da incerteza global podem ter efeitos negativos nas decisões de investimento das empresas”. O imobiliário será dos setores de maior risco, como sempre foi no passado.
Valor das casas em Portugal deve travar com menos procura
Horas antes, ontem de manhã, a Comissão Europeia, ao mais alto nível, no estudo sobre as projeções económicas do inverno, apresentado em Bruxelas pelo comissário da Economia, Pierre Moscovici, também tocou nesse problema e nos perigos que uma travagem abrupta na procura de casas (seja devido ao arrefecimento dos fluxos turísticos, seja por via de uma quebra na capacidade financeira dos estrangeiros que vêm ao país comprar imobiliário) representa para a estabilidade da economia portuguesa.
.
O TURISMO FLUTUA, POBRES PARA A RUA |
Portanto, se houve um boom imobiliário – e alguns analistas afirmam que sim – ele estará prestes a acabar.
Bruxelas vem assim juntar-se ao Banco de Portugal e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) nos avisos ao aparente fim de ciclo de forte expansão que pode estar a acontecer no mercado imobiliário português, um fenómeno que não sendo generalizado ao território nacional, parece afetar bastante algumas economias locais, sobretudo os maiores centros urbanos, concordam as duas instituições.
No estudo divulgado de manhã, a Comissão observa que “a recente recuperação na construção residencial deve contribuir para alguma moderação na inflação dos preços da habitação para 8,5% no terceiro trimestre de 2018 face a igual período de 2017, após um pico de 12,2% no início do ano”.
São subidas grandes, mas quando se faz o balanço dos últimos quatro anos, o aumento médio é ainda maior, de 30% ou mais.
No entanto, avisa Bruxelas, a correção do mercado residencial português ainda não acabou. “Os preços das casas devem registar uma moderação ainda maior durante o período de previsão [até 2020], refletindo a recuperação gradual da oferta e a desaceleração na procura externa”, alerta o executivo europeu.
Banco de Portugal e FMI já avisaram
O primeiro aviso de que Portugal estaria a incorrer num risco sério surgiu em junho quando o banco central governado por Carlos Costa alertou para o facto de “a duração e o ritmo de crescimento dos preços neste mercado poder implicar riscos para a estabilidade financeira, em caso de persistência destas dinâmicas”.
Escassas semanas depois, seria o FMI a constatar que “existem vulnerabilidades financeiras que podem estar a emergir em determinadas bolsas”, em certas regiões da Europa. “Há sítios – por exemplo, Luxemburgo, algumas cidades alemãs, algumas áreas em Portugal e Holanda – onde os desequilíbrios entre a procura e a oferta estão a levar a uma forte valorização do imobiliário residencial [habitação] ou comercial”, exemplificou.
Em setembro, foi o próprio Carlos Costa a retomar o tema, alertando para “situações de euforia no mercado, nomeadamente no mercado residencial e hipotecário”.
O governador defendeu então “medidas que ataquem desenvolvimentos sistémicos negativos resultantes da interação das decisões individuais”, que viria a tomar, limitando, por exemplo, máximos na concessão de crédito bancário, regras mais estritas para o pagamento das prestações e para a proporção entre juros e rendimento.
Em dezembro, a situação não estava mais equilibrada. Pelo contrário. O banco central avisou que a sobrevalorização dos preços era “mais acentuada a nível regional/local” e estava a acontecer muito por causa da procura, da “forte dinâmica do turismo e do investimento direto por não residentes”.
Ora, isso é um problema. Se os estrangeiros tiverem menos dinheiro, a economia nacional pode tornar a ficar num limbo por causa desta forte exposição imobiliária.
“Dada a elevada exposição do setor bancário ao mercado imobiliário residencial, um ajustamento abrupto dos preços neste mercado representa um risco para o setor bancário”, disse Carlos Costa.
Mais incerteza, menos investimento
Ontem, o crescimento previsto da economia portuguesa foi revisto em baixa ligeira em 2018 e 2019 pela Comissão Europeia (CE), que agora está bastante mais negativa relativamente aos riscos que podem afetar Portugal e sobretudo Europa e zona euro. Esta última só deve crescer 1,3% e mesmo isso não é certo. Pode ser pior.
De acordo com as novas previsões, a economia nacional deve expandir-se apenas 1,7% este ano, o pior registo desde 2014, estava Portugal a sair do programa de austeridade da troika e do governo PSD-CDS. Nessa altura, cresceu 0,9%.
No novo estudo, a CE revela-se, de facto, muito mais pessimista relativamente às ondas de choque que podem vir da China (cuja a economia muito endividada e apoiada em consumo interno está a travar), aos efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia (o brexit é cada vez mais uma incógnita) e aos efeitos das guerras comerciais por esse mundo fora.
No capítulo sobre Portugal, Bruxelas deixa claro que os riscos para os próximos dois anos “são negativos já que a deterioração projetada na procura externa e o aumento da incerteza global podem ter efeitos negativos nas decisões de investimento das empresas”. O imobiliário será dos setores de maior risco, como sempre foi no passado.
* Ficará para a história que em Portugal uma coligação de apoio parlamentar e de governo de absolutamente de esquerda, é conivente por causa do turismo, com os senhorios que despejam gente idosa e também os economicamente mais desfavorecidos. Brilhante.
.
.
.
HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
António Maçanita eleito Enólogo do
Ano pela Revista de Vinhos
O enólogo António
Maçanita, da Azores Wine Company, foi considerado o Enólogo do Ano
2018 pela Revista de Vinhos – a Essência do Vinho, enquanto que o
vinho da Azores Wine Company, Vinha Centenária 2016, foi distinguido
com o Prémio Excelência, como um dos Melhores Vinhos de Portugal
pela Revista de Vinhos – a Essência do Vinho, refere nota.
.
António Maçanita,
enólogo, fundador e principal mentor dos projetos Fita Preta Vinhos
(Alentejo), Maçanita Irmãos & Enólogos (Douro) e Azores Wine
Company (Açores), foi distinguido com o prémio de Enólogo do Ano
Segundo escreve a Revista
de Vinhos, António Maçanita, “numa saudável equação de
equilíbrio entre vinhos de perceção imediata e outros, menos
óbvios, como o primeiro branco de talha que fez no Alentejo em 2010,
conquistou um lugar merecido entre os enólogos de uma nova geração.
Os olhares da crítica haveriam de fixar-se na magnitude do trabalho
nos Açores, agora no Pico, onde alavancou um setor adormecido e
afirmou-se estrela que guia. (…) O ressurgimento dos vinhos
açorianos tem António Maçanita como protagonista maior e ele
passou a dever ao projeto da Azores Wine Company a confirmação das
credenciais de investigador, criador, inovador (...)”.
O vinho da Azores Wine
Company, Vinha Centenária 2016, foi lançado no final do ano
passado, atualmente é um dos brancos mais caros de Portugal e teve
uma produção de cerca de 600 garrafas.
Para além deste vinho,
que se destacou como um dos melhores de Portugal, a Revista de Vinhos
atribuiu ainda pontuações históricas a vários vinhos da Azores
Wine Company, das quais também se destaca um vinho tinto da casta
Saborinho, igualmente lançado no final do ano.
Para além destes prémios,
a Azores Wine Company foi ainda nomeada para o Prémio
Inovação/Investigação do Ano.
* Em enólogos e vinhos Portugal todo é muito bom.
.
.
.
HOJE NO
"DESTAK"
Sindicato pede apoio ao Governo
.luxemburguês para resolver atrasos
.nas pensões de emigrantes
.luxemburguês para resolver atrasos
.nas pensões de emigrantes
O sindicato luxemburguês OGBL pediu hoje apoio ao Governo do Luxemburgo para ajudar a resolver os atrasos de Portugal na emissão do formulário E205, necessário para os emigrantes portugueses obterem a reforma naquele país.
.
A reivindicação foi feita durante um encontro com o ministro do Trabalho luxemburguês, Dan Kersch, e com o ministro da Segurança Social, Romain Schneider, antecipando a visita ao Luxemburgo do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendes Mendonça, nos dias 11 e 12 de fevereiro.
"Portugal é atualmente incapaz de transmitir [os documentos necessários] num prazo razoável, de dois ou três meses. Atualmente, há pessoas à espera há 18 meses e casos mesmo de três anos" pela reforma, criticou Carlos Pereira, membro da direção da central sindical luxemburguesa, apontando que haverá pelo menos 600 emigrantes portugueses "em sofrimento", por causa da falta de resposta de Portugal.
* O Portugal moderno, justo e atento à diáspora que o sr. primeiro-ministro tanto apregoa é afinal um bluf, vergonhosamente.
Vale aos portugueses a comunicação social para desmascarar tanto patuá.
.
.
.
Escala de Hare
Psicopatas existem e podem estar muito bem escondidos em suas
personalidades acima de qualquer suspeita. Este será o principal tema do
seriado Dupla Identidade. Como essas pessoas podem ser
identificadas? Um dos métodos mais conhecidos ao redor do mundo é a
Escala de Hare. Criada pelo psicólogo canadense de mesmo nome (Robert
Hare), o teste possui 20 itens de avaliação com notas de 0 a 2.
Foi em 1991 que Hare criou o método de avaliação para diagnosticar os
graus de psicopatia de uma pessoa e identificou os critérios hoje
universalmente aceitos para diagnosticar os portadores desse transtorno
de personalidade.
.
.
FONTE: Teatro Português
.
15-TEATRO
FORA "D'ORAS"
XVIII-HIP HOP'ARQUE
* No Parque Mayer, em Lisboa, numa produção com a assinatura de Marina
Mota, HIP HOP 'Arque, que é uma Revista com textos de Francisco
Nicholson e Tiago Torres da Silva, conta com um corpo de dez bailarinos e
tem direcção coreográfica de Marco de Camilis.
** Sabemos que os vídeos têm imagem de qualidade insuficiente mas são quase três horas de muito humor.
FONTE:
.