Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
19/01/2019
JOSÉ FILIPE PINTO
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* Professor Catedrático
IN "O JORNAL ECONÓMICO"
18/01/19
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Andaluzia:
os esqueletos nos armários
de Susana Díaz
Por agora, é tempo para voltar a lembrar um das frases de Lord Acton. Dizia assim: o poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente.
Desde o regresso do regime democrático a
Espanha que a Andaluzia tem sido dominada pelo PSOE. Uma onda
socialista que terminou após o último ato eleitoral, pois o partido de
Susana Díaz venceu com maioria relativa e não encontrou parceiros que
garantissem a maioria absoluta no Parlamento. Ao contrário do segundo
partido mais votado, o PP, que se aliou com o Ciudadanos e beneficiou do
apoio do populista Vox.
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À primeira vista, esta situação nada teria de anormal. A vitória nas urnas não é sinónimo de direito a formar Governo. Basta ver o que se passou em Portugal com Passos Coelho. O apoio maioritário do Parlamento passou a ser o critério. Mesmo continuando a haver quem levante a questão da legitimidade. Coisa diferente de legalidade.
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No entanto, a transição de poder em curso na Andaluzia promete ser tempestuosa. Depois de tantos anos no poder, o PSOE viu-se obrigado a abrir os armários que tão ciosamente tinha mantido fechados a 36 chaves. Tantas como os anos em que foi dono e senhor da vida na região.
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Ora, a fazer fé nos primeiros esqueletos que saíram dos armários socialistas, a sensação de impunidade atingiu níveis alarmantes. A antiga presidente já admitiu a existência de 3.405 empregados não contabilizados e de 148 contratos de “alta dirección en empresas y agencias públicas”. Com a agravante de haver 2.137 funcionários designados “a dedo”. A cunha e o compadrio dispensaram o concurso.
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Números que não permitem dúvidas sobre a existência de uma administração paralela da responsabilidade do Governo Regional. A forma encapotada de dar emprego aos seus apoiantes. Aquilo que habitualmente se designa por “jobs for boys”, independentemente do sexo dos contemplados. O cartão partidário como chave que abre as portas do mercado.
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Um mercado que nem sempre foi de trabalho. Que o digam algumas figuras regionalmente graúdas do PSOE que receberam verbas avultadas sem que alguma vez tenham sido vistos nos pretensos locais de trabalho. Sem esquecer que a Fundación Andaluza Fondo de Formación y Empleo está a ser investigada pela justiça devido ao possível desvio de fundos públicos para clubes de alterne. Algo que traz à memória a famigerada acusação do antigo presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem.
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Face aos esqueletos já expostos, não admira que o Governo liderado por Juan Manuel Moreno tenha decidido mandar fazer uma auditoria integral à Cámara de Cuentas de Andalucía. Uma tarefa a cumprir nos cem dias iniciais de governação.
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Uma auditoria aguardada com expectativa e ansiedade. Expectativa para perceber a real dimensão da administração paralela. Ansiedade ou nervosismo porque 36 anos no poder geraram uma longa teia de interesses. Depois da responsabilidade política é altamente provável que chegue a vez de os interesses civis serem chamados à pedra.
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Por agora, é tempo para voltar a lembrar um das frases de Lord Acton. Dizia assim: o poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente.
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O desempenho de Susana Díaz e do PSOE da Andaluzia já lhe reconheceu razão.
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À primeira vista, esta situação nada teria de anormal. A vitória nas urnas não é sinónimo de direito a formar Governo. Basta ver o que se passou em Portugal com Passos Coelho. O apoio maioritário do Parlamento passou a ser o critério. Mesmo continuando a haver quem levante a questão da legitimidade. Coisa diferente de legalidade.
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No entanto, a transição de poder em curso na Andaluzia promete ser tempestuosa. Depois de tantos anos no poder, o PSOE viu-se obrigado a abrir os armários que tão ciosamente tinha mantido fechados a 36 chaves. Tantas como os anos em que foi dono e senhor da vida na região.
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Ora, a fazer fé nos primeiros esqueletos que saíram dos armários socialistas, a sensação de impunidade atingiu níveis alarmantes. A antiga presidente já admitiu a existência de 3.405 empregados não contabilizados e de 148 contratos de “alta dirección en empresas y agencias públicas”. Com a agravante de haver 2.137 funcionários designados “a dedo”. A cunha e o compadrio dispensaram o concurso.
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Números que não permitem dúvidas sobre a existência de uma administração paralela da responsabilidade do Governo Regional. A forma encapotada de dar emprego aos seus apoiantes. Aquilo que habitualmente se designa por “jobs for boys”, independentemente do sexo dos contemplados. O cartão partidário como chave que abre as portas do mercado.
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Um mercado que nem sempre foi de trabalho. Que o digam algumas figuras regionalmente graúdas do PSOE que receberam verbas avultadas sem que alguma vez tenham sido vistos nos pretensos locais de trabalho. Sem esquecer que a Fundación Andaluza Fondo de Formación y Empleo está a ser investigada pela justiça devido ao possível desvio de fundos públicos para clubes de alterne. Algo que traz à memória a famigerada acusação do antigo presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem.
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Face aos esqueletos já expostos, não admira que o Governo liderado por Juan Manuel Moreno tenha decidido mandar fazer uma auditoria integral à Cámara de Cuentas de Andalucía. Uma tarefa a cumprir nos cem dias iniciais de governação.
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Uma auditoria aguardada com expectativa e ansiedade. Expectativa para perceber a real dimensão da administração paralela. Ansiedade ou nervosismo porque 36 anos no poder geraram uma longa teia de interesses. Depois da responsabilidade política é altamente provável que chegue a vez de os interesses civis serem chamados à pedra.
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Por agora, é tempo para voltar a lembrar um das frases de Lord Acton. Dizia assim: o poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente.
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O desempenho de Susana Díaz e do PSOE da Andaluzia já lhe reconheceu razão.
* Professor Catedrático
IN "O JORNAL ECONÓMICO"
18/01/19
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7- A Indústria da Música Exposta
O Sacrifício de Hollywood
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A Indústria da Música Exposta é uma série que trata de conspiração em Hollywood, divididas em algumas partes, sem previsão de conclusão, que enfoca principalmente as situações estranhas na mídia. A primeira parte aborda o Controle Mental Monarca, que é necessário que todos entendam o conceito para poder prosseguir assistindo à série. Essa parte mostra quais seriam as possíveis vítimas monarcas e porque eles têm se comportado de uma forma "excêntrica". As vítimas monarcas são usadas para propagar a Nova ordem Mundial e é dessa forma que tem sido desde o início do projeto.
* Nesta senda de retrospectiva de "bloguices" retomada em Setembro/17 iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
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HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Maioria dos comerciantes europeus desconhece padrões de pagamento
que chegam em setembro
Um estudo da Mastercard, realizado entre setembro e novembro de 2018, concluiu que 75% dos comerciantes com lojas online não sabe o que é a SCA (Strong Costumer Authentication), obrigatória no âmbito da nova Diretiva de Serviços de Pagamento (PSD2).
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A maioria dos comerciantes europeus (75%) desconhece que a
autenticação SCA (Strong Costumer Authentication), o novo padrão de
segurança nos pagamentos, vai ser obrigatória a partir de setembro de
2019, concluiu um estudo realizado pela Mastercard. O inquérito – feito a
327 empresas de 17 países europeus, entre setembro e novembro de 2018 –
revelou que só 14% das organizações examinadas aderiram à SCA e cerca
de metade (51%) vai estar pronta apenas depois do verão ou não tem
sequer planos de implementação deste sistema, que entra em vigor no
âmbito da Diretiva de Serviços de Pagamento 2 (PSD2).
O
padrão da autenticação forte na indústria dos pagamentos será, por
exemplo, o EMV 3-D Secure (3DS), um protocolo que permite que os
consumidores se autentiquem com o emissor do cartão ao fazer compras
online com cartão não presente (CNP), ajudando a evitar transações não
autorizadas e a protege o comerciante de potenciais fraudes. O 3DS
suporta novas tecnologias como, por exemplo, a biométrica. Além da
preparação que os lojistas e retalhistas devem fazer para estes novos
métodos, os bancos emissores de cartões também terão de informar os
clientes sobre a verificação de identidade e de autenticação.
Como é que os comerciantes com lojas online se podem preparar?
Entrar em contato com o seu acquirer ou prestador de serviços de pagamento para garantir que a empresa está pronta e inscrita na Verificação de Identidade.
Esclarecer os consumidores detalhadamente sobre as alterações que irão surgir na experiência de pagamento, destacando os benefícios, em particular de que não será necessário recordar ou reinserir passwords e que isso trará uma provável redução de tentativa de fraudes.
Paulo Raposo, country manager da Mastercard em Portugal, refere
que a passagem para o e-commerce é positiva mas também “pressiona” a
que as transações digitais sejam “mais seguras e sem atritos”. “Com o
comércio digital a tornar-se a norma e as novas exigências
regulamentares da PSD2, são necessárias soluções inovadoras que garantam
que os comerciantes continuem a surpreender os consumidores online. Com
a possibilidade da troca de dez vezes mais dados entre comerciantes e
emissores, em comparação com as mensagens de autenticação atuais,
estamos determinados em melhorar o nível de autenticação”, garante. A
empresa norte-americana tem vindo a implementar o Mastercard Identity
Check.
* Viva a ignorância.
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Chumbada legalização da canábis
para uso recreativo
O parlamento chumbou hoje
dois projetos de lei do Bloco de Esquerda (BE) e do partido
Pessoas-Animais-Natureza (PAN) para a legalização da canábis para uso
recreativo, numa votação em que a bancada do PS se dividiu
O
projeto do BE teve os votos da própria bancada bloquista, do PAN e de
25 deputados do PS, votos contra do PCP, PSD, CDS e oito deputados do
PS, registando-se ainda a abstenção do PS, PEV e do deputado
não-inscrito Paulo Trigo Pereira.
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Já o diploma do PAN
foi rejeitado com os votos contra do PCP, PSD, CDS e sete deputados do
PS, registando-se ainda a abstenção do PS, PEV e do deputado
não-inscrito Paulo Trigo Pereira, embora tenha recebido os votos do BE,
de André Silva (PAN) e de 26 deputados socialistas.
Entre os
parlamentares do PS que votaram a favor da lei do PAN contam-se a
porta-voz do partido Maria António Almeida Santos, os ex-governantes
João Soares, Constança Urbano de Sousa, Fernando Rocha andrade, José
Magalhães e Manuel Caldeira Cabral, mas também Edite Estrela, Isabel
Moreira, Sérgio Sousa Pinto e Pedro Bacelar de Vasconcelos, entre
outros.
Contra votaram sete parlamentares socialistas, entre eles Miranda Calha, Vitalino Canas, Odete João e António Gameiro.
Além dos 25 que que votaram a favor do diploma do BE, juntou-se-lhes o deputado Pedro Delgado Alves.
No
debate, na quinta-feira, o Bloco de Esquerda manifestou-se disponível
para alterar o projeto de lei para a legalização da canábis para uso
recreativo, apelando aos deputados para aprovarem a proposta na
generalidade de modo a ser discutida por todos.
Moisés Ferreira
respondia a um repto lançado pelo deputado do PSD Ricardo Baptista Leite
ao BE e ao PAN, autores dos projetos de lei, para que se faça "um
debate sério" sobre esta matéria.
No
início do debate, André Silva, do PAN, disse que o seu projeto de lei
apresenta propostas concretas para "um debate sério e livre, num caminho
que deve envolver vários representantes da sociedade, que visa combater
o tráfico de droga, prevenir e tratar as dependências mais eficazmente.
O
deputado do PS Alexandre Quintanilha disse que "por ser uma lei muito
recente e porque as poucas experiências da liberalização também são mais
recentes, os socialistas deveriam ser "mais prudentes", para "ter
tempo" para acumular "dados mais fiáveis e que possam ajudar a avaliar
como mais confiança o impacto destas medidas".
O PCP
disse "discordar inteiramente" das propostas, considerando que o que
resultaria de "uma eventual aprovação" seria "a liberalização do
comércio da canábis e a expansão do seu consumo e venda".
Também o CDS-PP disse que ia votar contra as propostas.
"Não queremos implementar mais negócios em termos do consumo de uma substância que é nefasta", disse Isabel Galriça Neto.
Já
os Verdes declararam que se iam abster, com a deputada Heloísa Apolónia
a pedir aos partidos que vejam esta abstenção "como forma de cautela
nos avanços" que querem promover, mas também como "uma predisposição
para que o debate se faça na Assembleia da República".
* Anda-se a discutir o sexo dos anjos em vez de se combater a fome.
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ESTA SEMANA NO
"FOLHA 8"
Crime.
Mais de 160 crianças morreram
de fome no Bié!
Mais de 160 crianças morreram em 2018, na província do Bié, centro de Angola, devido a má nutrição severa (fome em português entendível), segundo dados divulgados hoje pela responsável do Centro Nutricional Terapêutico local, Dulce Cufa.
Tal como o anterior presidente, João Lourenço deve ter sido informado destes dados depois de uma frugal refeição à base de trufas pretas, caranguejos gigantes, cordeiro assado com cogumelos, bolbos de lírio de Inverno, supremos de galinha com espuma de raiz de beterraba e uma selecção de queijos acompanhados de mel e amêndoas caramelizadas, com cinco vinhos diferentes, entre os quais um Château-Grillet 2005…
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Também hoje, certamente por mera coincidência, ficou a saber-se que o Estado/MPLA vai investir 111 milhões de euros na construção de um novo complexo hospitalar, para as Forças Armadas Angolanas, obra aprovada por despacho do Presidente da República, João Lourenço.
Dulce Cufa, citada pela Angop, avançou que no ano passado foram diagnosticadas com a doença e tratadas 1.022 crianças, maioritariamente de famílias com menos condições sociais.
O desmame precoce, a carência alimentar e patologias prolongadas são os principais factores no surgimento da doença, indicou a responsável, salientando que palestras sobre prevenção e combate à má nutrição têm sido realizadas nas comunidades.
Em 2018, dados governamentais davam conta que Angola tinha uma taxa de desnutrição crónica na ordem dos 38 por cento, com metade das províncias do país em situação de “extrema gravidade de desnutrição”, onde se destacava o Bié, com 51%.
As províncias do Bié com 51%, Cuanza Sul com 49%, Cuanza Norte com 45% e o Huambo com 44% foram apontadas, na altura, pela chefe do Programa Nacional de Nutrição, Maria Futi Tati, como as que apresentavam maiores indicadores de desnutrição.
“São cerca de nove províncias que estão em situação de extrema gravidade de desnutrição, sete províncias em situação de prevalência elevada e duas províncias em situação de prevalência média”, apontou Maria Futi Tati, em Junho de 2018.
O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, diz que o mundo não está a ganhar a guerra contra a fome a nível global e relativizou os dados que mostram que há menos pessoas na pobreza. África conhece bem esta realidade. Angola também. Os dirigentes angolanos também… não.
O mais recente relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) indicava que, em Angola, 23,9% da população passa fome. No relatório de 2018, a FAO refere que cerca de 821 milhões de pessoas no mundo passam fome, o que se traduz num aumento quando comparado com os dados de há dez anos.
Em Angola, segundo a FAO, “23,9% da população passa fome”, o que equivale a que “6,9 milhões de angolanos não tenham acesso mínimo a alimentos”. Reparou Presidente João Lourenço? 6,9 milhões?
“Não nos podemos deixar levar; não estamos a ganhar a luta contra a fome global”, disse Akinwumi Adesina durante a sua intervenção numa conferência sobre agricultura na Universidade Purdue, em Indianapolis.
As declarações de Akinwumi Adesina surgiram poucos dias depois da divulgação de dados sobre a descida do número de pessoas que vivem com menos de 2 dólares por dia, mas o presidente do BAD vincou que os números das Nações Unidas, que mostra uma subida das pessoas com fome, de 777 milhões em 2015 para mais de 820 milhões em 2017.
Perante uma plateia de investigadores, líderes empresariais, decisores políticos e doadores, o banqueiro defendeu mais ajuda desta comunidade e lembrou o compromisso de investir 24 mil milhões de dólares na agricultura africana nos próximos 10 anos, o maior esforço de sempre.
Cerca de 821 milhões de pessoas no mundo passam fome, revelou a ONU, traduzindo um aumento para níveis de há dez anos que se sente mais na América do Sul e na maior parte de África, disse a FAO no relatório sobre o estado da segurança alimentar e nutrição de 2018, em que se confirma a tendência para o aumento da fome no mundo pelo terceiro ano consecutivo, passando de 804 milhões em 2016 para 821 milhões em 2017.
Angola, Moçambique e Guiné-Bissau estão entre os países africanos onde os choques climáticos – mas não só – foram uma das causas de crises alimentares em 2017, segundo a avaliação global sobre segurança alimentar e nutricional (SOFI 2018), elaborada por cinco agências da ONU, incluindo a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A avaliação é pessimista, realçando que os objectivos de erradicação da fome em 2030 estão em risco, face ao crescimento da situação de fome, que atingiu 821 milhões de pessoas em 2017, ou seja, um em cada nove habitantes do mundo.
Gozar com a nossa chipala
Recordemos que a Directora Adjunta da FAO, Maria Helena Semedo, enalteceu em 6 de Novembro de 2014, em Luanda, o contributo de Angola nas acções que visam o combate à fome e erradicação da pobreza. Viu-se. Já temos 20 milhões de pobres.
De acordo com a responsável, que falava depois da audiência com o então ministro da Agricultura, Afonso Pedro Canga, Angola foi dos primeiros países do continente que contribuiu com mil milhões de Kwanzas (USD 10 milhões), para o fundo Fiduciário Africano de Solidariedade, de apoio aos países africanos no combate à fome e à pobreza.
Maria Helena Semedo disse que o contributo de Angola e de outros países membros do continente tem permitido à FAO apoiar e desenvolver vários projectos de extrema importância a nível do continente africano.
O encontro, segundo Maria Helena Semedo, permitiu informar o ministro da necessidade de se trabalhar nas estatísticas agrícolas, para permitir uma tomada de decisão sustentada e reforço da estrutura de pesquisa e extensão rural.
Maria Helena Semedo informou o ministro que a FAO tinha então aprovado um projecto avaliado em dois bilhões de dólares para apoiar os países africanos que estavam seriamente afectados com o flagelo da Ébola, para a melhoria da segurança alimentar das suas populações.
“Este financiamento vai permitir melhorar a qualidade da segurança alimentar e nutricional dos países membros que têm sido afectados”, referiu.
Quanto aos programas do Executivo angolano que visam o combate à fome e pobreza, disse que o Estado/MPLA se tem empenhado para cumprir com as metas que visam a erradicação da má nutrição da população e conseguiu reduzir a taxa de desnutrição de 78% em 1990-92 para… 18% em 2014.
Gozar com a fome… dos outros
No dia 27 de Agosto de 2018, depois de um faustoso repasto, a comissária para a Economia Rural e Agricultura da União Africana (UA), a angolana Josefa Sacko, afirmou, em Luanda, que Angola progrediu na redução da fome, mas precisa de reforçar a estratégia para diminuir a pobreza, agravada com o desemprego entre jovens.
Josefa Sacko falava à imprensa à margem do encontro de lançamento do Processo de Reformulação do Plano Nacional de Investimento Agrícola de Angola (PNIA), que visa alinhar a agenda interna com as metas internacionais, quer a continental quer a global, respectivamente para 2030 e para 2063, para que possa reduzir a pobreza e acabar com a fome até 2025.
Recorde-se, apenas para contextualizar a temática, que Angola tem mais de 20 milhões de pobres, muitos dos quais nunca ouviram falar de uma coisa que tanto Josefa Sacko como o ministro da Agricultura e Florestas de Angola, Marcos Nhunga, conhecem bem: refeições.
“Houve muitos progressos para acabar com a fome, tendo na base os programas de segurança alimentar”, disse a angolana Josefa Sacko, sublinhando que, em termos de combate à pobreza, Angola precisa de “fazer mais esforços”.
“A extrema pobreza é condenada a nível mundial e temos a questão do desemprego dos jovens, que é um dos pontos que acentua a pobreza no nosso continente e não só. As nossas zonas rurais, onde se faz a agricultura, deve ser revista para podermos investir e operar aí uma transformação”, frisou.
Por sua vez, o ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, disse que a disponibilização dos recursos para o sector “continuam aquém do indicado” para o alcance dos objectivos do pacto.
Segundo o ministro, o Governo mostrou o seu empenho para alavancar o desenvolvimento da agricultura nacional, em particular, e africana em geral, ao aderir, em Junho de 2011, à plataforma continental integrada no Programa Detalhado para o Desenvolvimento da Agricultura em África (PDDAA), satisfazendo os ideais da Declaração dos chefes de Estado e do Governo da UA para 2033.
O governante acrescentou que o compromisso foi reforçado em Junho de 2014, com a assinatura da Declaração de Malabo (Guiné Equatorial), na 23ª Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana.
Nas declarações à imprensa, Marcos Nhunga referiu que é preciso que Angola olhe para a forma como a agricultura se está a definir actualmente, vendo-a como “um sector fundamental para a redução da pobreza, garantindo a segurança alimentar e nutricional das populações”.
Marcos Nhunga destacou que a Declaração de Malabo previa que cada país contribua, no mínimo, com 10% dos seus orçamentos para o sector da agricultura, de forma a combater a pobreza e garantir a segurança alimentar e nutricional.
“É verdade que demos saltos qualitativos relativamente à diminuição da fome no nosso país, mas temos indicadores relativos à pobreza. O que se pretende aqui é fazer um alinhamento do Plano de Investimento da Agricultura, para que possamos cumprir com as agendas, não só nacional, como também africana e internacional”, avançou.
O titular da pasta da Agricultura e Florestas disse que o país saiu de um índice de mais de 60% da taxa de fome para menos de 30%, entre 2013 e 2015. E então se esse índice levar em conta os dados da realeza do MPLA, será certo avançar que a taxa de fome é zero.
* Eis a democracia de João Lourenço.
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HOJE NO
"RECORD"
Sporting segue em frente na Liga Europeia com reviravolta sobre Liceo
Leões vencem por 6-4, em jogo da quarta jornada do Grupo B
O Sporting assegurou este sábado o apuramento para os quartos de final
da Liga Europeia de hóquei em patins, ao receber e vencer o Liceo da
Corunha, por 6-4, em jogo da quarta jornada do Grupo B.
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Num encontro disputado no Pavilhão João Rocha, que contou com a presença
do presidente do clube, Frederico Varandas, a formação do treinador
Paulo Freitas mostrou-se mais desorganizada do que na partida em Espanha
(vitória por 4-1), e hoje só garantiu o triunfo na reta final do jogo,
sem nunca ter tido o controlo absoluto e com o guarda-redes Ângelo Girão
ao mais alto nível.
O Sporting até teve uma entrada positiva no desafio e adiantou-se no
marcador por Pedro Gil, aos seis minutos, num remate forte cruzado.
Porém, o arranque não teve a sequência esperada. A equipa espanhola,
orientada por Juan Copa, elevou o nível e conseguiu desmontar a 'teia
leonina', acabando por igualar aos 14, por Josep Lamas.
Os leões nunca mais demonstraram a mesma coesão defensiva e isso deu azo
ao crescimento do Liceo, expresso nos golos de Eduard Lamas (20) e
Carlo di Benedetto (24). Sem conseguir travar a maior simplicidade do
adversário, o Sporting foi ainda assim capaz de despertar e reduziu
antes do intervalo para 3-2, por João Pinto, no derradeiro minuto.
Apesar de uma menor consistência defensiva, a entrega e a eficácia
leoninas subiram exponencialmente no segundo tempo e culminaram na
ansiada reviravolta. Raul Marín lançou a reação, ao recuperar a bola e
assinar o empate a três golos aos 33 minutos, enquanto Girão ia evitando
nessa fase novos dissabores nos contra-ataques do Liceo.
Os golos de Pedro Gil (36) e Raul Marín (42) sentenciaram o rumo de uma
partida muito emotiva e decisiva para as contas do Sporting. O Liceo
ainda foi capaz de assustar, ao reduzir para 5-4, por Eduard Lamas, mas
João Pinto, a dois minutos do fim, arrumou a questão com o 6-4 final,
num remate certeiro junto da baliza espanhola.
Com esta vitória, sofrida e igualmente justa, o Sporting passou a somar
12 pontos em quatro jogos e carimbou a passagem aos quartos de final da
Liga Europeia.
* Bravos, no futuro mais cuidado.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Maria João Rodrigues: "surpresa e choque" com queixas de assédio moral
O Parlamento Europeu está a investigar a eurodeputada Maria João Rodrigues por assédio moral. Uma funcionária do seu gabinete queixa-se de pressão, tentativas para reduzir salário e de represálias a quem contesta a ex-ministra.
O Parlamento Europeu abriu uma investigação de assédio moral
precisamente contra um dos seus membros defensor da política social da
UE, noticia a edição europeia do Politico. Acrescenta que o queixoso fez
nove denúncias contra a eurodeputada portuguesa Maria João Rodrigues.
Em declarações à TSF, a antiga ministra socialista mostra "surpresa e
choque" com as queixas e nega categoricamente as acusações.
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Entre os motivos apresentados para a queixa estão as
tentativas de reduzir as horas de trabalho e salário de um funcionário
após a licença maternidade, o trabalho fora do horário do expediente e
ameaças de represálias a quem contesta as suas decisões.
Maria João Rodrigues confirmou ao Politico a
investigação. "Confirmo que houve uma reclamação de um assistente
parlamentar sobre diferentes entendimentos dos deveres profissionais.
Existe um procedimento padrão para lidar com essas situações e definir
uma boa solução, mas ainda precisamos esperar pelo resultado ",
respondeu via email.
Já depois desta resposta, Maria João Rodrigues explicou à TSF os
detalhes sobre o caso, garantindo que já tentou falar com a funcionária
que apresentou a queixa, que recusou o pedido da eurodeputada
portuguesa. "Uma assistente parlamentar, que colaborou comigo durante
três anos, apresentou uma queixa, muito embora nunca tenha manifestado
qualquer problema ou mal-estar. Foi com grande surpresa e um certo
choque que recebi uma queixa da parte dela", conta Maria João Rodrigues,
que confirma também que telefonava à assistente depois das 17.00.
"Verificou-se quando eu tinha um problema de viagem com alguma alteração
de planos ou necessidade remarcar um avião".
No entanto, a
eurodeputada acrescenta que terá recorrido aos serviços desta
funcionária, que era responsável pela gestão dos transportes e agenda,
apenas "umas seis ou sete vezes por ano, mas ela entende que isso vai
além da sua obrigação profissional". Maria João Rodrigues reconhece
ainda que a pressão neste trabalho é elevada, é o gabinete de alguém
"que não é só deputada mas é também vice-presidente de bancada e,
durante uma certa fase, foi mesmo líder de bancada de um grupo que tem
180 deputados".
Depois de rejeitar categoricamente certas versões
noticiadas pela imprensa, a antiga ministra socialista argumenta ainda à
TSF que não vê mais nada de particular neste caso e que com a
aproximação das eleições europeias "há uma certa tendência para pegar em
casos destes e dar-lhes um tratamento mais partidarizado."
As denúncias estão agora a ser investigadas pelo Comité de Assédio do Parlamento Europeu.
Maria
João Rodrigues, ex-ministra do emprego, é eurodeputada eleita pelo PS,
vice-presidente do grupo Aliança Progressista dos Socialistas e
Democratas e presidente da Fundação Europeia para os Estudos
Progressistas.
* A acusação parece-nos um despropósito, aguardemos o resultado da investigação.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
As casas nesta cidade italiana
custam apenas um euro
Mas com uma condição...
A cidade de Sambuca quer combater o êxodo e pôs à venda muitas propriedades por apenas um euro.
Os preços das casas em Portugal estão muito altos? Já pensou em apostar numa vida em Itália? Tem aqui a sua oportunidade: há casas na Sicília a serem vendidas por pouco mais de um euro.
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Na pequena cidade de Sambuca, no topo de um monte e com vista para grande parte da ilha, há casas à venda a um preço mais barato do que o de uma sobremesa.
Estes preços fazem parte de um plano para reviver a área que tem sido severamente afetada pela pelo êxodo da população mais jovem, que opta por uma vida nas grandes cidades.
"Ao contrário do que aconteceu em outras cidades que afirmaram ter casas a preços muito reduzidos apenas como forma de porpaganda, a nossa câmara tem mesmo casas à venda por um euro", referiu Giuseppe Cacioppo, deputado municipal, em declarações à CNN.
Mas nem tudo o que parece é. Para adquirir a casa, os compradores devem assinar um contrato onde se comprometem a remodelar a propriedade que adquirirem num valor mínimo de 15.000 euros, tendo obrigatoriamente de deixar um depósito de €5.000. Mal se acabe a remodelação, o depósito é entregue.
* Uma ideia brilhante.
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