Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
05/10/2018
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FONTE: Portuguese Armed Forces
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3-COMPANHIA 127
Durante dois anos uma equipa de reportagem da SIC/Expresso acompanhou um
grupo de jovens, desde o primeiro dia em que entraram no Exército, até
fazerem parte de uma força especial e chegarem a África para
participarem na primeira missão da sua vida. Pelo meio passaram por uma
das formações militares mais duras e exigentes que existem: o curso de
Comandos. Em 2016, o curso 127 ficou marcado pela morte de dois
instruendos logo na primeira semana de formação, um acontecimento que
chocou o país e abriu o debate sobre os métodos de treino das forças
especiais. Com imagens exclusivas recolhidas durante meses a Grande
Reportagem SIC mostra como são formados os comandos e como os militares
viveram o momento trágico da morte de dois camaradas.
FONTE: Portuguese Armed Forces
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MARIA ANTÓNIA ALMEIDA SANTOS
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Deputada do PS
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
01/10/18
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A fome e a cultura do desperdício
Não é todos os dias que se consegue presenciar o riso do mundo.
Donald Trump presenteou-nos com esse privilégio no seu recente discurso
nas Nações Unidas, ao defender o patriotismo doutrinário. Para mal de
Trump, a assembleia da ONU respondeu-lhe com uma gargalhada que nos
encheu de esperança.
Segundo o relatório "O Estado da Segurança
Alimentar e Nutrição no Mundo 2018", da Organização das Nações Unidas
para a Alimentação e a Agricultura (FAO), secundado nesta semana pelo
Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o número de pessoas que passam
fome no mundo aumentou pelo terceiro ano consecutivo.
A fome,
enquanto fenómeno mundial, alimenta-se precisamente da inação global e
da aposta no egoísmo patriotista. Neste mundo que simultaneamente é
autor da fast-food e da permanente dieta, dos reality shows da
culinária e dos programas do "saber-viver" saudável, estou certa de que
nos parece a todos um absurdo que a fome no mundo conviva global e
pacificamente com o banquete do desperdício.
A resposta global ao
fenómeno da fome tem assentado na distribuição emergencial de recursos
financeiros, alimentícios e materiais a populações que deles careçam,
por serem vítimas de circunstâncias ambientais adversas ou de conflitos
armados. É o tipo de resposta fortemente alicerçada na ação das ONG, que
tem vindo a fazer o seu caminho desde os longínquos Live Aid e We Are the World,
de 1985. Não obstante a sua utilidade extrema, ninguém refutará que
esta resposta traduz o ato caritativo que mitiga a realidade, mas que
nunca verdadeiramente a transforma. Precisamos urgentemente de
estratégias-resposta não apenas de cariz epidemiológico, mas também
globalmente concertadas e orientadas para, a par de lutar pela paz,
erradicar a fome associada à pobreza. Uma dessas estratégias é a
consciencialização de que o desenvolvimento económico pode ser alcançado
também de uma forma inclusiva e tendo em vista a diminuição da
desigualdade social.
Ao invés de apelar ao protecionismo
económico, não será mais útil apelar à promoção do investimento
empresarial (nos países menos desenvolvidos e não só) com impacto social
e ambientalmente responsável? Qual é o medo?
Acredito que a
resposta à tragédia da fome no mundo, que nos envergonha, passa também
pela consciência multilateral de que o investimento na inclusão é viável
e de que a distribuição da riqueza também se efetua pela distribuição
(geográfica e democrática) da possibilidade desse mesmo investimento. A
coragem de promover esta consciência possibilitará aos organismos de
cúpula internacional a difusão de políticas públicas internacionais
promotoras da paz pela igualdade. Temos como exemplo dessa
consciencialização o nosso próprio país. A história recente de Portugal
demonstra-nos que é possível crescer economicamente apostando em medidas
de inclusão. Mesmo com a reposição do que se perdeu durante a
austeridade foi possível a Portugal crescer economicamente. Neste ano,
as famílias portuguesas pagarão menos mil milhões de euros em IRS do que
no ano anterior.
Declaremos, então, guerra à fome. Pois só essa luta nos trará a paz.
Deputada do PS
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
01/10/18
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