Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
07/08/2018
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5-OS SAMURAIS
UMA EXCELENTE SÉRIE DO CANAL HISTÓRIA
Os Samurais existiram por quase 8
séculos (do VIII ao XV), ocupando o mais alto status social porquanto
existiu o governo militar nipônico denominado xogunato. Pessoas
treinadas desde pequenos para seguir o Bushido, o caminho do guerreiro. O
samurai era uma pessoa muito orgulhosa, tanto que se seu nome fosse
desonrado ele executaria o seppuku, pois em seu código de ética era
preferível morrer com honra a viver sem a mesma. Seppuku, suicídio
honrado de um samurai em que usa uma tanto (faca) e com ela enfia no
estômago e puxa-a para cima eviscerando-o. Uma morte dolorosa e
orgulhosa. Inicialmente, os samurais eram apenas coletores de impostos e
servidores civis do império. Era preciso homens fortes e qualificados
para estabelecer a ordem e muitas vezes ir contra a vontade dos
camponeses. Posteriormente, por volta do século X, foi oficializado o
termo "samurai", e este ganhou uma série de novas funções, como a
militar. Nessa época, qualquer cidadão podia tornar-se um samurai,
bastando para isso adestrar-se no Kobudo (artes marciais samurais),
manter uma reputação e ser habilidoso o suficiente para ser contratado
por um senhor feudal. Assim foi até o xogunato dos Tokugawa, iniciado em
1603, quando a classe dos samurais passou a ser uma casta. Assim, o
título de "samurai" começou a ser passado de pai para filho. O samurai
mais famoso de todos os tempos foi Miyamoto Musashi (1584—1645), um
guerreiro que veio do campo, participou da batalha de Sekigahara e
iniciou um longo caminho de aperfeiçoamento. Ele derrotou os Yoshioka em
Edo (atual Tóquio) e venceu o grande Sasaki Kojirō, outro grande
samurai. Pelo fim da era Tokugawa, os samurais eram burocratas
aristocráticos ao serviço dos daimiô, com as suas espadas servindo para
fins cerimoniais. Com as reformas da era Meiji, no final do século XIX, a
classe dos samurais foi abolida e foi estabelecido um exército nacional
ao estilo ocidental. O rígido código samurai, chamado bushido, ainda
sobrevive, no entanto, na atual sociedade japonesa, tal como muitos
outros aspectos do seu modo de vida. Os Samurais, como classe social,
deixaram de existir em 1868, com a restauração Meiji, quando o imperador
do Japão retomou o poder do país. Seu legado continua até nossos dias,
influenciando não apenas a sociedade japonesa, mas também o ocidente.
WIKIPEDIA
FILOMENA MARTINS
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Só mais uma coisa
Assalto em Tancos
Chega de brincar aos
soldadinhos de chumbo
Rovisco Duarte teve a desfaçatez, o descaramento, o topete de ir
dizer aos deputados esta terça-feira — sem se rir — que ainda não houve
peritagem às armas encontradas em Outubro do ano passado.
No meio de tanta justificação estapafúrdia dada por Ricardo Robles
para um negócio que todos invejamos e que desmascarou a superioridade
moral e moralista do Bloco, quase escapou um outro caso da semana. Não
quero retirar qualquer peso político ao escândalo bloquista, de que o
partido demorará, se o conseguir fazer, a recuperar depois de todos os
disparates cometidos. Mas tenho de considerar mais grave, bem mais
grave, as explicações que continuam por dar no caso de Tancos mais de um
ano depois do assalto nos paióis. Mais: aquilo que Rovisco Duarte disse
esta terça-feira no Parlamento é inqualificável e inadmissível.
Vamos
lá ver. Foi a terceira vez que o Chefe do Estado Maior do Exército foi
ouvido a propósito do maior roubo de armamento militar na Democracia. Só
para quem não tenha boa memória, começo por recapitular esta novela
mexicana barata. O crime aconteceu em junho do ano passado. O material
foi encontrado/devolvido/descoberto (risque as palavras que não gostar)
miraculosamente não muito longe, na Chamusca, quatro meses depois, em
outubro. Nessa altura, o próprio Rovisco Duarte veio afirmar que havia uma caixa de material a mais. A mais! E especificou o conteúdo: tinha petardos, coisa pela qual o exército nunca tinha dado falta.
Durante
todo este tempo, Marcelo Rebelo de Sousa que — lembre-se a quem por
acaso não saiba, ou ande a fazer que não sabe — é o Comandante Supremo
das Forças Armadas, nunca deixou de pressionar e pressionar e exigir e
exigir (as repetições são propositadas) explicações sobre o caso. Foi
aliás o primeiro a ir a Tancos, ofuscando ministro e primeiro-ministro.
Não parou de falar no assunto. Fazendo uma simples busca no Google pelas
palavras “Tancos” e “Marcelo”, encontram-se 243 mil entradas, o que
significa a importância que o Presidente tem dado ao caso.
Nada
disto no entanto parece importar ao todo poderoso Rovisco Duarte ou a
Azeredo Lopes, que se comportam como não tendo de dar explicações a
ninguém. O CEME já afastou o comandante dos Comandos, que estava há menos de um ano no cargo, só porque as relações entre ambos não eram as melhores, e nem ai nem ui de um ou de outro.
E reintegrou todos os suspeitos que afastara aquando do roubo do
Tancos, mesmo sem a investigação estar fechada e não se conhecendo
nenhum culpado, nem nenhum responsável, e também não se lhes ouviu uma
palavra. É cumplicidade a mais e satisfações a menos.
Feito o sumário, vamos a mais um capítulo (que duvido que seja o último). Há duas semanas, o Expresso
lançou mais uma bomba no caso. Literalmente. Quer dizer, não se sabe se
se trata de uma bomba ou qual o tipo de arma. Mas sabe-se que afinal
continua a haver armamento perigoso militar por reaver. Que ainda andam
armas roubadas do exército por aí. Que ainda estão por recuperar
granadas e explosivos suficientes para cometer atentados terroristas ou
assaltos violentos e pôr em causa a segurança nacional.
E que o
fez o General? Teve a desfaçatez, o descaramento, o topete de ir dizer
aos deputados esta terça-feira — sem se rir — que ainda não houve
peritagem às armas encontradas em outubro do ano passado. Nove meses!
Portanto, não sabe se o material foi totalmente recuperado. Portanto,
não pode dar a lista ao Parlamento. Além de não ter tido ainda tempo
para a fazer, claro, deu a mesma desculpa que anda a dar o ministro
desde o início: o raio da Justiça que não despacha a investigação. A
cartilha do costume.
Eu sei que as chefias militares se regem por
uma estrutura muita específica e obedecem a regras muito próprias. Mas
também sei que a Defesa custa 2,1 mil milhões de euros no Orçamento do
Estado deste ano (mais 8,3% ao efectivamente gasto em 2017), o que
representa 2,4% da despesa total. Por isso, tem que dar contas à cadeia
de comando, para usar uma linguagem de quartel. E nessa cadeia de
comando, por muito que possa custar ao general Rovisco Duarte, estão os
contribuintes que lhes pagam, os deputados que esses contribuintes
elegem, o ministro que devia salvaguardar os interesses da segurança do
País e dos portugueses e o Presidente, seu Comandante Supremo.
Mas
não. O que se passa há mais de um ano, num País que tem militares em
várias missões perigosas da NATO, é uma anedota. Se o ministro não sabe,
é porque não lhe contam ou não quer saber. Tire consequências disso,
demitindo ou demitindo-se. E está na hora de Marcelo intervir. Uma coisa
é esperar pela investigação judicial. Outra é tolerar incompetência
disfarçada de arrogância. Mas chega de brincar aos soldadinhos de
chumbo.
Só mais uma coisa
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Nesta história de Ricardo Robles, confesso que a minha maior inveja é
não ter descoberto antes estas pechinchas da Segurança Social. A minha
maior estranheza é nunca perceber porque é que o dinheiro de uns estica e
o meu não, porque mesmo que tivesse tido conhecimento destes negócios
dificilmente lá chegaria. A minha maior preocupação é porque é que uma
instituição que devia zelar para que eu ainda pudesse vir a ter uns
trocos de reforma, ande a vender ao desbarato bens com os quais podia
conseguir mais valor. E, por fim, constatar que há uma linha condutora
na esquerda entre a compra de boas casas e a desculpa da família:
Varoufakis disse que era da mulher aquele apartamento com varanda e
vista para a Acrópole; Iglesias trocou o apartamento pobrezinho de
Madrid onde gostava de ser fotografado por um chalet luxuoso por causa
dos filhos gémeos que estavam por nascer; Costa comprou uma casa a uns
idosos porque a filha queria viver ao pé do irmão e depois mudou de
ideias; e agora era a irmã de Robles que vinha viver para Lisboa, mas
acabou também por decidir ficar em Paris. Coincidências. Ou cabalas,
como diria Catarina Martins.
IN "OBSERVADOR"
02/08/18
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