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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
24/06/2018
RUTH MANUS
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IN "OBSERVADOR"
23/06/18
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Os portugueses e
a vergonha de torcer
por Portugal
Se há um país onde as cores deveriam tomar as ruas, escolas e
bares, era Portugal, tão verde e tão vermelho. Se há um país que não
deveria ter vergonha da sua camisa, esse país era Portugal.
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Era sexta-feira, 15 de junho, dia do primeiro jogo de Portugal
neste Mundial. Ao vestir minha enteada para ir para a escola, perguntei
se ela não queria ir com a camisa de Portugal. Ela, surpresa, me disse
que não, que tinha que ir com o uniforme normalmente. Fiquei surpresa
pois, crescendo no Brasil, sei que dia de jogo do meu país é dia no qual
é terminantemente proibido não sair de casa de verde e amarelo. Ainda
assim, quando fui prender os cabelos da miúda, escolhi os elásticos
vermelhos e os ganchos verdes para representar o país. Ela ficou
contente.
Ao sair para as ruas, imaginei que pelo menos os adultos
estariam, senão com a camisa da seleção portuguesa, pelo menos vestidos
de verde ou de vermelho- como eu mesma estava. Nada disso. Parecia um
dia como qualquer outro, todos vestidos normalmente, exceto uma ou outra
camisa vermelha que poderia perfeitamente ser uma coincidência.
Mais
tarde, antes de buscar a miúda na escola, passei numa loja para comprar
uma bandeira de Portugal e uma buzina. Esperava que o movimento de
torcida fosse crescer no fim da tarde, mas nem por isso. Chegamos à casa
dos amigos na qual íamos assistir ao jogo e ninguém estava
uniformizado.
O jogo iniciou e não havia barulho de foguetes, nem de
cornetas, nem de buzinas. Eu ficava cada vez mais desnorteada.
E
Portugal jogou bem, muito bem. Ronaldo, inspirado como sempre, marcou
três vezes. Os amigos gritaram junto comigo e nos abraçamos. Pelo menos
senti esse alívio. Mas nada de gritaria na vizinhança, nem de buzinasso
após a partida. No dia seguinte imaginei que as pessoas estariam com
suas camisas para comemorar. Mais uma vez fui surpreendida. Nada disso.
Eu
poderia pensar que estou habituada a um clima completamente diferente
por ser brasileira. Ocorre que já assisti a um Mundial na França e as
ruas, lá, são tomadas pelas camisas azuis e pelos gritos de “allez les
bleus”. Também já estive em Madrid no Mundial de 2014 e a cidade estava
vermelha e amarela. Não se trata de uma patologia que atinja apenas o
Brasil.
Me pergunto o porquê dos portugueses se comportarem dessa
forma. Indiferença eu tenho certeza de que não é. O país é louco por
futebol, esbanja orgulho do Cristiano Ronaldo e ficou radiante quando
ganhou o Euro. Não me parece que nenhum dos 32 países que disputam a
taça do Mundo tivesse mais razões para torcer, se orgulhar e estar
confiante do que Portugal.
Mas não. A timidez impera novamente.
Parece que ninguém quer confiar demais, se expor demais ou gritar
demais. Ninguém estende bandeiras na janela, ninguém coloca bandeira na
janela do carro. Ah, Felipão, como eu te entendo agora. Se esse país
soubesse o tamanho que tem…
Acho mesmo uma pena. O prazer de
crescer num país onde somos treinados para confiar, para pintar o rosto e
para festejar é algo que não se paga. E a capacidade de continuar
vestindo a camisa e torcendo depois de adulto também não. Mesmo na fase
de lamentável que o Brasil atravessa. Mas, honestamente, se há um país
onde as cores deveriam tomar as ruas, escolas e bares, era Portugal, tão
verde e tão vermelho. Se há um país que não deveria ter vergonha da sua
camisa, esse país era Portugal. Quem sabe na próxima fase. Veremos.
IN "OBSERVADOR"
23/06/18
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IV-"PORQUE POBREZA?"
1-A CORRIDA PELA TERRA
O mundo é autossuficiente?
Por décadas, as invenções destinavam-se ao aumento da produção de grãos. Porém, nos últimos anos, as invenções científicas estão sendo permeadas por uma corrida por terra. A China e a Arábia Saudita, nações ricas, famintas por terra, são exemplos de países que lutam para compra-las de países pobres. Esses esforços, porém, não são bem-vistos pelos camponeses, que os consideram outra manifestação do imperialismo. O filme de Hugo Berkeley e Osvalde Lewat acompanha um grupo de investidores e empreendedores, na tentativa de transformar grande parte do deserto de Mali em agronegócio. À primeira vista, Mali pode parecer remoto e atrasado, mas é aqui que o futuro se faz presente. Em cinquenta anos, enquanto a população mundial migra para as cidades, talvez, não haja mais camponeses. Muitos em Mali estão determinados a evitar que isso aconteça.
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Por décadas, as invenções destinavam-se ao aumento da produção de grãos. Porém, nos últimos anos, as invenções científicas estão sendo permeadas por uma corrida por terra. A China e a Arábia Saudita, nações ricas, famintas por terra, são exemplos de países que lutam para compra-las de países pobres. Esses esforços, porém, não são bem-vistos pelos camponeses, que os consideram outra manifestação do imperialismo. O filme de Hugo Berkeley e Osvalde Lewat acompanha um grupo de investidores e empreendedores, na tentativa de transformar grande parte do deserto de Mali em agronegócio. À primeira vista, Mali pode parecer remoto e atrasado, mas é aqui que o futuro se faz presente. Em cinquenta anos, enquanto a população mundial migra para as cidades, talvez, não haja mais camponeses. Muitos em Mali estão determinados a evitar que isso aconteça.
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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XLII- VISITA GUIADA
2- Convento dos Cardaes
Lisboa - PORTUGAL
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Trump impede entrada de
Javier Solana nos EUA
Os
Estados Unidos da América (EUA) rejeitaram o pedido de Javier Solana,
antigo secretário-geral da NATO e antigo representante para a Política
Externa e de Segurança Comum da União Europeia, para entrar no país,
devido à visita que fez ao Irão, um dos países que consta na lista negra
da administração de Donald Trump. A informação foi avançada este
domingo pelo jornal "El País".
A
embaixada dos EUA em Madrid, Espanha, optou por não comentar o caso,
explicando apenas que o sistema rejeita automaticamente os pedidos
daqueles que visitaram nos últimos anos países como o Irão, o Iraque, a
Síria, o Sudão, a Líbia, a Somália ou o Iémen.
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A
não aprovação da entrada nos EUA, de acordo com a embaixada, não
significa que Solana não possa fazer a viagem. Para tal, o político
espanhol vai ter de obter um visto, como qualquer cidadão de um país que
não esteja isento desse requisito. De recordar que, os espanhóis não
necessitam de um visto para permanecer menos de 90 dias nos EUA.
Contactado
pelo "El País", Javier Solana afirmou não estar preocupado com o
acontecimento, reforçando apenas que o processo de obtenção do visto
está a decorrer.
* Que tipo de merda tem este enegúmeno, Trump, nos miolos?
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IX. O MUNDO SEM NINGUÉM
3- CONDENADO E ENTERRADO
* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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HOJE NA
"BLITZ"
"BLITZ"
Mulher de Eddie Vedder responde a
.Melania Trump com mensagem em
.casaco num concerto de Pearl Jam
.Melania Trump com mensagem em
.casaco num concerto de Pearl Jam
A mulher de Eddie Vedder, Jill McCormick, respondeu a Melania Trump
após a primeira-dama dos EUA ter causado controvérsia numa visita a um
grupo de crianças detidas na fronteira entre os EUA e o México.
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Para
essa visita, Melania vestiu um casaco onde se podia ler, nas costas,
"Na verdade não me ralo. E vocês?", o que foi visto como insensível. Um
porta-voz da Casa Branca defendeu posteriormente a primeira-dama,
dizendo que era "apenas um casaco".
No concerto dos Pearl Jam em
Milão, Itália, esta semana, Jill subiu ao palco com o seu próprio
casaco, onde se podia ler "Todos nós nos ralamos. Porque não tu?".
* Grande MULHER, os nossos respeitos.
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Antibióticos antigos, mais tóxicos
Como os hospitais se defendem
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HOJE NA
"SÁBADO"
A guerra às superbactérias que
se trava nos hospitais portugueses
Há cada vez menos antibióticos eficazes contra estes agentes multirresistentes – o último surto aconteceu em Abril. O objectivo não é eliminá-los, mas evitar a sua disseminação. Saiba como.
O dia 7 de Agosto de 2015 mudaria para sempre o hospital de Gaia. A
equipa responsável pelo controlo de infecções do Centro Hospitalar
recebeu uma mensagem, até então inédita, do laboratório: tinha sido
isolada num doente uma bactéria multirresistente, ou seja, produtora de
uma enzima que destrói os antibióticos. Foi preciso agir rapidamente. A
prioridade, além de ajustar o tratamento ao doente – um homem de 60 e
poucos anos que tinha sido operado a uma inflamação da vesícula biliar e
que, três dias depois, desenvolveu uma pneumonia – para que ele pudesse
sobreviver, era conter a infecção. Como? Investigando todos os locais
do hospital por onde ele tinha passado para perceber qual a fonte da
infecção e se mais doentes tinham a bactéria.
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Numa
semana, encontraram-se sete casos e identificou-se a origem da
infecção: uma mulher de 70 anos, operada a um tumor no intestino e cujo
estado se complicara. Estava internada pela segunda vez, fazia mais de
um mês. O hospital tomou medidas extremas: rastrear todos os doentes.
Piso a piso, numa semana, foram analisadas (com zaragatoas rectais) mais
de 300 pessoas.
Este primeiro grande surto de Klebsiella pneumoniae
em Portugal causou três mortes. Mais de 100 pessoas contraíram a
bactéria. Só cinco meses depois, em Janeiro de 2016, foi decretado o fim
do surto, mas a bactéria não desapareceu. "Este tipo de microrganismos,
quando chega, fica. Nunca conseguiremos eliminá -los. O objectivo é
controlá-los, evitar a disseminação", explica à SÁBADO
Margarida Mota, do grupo coordenador local do Programa de Prevenção e
Controlo das Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) do
Centro Hospitalar de Gaia.
Desde então já houve em Portugal pelo
menos dois surtos com a mesma bactéria: em Fevereiro de 2016, no Centro
Hospitalar e Universitário de Coimbra, foram detectados 24 doentes
colonizados, e três morreram devido à infecção; e recentemente, em Abril
deste ano, oito doentes foram isolados no hospital de Viseu.
Pode parecer alarmista, mas em Portugal morrem mais pessoas por
infecções contraídas em hospitais do que em acidentes de viação. Paulo
André Fernandes, intensivista no Centro Hospitalar do Barreiro/ Montijo e
também coordenador local do PPCIRA, fez as contas. "Hoje, em todo o
mundo, morrem 700 mil pessoas de infecções associadas a microrganismos
multirresistentes. Dá mais de 1.900 mortes por dia e, se estimarmos uma
proporção para a população portuguesa, morrem duas a três pessoas por
dia. Todos os dias", sublinha.
A Klebsiella é dos agentes que
mais preocupa os profissionais de saúde, não só porque se dissemina
muito rapidamente, mas também porque tem adquirido cada vez mais
resistência aos antibióticos.
Nomeadamente, aos chamados carbapenemos,
uma classe de medicamentos de última linha e um dos mais avançados. Faz
parte de um grupo de bactérias que se podem encontrar no intestino
humano. "O problema é que em determinadas condições, nomeadamente em
meio hospitalar, em situações de depressão da imunidade, estas bactérias
não vivem em harmonia umas com as outras e provocam doença", explica o
médico. Entre pessoas saudáveis não constituem perigo, "porque elas têm
as suas bactérias normais que não facilitam a proliferação deste tipo de
agente resistente", explica.
Antibióticos antigos, mais tóxicos
Os sintomas não
são facilmente distinguíveis, até porque a bactéria pode causar infecção
em sítios diferentes. Por exemplo, um doente algaliado tem mais risco
de infecção urinária e uma pessoa entubada ou com doença do pulmão tem
mais tendência a ter pneumonia. Os casos mais graves são aqueles em que a
infecção está presente no sangue e manifesta-se, normalmente, em
doentes com cateteres venosos centrais. A diferença é que a doença
provocada por esta bactéria é mais difícil de tratar – o que justifica a
sua alta taxa de mortalidade, entre 20 e 60%, dependendo do local da
infecção.
A resistência ao tratamento é o seu principal perigo.
"Temos neste momento opções muito limitadas e precisamos de recorrer a
antibióticos que já não usávamos porque têm relativa toxicidade",
explica a especialista Margarida Mota. Como a fosfomicina ou a
colistina, que são dos primórdios dos antibióticos e que tinham sido
postos de parte devido a efeitos secundários, nomeadamente para os rins.
Além disso, como a bactéria destrói várias classes de antibióticos, os
médicos têm de usar associações destes medicamentos, o que acresce a
toxicidade.
Margarida Mota diz que ainda não houve nenhum caso
de infecção que não tenha reagido a qualquer tratamento, mesmo nos
doentes que morreram. Mas os desafios são muitos: "Já temos de puxar
pela cabeça, olhamos para o esquema de antibióticos e pensamos: ‘Agora, o
que é que fazemos?’" Mesmo os antibióticos que foram usados na fase
inicial do surto (em 2015) começam a não resultar. "Vamos perdendo armas
e perdendo esta guerra", admite à SÁBADO.
A
resistência bacteriana é, na verdade, um fenómeno natural. "As bactérias
vivem no meio ambiente em que há compostos com acção antibiótica e
elas, para se perpetuarem, têm de criar mecanismos de resistência a
esses compostos", explica Paulo André Fernandes, o antigo director
nacional do programa PPCIRA. Além disso, também é potenciada pelo uso
dos antibióticos. As bactérias têm vários mecanismos de defesa: podem
produzir enzimas que destroem os antibióticos, fechar os esporos por
onde estes medicamentos entram ou até tornar a sua membrana impermeável
às substâncias.
Uma das coisas que se podem fazer para evitar
este problema, além de usar melhor os antibióticos a nível hospitalar, é
detectar precocemente os casos de doentes que são portadores da
bactéria – os que podem disseminá-la, embora não tenham manifestações
clínicas da doença. É que as bactérias passam das pessoas para os
ambientes e para as superfícies e de umas pessoas para as outras. E os
dispositivos médicos, como drenos, cateteres, algálias, termómetros,
etc., podem trazer a bactéria do interior para o exterior. Calcula-se
que a Klebsiella possa sobreviver nas superfícies entre 48 e 72 horas.
Como os hospitais se defendem
Para
evitar a disseminação, e aprendendo com o que aconteceu em 2015, o
hospital de Gaia faz actualmente rastreios todos os dias – uma média de
60 por dia. Qualquer pessoa que entre nas urgências vinda de um lar, de
uma unidade de cuidados continuados ou de outra instituição, que tenha
estado internada no último ano ou que seja doente de hemodiálise faz
rastreio na admissão. "Se for positivo vai para as áreas de isolamento,
se for negativo, de sete em sete dias repete-se a análise para ver se o
doente adquiriu a bactéria", diz.
Há duas áreas predefinidas só
para estas pessoas e há também equipas de enfermagem e auxiliares
dedicadas só a estes doentes; os médicos entram com os equipamentos de
protecção individual (bata, luvas e máscara sempre que estão em contacto
com o doente). Também se faz a limpeza do ambiente: retiram-se todos os
doentes da enfermaria, limpam-se as superfícies, inclusive paredes e
tecto, e depois ligam-se as máquinas de peróxido de hidrogénio (um
produto que mata as bactérias).
Os últimos dados de infecção
hospitalar conhecidos, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de
Doenças (de 2013), indicam que Portugal tinha uma taxa de infecção
hospitalar muito superior à média europeia. Também se assistiu a um
aumento da percentagem de infecções com Klebsiella – entre 2015 e 2016
terá aumentado 73%.
Para mudar este cenário, a Fundação
Gulbenkian lançou em 2015 o projecto STOP Infecção Hospitalar, com o
objectivo de reduzir para metade, em três anos, quatro das mais comuns
infecções hospitalares: do trato urinário associada ao cateter vesical
(algália); pneumonias associadas a intubação; infecção do sangue
relacionada com o cateter venoso central e cirurgias da anca, do joelho,
vesícula e colorrectal. A iniciativa abrangeu 19 hospitais de todo o
País e as metas propostas foram cumpridas – o que fez com que o Governo
anunciasse o alargamento das práticas a todos os hospitais do País.
"O
risco zero em saúde não existe, vamos sempre ter infecções, mas ao
combatê-las estamos a reduzir um sério problema de saúde pública", diz à
SÁBADO Paulo Sousa, coordenador da comissão executiva
deste desafio da Gulbenkian. Além disso, a redução das infecções também é
uma medida importante em termos de custos, já que as infecções aumentam
a mortalidade, o tempo de internamento e as despesas.
Em última
análise, admitem os profissionais, o que está em causa pode mesmo ser um
recuo civilizacional. "Identificamos as bactérias porque temos técnicas
altamente eficazes, mas depois não temos como resolver o problema ao
doente. Corremos o risco de ir outra vez para a era pré-antibiótica, em
que víamos os doentes a morrer porque não tínhamos antibióticos para
lhes dar", diz Margarida Mota.
* Vivemos uma época perigosa, somos muito evoluídos mas incapazes de resolver questões fulcrais, dá azo a que epidemias religiosas apocalípticas tenham terreno fácil para a crendice.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Menos
de 24 horas depois de Bruno de Carvalho ter sido destituído da
Presidência do Sporting, o, agora, ex-presidente do clube leonino já
veio reagir nas redes sociais à nomeação de Sousa Cintra como Presidente
da SAD, referindo que irá impugnar a Assembleia Geral e que vai a
eleições.
* Este gajo é o maior traste da história do Sporting, só pára quando for preso ou morto.
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HOJE NO
"SOL"
"SOL"
"Delação premiada"
vai a discussão no Parlamento
A discussão sobre delação premiada e enriquecimento ilícito chegou ao
Parlamento, depois de ter dado entrada uma petição com mais de quatro
mil assinaturas a pedir a convocação de um referendo sobre se a
Assembleia da República deve legislar novos diplomas sobre estas
matérias.
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A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades
e Garantias ficou encarregue de apreciar o texto, tendo nomeado o
deputado socialista Fernando Rocha Andrade como relator. O relatório com
a análise da petição foi apresentado na quarta-feira passada. O próximo
passo é a discussão do tema em Plenário.
Com os olhos no exemplo brasileiro e tendo as acusações ao antigo
primeiro-ministro José Sócrates como pano de fundo, os peticionários
defendem que estas medidas podem ajudar a reduzir a corrupção. «A
Justiça portuguesa não pode fazer milagres se não tiver um conjunto de
leis que permitam penalizar os atos corruptos», defendem.
No texto da petição pode ler-se que o referendo que é pedido «está
totalmente de acordo com todos os programas eleitorais que todos os
partidos apresentaram e que pretendem reduzir a corrupção».
O relatório elaborado por Rocha Andrade começa por dizer que a
Assembleia da República não poderia aprovar a realização de um referendo
com o texto da questão proposta na petição: «Deve a Assembleia da
República legislar novos diplomas acerca da Delação Premiada e do
Enriquecimento Injustificado?».
Em primeiro lugar, na Constituição da República está escrito que cada
referendo só deve recair sobre uma única matéria de cada vez. Em
segundo lugar, as questões devem ser formuladas com «objetividade,
clareza e precisão», o que não acontece com a enunciação dos termos
jurídicos em causa, «cujo conteúdo pode em teoria ser bastante variado»,
acrescenta o relatório.
A verdade é que as matérias são realmente difíceis de definir e isso é
um dos problemas da petição apontado por Rocha Andrade. «Os
peticionários falam apenas nos termos sem definir exatamente quais são
os contornos. No caso da delação premiada, pode ter muitos contornos
possíveis. Já no caso do enriquecimento injustificado, nós conhecemos,
sobretudo, os contornos do enriquecimento ilícito, que foi duas vezes
chumbado no Tribunal Constitucional na legislatura passada», explicou o
deputado do PS ao SOL.
Rocha Andrade defende ainda que «há contornos da delação premiada e
do enriquecimento injustificado que são problemáticos de compatibilizar
com a Constituição da República». No entanto, «como os peticionários não
dizem exatamente qual é a definição destas figuras que defendem, a
petição vai prosseguir para ser discutida em Plenário», acrescentou.
Numa posição pessoal, o deputado socialista refere que tem «imensas
dúvidas quer sobre a compatibilidade constitucional quer sobre a
utilidade e necessidade destas figuras».
Delação premiada
Segundo o relatório do deputado do PS, a delação premiada não está
consagrada no direito penal português. Contudo, pode integrar-se num
conceito mais vasto de ‘colaboração premiada’, um regime em que a
colaboração do arguido – ou seja, o seu contributo para o sucesso da
investigação criminal e para a descoberta ou condenação de outros
arguidos – lhe traz benefícios.
O problema para Rocha Andrade é que, no debate público recente –
muito também devido à Operação Lava Jato, no Brasil, que levou à
condenação de Lula da Silva – a delação premiada de que normalmente se
fala tem características próprias que se afastam das soluções do direito
português.
«No Brasil, acontece que o Ministério Público tem, por exemplo, um
magistrado e um deputado federal suspeitos de comparticipação num mesmo
crime de corrupção. E decide, por exemplo, que o magistrado é o delator
premiado e o deputado é o acusado. O primeiro resultado da delação
premiada é que há um magistrado que é suspeito de um crime de corrupção e
que não é acusado. O segundo problema é definir com que critérios é que
o Ministério Público escolhe se é mais importante acusar A ou B»,
explica.
Sem benefício no combate à corrupção
Para o deputado socialista, esta medida – no caso extremo, como é
usada no Brasil – não traz benefícios no combate à corrupção. «A única
coisa que garante é que há um indivíduo que é suspeito de um crime de
corrupção que não é acusado. Isso é que é o prémio. Portanto, não me
parece que reduza a corrupção», afirmou.
Rocha Andrade refere que, no caso do sistema português, o delator
também devia ser acusado do crime de corrupção. «Normalmente falamos da
delação em crimes em que o delator também comparticipou e, portanto, o
delator deixa de ter um processo crime, deixa de ser punido como a lei
entenderia que devia ser punido e isso corresponde a menos redução de
corrupção. É inevitável», defende.
Se considerarmos que enriquecimento injustificado é semelhante ao
chamado enriquecimento ilícito – que já foi chumbado duas vezes no
Tribunal Constitucional – define-se como a aquisição, posse ou detenção
de «património, sem origem lícita determinada, incompatível com os seus
rendimentos e bens legítimos».
Rocha Andrade afirma que considera muito difícil perceber a eficácia
desta matéria, uma vez que a maioria dos países não admite a
criminalização do enriquecimento injustificado ou ilícito.
O deputado refere ainda que vê graves problemas na medida. «O
Ministério Público iria ficar, de repente, com um conjunto enorme de
patrimónios de que não tem informação sobre a sua aquisição e iria
começar a abrir investigações a torto e a direito, dispersando os meios
de investigação. Além disso, haveria sempre quem dissesse: ‘Como é que
estão a abrir uma investigação em relação àquela pessoa por causa
daquele património e não àquela outra pessoa por causa de outro
património?’», argumentou.
* A PIDE/DGS premiava os delatores, mesmo que a delação fosse uma absurda calúnia. A delação premiada é um método salazarento.
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HOJE NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
Números contraditórios na Turquia: Erdogan
.apontado como vencedor à primeira volta,
.oposição tem números diferentes
.apontado como vencedor à primeira volta,
.oposição tem números diferentes
Agência estatal turca Anadolu avança que o atual presidente deve ser reeleito com ampla maioria, mas há dados contraditórios e a oposição não concede a derrota
Após a contagem de 50,3% dos votos,
Recep Tayyip Erdogan lidera os resultados eleitorais com 56,5%, enquanto
o social-democrata Muharrem Ince tem 28,6%, diz a agência oficial da
Turquia.
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Os números divergem dos dados divulgados pela plataforma Adil Seçim, formada pelos partidos da oposição, e que dão a Erdogan 43% dos votos, contra 34% de Ince, após a contagem de 12% de sufrágios.
Ince tinha advertido os seus apoiantes, pouco depois do encerramento das urnas, para que não se deixassem impressionar com os primeiros resultados, porque, defende, as autoridades divulgam sempre primeiro os resultados de municípios próximos do partido de Erdogan, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), e do chefe de Estado.
O candidato Selahatiin Demirtas, detido, reunia perto de 6% dos votos.
Se nenhum dos candidatos à presidência conseguir mais de 50% dos votos, a segunda volta realiza-se em 8 de julho.
Cerca de 56 milhões de cidadãos foram chamados este domingo às urnas para eleger o Presidente e um novo parlamento, numas eleições consideradas decisivas porque são um passo para a implementação da reforma constitucional aprovada em 2017, que entrega todos os poderes executivos ao chefe de Estado.
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Os números divergem dos dados divulgados pela plataforma Adil Seçim, formada pelos partidos da oposição, e que dão a Erdogan 43% dos votos, contra 34% de Ince, após a contagem de 12% de sufrágios.
Ince tinha advertido os seus apoiantes, pouco depois do encerramento das urnas, para que não se deixassem impressionar com os primeiros resultados, porque, defende, as autoridades divulgam sempre primeiro os resultados de municípios próximos do partido de Erdogan, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), e do chefe de Estado.
O candidato Selahatiin Demirtas, detido, reunia perto de 6% dos votos.
Se nenhum dos candidatos à presidência conseguir mais de 50% dos votos, a segunda volta realiza-se em 8 de julho.
Cerca de 56 milhões de cidadãos foram chamados este domingo às urnas para eleger o Presidente e um novo parlamento, numas eleições consideradas decisivas porque são um passo para a implementação da reforma constitucional aprovada em 2017, que entrega todos os poderes executivos ao chefe de Estado.
* Os assassinos viciam resultados com muita facilidade, torna-se imperioso que a Turquia não entre na UE enquanto a tirania usurpar o poder.
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