Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
29/05/2018
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FONTE: João Arthur
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40-ARTE ARRISCADA
AS GUERRAS NOS
PORTA RETRATOS
Interpretação de:
Aline Vargas
Beatriz Provasi
Beatriz Provasi
Encenação:
Aline Vargas
Beatriz Provasi
* Performance realizada na data que marca um ano da ocupação da Câmara
Municipal do Rio de Janeiro – Ocupa Câmara Rio –, foi realizada a festa
de lançamento do livro “As guerras nos porta-retratos”, de Beatriz
Provasi, no Estúdio Hanói.
FONTE:
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HOJE NO
"RECORD"
Artur Soares Dias
promovido à elite da UEFA
Artur Soares Dias foi, esta terça-feira, promovido à categoria de elite
da arbitragem da UEFA, passando a integrar a lista dos 26 árbitros mais
categorizados a nível europeu. Juntamente com o português, de 39 anos,
subiram de categoria o espanhol Jesus Manzano e o francês Benoit
Bastien.
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Fábio Veríssimo foi promovido à
2.ª categoria, juntando-se a Hugo Miguel, Carlos Xistra e Tiago
Martins, que lá permanecem, tal como Jorge Sousa continua na 1.ª
categoria. Na 3.ª categoria estão agora Luís Godinho, João Pinheiro e
João Capela, o que faz com que o nosso país mantenha os 9 árbitros
internacionais no futebol masculino.
"É uma alegria pelo facto da arbitragem portuguesa estar de volta à
Elite europeia. Há muita qualidade nos árbitros portugueses e por isso
este é um sucesso de todos, árbitros e Conselho de Arbitragem. Não vou
esconder que é a concretização de um sonho que tinha para a minha
carreira e que fico muito contente com esta promoção, que seguramente
enobrece o legado do meu pai. Nesta hora gostaria de agradecer o apoio
da FPF – em todas as horas - a este setor, algo que os árbitros
reconhecem", afirmou Soares Dias em declarações reproduzidas no site da
FPF.
No setor feminino, Sandra Bastos continua na Elite e Catarina Campos na 3.ª categoria; mas Portugal conta agora com Sílvia Domingos na 1.ª categoria, igualmente alvo de uma promoção. No futsal continua tudo como estava: Eduardo Coelho na Elite, Nuno Bogalho na 1.ª categoria, Miguel Castilho e Ruben Guerreiro na 2.ª categoria.
"Este reconhecimento da UEFA é o reflexo da qualidade dos nossos árbitros a nível individual, mas igualmente da aposta que a Federação Portuguesa de Futebol e o seu Conselho de Arbitragem têm vindo a fazer na arbitragem, com condições de trabalho cada vez melhores. Temos mostrado a nossa qualidade em Portugal e em termos internacionais, num contexto que nem sempre tem sido o mais favorável. Estamos seguros de que esta é a linha certa e de que com o apoio de todos teremos condições para ir mais longe", sublinhou o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Fontelas Gomes.
No setor feminino, Sandra Bastos continua na Elite e Catarina Campos na 3.ª categoria; mas Portugal conta agora com Sílvia Domingos na 1.ª categoria, igualmente alvo de uma promoção. No futsal continua tudo como estava: Eduardo Coelho na Elite, Nuno Bogalho na 1.ª categoria, Miguel Castilho e Ruben Guerreiro na 2.ª categoria.
"Este reconhecimento da UEFA é o reflexo da qualidade dos nossos árbitros a nível individual, mas igualmente da aposta que a Federação Portuguesa de Futebol e o seu Conselho de Arbitragem têm vindo a fazer na arbitragem, com condições de trabalho cada vez melhores. Temos mostrado a nossa qualidade em Portugal e em termos internacionais, num contexto que nem sempre tem sido o mais favorável. Estamos seguros de que esta é a linha certa e de que com o apoio de todos teremos condições para ir mais longe", sublinhou o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Fontelas Gomes.
* Uma boa notícia a "manchar" a pulhice em que anda envolvido algum futebol português.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Morreu o criador de
"Cheque mate na ditadura"
"Cheque mate na ditadura"
O cartoonista faleceu esta terça-feira, em Lisboa, aos 74 anos
O
cartoonista Zé Dalmeida, arquiteto, designer e escultor, que colaborou
com títulos da imprensa como o Diário de Lisboa, morreu esta
terça-feira, em Lisboa, aos 74 anos
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As
cerimónias fúnebres de José de Almeida, criador de "Cheque mate na
ditadura", que assinava Zé Dalmeida, realizam-se na quarta-feira, entre
as 16:00 e as 22:00, na Casa da Achada, em Lisboa, segundo a mesma
fonte, que não deu pormenores do funeral.
Publicou os seus primeiros desenhos
humorísticos na década de 1960, no Diário de Lisboa, foi cartoonista em
diversos jornais, como o Jornal do Fundão e o Página 1, e cofundador da
revista de defesa do consumidor Conteste.
Publicou
vários álbuns, o primeiro dos quais "Cheque mate na ditadura", em 1975,
outros em parceria, como "Coisas do Vinho", com Manuel da Silva Ramos,
"Gazeta do Cartoon", com Fernando Relvas, e "Humor em Sustenido", com
comentários de António Pinho Vargas.
Em fevereiro do ano passado, esteve
patente uma exposição das suas obras durante o XI Congresso da
Confederação Geral dos Trabalhadores - Intersindical (CGTP-IN), que se
realizou em Lisboa.
Em dezembro de 2013, no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, expôs "Poetas Como Nós", uma mostra de figuras em cerâmica de poetas portugueses, concebidas por Zé Dalmeida.
Fernando
Pessoa, Luís de Camões, Natália Correia, António Gedeão ou Manuel
Alegre foram alguns dos poetas que moldou em barro, a par de Barbosa du
Bocage, António Aleixo, Sophia de Mello Breyner Andresen, Alexandre
O'Neil, Florbela Espanca, Almada Negreiros, José Gomes Ferreira, e José
Afonso.
Nos últimos anos, desenvolveu oficinas na Casa da Achada, sob o lema "Make war with cartoons".
Documentou
a crise dos anos de 1980 com um "Estendal de Cartoons" que viriam a ser
publicados pela União dos Sindicatos de Lisboa.
A CGTP-IN, em comunicado hoje divulgado, afirma que foi "com grande pesar" que tomou conhecimento da morte de Zé Dalmeida, "arquiteto, designer e escultor profundamente ligado" à central sindical, "que marcou indelevelmente" a sua "imagem gráfica, designadamente, enquanto criador do seu 'lettering'".
"Zé
D'Almeida criou para a CGTP-IN, ao longo de décadas, materiais
gráficos, muitos dos quais se tornaram conhecidos de todos os
portugueses, [como] o 'lettering' da greve geral, usado pela CGTP-IN".
Foi também, acrescenta a central sindical, "o autor da maior parte dos cartazes do 1.º de Maio, das greves gerais e de muitos outros materiais editados pela CGTP-IN, incluindo a capa dos dois volumes do livro 'Contributos para a História do Movimento Operário e Sindical'".
* Um homem de luta e respeito.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Platina para os vinhos da Blandy´s no ‘Decanter World Wine Awards 2018’
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Mais
um reconhecimento notável para os vinhos da Madeira. Desta vez, mais do
que o Ouro, a Blandy’s atingiu um patamar de excelência ao arrecadar
para os seus vinhos duas medalhas de Platina, sendo mesmo um dos vinhos
considerado o melhor vinho do conceituado concurso ‘Decanter World Wine
Arward 2018’.
• Medalha de Platina 98 pontos e Melhor Vinho do concurso – Blandy’s Sercial 1968;
• Medalha de Platina 97 pontos – Blandy’s Colheita Verdelho 2000;
• Medalha de Ouro 96 pontos – Blandy’s Bual 1957.
* Por trás do prémio há sangue, suor e lágrimas porque esta qualidade só se produz com muito esforço.
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ELISABETE CARDOSO
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IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
27/05/18
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Herança indivisa
com rendimentos prediais
Uma herança indivisa é considerada, para efeitos de tributação, em sede de IRS, como uma situação de contitularidade.
Os rendimentos que pertençam em comum a várias pessoas são
imputados a estas na proporção das respetivas quotas hereditárias, que
se presumem iguais quando indeterminadas.
Perante
rendimentos de uma herança indivisa, cada herdeiro será tributado
relativamente à sua quota-parte dos rendimentos que foram gerados pela
herança, nos termos do disposto no artigo 19.º e alínea a) do n.º 2 do
artigo 22.º, ambos do Código do IRS.
Tratando-se
de rendimentos, rendimentos prediais (Categoria F), cada contitular
englobará os rendimentos ilíquidos e as deduções legalmente permitidas,
na proporção das respetivas quotas hereditárias - alínea b) do n.º 2 do
artigo 22.º do Código do IRS.
No
âmbito das heranças indivisas, quem paga a renda deve declarar como
beneficiário os herdeiros, através dos respetivos NIF, e não o NIF do
falecido.
Tratando-se de
rendimentos da categoria F gerados por herança indivisa, em cumprimento
do disposto no artigo 115º do CIRS, devem ser emitidos recibos de
quitação, os quais deverão ser eletrónicos, mas que poderão ser emitidos
em papel, caso o cabeça de casal (administrador da herança) tenha mais
de 65 anos devendo nesse caso deve ser entregue a declaração dos
rendimentos obtidos, em janeiro do ano seguinte (modelo 44).
Os
recibos eletrónicos de rendas devem ser emitidos pelos co-herdeiros na
proporção das respetivas quotas-partes ou pelo cabeça de casal. No caso
de o recibo eletrónico ser emitido pelo cabeça de casal, os co-herdeiros
devem comunicar a devida autorização concedida para o efeito através do
Portal das Finanças.
Tratando-se
de rendimentos das categorias, por exemplo, rendimentos prediais
(Categoria F) e mais-valias (Categoria G), cada contitular englobará os
rendimentos ilíquidos e as deduções legalmente permitidas, na proporção
das respetivas quotas hereditárias.
Este
procedimento é efetuado mediante a apresentação, juntamente com a
declaração modelo 3 dos anexos correspondentes aos rendimentos
imputados, anexo F - Rendimentos prediais e/ou anexo G - Mais-Valias,
rendimentos provenientes da alienação do imóvel.
Por
exemplo, uma herança cujo património é pertença apenas de quatro
irmãos, cada um terá uma quota hereditária correspondente a 25%, pelo
que os rendimentos a declarar por cada um, no anexo respetivo, será o
correspondente a 25% do total.
Tratando-se de rendimentos prediais da herança indivisa resultantes de arrendamento não é preenchido o Anexo D.
Deve ser preenchido o Anexo F que se destina a declarar os rendimentos prediais (categoria F).
Rendimentos prediais
Integram
a Categoria F os rendimentos prediais, ou seja, as rendas e outras
prestações devidas pelo uso ou concessão do uso de prédios.
Considerando-se rendimentos prediais as rendas dos prédios rústicos,
urbanos ou mistos, pagas ou colocadas à disposição dos respetivos
titulares.
No preenchimento do anexo F, no
quadro 4 deve ser indicado na coluna "percentagem" a quota parte
hereditária que cabe ao sujeito passivo declarante no âmbito da herança
indivisa.
Os deveres tributários relativos a
uma pessoa falecida incluindo os relativos ao período em que foi viva,
devem ser cumpridos por aquele a quem for deferida a administração da
herança ou seja, ao cabeça-de-casal ou administrador contitular da
herança indivisa.
O cabeça de casal poderá ter de efetuar o preenchimento do Anexo I (havendo rendimentos de categoria B).
No
caso de existirem apenas rendimentos de categoria F o cabeça de casal
ou administrador da herança e restantes herdeiros só entregam o anexo F
com a sua quota parte relativa ao valor das rendas recebidas pela
herança indivisa.
Consultora da Ordem dos Contabilistas Certificados
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
27/05/18
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Marcelo promulga novo diploma
que permite a engenheiros assinar
.projectos de arquitectura
.projectos de arquitectura
O Presidente da República promulgou hoje o novo diploma do parlamento que permite a um conjunto de engenheiros assinar projectos de arquitectura, por considerar que esta nova versão "restringe substancialmente" o âmbito desta "excepção transitória".
Numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet,
Marcelo Rebelo de Sousa afirma que promulgou este decreto "atendendo a
que o novo diploma restringe substancialmente o âmbito de aplicação da
excepção transitória", limitando-a aos engenheiros que "tenham subscrito
projectos que tenham merecido aprovação municipal" antes de 01/11/2017.
O
chefe de Estado frisa que não há "qualquer alargamento para o futuro --
ao contrário do diploma anterior", que vetou, no dia 07 de Abril.
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Esta
legislação, que causou polémica e dividiu as bancadas do PS e do
CDS-PP, aplica-se a engenheiros licenciados em quatro universidades --
Porto, Coimbra, Minho e Técnica de Lisboa -- com curso iniciado até
1987/1988.
O decreto da Assembleia da República n.º
206/XIII, hoje promulgado, foi aprovado em plenário no dia 04 de maio,
com alterações introduzidas em relação ao diploma vetado anterior pelo
Presidente da República, propostas pelo PCP e pelo PAN.
Numa
longa votação final global, que se estendeu por 25 minutos, com os
deputados chamados um a um, a nova versão foi aprovada com votos a favor
de PSD, PCP, PEV e PAN e de mais de vinte deputados do PS. O BE, a
maioria da bancada socialista e parte da bancada do CDS-PP votaram
contra e houve também socialistas e centristas a absterem-se.
Uma
lei de 2009 determinou que apenas arquitectos poderiam assinar
projectos, pondo fim à possibilidade de os engenheiros civis o fazerem,
prevista num decreto de 1973. Foi criado um regime transitório, que
vigorou até 2015, prorrogado por mais três anos, até 2018.
Ao
vetar, no início de Abril, o diploma que repunha a possibilidade de
engenheiros civis poderem assinar projectos de arquitectura, que teve
origem em projectos do PSD e do PAN, Marcelo Rebelo de Sousa alegou que
este deturpava o "largo consenso" criado pela lei de 2009, que admitia
um período de transição de cinco anos, tornando o "regime transitório"
definitivo, "sem que se conheça facto novo que o justifique".
O novo diploma seguiu da Assembleia da República para o Palácio de Belém para promulgação na segunda-feira, dia 28 de maio.
* Uma punhalada nas costas dos arquitectos.
Os futuros "Soutos Mouras" levam com o betão em cima.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
FBI alerta Cibersegurança portuguesa
.para ataques a "routers"
.para ataques a "routers"
Centro Nacional recomenda reposição de valores de fábrica.
O Centro Nacional de Cibersegurança foi informado pelo FBI que um software malicioso poderia afetar os routers e recomendou às entidades públicas e privadas portuguesas que repusessem os valores de fábrica dos equipamentos e fizessem atualizações às últimas versões.
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Fonte oficial disse esta terça-feira à agência Lusa que, na última quinta-feira, o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) recebeu uma informação do Federal Bureau of Investigation (FBI) norte-americano e no mesmo dia emitiu "um alerta para a rede nacional de entidades públicas e privadas que colaboram com o CNCS para a garantia da segurança do ciberespaço de interesse nacional".
As medidas para a mitigação do problema sugeridas passaram por "repor os valores de fábrica, reiniciar os equipamentos (routers) e realizar atualizações para as últimas versões disponíveis". O FBI detetou um ataque de hackers originário da Rússia, no ameaçava introduzir um "malware" que iria assumir o controlo dos routers domésticos.
Segundo o jornal espanhol "El País", os hackers poderiam anular por completo a ligação à Internet e levar a cabo ataques em massa. Numa ação coordenada em grande escala, o malware poderia anular a Internet em bairros ou cidades inteiras, devido ao grande número de marcas afetadas, como Netgear, TP-Link e Linksys.
O FBI recomendava a reiniciação do router para desativar o malware, embora sem garantias. Os especialistas da Cisco, empresa que terá detetado o ataque, sugerem a redefinição do dispositivo para as configurações de fábrica, de forma a assegurar que nenhum vestígio do vírus se mantenha no router.
* Precisamos saber se as operadoras a funcionar em Portugal estão a tomar as devidas precauções ou se mais uma vez são os clientes as únicas vítimas.
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“Não houve nenhuma estratégia nem pressão”, garantiu Negrão
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Eutanásia regressa ao Parlamento.
Mas não para já
A esquerda assume a derrota na legalização da morte medicamente assistida, mas não desiste e garante que a questão irá voltar ao Parlamento.
Uma coisa é praticamente certa: a esquerda pode ter perdido a batalha
esta terça-feira relativamente à legalização da morte medicamente
assistida, mas não dá a guerra como perdida. E diz que irá voltar à
carga. Resta saber quando.
Isso já foi um caminho e, sendo um tema que é incontornável e é inadiável, não vamos fugir a ele. Na próxima legislatura, estaremos todos com certeza ainda mais conscientes de que temos de discutir e de que temos de votar”, afirmou Maria Antónia Almeida Santos, um dos rostos do projeto de lei do PS, em declarações aos jornalistas. Se voltará a ser discutido? “Não faço ideia, ainda não está elaborado o programa de Governo.”.
Para a deputada socialista, a discussão desta terça-feira “começou bem” e
foi “um grande exercício”. “Mostrámos que temos maturidade para este
tema e para todos os temas, por mais difíceis e por mais incomodidade
que possam causar.” Ainda assim, assumiu “alguma mágoa” perante as
votações. Mas sublinhou a “forma serena” e “rigorosa” como decorreu o
debate. O que faltou? “Votos. Foram votos mesmo. Cada um terá tido as suas razões para votar a favor ou votar contra. Cada deputado tem um voto, faltaram votos.”
Também o deputado do PAN se mostrou convicto de que, em 2019, se
voltará a este tema da morte medicamente assistida. “Penso que nesta
legislatura não estarão criadas as condições para voltarmos a esta
questão, mas certamente em 2019 contamos voltar a trazer este tema”, disse André Silva ao Observador.
O
deputado, que apresentou um dos projetos de lei que foi chumbado esta
terça-feira, aproveitou ainda para destacar o “ponto de viragem” a que
se assistiu com este debate e saudou “a elevação” com que foi feito,
apesar de destacar “alguma desinformação” e “algumas mensagens erradas”.
A partir deste momento, a morte medicamente assistida é um debate que está para ficar. É um debate que os cidadãos querem fazer e que retomaremos muito em breve”.
Heloísa
Apolónia disse igualmente não acreditar que haja condições para se
regressar à questão da morte medicamente assistida nesta legislatura,
mas garantiu que os Verdes vão “certamente reapresentar” o projeto para legalizar a eutanásia, embora não adiante quando.
“Provavelmente nesta legislatura já não haverá condições para o
fazer.” Heloísa Apolónia afirmou ainda que o seu partido “considera que
não foi uma oportunidade perdida” e que se abre “agora espaço para que a
sociedade possa discutir”.
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José Manuel Pureza considerou que, com
esta votação, se fez um “caminho muito digno” e “muito importante de
alerta da sociedade portuguesa para esta questão” da morte medicamente
assistida. “Muito provavelmente a sociedade ela própria nos exigirá que tomemos outras posições mais adiante”, adiantou o deputado e um dos autores do projeto de lei do Bloco de Esquerda. Quando é que isso será, não quis adiantar.
Também a líder do Bloco de Esquerda deixou a garantia de que o partido irá regressar à questão da morte medicamente assistida. “O Bloco de Esquerda voltará seguramente a este tema,
mas achamos que este não é um tema do BE. É um tema de todas as pessoas
que, compreendendo que há aqui uma questão para ser respondida, sabem
que o Estado não pode continuar a fechar os olhos”, afirmou Catarina
Martins, em declarações aos jornalistas nos corredores do Parlamento.
Sabemos que, muitas vezes, não é na primeira votação que estas conquistas se fazem”, acrescentou a líder do BE.
Catarina
Martins aproveitou ainda para dar os parabéns aos “ativistas do
movimento pela morte assistida”. “Acho que fizeram o trabalho de trazer
para a agenda política e para a sociedade um debate aprofundado sobre um
problema que existe e hoje a Assembleia da República não conseguiu dar resposta ainda, mas dará seguramente.”
João
Semedo, o rosto do partido nesta matéria, recorreu ao Facebook para
comentar o que se passou esta tarde no Parlamento. Para o ex-líder do
Bloco de Esquerda, é só uma “questão de tempo” até ser
aprovada a despenalização da morte medicamente assistida e avança mesmo
uma data: “Não foi agora, será na próxima legislatura”.
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“Nestes
dois últimos anos, avançou-se imenso na compreensão das problemáticas do
fim de vida, designadamente, na legitimidade de permitir o recurso à
morte assistida a todos que o pretendam, sem obrigar seja quem for mas
também sem impedir quem cumpra todos os requisitos exigidos pela lei e
reitere inequivocamente ser essa a sua vontade. Andou-se muito nestes
dois últimos anos, estamos mais próximos de consagrar na sociedade e na
lei uma mudança fundamental: garantir a todos o direito a morrer com
dignidade”, lê-se ainda na publicação.
O socialista Sérgio Sousa Pinto lamentou que o projeto de lei do PS
tenha sido chumbado, mas assumiu que se trata de uma questão complexa.
“Tenho pena, mas é uma matéria em que tenho muitas dúvidas e não tenho a
arrogância [de fazer julgamentos] sobre os que pensam de maneira
diferente da minha”, afirmou o deputado do PS ao Observador. O
socialista considerou, contudo, que teria sido “natural que houvesse
mais deputados a votar de forma diferente dos partidos”, uma vez que se
trata de uma “questão de consciência”.
O socialista João Paulo
Correia também lamentou que o diploma do PS não tenha sido aprovado, mas
considerou que a posição do PSD revela que o grupo parlamentar do
partido está “de costas voltadas para o líder“.
Recorde-se que Rui Rio é a favor da despenalização da morte medicamente
assistida, tendo mesmo dado um testemunho no livro lançado pelo
movimento cívico “Direito a Morrer com Dignidade”, organizado pelo
antigo líder do Bloco de Esquerda, João Semedo.
Foi um braço de ferro entre a bancada e o líder“, acrescentou o deputado, reforçando que todas as “orientações” dadas pelo líder social-democrata “caíram em saco roto”.
“Não houve nenhuma estratégia nem pressão”, garantiu Negrão
O líder parlamentar do PSD, contudo, não tem a mesma visão. Sobre o
facto de Rui Rio ser a favor da eutanásia e ter visto a sua própria
bancada a chumbar os projetos de lei, Fernando Negrão disse que o
presidente do partido deu “uma lição de democracia”.
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Fernando
Negrão rejeita, no entanto, a hipótese de referendo. “O que eu disse foi
que, no mínimo, devia estar nas propostas dos partidos e ser discutido
nas campanhas para os portugueses saberem com o que contar”, disse. E rejeitou ainda que tenha havido uma “estratégia” concertada
que motivou a que alguns deputados sociais-democratas tenham votado a
favor de projetos do PAN, BE ou PEV e não a favor do projeto do PS, que
teria mais probabilidade de passar.
Já Paula Teixeira da Cruz,
quando questionada sobre o facto de a maioria dos deputados do PSD ter
votado contra os projetos quando o líder do partido é favorável à
despenalização, disse que este não é um caso em que se vincam as diferenças dentro do partido. “Neste caso não, não é de todo”, respondeu.
A
deputada do PSD, que votou a favor da despenalização da eutanásia,
lamentou a rejeição dos quatro projetos de lei e admitiu que ainda haja
espaço para discutir o tema. Sublinhou que “muitas vezes há caminhos a
percorrer”, lembrando o caso da interrupção voluntária da gravidez, em
que só ao segundo referendo foi aprovada a despenalização do aborto por
decisão da mulher até às 10 semanas de gravidez.
Paula Teixeira da
Cruz admitiu que “ainda haja espaço para discutir” a despenalização da
eutanásia, mas lamentou que hoje “não se tenha discutido de forma
definitiva”, indicando que os projetos de lei poderiam ter baixado à
especialidade, sendo aí melhorados. “A Constituição não diz que a vida é
irrenunciável, diz que ela é inviolável por terceiros”, afirmou a
deputada aos jornalistas no final do debate e votação parlamentar.
Também Assunção Cristas considerou que o “tema não fica fechado aqui”, acrescentando que o partido “continuará a promover o cuidado de todos e cada um em todos os momentos da vida”.
A líder do CDS disse ainda que o partido se “alegra” com o chumbo da legalização da eutanásia
e que o Parlamento “deu sinal de grande maturidade”. “Não só tínhamos
oposição de fundo a estes projetos, como objeções políticas porque esta
não era a legislatura com mandato” para decidir sobre este assunto,
sustentou a líder do CDS.
* Estamos desapontados e até furiosos, tiraram-nos a possibilidade de escolher o nosso fim de vida obrigando-nos ao sofrimento que ele querem que passemos, é uma decisão ditatorial.
Desejamos muito a quem votou contra a despenalização da eutanásia, a quem liderando associações civis e religiosas se manifestaram contra a despenalização, desejamos muito repetimos, que tenham um fim de vida cheio de muito e brutal sofrimento por doença, sofrimento que os leve a pedir que por amor de Deus os matem.
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XI-TABU
AMÉRICA LATINA
(BRASIL)
1.DOM OU MALDIÇÃO
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Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram
os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
** As
nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma
hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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