.
Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
15/04/2018
.
Daniel Susskindu
Três mitos sobre o futuro do trabalho
(e por que eles não são verdadeiros)
"As máquinas substituirão os humanos?" Essa pergunta está na mente de qualquer pessoa que que tenha um emprego.
Daniel Susskind confronta essa questão e três concepções erradas que temos sobre nosso futuro automatizado, sugerindo que façamos outra pergunta: como vamos distribuir a riqueza no mundo quando houver menos - ou mesmo não houver - trabalho.
.ANA SOUSA DIAS
.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
14/04/18
.
Elogio dos dicionários
e outras coisas assim
Ainda tenho uma prateleira com
dicionários, de português e de línguas várias, incluindo latim, restos
dos tempos do liceu. Podia ter aproveitado para descartá-los na última
mudança de casa mas faltou-me a coragem. E ainda bem, porque há poucos
dias precisei de entender a origem de uma palavra e foi ali que
encontrei.
A alternativa óbvia era
fazer uma pesquisa na internet, até porque estava sentada a escrever no
computador. Feita a operação: levantar-me, ir direta à estante, escolher
o calhamaço, folhear até encontrar o que procurava - acho,
sinceramente, que fiquei a ganhar em informação e até (podem não
acreditar) em tempo. Não me recordo de qual era a palavra nem isso é
agora relevante. O que me interessa é que fiquei a saber mais, não só
sobre a pergunta que tinha mas, por acréscimo ou bónus, sobre as
palavras que encontrei, acima ou abaixo da outra, da mesma família ou
graças à ordem alfabética.
Dias depois,
por coincidência (eu sou adepta das coincidências, acho que existem e
gosto muito de dar por elas), deparei com um texto de Alberto Manguel
sobre este mesmo tema. No livro Embalando a Minha Biblioteca,
da Tinta da China, este escritor, professor e sobretudo grande leitor
faz o elogio do dicionário com uma argumentação e um historial
maravilhosamente documentados e estruturados. Ele coloca até a questão,
em que eu seguramente nunca tinha pensado, dos dicionários das línguas
não alfabéticas, como o japonês ou o chinês. Como organizar um
dicionário sem começar no A e terminar no Z? Está lá tudo muito bem
explicado, e cito apenas isto: "Os chineses desenvolveram três sistemas
lexicográficos: por categorias semânticas, por componentes gráficos e
por pronúncia."
Embalando a Minha
Biblioteca parte de uma situação sobre a qual Manguel não se alarga em
explicações. Estava instalado, pensava ele que para toda a vida, num
presbitério perto do Loire onde tinha conseguido arrumar os seus 35 mil
livros. Os critérios de organização de uma biblioteca pessoal têm muito
que se lhes diga e cada pessoa tem o seu. O dele era muito particular e
não era realmente estável: "Muitas vezes senti que a minha biblioteca
explicava quem eu era, me conferia um eu sempre em mudança, que se
transformava constantemente ao longo dos anos."
Sucedeu
que ao fim de 15 anos no celeiro do presbitério francês o escritor se
viu forçado a mudar tudo de novo. E aí entra o título do livro, uma
brincadeira à volta de um ensaio de Walter Benjamin sobre a experiência
contrária: desencaixotar uma biblioteca. Teve a ajuda de muitos e bons
amigos, que nomeia e aos quais agradece, e que fizeram uma arrumação
ordenada e etiquetada para que ele pudesse localizar os volumes
guardados. O destino da biblioteca era o Canadá, onde Manguel viveu bons
tempos, e que lhe concedeu cidadania nos anos 1980, precisamente quando
ele sentiu que podia e devia entregar-se a uma atividade cívica que
extravasava do mundo estrito da investigação e do ensino. Empacotar
todos os livros era uma empreitada triste para quem construiu uma vida
em torno deles, um homem capaz de citações como uma enciclopédia
literária viva, hábil numa navegação de relacionamentos entre obras que
pareciam não ter parentesco.
Quando já
imaginava a vida sem os 35 mil amigos, Manguel recebeu um convite
extraordinário: ser diretor da Biblioteca Nacional da Argentina, na
Buenos Aires onde nasceu em 1948. E aqueles corredores que foram
atravessados por um anterior diretor, Jorge Luis Borges, que ali se
orientava sem hesitações apesar de estar cego, acolhem agora o homem que
na juventude tantas vezes leu para o autor do Aleph, numa reviravolta que faz todo o sentido, se é que faz falta uma vida encaminhar-se com alguma espécie de lógica.
Descobriu
agora Manguel uma nova vocação, sempre com os livros em volta. Decidiu
ser o renovador de uma casa a precisar de ser arejada e renovada.
E
tudo isto me veio à cabeça por causa de uma palavra em que tropecei
neste livro de divagações (e uma elegia) de Manguel: "estólido", na
página 126. Levantei-me de novo, fui à estante, tirei o volume que tem o
E. Agora já sei o que significa e de onde vem. Do latim, está-se mesmo a
ver.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
14/04/18
.
.
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
.
XXXIX-VISITA GUIADA
Ao Infante D. Henrique
e à Fortaleza de Sagres/2
Sagres - PORTUGAL
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
**
As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
.
.
VII. O MUNDO SEM NINGUÉM
1- A CRIPTA DA CIVILIZAÇÃO
* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
..
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
..
.
64-CINEMA
64-CINEMA
FORA "D'ORAS"
VII-TRÁFICO
SINOPSE
Tudo começa quando uma família normal e friorenta, obrigada a passar férias fora de época por dificuldades económicas, é bafejada pela sorte. Jesus, assim se chama o filho do casal, encontra enterrado na areia da praia deserta, um tesouro escondido e proibido: a riqueza da Terra. No mesmo dia e não longe dali dois padres decidem fechar as portas da sua igreja por falta de crentes e fazem um leilão de imagens dos seus queridos Santos. Entre a riqueza dos céus e o espírito da matéria partem à aventura.
Um banqueiro com alucinações auditivas quando fala do seu dinheiro e as respostas de um ministro com alucinações visuais quando trata de influências. Uma mulher elegante, suave e misteriosa, com uma bela cabeleira falsa e esplêndidas cores, incendeia tudo por onde passa. Um general à volta com traficâncias de armas e a sua pequena mulher à volta com artes, Olimpos e cabelos disparatados. E muitas mais aventuras.
Como os ricos verdadeiros e antigos se divertem, como os ricos novos ou falsos encontram dificuldades e como tudo acaba em bem. “Sejamos facciosos para reparar as injustiças do mundo”.
Elenco:
Joaquim Oliveira (Jesus)
Rita Blanco (Mãe de Jesus)
Adriano Luz (Hélio, pai de Jesus)
Branca de Camargo (Ruiva)
João Perry (Banqueiro)
Alexandra Lencastre (Amante do banqueiro)
Maria Emília Correia (Dona Amélia)
Canto e Castro (Padre Hipólito)
Paulo Bragança (Padre Lino)
Mário Jacques (General Rezende)
Maria João Luís (Suzette Almeida)
Dalila Carmo (Empregado de Suzette)
São José Lapa (A Actriz Clara d’Aveiro)
André Gomes (Ministro)
Isabel de Castro (Casca em “Júlio César” e Senhora da Linha)
Laura Soveral (Cássio em “Júlio César” e Senhora da Linha)
Suzana Borges (Cícero em “Júlio César”)
Nuno Melo (Gigolo)
Io Apolloni (Dona do cabeleireiro)
Rosa Lobato Faria (Condessa Furgel)
Rogério Vieira (Comendador)
Sofia Leite (Decoradora)
Direção: João Botelho
.