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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
13/04/2018
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HOJE NO
"DESTAK"
"DESTAK"
Centeno diz que será de 450ME empréstimo
do Estado ao Fundo de Resolução
O ministro das Finanças disse hoje que o empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução para injetar dinheiro no Novo Banco será de cerca de 450 milhões de euros e que a meta do défice deste ano inclui já a capitalização do banco.
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SOBRE AS CRIANÇAS? |
"O défice previsto [0,7% do PIB] inclui a injeção de capital que o Fundo de Resolução poderá ter de fazer no Novo Banco", disse Mário Centeno em conferência de imprensa, em Lisboa, para apresentar o Programa de Estabilidade 2018-2022.
O Governo reviu em baixa a meta do défice deste ano para 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), face aos 1,1% inscritos no Orçamento do Estado para 2018.
* Há dinheiro para suprir as vigarices dos banqueiros a quem acontece quase nada e não há 5% desta tranche para amenizar a vida das crianças com cancro do Hospital de S. João, o sr. ministro fica muito mal na fotografia.
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De acordo com a jornalista Ana Leal,
da TVI, o fogo que o ano passado destrui praticamente a totalidade do
pinhal de Leiria foi planeado um mês antes do acontecimento.
A PJ já tinha confirmado em janeiro deste ano que o incêndio que consumiu o Pinhal de Leiria a 15 de outubro teve mão criminosa.
Agora, vão ser apresentados novo dados numa reportagem que vai passar esta noite na estação de Queluz. De acordo com informação já divulgada, a TVI sabe que os responsáveis pela tragédia são vários madeireiros, donos de grandes empresas e donos de fábricas que compram e vendem madeira.
Na investigação desenvolvida sabe-se que tudo terá sido planeado na cave de um restaurante para que ninguém mais soubesse. Para além da elaboração do plano, segundo a mesma investigação, também foi neste mesmo local que o preço de comercialização da madeira queimada foi acordado.
Segundo a mesma investigação do canal televisivo, os incendiários utilizaram vasos de resina com caruma lá dentro para atear os focos de incêndio.
“Se isto sai daqui levo um tiro na cabeça”, disse a fonte anónima que revelou o plano à TVI.
Recorde-se que o incêndio na Mata Nacional de Leiria não causou vítimas e devastou 86% do pinhal. Houve várias frentes de fogo em simultâneo e, dias depois do incêndio, já havia entre os populares a ideia de que teria sido fogo posto.
O presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, chegou a expressar essa ideia, falando de vários focos de incêndio, mas também de falsos alarmes, “como se quisessem desviar as atenções e mobilizar meios para essas áreas”, disse na altura o autarca.
Foi veiculada a informação de que um dos focos de incêndio que alastrou para o pinhal teria começado num terreno onde é descarregado lixo.
*Mais uma vez o jornalismo de investigação a zelar por uma democracia mais limpa. Obrigada a toda equipa da TVI envolvida.
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HOJE NO
"i"
Fogo de Leiria foi planeado
um mês antes da tragédia
Segundo uma investigação da TVI, o fogo que destrui 86% do pinhal de Leiria foi planeado um mês antes da tragédia.
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A PJ já tinha confirmado em janeiro deste ano que o incêndio que consumiu o Pinhal de Leiria a 15 de outubro teve mão criminosa.
Agora, vão ser apresentados novo dados numa reportagem que vai passar esta noite na estação de Queluz. De acordo com informação já divulgada, a TVI sabe que os responsáveis pela tragédia são vários madeireiros, donos de grandes empresas e donos de fábricas que compram e vendem madeira.
Na investigação desenvolvida sabe-se que tudo terá sido planeado na cave de um restaurante para que ninguém mais soubesse. Para além da elaboração do plano, segundo a mesma investigação, também foi neste mesmo local que o preço de comercialização da madeira queimada foi acordado.
Segundo a mesma investigação do canal televisivo, os incendiários utilizaram vasos de resina com caruma lá dentro para atear os focos de incêndio.
“Se isto sai daqui levo um tiro na cabeça”, disse a fonte anónima que revelou o plano à TVI.
Recorde-se que o incêndio na Mata Nacional de Leiria não causou vítimas e devastou 86% do pinhal. Houve várias frentes de fogo em simultâneo e, dias depois do incêndio, já havia entre os populares a ideia de que teria sido fogo posto.
O presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, chegou a expressar essa ideia, falando de vários focos de incêndio, mas também de falsos alarmes, “como se quisessem desviar as atenções e mobilizar meios para essas áreas”, disse na altura o autarca.
Foi veiculada a informação de que um dos focos de incêndio que alastrou para o pinhal teria começado num terreno onde é descarregado lixo.
*Mais uma vez o jornalismo de investigação a zelar por uma democracia mais limpa. Obrigada a toda equipa da TVI envolvida.
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HOJE NO
"A BOLA"
Portugal já tem rivais
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França,
Lituânia e Roménia são os adversários de Portugal no Grupo 6 da
qualificação para o Europeu de seniores masculinos de 2020, segundo o
sorteio realizado, ontem, no Archbishop’s Palace, em Trondheim, Noruega.
«Podemos considerar o sorteio como sorte ou azar, mas é sempre bom jogarmos com equipas como a francesa, por exemplo. Sabíamos que teríamos um adversário muito complicado. Será uma guerra entre Portugal, Lituânia e Roménia pelo segundo lugar do grupo», defendeu o selecionador nacional, Paulo Pereira, que se prepara para entrar no andebol romeno como treinador do CSM Bucuresti.
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«Podemos considerar o sorteio como sorte ou azar, mas é sempre bom jogarmos com equipas como a francesa, por exemplo. Sabíamos que teríamos um adversário muito complicado. Será uma guerra entre Portugal, Lituânia e Roménia pelo segundo lugar do grupo», defendeu o selecionador nacional, Paulo Pereira, que se prepara para entrar no andebol romeno como treinador do CSM Bucuresti.
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«Para já, estamos
completamente focados no nosso atual rival, Sérvia, porque queremos
regressar rapidamente aos grandes palcos internacionais. Estamos a fazer
todos os esforços para nos munirmos de todas as armas e concretizarmos o
objetivo de aceder ao Mundial.»
A fase final do Europeu Suécia-Áustria-Noruega 2020 realiza-se de 10 a 26 de janeiro de 2020. Suécia, Áustria e Noruega, na qualidade de organizadores, e Espanha, atual campeã da Europa-2018, já estão apurados para a fase final. Dois primeiros classificados de cada grupo, assim como os quatro melhores terceiros, também se apuram.
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.Datas da qualificação, Grupo 6:
1.ª Jornada, 24/25 outubro 2018
França - Lituânia
PORTUGAL - Roménia
2.ª Jornada, 27/28 outubro 2018
Roménia - França
Lituânia - PORTUGAL
3.ª Jornada, 10/11 abril 2019
PORTUGAL - França
Roménia - Lituânia
4.ª Jornada, 13/14 abril 2019
França - PORTUGAL
Lituânia - Roménia
5.ª Jornada, 12/13 junho 2019
Lituânia - França
Roménia - PORTUGAL
6.ª Jornada, 15/16 junho 2019
França - Roménia
PORTUGAL - Lituânia
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Grupos:
GRUPO 1: Alemanha, Polónia, Israel e Kosovo
GRUPO 2: Croácia, Sérvia, Suíça e Bélgica
GRUPO 3: Macedónia, Islândia, Turquia e Grécia
GRUPO 4: Eslovénia, Holanda, Letónia e Estónia
GRUPO5: Bielorrússia, República Checa, Bósnia-Herzegovina e Finlândia
GRUPO 6: França, PORTUGAL, Lituânia e Roménia
GRUPO 7: Hungria, Rússia, Eslováquia e Itália
GRUPO 8: Dinamarca, Montenegro, Ucrânia e Ilhas Faroé
A fase final do Europeu Suécia-Áustria-Noruega 2020 realiza-se de 10 a 26 de janeiro de 2020. Suécia, Áustria e Noruega, na qualidade de organizadores, e Espanha, atual campeã da Europa-2018, já estão apurados para a fase final. Dois primeiros classificados de cada grupo, assim como os quatro melhores terceiros, também se apuram.
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.Datas da qualificação, Grupo 6:
1.ª Jornada, 24/25 outubro 2018
França - Lituânia
PORTUGAL - Roménia
2.ª Jornada, 27/28 outubro 2018
Roménia - França
Lituânia - PORTUGAL
3.ª Jornada, 10/11 abril 2019
PORTUGAL - França
Roménia - Lituânia
4.ª Jornada, 13/14 abril 2019
França - PORTUGAL
Lituânia - Roménia
5.ª Jornada, 12/13 junho 2019
Lituânia - França
Roménia - PORTUGAL
6.ª Jornada, 15/16 junho 2019
França - Roménia
PORTUGAL - Lituânia
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Grupos:
GRUPO 1: Alemanha, Polónia, Israel e Kosovo
GRUPO 2: Croácia, Sérvia, Suíça e Bélgica
GRUPO 3: Macedónia, Islândia, Turquia e Grécia
GRUPO 4: Eslovénia, Holanda, Letónia e Estónia
GRUPO5: Bielorrússia, República Checa, Bósnia-Herzegovina e Finlândia
GRUPO 6: França, PORTUGAL, Lituânia e Roménia
GRUPO 7: Hungria, Rússia, Eslováquia e Itália
GRUPO 8: Dinamarca, Montenegro, Ucrânia e Ilhas Faroé
* Desejamos que a televisão transmita os jogos.
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MANUELA HASSE
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Conhece-se a história. Nascido a 5 de Fevereiro de 1985, no Funchal, a origem do menino de génio, com génio e, por vezes, de mau génio, encontra-se na classe trabalhadora mais pobre. Do pai recolhe o modelo inicial, o gosto pela bola, da mãe recebe o apoio incondicional, a força e a determinação, do irmão a expressão viva dos perigos que rondam a adolescência à deriva. Nesse lugar de onde vem, o carácter é construído na dureza, nas margens da sociedade bem estabelecida, da afluência artificial do turismo. Se o seu lugar social é marcado pela periferia e a desvantagem, a rua é o centro da sua existência, o seu espaço de liberdade, o espaço onde a sua paixão pela bola não conhece limites. Na adversidade, forja o seu carácter: rebelde, desafiante, rufia. E, aí também, o seu destino – a saída.
A bola, que não larga, representa o mundo. Um mundo que tenta escapar ao seu controlo e que o menino se obstina em querer dominar. Nesse exercício, na relação com a bola, no confronto com os outros muúdos, desenvolve a capacidade de ensaiar tudo quanto lhe é sugerido, pelo movimento da bola, quantos vezes preciso, quantas vezes inesperado, persegue o seu domínio, insiste e depara com a descoberta constante das suas orientações, das suas manhas, das suas derivas e nisso reside parte do fascínio que a bola lhe desperta, que o prende, a satisfação que o seu controlo lhe proporciona. É que, enquanto se dedica ao jogo com a bola, vai conhecendo os caprichos, desenham-se geometrias e forças, os lances, arriscam-se toques e jogadas, dribles e fintas, apoios e contactos, a bola sempre debaixo de olho, sempre junto ao corpo, o mundo de onde não quer ficar excluído a ser dominado aos poucos. Ao mesmo tempo, vai descobrindo-se a si mesmo, o que quer, o que procura, o que pode. A bola com a qual começa a ter uma relação particular, especial, única, esse elemento essencial de jogo, representa tudo o que existe, tudo o que é, o que depende dele, da sua acção, do seu jogo, sozinho ou acompanhado, esse é o mundo, um mundo em movimento a todas as velocidades, em todos os níveis, sinal de todos os desafios e que ele, aos poucos, determinado, aprende a conhecer e a controlar. Esse é um mundo que não espera, se desloca, apressado, o mundo afastado, do outro lado, escorregadio, evasivo, raso, picado, que ele persiste em conhecer em cada um dos seus efeitos, o mundo redondo que ele quer e irá dominar.
Controlar a bola. Nas horas que passa entretido, obstinado, a descarregar sobre ela as suas frustrações, todas as suas frustrações, a zanga dentro de si, o sentido vincado da discriminação, difícil de dizer, incompreensível mas sensível, nessa violência interior descobre a multiplicidade de meios técnicos a recorrer e submete essa forma redonda, circular, cósmica, à sua vontade imperiosa. Entre a bola e o menino, nessa relação poderosa, quem manda não será a bola. Entre chutos e pontapés, parado e em movimento, aprende que o que visa é difícil, e essa dificuldade atiça a vontade de fazer mais e melhor, espicaça-o a fazer e a refazer jogadas, a inventar ângulos, tangentes e velocidades, usar diferentes planos, ritmos e segmentos corporais, a driblar os oponentes, a conjungar tudo, dos pés à cabeça – numa interminável geometria fluída construída em pleno movimento. Como se a bola e ele fossem apenas um. Aos poucos, vai conhecendo-a, firmando o jogo, acentuando a experiência com esse alvo instável, susceptível, porém, de certa forma, controlável. Um processo que se esboça e inscreve de dentro para fora. De fora, a bola oferece o campo de descoberta. A provocar e a desafiar a dinâmica, a sugerir o jogo.
À sua volta, a família, sempre, envolve o pequeno. Em seguida, o clube, no Funchal, reforça a comunidade em que se encontra inserido. O corpo esguio, seco, ossudo. O rosto fechado, como quem tem contas a ajustar com alguém, contra alguma coisa. Envolvido pela família, é o mais novo de quatro irmãos, levado pelo pai aos treinos do clube do bairro, o Clube Desportivo das Andorinhas, relvado onde é fotografado, aos 8 anos - enquadrado de um lado pelo pai Dinis, ex-jogador e, do outro, talvez o treinador - e parte da equipa dos miúdos iniciados, equipamento azul claro, tamanhos grandes demais para a sua idade, aspecto particular a acentuar a idade dos jogadores. Dois anos depois, com o equipamento preto e branco do Clube Desportivo do Nacional da Madeira, rosto tenso e angustiado, expressão séria, sapatilha numa mão, meia e caneleira na outra, descalso do pé direito, cabelo quase rapado, parece ter terminado o jogo com algum problema. Em cada uma das fotografias do pequeno jogador, a expressão é sempre fechada, séria, a revolta contida. Família, clube, comunidade, rodeiam o miúdo de afecto, sentimento tornado a pouco e pouco admiração e respeito. Focado, longe da família e da ilha, no Sporting Clube de Portugal, em Lisboa, permanece trabalhador, disciplinado, determinado, impõe o reconhecimento.
Personalidade forte, reage com brusquidão inquieta ao riso dos colegas quando, no primeiro dia na escola do Sporting, é tratado por ‘Número 5’ e ele atira, com o sotaque da ilha, ‘Cristiano Ronaldo’!. No jogo, conquista o respeito e o reconhecimento dos seus pares. Pobre, insular, com sotaque, isolado da família, Ronaldo parece ter integrado profundamente em si, desde sempre, a moral do trabalho que caracterizava as classes mais desfavorecidas, o mundo operário, orgulhoso do seu corpo moldado pelo trabalho manual, braçal, suado, brilhante, talhado pelo esforço árduo, pela força, como estivadores, como cavadores, os rurais e os urbanos, das trincheiras e da construção, harmonia de músculos a cheirarem a trabalho, uma forma comum exibida nas mangas conservadas enroladas até ao limite, nas camisolas de mangas cavadas, as camisolas brancas de algodão, interiores usadas (antes das Tshirts serem produzidas e usadas no ocidente, em geral, no âmbito da fashion, hoje propostas na marca Armani, Versage, Hugo Boss ou afins) a desconfiança, a solidariedade e a cumplicidade criada no trabalho de grupo, o valor do mérito, da vitória, da recompensa em dinheiro, bem como nos festejos populares, entre os seus e não em cerimónias protocolares.
A magia da bola não deixa de ser exercida e rodeia, por sua vez, o menino: fortalece-lhe o carácter, desenvolve atitudes e movimentos, capacidade e técnicas, expande eixos e articulações, solta o corpo e os seus movimentos, rasga limites e regista possibilidades, inscreve marcas, memórias do corpo próprio, as estruturas do sensível às quais irão ajustar-se aos poucos as estruturas do perceptível. Entre as maneiras de fazer, as convencionais e as outras, as que ainda não foram descobertas, que não se conhecem e, por isso, não participam do grupo de possibilidades a aprender de fora para dentro. E de fora para dentro haveria, ainda, de vir a impôr-se mais tarde, o penoso trabalho de ginásio, específico, sistemático, submetido às máquinas (a maquinaria!), a intensidade, a regularidade, o esforço, o controlo e o afastamento dos limites impostos pela inércia, pela natureza. Depois dos treinos, irá permanecer no campo, concentrado, impõe o seu próprio tempo e a sua qualidade de treino. A bola toma conta da sua vida, domina tudo.
Os estudos históricos e sociais, psico-sociais, continuam a ser indispensáveis, pois contribuem para o reconhecimento, a identificação dos factos que, manifestos e personificados por grupos ou por indivíduos, como acontece com Ronaldo, com uma origem e uma história, que é sempre, sem dúvida, pessoal, e é também biológica e, acima de tudo, é parte de um colectivo, de um social, de um contexto onde todos os dados se cruzam, se sobrepõem e parecem confundir-se, podem ajudar à compreensão de algo, de alguém, encarado e sentido como excepcional. A estatística, a medida, a representação em 3D, por mais fascinantes que sejam, estão longe de poder contribuir e para explicar os factos do universo próprio do humano e do social que, aliás, servem. É para isso, também, e aliás, que o desporto, em especial o futebol pela sua popularidade, serve. Para nos arrancar da vulgaridade, do mesquinho, do que é desprezível, terreno, limitado, da paranóia da vida. É por isso que se paga o acesso ao espectáculo, um espectáculo que se exibe no campo, não fora dele. Por tudo isto, humano e extraordinário, Ronaldo, Cristiano Ronaldo, não será apenas o melhor do mundo. Nesse mundo redondo, que a bola simboliza em qualquer cultura, que atrai crianças e adultos, ele atinge o domínio cósmico, revela-se galáctico. Insatisfeito por natureza e por condição, isso não lhe chegará. A lenda há anos que é tecida pelo que o acompanhamos, de longe, no interesse e na expectativa. O futebol nunca mais será o mesmo. A técnica ‘de bicicleta’ exibida por Ronaldo no jogo da Juventus contra o Real Madrid, disputado a 3 de Abril deste ano, em Turin, não destaca apenas o corpo, a forma, a execução, a performance (a representação), de um jogador excepcional. Suspende, a 2.20 m do solo, tudo aquilo que o desporto é – um fenómeno que integra o psíquico, o fisiológico, o bio-mecânico, o psico-social. Que o desporto é, pode ser e foi, na ocasião.
Não se pode explicar qualquer fenómeno apenas por um encadeamento de forças e eixos, uma causa única, uma razão exclusiva. Ronaldo, através do que ele é e do que fez e faz, o salto e o remate em causa, personifica o símbolo. No momento em que executa a ‘técnica’, surpreendente pela elevação revelada, esse jogador em particular expõe a profunda complexidade do desporto, fenómeno animado, saturado do humano e social. Um nível de complexidade tal que podemos avançar apenas lentamente – que com pressa não se pensa, nem há tempo para reunir as informações, (no universo dos jornais e dos mídia, em geral, que o digam os bons jornalistas), nem se levantam os dados significativos necessários, nem a indispensável relação de dados, ordenando-os, interpretando-os, propondo uma explicação (sempre temporária). Nesse processo, haverá que considerar também, o movimento na sua análise psicológica, as motivações sentidas, as emoções vividas, os actos psíquicos e mentais, os factos sociais e psico-sociais, as institucionalizações, os aspectos morfológicos, as organizações e os modelos que as sustentam, os papéis sociais, as socializações. E ainda as atitudes, as condutas e os comportamentos, as práticas, as representações e os ritos, os princípios, as normas e os valores de toda a ordem, económicos, financeiros, éticos, religiosos, estéticos, políticos, a expressão de tudo, o cruzamento pelo qual se chega ali – ao céu. E se cai na terra. Nesse entrelaçado, nessa mousse do humano, que é sempre social, do social que nunca pode deixar de ser humano (ainda que possa revelar-se deshumano pois o humano desenvolve-se e reforça-se no social, na cultura, na história), nessa ´técnica’ concretizada a mais de dois metros do solo, aquele jogador é total: conjuga, integra, revela, expõe o desporto moderno, a sociedade actual em que vivemos. O lugar onde a tecnologia (domínio da natureza), o conjunto das regras (a regulação de todos), a auto-disciplina (o eu) convergem. Tudo concretizado na tomada de decisão em breves segundos. Esse homem não é deste mundo, claro – por breves momentos extraordinários. Isso sossega-nos. Melhor ainda, distrai-nos, diverte-nos – que é também para isso que o desporto serve. O problema, porém, é que ele é bem deste mundo, também. Ele não faz parte da história apenas, a história do tempo colectivo em que a sua vida participa. Ele próprio tem uma história. A ilha, os clubes de futebol madeirenses, o Sporting Clube de Portugal, o enorme Manchester United, e o excepcional Alex Ferguson, o Real Madrid, e José Mourinho, o Number One, e, finalmente, Zinedine Zidane, discreto, amigo, semelhante.
A força de carácter de Ronaldo, orgulhoso, arrogante, capaz, porém da maior humildade, capaz de não esconder as lágrimas, capaz de enorme generosidade, para com os seus e para com quer quer que seja que ele saiba necessitar de auxílio, protector e assumidamente o provider (no seio da família e no seio da equipa onde se torna, justamente, o capitão, o chefe, o líder – alto, atlético, bem parecido (good looking), vaidoso, multimilionário, sugeria ter conquistado já tudo. Ser o melhor do mundo. Melhor do que todos os ídolos do passado, que já é. Oriundo da periferia, marcado por uma situação que raia a discriminação, a exclusão social, a pobreza, conquista a pulso, o seu lugar – o melhor do mundo, o centro de tudo. De palavra presa, voz mal colocada, unhas roídas, pés de bailarino, atirados para fora, deformados pelo trabalho persistente, como Rudolf Nureyiev, consegue, entre a força e a fragilidade, algo que hoje em dia apenas o desporto e, talvez o futebol, consegue: a unidade. Unidade entre adeptos, entre adversários, uma unidade supra-clubística e supra-nacional. Num lance de génio, treinado vezes sem conta, que a arte dá muito trabalho, Ronaldo desfaz as diferenças, todas as distinções. Através do impossível, do extraordinário, acima daquilo que na repetição quotidiana compõe o conjunto das expectativas correntes, - Ronaldo liga os mais desprovidos, os under-dogs e os outros, torna-nos comuns, iguais, desfaz as barreiras, vinga todas as injustiças e, por breves momentos de carácter único, atinge – permite-nos tocar – o sagrado. Para nos largar, em seguida, pois o jogo continua e a sua busca não acabou. Ao Ronaldo, aqui envio o meu abraço. You’re doing well lad!
IN "A BOLA"
11/04/18
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Total-Cristiano Ronaldo
A
31 de Maio de 2008, o jogador português mais conhecido do mundo,
Cristiano Ronaldo, era a capa do Suplemento do maior jornal de desporto
em França, o jornal L’Équipe. Seria esse o ano Ronaldo, era a questão,
depois da Premier League, da Liga dos Campeões, a presença do jogador na
Selecção Nacional, após as circunstâncias vividas quatro anos antes,
sugeria a possibilidade da vingança após a derrota contra a Grécia, na
final do Euro 2004, em Portugal, país organizador. Dez anos depois,
Ronaldo continua a fazer as primeiras páginas dos jornais do desporto em
todo o mundo, o seu talento e a sua forma a imporem-se perante todos.
Como é possível? Como se explica semelhante fenómeno? Naturalmente, a
impulsão, bem como a força, a resistência, o equílibrio, a coordenação,
não explicam tudo. De facto, não explicam nada. Tudo isso têm hoje todos
os outros grandes jogadores.
Conhece-se a história. Nascido a 5 de Fevereiro de 1985, no Funchal, a origem do menino de génio, com génio e, por vezes, de mau génio, encontra-se na classe trabalhadora mais pobre. Do pai recolhe o modelo inicial, o gosto pela bola, da mãe recebe o apoio incondicional, a força e a determinação, do irmão a expressão viva dos perigos que rondam a adolescência à deriva. Nesse lugar de onde vem, o carácter é construído na dureza, nas margens da sociedade bem estabelecida, da afluência artificial do turismo. Se o seu lugar social é marcado pela periferia e a desvantagem, a rua é o centro da sua existência, o seu espaço de liberdade, o espaço onde a sua paixão pela bola não conhece limites. Na adversidade, forja o seu carácter: rebelde, desafiante, rufia. E, aí também, o seu destino – a saída.
A bola, que não larga, representa o mundo. Um mundo que tenta escapar ao seu controlo e que o menino se obstina em querer dominar. Nesse exercício, na relação com a bola, no confronto com os outros muúdos, desenvolve a capacidade de ensaiar tudo quanto lhe é sugerido, pelo movimento da bola, quantos vezes preciso, quantas vezes inesperado, persegue o seu domínio, insiste e depara com a descoberta constante das suas orientações, das suas manhas, das suas derivas e nisso reside parte do fascínio que a bola lhe desperta, que o prende, a satisfação que o seu controlo lhe proporciona. É que, enquanto se dedica ao jogo com a bola, vai conhecendo os caprichos, desenham-se geometrias e forças, os lances, arriscam-se toques e jogadas, dribles e fintas, apoios e contactos, a bola sempre debaixo de olho, sempre junto ao corpo, o mundo de onde não quer ficar excluído a ser dominado aos poucos. Ao mesmo tempo, vai descobrindo-se a si mesmo, o que quer, o que procura, o que pode. A bola com a qual começa a ter uma relação particular, especial, única, esse elemento essencial de jogo, representa tudo o que existe, tudo o que é, o que depende dele, da sua acção, do seu jogo, sozinho ou acompanhado, esse é o mundo, um mundo em movimento a todas as velocidades, em todos os níveis, sinal de todos os desafios e que ele, aos poucos, determinado, aprende a conhecer e a controlar. Esse é um mundo que não espera, se desloca, apressado, o mundo afastado, do outro lado, escorregadio, evasivo, raso, picado, que ele persiste em conhecer em cada um dos seus efeitos, o mundo redondo que ele quer e irá dominar.
Controlar a bola. Nas horas que passa entretido, obstinado, a descarregar sobre ela as suas frustrações, todas as suas frustrações, a zanga dentro de si, o sentido vincado da discriminação, difícil de dizer, incompreensível mas sensível, nessa violência interior descobre a multiplicidade de meios técnicos a recorrer e submete essa forma redonda, circular, cósmica, à sua vontade imperiosa. Entre a bola e o menino, nessa relação poderosa, quem manda não será a bola. Entre chutos e pontapés, parado e em movimento, aprende que o que visa é difícil, e essa dificuldade atiça a vontade de fazer mais e melhor, espicaça-o a fazer e a refazer jogadas, a inventar ângulos, tangentes e velocidades, usar diferentes planos, ritmos e segmentos corporais, a driblar os oponentes, a conjungar tudo, dos pés à cabeça – numa interminável geometria fluída construída em pleno movimento. Como se a bola e ele fossem apenas um. Aos poucos, vai conhecendo-a, firmando o jogo, acentuando a experiência com esse alvo instável, susceptível, porém, de certa forma, controlável. Um processo que se esboça e inscreve de dentro para fora. De fora, a bola oferece o campo de descoberta. A provocar e a desafiar a dinâmica, a sugerir o jogo.
À sua volta, a família, sempre, envolve o pequeno. Em seguida, o clube, no Funchal, reforça a comunidade em que se encontra inserido. O corpo esguio, seco, ossudo. O rosto fechado, como quem tem contas a ajustar com alguém, contra alguma coisa. Envolvido pela família, é o mais novo de quatro irmãos, levado pelo pai aos treinos do clube do bairro, o Clube Desportivo das Andorinhas, relvado onde é fotografado, aos 8 anos - enquadrado de um lado pelo pai Dinis, ex-jogador e, do outro, talvez o treinador - e parte da equipa dos miúdos iniciados, equipamento azul claro, tamanhos grandes demais para a sua idade, aspecto particular a acentuar a idade dos jogadores. Dois anos depois, com o equipamento preto e branco do Clube Desportivo do Nacional da Madeira, rosto tenso e angustiado, expressão séria, sapatilha numa mão, meia e caneleira na outra, descalso do pé direito, cabelo quase rapado, parece ter terminado o jogo com algum problema. Em cada uma das fotografias do pequeno jogador, a expressão é sempre fechada, séria, a revolta contida. Família, clube, comunidade, rodeiam o miúdo de afecto, sentimento tornado a pouco e pouco admiração e respeito. Focado, longe da família e da ilha, no Sporting Clube de Portugal, em Lisboa, permanece trabalhador, disciplinado, determinado, impõe o reconhecimento.
Personalidade forte, reage com brusquidão inquieta ao riso dos colegas quando, no primeiro dia na escola do Sporting, é tratado por ‘Número 5’ e ele atira, com o sotaque da ilha, ‘Cristiano Ronaldo’!. No jogo, conquista o respeito e o reconhecimento dos seus pares. Pobre, insular, com sotaque, isolado da família, Ronaldo parece ter integrado profundamente em si, desde sempre, a moral do trabalho que caracterizava as classes mais desfavorecidas, o mundo operário, orgulhoso do seu corpo moldado pelo trabalho manual, braçal, suado, brilhante, talhado pelo esforço árduo, pela força, como estivadores, como cavadores, os rurais e os urbanos, das trincheiras e da construção, harmonia de músculos a cheirarem a trabalho, uma forma comum exibida nas mangas conservadas enroladas até ao limite, nas camisolas de mangas cavadas, as camisolas brancas de algodão, interiores usadas (antes das Tshirts serem produzidas e usadas no ocidente, em geral, no âmbito da fashion, hoje propostas na marca Armani, Versage, Hugo Boss ou afins) a desconfiança, a solidariedade e a cumplicidade criada no trabalho de grupo, o valor do mérito, da vitória, da recompensa em dinheiro, bem como nos festejos populares, entre os seus e não em cerimónias protocolares.
A magia da bola não deixa de ser exercida e rodeia, por sua vez, o menino: fortalece-lhe o carácter, desenvolve atitudes e movimentos, capacidade e técnicas, expande eixos e articulações, solta o corpo e os seus movimentos, rasga limites e regista possibilidades, inscreve marcas, memórias do corpo próprio, as estruturas do sensível às quais irão ajustar-se aos poucos as estruturas do perceptível. Entre as maneiras de fazer, as convencionais e as outras, as que ainda não foram descobertas, que não se conhecem e, por isso, não participam do grupo de possibilidades a aprender de fora para dentro. E de fora para dentro haveria, ainda, de vir a impôr-se mais tarde, o penoso trabalho de ginásio, específico, sistemático, submetido às máquinas (a maquinaria!), a intensidade, a regularidade, o esforço, o controlo e o afastamento dos limites impostos pela inércia, pela natureza. Depois dos treinos, irá permanecer no campo, concentrado, impõe o seu próprio tempo e a sua qualidade de treino. A bola toma conta da sua vida, domina tudo.
Os estudos históricos e sociais, psico-sociais, continuam a ser indispensáveis, pois contribuem para o reconhecimento, a identificação dos factos que, manifestos e personificados por grupos ou por indivíduos, como acontece com Ronaldo, com uma origem e uma história, que é sempre, sem dúvida, pessoal, e é também biológica e, acima de tudo, é parte de um colectivo, de um social, de um contexto onde todos os dados se cruzam, se sobrepõem e parecem confundir-se, podem ajudar à compreensão de algo, de alguém, encarado e sentido como excepcional. A estatística, a medida, a representação em 3D, por mais fascinantes que sejam, estão longe de poder contribuir e para explicar os factos do universo próprio do humano e do social que, aliás, servem. É para isso, também, e aliás, que o desporto, em especial o futebol pela sua popularidade, serve. Para nos arrancar da vulgaridade, do mesquinho, do que é desprezível, terreno, limitado, da paranóia da vida. É por isso que se paga o acesso ao espectáculo, um espectáculo que se exibe no campo, não fora dele. Por tudo isto, humano e extraordinário, Ronaldo, Cristiano Ronaldo, não será apenas o melhor do mundo. Nesse mundo redondo, que a bola simboliza em qualquer cultura, que atrai crianças e adultos, ele atinge o domínio cósmico, revela-se galáctico. Insatisfeito por natureza e por condição, isso não lhe chegará. A lenda há anos que é tecida pelo que o acompanhamos, de longe, no interesse e na expectativa. O futebol nunca mais será o mesmo. A técnica ‘de bicicleta’ exibida por Ronaldo no jogo da Juventus contra o Real Madrid, disputado a 3 de Abril deste ano, em Turin, não destaca apenas o corpo, a forma, a execução, a performance (a representação), de um jogador excepcional. Suspende, a 2.20 m do solo, tudo aquilo que o desporto é – um fenómeno que integra o psíquico, o fisiológico, o bio-mecânico, o psico-social. Que o desporto é, pode ser e foi, na ocasião.
Não se pode explicar qualquer fenómeno apenas por um encadeamento de forças e eixos, uma causa única, uma razão exclusiva. Ronaldo, através do que ele é e do que fez e faz, o salto e o remate em causa, personifica o símbolo. No momento em que executa a ‘técnica’, surpreendente pela elevação revelada, esse jogador em particular expõe a profunda complexidade do desporto, fenómeno animado, saturado do humano e social. Um nível de complexidade tal que podemos avançar apenas lentamente – que com pressa não se pensa, nem há tempo para reunir as informações, (no universo dos jornais e dos mídia, em geral, que o digam os bons jornalistas), nem se levantam os dados significativos necessários, nem a indispensável relação de dados, ordenando-os, interpretando-os, propondo uma explicação (sempre temporária). Nesse processo, haverá que considerar também, o movimento na sua análise psicológica, as motivações sentidas, as emoções vividas, os actos psíquicos e mentais, os factos sociais e psico-sociais, as institucionalizações, os aspectos morfológicos, as organizações e os modelos que as sustentam, os papéis sociais, as socializações. E ainda as atitudes, as condutas e os comportamentos, as práticas, as representações e os ritos, os princípios, as normas e os valores de toda a ordem, económicos, financeiros, éticos, religiosos, estéticos, políticos, a expressão de tudo, o cruzamento pelo qual se chega ali – ao céu. E se cai na terra. Nesse entrelaçado, nessa mousse do humano, que é sempre social, do social que nunca pode deixar de ser humano (ainda que possa revelar-se deshumano pois o humano desenvolve-se e reforça-se no social, na cultura, na história), nessa ´técnica’ concretizada a mais de dois metros do solo, aquele jogador é total: conjuga, integra, revela, expõe o desporto moderno, a sociedade actual em que vivemos. O lugar onde a tecnologia (domínio da natureza), o conjunto das regras (a regulação de todos), a auto-disciplina (o eu) convergem. Tudo concretizado na tomada de decisão em breves segundos. Esse homem não é deste mundo, claro – por breves momentos extraordinários. Isso sossega-nos. Melhor ainda, distrai-nos, diverte-nos – que é também para isso que o desporto serve. O problema, porém, é que ele é bem deste mundo, também. Ele não faz parte da história apenas, a história do tempo colectivo em que a sua vida participa. Ele próprio tem uma história. A ilha, os clubes de futebol madeirenses, o Sporting Clube de Portugal, o enorme Manchester United, e o excepcional Alex Ferguson, o Real Madrid, e José Mourinho, o Number One, e, finalmente, Zinedine Zidane, discreto, amigo, semelhante.
A força de carácter de Ronaldo, orgulhoso, arrogante, capaz, porém da maior humildade, capaz de não esconder as lágrimas, capaz de enorme generosidade, para com os seus e para com quer quer que seja que ele saiba necessitar de auxílio, protector e assumidamente o provider (no seio da família e no seio da equipa onde se torna, justamente, o capitão, o chefe, o líder – alto, atlético, bem parecido (good looking), vaidoso, multimilionário, sugeria ter conquistado já tudo. Ser o melhor do mundo. Melhor do que todos os ídolos do passado, que já é. Oriundo da periferia, marcado por uma situação que raia a discriminação, a exclusão social, a pobreza, conquista a pulso, o seu lugar – o melhor do mundo, o centro de tudo. De palavra presa, voz mal colocada, unhas roídas, pés de bailarino, atirados para fora, deformados pelo trabalho persistente, como Rudolf Nureyiev, consegue, entre a força e a fragilidade, algo que hoje em dia apenas o desporto e, talvez o futebol, consegue: a unidade. Unidade entre adeptos, entre adversários, uma unidade supra-clubística e supra-nacional. Num lance de génio, treinado vezes sem conta, que a arte dá muito trabalho, Ronaldo desfaz as diferenças, todas as distinções. Através do impossível, do extraordinário, acima daquilo que na repetição quotidiana compõe o conjunto das expectativas correntes, - Ronaldo liga os mais desprovidos, os under-dogs e os outros, torna-nos comuns, iguais, desfaz as barreiras, vinga todas as injustiças e, por breves momentos de carácter único, atinge – permite-nos tocar – o sagrado. Para nos largar, em seguida, pois o jogo continua e a sua busca não acabou. Ao Ronaldo, aqui envio o meu abraço. You’re doing well lad!
IN "A BOLA"
11/04/18
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Jornalistas sequestrados
no Equador foram assassinados
O presidente equatoriano, Lenín Moreno, confirmou, esta sexta-feira, em Quito, o assassínio dos três elementos da equipa jornalística do jornal "El Comercio" sequestrada a 26 de março na província de Esmeraldas, na fronteira com a Colômbia.
"A mensagem é para todas as equatorianas e
todos os equatorianos e é assim: Com profundo pesar, lamento informar
que passaram as 12 horas do prazo estabelecido, não recebemos provas de
vida e lamentavelmente temos informação que confirma o assassínio dos
nossos compatriotas", revelou o presidente equatoriano numa conferência
de imprensa superlotada.
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Moreno
sublinhou que, "além dos esforços realizados, se confirmou que estes
criminosos aparentemente nunca tiveram a intenção de entregá-los sãos e
salvos e é muito provável que apenas tenham querido ganhar tempo".
O governante anunciou igualmente que foram
retomadas as operações na fronteira com a Colômbia e ofereceu uma
recompensa por quem contactou o "narco-terrorista conhecido como
Guacho", líder do grupo que sequestrou e assassinou a equipa
jornalística de "El Comercio".
O
"narcoterrorista (Walter Patricio Artízala Vernaza), conhecido como
Guacho" foi incluído na lista dos "mais procurados do Equador" e o chefe
de Estado ofereceu uma recompensa de 100 mil dólares por informação que
conduza à sua captura no Equador ou na Colômbia.
O
presidente anunciou ainda uma série de medidas de segurança, entre as
quais a de declarar a área fronteiriça com a Colômbia zona de segurança e
reforçar os controlos militares e policiais a fim de realizar "ações
coordenadas" na área divisória.
Em
paralelo, Moreno indicou que foram contactadas entidades internacionais
como a Igreja Católica e a Cruz Vermelha Internacional para "localizar e
repatriar os corpos" dos equatorianos sequestrados.
"Estamos de luto, mas não vamos deixar-nos amedrontar. Hoje, mais do que nunca, peço ao país a unidade pela paz", frisou.
Moreno salientou que o seu apelo à unidade "em nenhuma circunstância significa que se queira limitar a liberdade de expressão".
"Não
deixem de criticar", pediu aos meios de comunicação, acrescentando:
"Sabemos reconhecer os nossos erros e tudo isto nos permitirá reconhecer
se os houve".
"O povo perdoa quando cometemos erros, mas não que se lhes minta. Não vamos mentir ao povo equatoriano", defendeu.
O
jornalista Javier Ortega, de 36 anos, o fotojornalista Paúl Rivas, de
45, e o motorista Efraín Segarra, de 60, foram sequestrados na zona de
Mataje, na província de Esmeraldas, na fronteira com a Colômbia, quando
realizavam uma reportagem para o diário "El Comercio" sobre a crescente
insegurança naquela zona desde janeiro.
A
autoria do seu sequestro e do seu assassínio foi atribuída -- e
reivindicada, segundo comunicados que chegaram a meios de comunicação
colombianos e fundações equatorianas e cuja autenticidade está a ser
verificada -- ao grupo Oliver Sinisterra, liderado por um dissidente da
guerrilha das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que
responde pela alcunha de "Guacho".
Às
10.50 horas locais (16.50 em Portugal continetal) terminou o prazo
definido na quinta-feira à noite pelo presidente do Equador para que os
sequestradores dessem uma prova de vida dos reféns.
* Quando um jornalista é assassinado a democracia também morre.
* Quando um jornalista é assassinado a democracia também morre.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Autorizado segundo contrato de gestação de substituição em Portugal
A celebração do segundo contrato de
gestação de substituição em Portugal foi esta sexta-feira autorizada pelo Conselho
Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), encontrando-se
pendentes sete processos.
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Em
comunicado, o CNPMA anunciou que na reunião plenária realizada hoje foi
admitido liminarmente um pedido de autorização prévia de celebração do
contrato de gestação de substituição.
“A
decisão de admissão liminar do pedido é uma decisão interlocutória, não
configurando qualquer autorização de celebração do contrato de gestação
de substituição”, explica o regulador desta área.
De acordo com o CNPMA, até ao momento “foi autorizada a celebração de
dois contratos de gestação de substituição e encontram-se pendentes sete
processos de autorização”.
Destes
sete processos, foi solicitada documentação adicional para quatro, para
um “será solicitado o respetivo parecer à Ordem dos Médicos” e outros
dois “aguardam a comunicação do parecer da Ordem dos Médicos”.
* Felizmente há mais humanidade.
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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Gulbenkian deixa de negociar Partex com grupo chinês e procura novo comprador
"Não existem condições para continuar as conversações" atendendo à situação do grupo chinês, anunciou a Fundação Calouste Gulbenkian em comunicado
A Fundação Calouste Gulbenkian decidiu pôr
termo à negociação que decorria com ao grupo chinês CEFC para a venda da
Partex, por considerar que não existem condições para continuar
negociações, mas não desiste da alienação da petrolífera.
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“Na sequência das notícias recentes vindas a público sobre a situação do grupo chinês e face à incapacidade desta empresa em as esclarecer cabalmente junto da Fundação, concluiu-se que não existem condições para continuar as conversações”, anunciou em comunicado a Fundação Calouste Gulbenkian.
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“Na sequência das notícias recentes vindas a público sobre a situação do grupo chinês e face à incapacidade desta empresa em as esclarecer cabalmente junto da Fundação, concluiu-se que não existem condições para continuar as conversações”, anunciou em comunicado a Fundação Calouste Gulbenkian.
No entanto, esclarece que mantém
“inalterada a sua opção estratégica relativamente à nova matriz
energética”, pelo que “a Fundação dará continuidade ao processo de venda
da Partex, tendo em conta os melhores interesses da Fundação e da
empresa”.
Em causa estão notícias que dão conta de que o presidente da CEFC China Energy, Ye Jianning, terá sido detido. A CEFC Europa, o ramo europeu do conglomerado, anunciou esta segunda-feira a entrada do governo chinês no seu capital.
Em causa estão notícias que dão conta de que o presidente da CEFC China Energy, Ye Jianning, terá sido detido. A CEFC Europa, o ramo europeu do conglomerado, anunciou esta segunda-feira a entrada do governo chinês no seu capital.
* A maioria das grandes empresas chinesas são do Estado chinês que é corrupto, nem percebemos porque a Fundação quis negociar com o grupo CEFC.
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8.Os IMPRESSIONISTAS
* Uma história verdadeira, baseada em documentos históricos, produzida pela BBC
**As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
*** Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
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64-CINEMA
64-CINEMA
FORA "D'ORAS"
V-TRÁFICO
SINOPSE
Tudo começa quando uma família normal e friorenta, obrigada a passar férias fora de época por dificuldades económicas, é bafejada pela sorte. Jesus, assim se chama o filho do casal, encontra enterrado na areia da praia deserta, um tesouro escondido e proibido: a riqueza da Terra. No mesmo dia e não longe dali dois padres decidem fechar as portas da sua igreja por falta de crentes e fazem um leilão de imagens dos seus queridos Santos. Entre a riqueza dos céus e o espírito da matéria partem à aventura.
Um banqueiro com alucinações auditivas quando fala do seu dinheiro e as respostas de um ministro com alucinações visuais quando trata de influências. Uma mulher elegante, suave e misteriosa, com uma bela cabeleira falsa e esplêndidas cores, incendeia tudo por onde passa. Um general à volta com traficâncias de armas e a sua pequena mulher à volta com artes, Olimpos e cabelos disparatados. E muitas mais aventuras.
Como os ricos verdadeiros e antigos se divertem, como os ricos novos ou falsos encontram dificuldades e como tudo acaba em bem. “Sejamos facciosos para reparar as injustiças do mundo”.
Elenco:
Joaquim Oliveira (Jesus)
Rita Blanco (Mãe de Jesus)
Adriano Luz (Hélio, pai de Jesus)
Branca de Camargo (Ruiva)
João Perry (Banqueiro)
Alexandra Lencastre (Amante do banqueiro)
Maria Emília Correia (Dona Amélia)
Canto e Castro (Padre Hipólito)
Paulo Bragança (Padre Lino)
Mário Jacques (General Rezende)
Maria João Luís (Suzette Almeida)
Dalila Carmo (Empregado de Suzette)
São José Lapa (A Actriz Clara d’Aveiro)
André Gomes (Ministro)
Isabel de Castro (Casca em “Júlio César” e Senhora da Linha)
Laura Soveral (Cássio em “Júlio César” e Senhora da Linha)
Suzana Borges (Cícero em “Júlio César”)
Nuno Melo (Gigolo)
Io Apolloni (Dona do cabeleireiro)
Rosa Lobato Faria (Condessa Furgel)
Rogério Vieira (Comendador)
Sofia Leite (Decoradora)
Direção: João Botelho
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