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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
10/04/2018
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Motorista evitou tragédia
em acidente com estudantes
Manteve o autocarro na faixa de rodagem impedindo que caísse por uma ribanceira.
O
condutor do autocarro que transportava 46 estudantes que regressavam da
viagem de finalistas e se despistou no domingo à tarde no IP2, em Nisa,
recebeu alta esta segunda-feira à tarde e já foi interrogado pela GNR.
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O
motorista, que sofreu ferimentos ligeiros e foi sujeito a testes de
álcool e substâncias psicotrópicas, conseguiu manter o veículo na
estrada, impedindo que caísse por uma ribanceira com grande profundidade
e evitando uma tragédia de grande dimensão. Morreu um dos jovens e 45
ficaram feridos sem gravidade.
O
acidente ocorreu no IP2, em Nisa, numa zona em que há uma via a descer
(no sentido em que seguia o veículo) e duas a subir, numa altura em que
chovia com grande intensidade. Os estudantes que seguiam no veículo
tinham passado uma semana de férias em Punta Umbría, Espanha, e estavam a
cerca de uma hora de chegar a casa. São estudantes residentes no
concelho de Belmonte e na Covilhã.
A
vítima mortal, João Nuno Fiadeiro, de 18 anos, tal como a maioria dos
outros alunos, frequentava a Escola Frei Heitor Pinto, na Covilhã, onde
ontem se viveu um ambiente de grande consternação. "Não tenho condições
para estar na escola, vou para casa chorar sozinho", desabafou ontem
João Monteiro, de 17 anos, amigo da vítima mortal. "O João era meu amigo
de infância. Morreu cedo demais", referiu André Pinheiro, outro aluno
da escola. "Optámos por manter as aulas para que os outros alunos
pudessem estar juntos e falassem sobre o que aconteceu", referiu ao CM
Vítor Reis Silva, subdiretor do Agrupamento de Escolas Frei Heitor
Pinto.
O corpo de João Nuno chegou ontem à tarde a Tortosendo. Hoje, às 15h00, realizou-se o funeral.
* Por vezes somos demasiado rápidos a julgar pessoas, ainda bem que já se sabe ser o motorista um salvador de vidas.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Chip implantado sob a pele que
.monitoriza consumo de álcool
.apresentado esta terça-feira
.monitoriza consumo de álcool
.apresentado esta terça-feira
Foi apresentado esta terça-feira um chip que monitoriza o consumo de álcool. O principal objetivo é que seja utilizado em doentes que estejam em programas de tratamento de abuso de substâncias.
Engenheiros da Universidade de San Diego, Califórnia, desenvolveram
um micro sensor que pode ser colocado sob a pele e monitorizar o consumo
de álcool, pensado para pessoas em programas de tratamento.
O minúsculo
sensor, que consome pouca energia e que pode ser usado continuamente
por um longo período, foi apresentado esta terça-feira numa conferência
em San Diego, nos Estados Unidos.
O chip, explicaram os
investigadores, é tão pequeno que pode ser implantado no corpo logo
abaixo da superfície da pele e é alimentado por uma ligação sem fios
através de um dispositivo como o “smartwatch”.
O objetivo final deste trabalho é desenvolver um rotineiro e não intrusivo rastreio de álcool e drogas, em doentes que estejam em programas de tratamento de abuso de substâncias”, disse Drew Hall, professor de engenharia elétrica na Universidade de San Diego e que liderou a investigação.
Até agora o chip já foi
testado num ambiente imitando o humano e no futuro será implantado em
animais. Os investigadores estão também a desenvolver versões que possam
vigiar outras moléculas e drogas no corpo.
O responsável lembrou
que há outras ferramentas para monitorizar pacientes em tratamento mas
que são todas elas menos convenientes, desde o “teste do balão”, que é o
mais comum mas que exige que o paciente se predisponha e saiba fazê-lo e
não é muito preciso, passando pela análise sanguínea, que é mais
precisa mas que exige a presença de um técnico especializado.
Uma
“alternativa promissora”, disse, são os sensores que se colocam na pele
semelhantes a uma tatuagem, mas também têm o inconveniente de poderem
ser removidos e além disso são de uso único.
Um minúsculo sensor implantado através de uma injeção, que pode ser colocado numa clínica sem necessidade de cirurgia, pode ser mais fácil para os doentes que estão a seguir um programa de monitorização durante um longo período”, disse Drew Hall.
O chip mede cerca
de um milímetro cúbico e pode ser injetado no fluido intersticial
(fluido que envolve as células do corpo). Contém um sensor e é revestido
com uma enzima que interage com o álcool para gerar um subproduto que
pode ser detetado eletroquimicamente. Os sinais elétricos são depois
transmitidos para um dispositivo via wireless.
Os
investigadores desenharam o aparelho para que consumisse a mínima
quantidade de energia possível, 970 nanowatts ao todo, cerca de um
milhão de vezes menos do que gasta um smartphone ao fazer uma chamada
telefónica.
“Não queremos que o chip tenha um impacto
significativo na vida útil da bateria. E a partir do momento em que o
implantamos não queremos que seja gerada em determinada parte do corpo
uma grande quantidade de calor, nem queremos uma bateria potencialmente
tóxica”, justificou.
* Ciência maravilhosa porque não se apoia em dogmas ou exorcismos religiosos.
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HOJE NO
"RECORD"
Figo exclui-se da corrida à presidência: «Equipa precisa de tranquilidade, paz e confiança»
O antigo futebolista Luís Figo disse esta quarta-feira que a equipa do
Sporting "necessita neste momento de tranquilidade, paz e confiança",
numa mensagem enviada à Lusa em que se exclui de uma corrida à
presidência do clube.
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"É triste que na
situação atual lancem notícias possivelmente com terceiras intenções. A
equipa do Sporting necessita neste momento de tranquilidade, paz e
confiança", afirmou Luís Figo, dizendo-se surpreendido por o seu nome
estar a ser apontado como provável candidato a uma eventual sucessão de
Bruno de Carvalho na liderança do clube leonino.
Segundo Luís Figo, as notícias sobre essa possibilidade não têm "qualquer fundamento".
Luís
Figo, 45 anos, iniciou a carreira profissional no Sporting, clube no
qual cumpriu a formação, vestindo depois as camisolas de Barcelona, Real
Madrid e Inter Milão.
O antigo internacional português foi Bola de Ouro em 2000 e vencedor do prémio FIFA para melhor jogador de 2001.
Bruno
de Carvalho criticou na quinta-feira as exibições de alguns jogadores
do Sporting, após a derrota em casa do Atlético de Madrid (2-0), na Liga
Europa, tendo, na sexta-feira, 19 jogadores do plantel, entre os quais
Rui Patrício, William Carvalho, Fábio Coentrão, Coates, Gelson Martins e
Bruno Fernandes, divulgado um comunicado no qual manifestaram
"desagrado" com as críticas.
* Para bem do Sporting que o bom senso de Luís Figo seja exemplo.
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LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA
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"Não adianta parar o meu sonho,
IN "PÚBLICO"
08/04/18
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O discurso de Lula da Silva, transcrito pelo site Brasil de Fato.
"Não adianta parar o meu sonho,
porque, quando eu parar de sonhar,
sonharei pela cabeça de vocês"
"Em 1979, esse sindicato fez uma das greves mais extraordinárias. E
nós conseguimos fazer um acordo com a indústria automobilística que foi
talvez o melhor possível. E eu tinha uma comissão de fábrica com 300 0
trabalhadores. O acordo era bom e eu resolvi levar o acordo para a
assembleia. E resolvi pedir pra comissão de fábrica ir mais cedo, para
conversar com a peãozada. Eu fazia assembleia de manhã para evitar que o
pessoal bebesse um pouquinho à tarde, porque quando a gente bebe um
pouquinho, a gente fica mais ousado.
Mesmo assim não evitava, porque o cara levava litro de conhaque
dentro da mala e, quando eu passava, tomava uma dosinha para a garganta
ficar melhor - coisa que não aconteceu hoje.
Pois bem, nós
começamos a colocar o acordo em votação e 100 mil pessoas no Estádio da
Vila Euclides não aceitavam o acordo. Era o melhor possível. A gente não
perdia dia de férias, não perdia décimo terceiro e tinha 15% de
aumento. Mas a peãozada 'tava' tão radicalizada que queria 83% ou nada. E
não conseguimos. E passamos um ano sendo chamado de pelego pelos
trabalhadores. A gente, Guilherme, ia na porta de fábrica… [Lula começa a
fazer saudações diversas]. Então, companheiros e companheiras, nós
conseguimos… os trabalhadores não aprovaram o acordo… [interrupção para
atendimento médico a pessoa na multidão].
Eu ia dizendo para vocês que nós não conseguimos aprovar a proposta
que eu considerava boa e o pessoal então passou a desrespeitar a
diretoria do Sindicato. Eu ia na porta da fábrica e ninguém parava.
E a imprensa escrevia: “Lula fala para os ouvidos moucos dos trabalhadores”.
Nós
levamos um ano para recuperar o nosso prestígio na categoria. E eu
fiquei pensando com ar de vingança: “Os trabalhadores pensam que eles
podem fazer 100 dias de greve, 400 dias de greve, que eles vão até o
fim. Pois eu vou testá-los em 1980”.
E fizemos a maior greve da
nossa história. A maior greve. 41 dias de greve. Com 17 dias de greve,
fui preso. Os trabalhadores começaram, depois de alguns dias, a furar
greve. Eu sei que Tuma, eu sei que o doutor Almir e eu sei que o
Teotônio Vilela iam dentro da cadeia e falavam assim pra mim: “Ô, Lula,
cê precisa acabar com a greve, cê precisa dar um conselho para acabar
com a greve”. E eu dizia: “Eu não vou acabar com a greve. Os
trabalhadores vão decidir por conta própria”.
O dado concreto é
que ninguém aguentou 41 dias porque, na prática, o companheiro tinha que
pagar leite, tinha que pagar a conta de luz, tinha que pagar gás, a
mulher começou a cobrar o dinheiro do pão, ele então começou a sofrer
pressão e não aguentou. Mas é engraçado porque, na derrota, a gente
ganhou muito mais sem ganhar economicamente do que quando a gente ganhou
economicamente. Significa que não é dinheiro que resolve o problema de
uma greve, não é 5%, não é 10%, é o que está embutido de teoria
política, de conhecimento político e de tese política numa greve.
Agora,
nós estamos quase que na mesma situação. Quase que na mesma situação.
Eu tô sendo processado e eu tenho dito claramente: “O processo do meu
apartamento, eu sou o único ser humano que sou processado por um
apartamento que não é meu”. E ele sabe que o Globo mentiu quando disse
que era meu. A Polícia Federal da Lava Jato, quando fez o inquérito,
mentiu que era meu. O Ministério Público, quando fez a acusação, mentiu
dizendo que era meu. E eu pensei que o Moro ia resolver e ele mentiu
dizendo que era meu e me condenou a nove anos de cadeia.
É por isso que eu sou um cidadão indignado, porque eu já fiz muita
coisa com meus 72 anos. Mas eu não os perdoo por ter passado para a
sociedade a ideia de que eu sou um ladrão. Deram a primazia dos bandidos
fazerem um pixuleco pelo Brasil inteiro. Deram a primazia dos bandidos
chamarem a gente de petralha. Deram a primazia de criar quase um clima
de guerra, negando a política nesse país. E eu digo todo dia: nenhum
deles, nenhum deles, tem coragem ou dorme com a consciência tranquila da
honestidade, da inocência que eu durmo. Nenhum deles. [Aplausos].
Eu
não estou acima da Justiça. Se eu não acreditasse na Justiça, eu não
tinha feito partido político. Eu tinha proposto uma revolução nesse
país. Mas eu acredito na Justiça, numa Justiça justa, numa Justiça que
vota um processo baseado nos autos do processo, baseado nas informações
das acusações, das defesas, na prova concreta que tem a arma do crime.
O
que eu não posso admitir é um procurador que fez um Powerpoint e foi
pra televisão dizer que o PT é uma organização criminosa que nasceu para
roubar o Brasil e que o Lula, por ser a figura mais importante desse
partido, o Lula é o chefe e, portanto, se o Lula é o chefe, diz o
procurador, “eu não preciso de provas, eu tenho convicção”. Eu quero que
ele guarde a convicção dele para os comparsas deles, para os asseclas
dele e não para mim. Certamente, um ladrão não estaria exigindo prova.
Estaria de rabo preso com a boca fechada torcendo para a imprensa não
falar o nome dele.
Eu tenho mais de 70 horas de Jornal Nacional me
triturando. Eu tenho mais de 70 capas de revista me atacando. Eu
tenho milhares de páginas de jornais e matérias me atacando. Eu tenho
mais a Record me atacando. Eu tenho mais a Bandeirantes me atacando, eu
tenho a rádio do interior me atacando. E o que eles não se dão conta é
que, quanto mais eles me atacam, mais cresce a minha relação com o povo
brasileiro.
Eu não tenho medo deles. Eu até já falei que gostaria de fazer um
debate com o Moro sobre a denúncia que ele fez contra mim. Eu gostaria
que ele me mostrasse alguma coisa de prova. Eu já desafiei os juízes do
TRF4 que eles fossem pra um debate na universidade que eles quiserem, no
curso que eles quiserem, provar qual é o crime que eu cometi nesse
país.
E eu, às vezes, tenho a impressão - e tenho a impressão
porque eu sou um construtor de sonhos. Eu há muito tempo atrás sonhei
que era possível governar esse país envolvendo milhões e milhões de
pessoas pobres na economia, envolvendo milhões de pessoas nas
universidades, criando milhões e milhões de empregos nesse país. Eu
sonhei, eu sonhei que era possível um metalúrgico, sem diploma
universitário, cuidar mais da educação que os diplomados e concursados
que governaram esse país.
Eu sonhei que era possível a gente diminuir a
mortalidade infantil levando leite, feijão e arroz para que as crianças
pudessem comer todo dia. Eu sonhei que era possível pegar os estudantes
da periferia e colocá-los nas melhores universidades desse país para que
a gente não tenha juiz e procuradores só da elite. Daqui a pouco vamos
ter juízes e procuradores nascidos na favela de Heliópolis, nascidos em
Itaquera, nascidos na periferia. Nós vamos ter muita gente dos Sem
Terra, do MTST, da CUT formados.
Esse crime eu cometi. Eu cometi
esse crime e eles não querem que eu cometa mais. É por conta desse crime
que já tem uns dez processos contra mim. E se for por esses crimes, de
colocar pobre na universidade, negro na universidade, pobre comer carne,
pobre comprar carro, pobre viajar de avião, pobre fazer sua pequena
agricultura, ser microempreendedor, ter sua casa própria. Se esse é o
crime que eu cometi eu quero dizer que vou continuar sendo criminoso
nesse país porque vou fazer muito mais. Vou fazer muito mais.
Companheiros
e companheiras, eu, em 1986, fui o deputado constituinte mais votado na
história do país. E, na época, havia uma desconfiança de que só tinha
poder no PT quem tinha mandato. Então companheiros, quando eu percebi
que o povo desconfiava que só tinha valor no PT quem era deputado,
Manuela e Guilherme, sabe o que eu fiz? Deixei de ser deputado. Porque
eu queria provar ao PT que ia continuar sendo a figura mais importante
do PT sem ter mandato. Porque se alguém quiser ganhar de mim no PT só
tem um jeito: é trabalhar mais do que eu e gostar do povo mais do que
eu, porque, se não gostar, não vai ganhar.
Pois bem: nós agora
estamos num trabalho delicado. Eu talvez viva o momento de maior
indignação que um ser humano vive. Não é fácil o que sofre a minha
família. Não é fácil o que sofrem meus filhos. Não é fácil o que sofreu a
Marisa. E eu quero dizer que a antecipação da morte da Marisa foi a
safadeza e a sacanagem que a imprensa e o Ministério Público fizeram
contra ela. Eu tenho certeza. Essa gente eu acho que não tem filho, não
tem alma e não tem noção do que sente uma mãe ou um pai quando vê um
filho massacrado, quando vê um filho sendo atacado.
Eu então, companheiros, resolvi levantar a cabeça. Não pense que eu
sou contra a Lava Jato não. A Lava Jato, se pegar bandido, tem que pegar
bandido mesmo que roubou e prender. Todos nós queremos isso. Todos nós,
a vida inteira, dizíamos: “A Justiça só prende pobre, não prende rico”.
Todos nós dizíamos. E eu quero que continue prendendo rico. Eu quero.
Agora, qual é o problema? É que você não pode fazer
julgamento subordinado à imprensa. Porque, no fundo, no fundo, você
destrói as pessoas na sociedade, na imagem da pessoas e depois os juízes
vão julgar e vão dizer “eu não posso ir contra a opinião pública que tá
pedindo pra caçar”. Quem quiser votar com base na opinião pública,
largue a toga e vá ser candidato a deputado, escolha um partido político
e vá ser candidato. Ora, a toga ela é o emprego vitalício. O cidadão
tem que votar apenas com base nos autos do processo, aliás eu acho que
ministro da Suprema Corte não deveria dar declaração de como vai votar.
Nos EUA, termina a votação e você não sabe em quem o cidadão votou
exatamente para que ele não seja vítima de pressão.
Imagina um
cara sendo acusado de homicídio e não tenha sido ele o assassino. O que a
família do morto quer? Que ele seja morto, que ele seja condenado.
Então, o juiz tem que ter, diferentemente de nós, a cabeça mais fria e
mais responsabilidade de fazer a acusação ou de condenar. O Ministério
Público é uma instituição muito forte. Por isso, esses meninos que
entram muito novo, fazem um curso direito e depois faz três anos de
concurso porque o pai pode pagar, esses meninos precisavam conhecer um
pouco da vida, um pouco de política, para fazer o que eles fazem na
sociedade brasileira.
Tem uma coisa chamada responsabilidade. E
não pense que quando eu falo assim [quer dizer que] eu sou contra. Eu
fui presidente e indiquei quatro procuradores e fiz discurso em todas as
posses. Eu dizia: “Quanto mais forte for a instituição, mais
responsável os seus membros têm que ser”. Você não pode condenar a
pessoa pela imprensa para depois julgá-la. Vocês estão lembrados de que,
quando eu fui prestar depoimento lá em Curitiba, eu disse para o Moro:
“Você não tem condições de me absolver porque a Globo tá exigindo que
você me condene e você vai me condenar".
Pois bem, eu acho que
tanto o TRF4, quanto o Moro, a Lava Jato e a Globo, eles têm um sonho de
consumo. O sonho de consumo é que, primeiro, o golpe não terminou com a
Dilma. O golpe só vai concluir quando eles conseguirem convencer que o
Lula não possa ser candidato à presidência da república em 2018. Não é
que eu não vou ser, eles não querem que eu participe porque existe a
possibilidade de cada um se eleger. Eles não querem o Lula de volta
porque pobre, na cabeça deles, não pode ter direito. Não pode comer
carne de primeira. Pobre não pode andar de avião. Pobre não pode fazer
universidade. Pobre nasceu, segundo a lógica deles, para comer e ter
coisas de segunda categoria.
Então, companheiros e companheiras, o
outro sonho de consumo deles é a fotografia do Lula preso. Ah, eu fico
imaginando o tesão da Veja colocando a capa comigo preso. Eu
fico imaginando o tesão da Globo colocando a minha fotografia preso.
Eles vão ter orgasmos múltiplos.
Eles decretaram a minha prisão. E
deixa eu contar uma coisa pra vocês: eu vou atender o mandado deles. E
vou atender porque eu quero fazer a transferência de responsabilidade.
Eles acham que tudo que acontece neste país acontece por minha causa. Eu
já fui condenado a três anos de cadeia, porque um juiz de Manaus
entendeu que eu não preciso de arma, eu tenho uma língua ferina, então
precisa me calar, porque se não me calar, ele vai continuar falando
frases como eu falei, "tá chegando a hora da onça beber água", e os
camponeses mataram um fazendeiro e eles achavam que era a senha.
Eles já tentaram me prender por obstrução de justiça, não deu certo.
Eles agora querem me pegar numa prisão preventiva, que é uma coisa mais
grave, porque não tem habeas corpus. O Vaccari já tá preso há três anos.
O Marcelo Odebrecht gastou 400 milhões de reais e não teve habeas
corpus. Eu não vou gastar um tostão. Mas vou lá com a seguinte crença:
eles vão descobrir pela primeira vez o que eu tenho dito todo dia. Eles
não sabem que o problema deste país não se chama Lula, o problema deste
país chama-se vocês, a consciência do povo, o Partido dos Trabalhadores,
o PCdoB, o MST, o MTST, eles sabem que tem muita gente.
E aquilo
que a nossa pastora disse, e eu tenho dito em todo discurso, não adianta
tentar me impedir de andar por este país, porque tem milhões e milhões
de Boulos, de Manuelas, de Dilmas Rousseffs neste país para andar por
mim.
Não adianta tentar acabar com as minhas ideias, elas já estão pairando no ar e não tem como prendê-las.
Não adianta parar o meu sonho, porque quando eu parar de sonhar, eu sonharei pela cabeça de vocês e pelos sonhos de vocês.
Não
adianta achar que tudo vai parar o dia que o Lula tiver um enfarte, é
bobagem, porque o meu coração baterá pelos corações de vocês, e são
milhões de corações.
Não adianta eles acharem que vão fazer com
que eu pare, eu não pararei porque eu não sou um ser humano, sou uma
ideia, uma ideia misturada com a ideia de vocês. E eu tenho certeza que
companheiros como os sem-terra, o MTST, os companheiros da CUT e do
movimento sindical sabem. E esta é uma prova, esta é uma prova. Eu vou
cumprir o mandado e vocês vão ter de se transformar, cada um de vocês,
vocês não vão se chamar Chiquinho, Zezinho, Joãozinho, Albertinho… Todos
vocês, daqui pra frente, vão virar Lula e vão andar por este país
fazendo o que vocês têm que fazer e é todo dia! Todo dia!
Eles têm de saber que a morte de um combatente não pára a revolução.
Eles
têm de saber. Eles têm de saber que nós vamos fazer definitivamente uma
regulação dos meios de comunicação para que o povo não seja vítima das
mentiras todo santo dia.
Eles têm de saber que vocês, quem sabe,
são até mais inteligentes que eu, e queimar os pneus que vocês tanto
queimam, fazer as passeatas, as ocupações no campo e na cidade. Parecia
difícil a ocupação de São Bernardo, e amanhã vocês vão receber a notícia
que vocês ganharam o terreno que vocês invadiram.
Companheiros,
eu tive chance, agora, eu estava no Uruguai, entre Livramento e Rivera, e
as pessoas diziam assim: "Ô, Lula, você finge que vai comprar um
uisquizinho, e você vai para o Uruguai com o Pepe Mujica e vai embora e
não volta mais, pede asilo político. Você pode ir na embaixada da
Bolívia, do Uruguai, da Rússia, e de lá você fica faland". Eu não tenho
mais idade. Minha idade é de enfrentá-los com olho no olho e eu vou
enfrentá-los aceitando cumprir o mandado.
Eu quero saber quantos
dias eles vão pensar que tão me prendendo. E, quantos mais dias eles me
deixarem lá, mais Lulas vão nascer neste país e mais gente vai querer
brigar neste país, porque numa democracia, não tem limite, não tem hora
para a gente brigar. Eu falei para os meus companheiros: se dependesse
da minha vontade eu não ia, mas eu vou porque eles vão dizer, a partir
de amanhã, que o Lula tá foragido, que o Lula tá escondido, e não! Eu
não tô escondido, eu vou lá na barba deles pra eles saberem que eu não
tenho medo, que eu não vou correr, e para eles saberem que eu vou provar
minha inocência.
Eles têm de saber isso.
E façam o que
quiserem. Façam o que quiserem. Eu vou pegar uma frase que eu peguei em
1982 de uma menina de 10 anos em Catanduva, e essa frase não tem autor:
“Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais poderão
deter a chegada da primavera”. E a nossa luta é em busca da primavera.
Eles têm de saber que nós queremos mais casa, mais escola. Nós
queremos menos mortalidade, nós não queremos repetir a barbaridade que
fizeram com a Marielle no Rio de Janeiro.
Não queremos repetir a barbaridade que se faz com meninos negros neste país.
Não
queremos mais a mortalidade por desnutrição neste país. Não queremos
mais que um jovem não tenha esperança de entrar numa universidade,
porque este país é tão cretino, que foi o ultimo país do mundo a ter uma
universidade. O último! Todos os países mais pobres tiveram, porque
eles não queriam que a juventude brasileira estudasse.
E falavam que custava muito. É de se perguntar: quanto custou não fazer 50 anos atrás?
Eu
quero que vocês saibam que eu tenho orgulho, profundo orgulho, de ter
sido o único presidente da República sem ter um diploma universitário,
mas sou o presidente da República que mais fiz universidade na história
deste país, para mostrar para essa gente que não confunda inteligência
com a quantidade de anos na escolaridade, isso não e inteligência, é
conhecimento.
Inteligência é quando você tem lado, inteligência é
quando você não tem medo de discutir com os companheiros aquilo que é
prioridade, e a prioridade é garantir que este país volte a ter
cidadania. Não vão vender a Petrobras! Vamos fazer uma nova
Constituinte! Vamos revogar a lei do petróleo que eles tão fazendo! Não
vamos deixar vender o BNDES, não vamos deixar vender a Caixa, não vamos
deixar destruir o Banco do Brasil! E vamos fortalecer a agricultura
familiar, que é responsável por 70% do alimento que nós comemos neste
país.
E com essa crença, companheiros, de cabeça erguida, como eu
tô falando com vocês, que eu quero chegar lá e dizer ao delegado: estou à
disposição.
E a história, daqui a alguns dias, vai provar que
quem cometeu crime foi o delegado que me acusou, foi o juiz que me
julgou e foi o Ministério Público que foi leviano comigo.
Por
isso, companheiros, eu não tenho lugar no meu coração pra todo mundo,
mas eu quero que vocês saibam que se tem uma coisa que eu aprendi a
gostar neste mundo é da minha relação com o povo.
Quando eu pego
na mão de um de vocês, quando eu abraço um de vocês, quando eu beijo um
de vocês… porque agora eu beijo homem e mulher igualzinho… Quando eu
beijo um de vocês, eu não tô beijando com segundas intenções, eu
tô beijando porque, quando eu era presidente, eu dizia: "Eu vou voltar
pra onde eu vim".
E eu sei quem são meus amigos eternos e quem são
os eventuais. Os de gravatinha, que iam atrás de mim, agora
desapareceram. E quem está comigo são aqueles companheiros que eram meus
amigos antes de eu ser presidente da República. É aquele que comia
rabada no Zelão, que comia frango com polenta no Demarchi, é aquele que
tomava caldo de mocotó no Zelão, esses continuam sendo nossos amigos.
São os que têm coragem de invadir terreno pra fazer casa, são aqueles
que têm coragem de fazer uma greve contra a previdência, são aqueles que
ocupam no campo pra fazer uma fazenda produtiva, são aqueles que, na
verdade, precisam do Estado.
Companheiros, eu vou dizer uma coisa pra vocês: Vocês vão perceber
que eu vou sair desta maior, mais forte, mais verdadeiro, e inocente,
porque eu quero provar que eles é que cometeram um crime, um crime
político de perseguir um homem que tem 50 anos de história política, e
por isso eu sou muito grato.
Eu não tenho como pagar a gratidão, o
carinho e o respeito que vocês têm dedicado a mim nesses anos todos. E
quero dizer a vocês, Guilherme e Manuela, a vocês dois, que para mim é
motivo de orgulho pertencer a uma geração, que está no final dela, ver
nascer dois jovens disputando o direito de ser presidente da República
neste país. Por isso, grande abraço, e podem ficar certos: esse pescoço
aqui não baixa, minha mãe já fez o pescoço curto pra ele não baixar, e
não vai baixar, porque eu vou sair de lá de cabeça erguida e de peito
estufado, porque eu vou provar a minha inocência.
Um abraço companheiros, obrigado, mas muito obrigado, pelo que vocês me ajudaram, um beijo, querido, muito obrigado!"
IN "PÚBLICO"
08/04/18
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Portugal regista segunda maior subida
.do número de mortes nas estradas da UE
.do número de mortes nas estradas da UE
Média de mortes em acidentes rodoviários subiu 14% entre 2016 e 2017
O
número de mortes nas estradas portuguesas subiu 14% em 2017 face ao ano
anterior, a segunda maior subida registada na União Europeia (UE), cuja
média desceu 2%, segundo dados hoje divulgados pela Comissão Europeia.
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De
acordo com dados preliminares de 2017 divulgados hoje por Bruxelas, a
média de mortes em acidentes rodoviários aumentou 14% de 2016 para 2017 -
a segunda maior subida entre os Estados-membros, depois de Chipre (15%)
-, mas diminuiu 31%, quando comparada com dados de 2010.
Já na média europeia registou-se um recuo de 2% face ao ano anterior e de 20% na comparação com 2010.
Em
2017, morreram em média 62 pessoas por milhão de habitantes em Portugal
(na UE essa média foi de 49 por milhão), enquanto no ano anterior
tinham sido 54 os óbitos (UE 50).
Em
2010, o número médio de vítimas mortais nas estradas portuguesas foi de
80 por milhão, e na UE de 63 por milhão de habitantes.
A
Suécia (25 mortes por milhão de habitantes), o Reino Unido (27), a
Holanda (31) e a Dinamarca (32) comunicaram os melhores resultados em
2017.
Em relação a 2016, a Estónia e a
Eslovénia comunicaram a maior diminuição do número de vítimas mortais,
respetivamente, -32% e -20%.
* O espírito "taliban" do condutor português.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Presidente do Conselho Económico
e Social congratula GR pelo “cabaz de medidas
de desenvolvimento económicas”
A
melhoria no crescimento económico e nos valores do desemprego na Região
foram duas das conclusões apresentadas hoje pelo Presidente do Conselho
Económico e Social, Professor António Correia de Campos, durante um
debate/conferência com o tema ‘Perspetivas de Desenvolvimento Económico e
Social da Madeira’.
Uma iniciativa promovida por Francisco
Santos, presidente do Gabinete de Estudos do PSD/Madeira, inserida no
‘Compromisso Madeira, que decorreu no Anfiteatro da Reitoria da
Universidade da Madeira e contou com a presença de Miguel Albuquerque,
presidente do Partido.
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António Correia de Campos sublinhou o bom
desempenho orçamental, felicitando o Governo Regional pela adopção de um
“cabaz de medidas de desenvolvimento económicas”, que permitiu o
“crescimento das exportações, o aumento de emprego, o aumento de
investimento privado e público, o aumento do PIB” e uma melhoria dos
indicadores associados à Educação, prevendo uma “tendência de subida”
nestes indicadores.
No entanto alertou para as ameaças à
sustentabilidade demográfica, devido ao elevado índice de envelhecimento
conjugado com a diminuição da natalidade e dos ciclos migratórios que
aconteceram durante a crise económica. Por isso António Correa de Campos
olha para os emigrantes como “fonte de rejuvenescimento para a
economia, para o mercado laboral, para a sustentabilidade da segurança
social e das escolas.”
Francisco Santos, presidente do Gabinete
de Estudos do PSD/Madeira, sintetizou a primeira conferência temática
inserida no Compromisso Madeira.
“Fizemos uma retrospectiva da
evolução autonómica da Região para definir um plano estratégico para a
Madeira”, disse Francisco Santos, explicando que neste plano consta um
projeto de políticas públicas para as mais diversas áreas.
“Queremos
uma Região cada vez mais autonómica, ambientalmente mais sustentável,
culturalmente activa, económica e financeiramente autossuficiente”,
acrescentou Francisco Santos.
A Madeira, nota o antigo secretário
regional da Educação, tem uma posição privilegiada no mundo. Uma
posição geostratégica em relação a Portugal, à União Europeia mas também
na Macaronésia, um eixo de desenvolvimento nesta faixa do Atlântico.
Para
isso, continua Francisco Santos, é preciso colocar a própria Autonomia
em perspectiva. “Entendemos que só seremos capazes de fazer mais e
melhor se no plano da nossa Autonomia se aplicar o princípio da
subsidiariedade entre a Madeira e a República, tal como se aplica entre a
República e a União Europeia.”
Na prática, diz o responsável
pelo Gabinete de Estudos, a discussão sobre o Desenvolvimento Económico e
Social da Madeira, passa muito pela questão da subsidiariedade, do
Estatuto Político Administrativo e de uma revisão constitucional.
Depois
há outros âmbitos. Desde logo a fiscalidade, que será o tema da próxima
conferência que irá decorrer no mês de Maio.” Uma abordagem assente em
dois pilares fundamentais: a fiscalidade como instrumento de
competitividade para a captação de investimento estrangeiro, e também
como meio de coesão social. Outras conferências temáticas irão decorrer
até o próximo ano, referiu, aproveitando para agradecer a
disponibilidade e o apoio de todos aqueles que contribuíram para a
realização deste debates/conferência que visa olhar para Madeira numa
perspectiva de futuro e definir um plano estratégico para a Região no
que respeita ao Desenvolvimento Económico e Social da Região.
* Quanto melhores forem os resultados em qualquer região de Portugal, melhor para todos os portugueses.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Governo está "muito confiante"
com reavaliação dos despejos
por parte da Fidelidade
A secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, disse estar terça-feira estar "muito confiante" num desfecho positivo relativamente à estratégia da Fidelidade para o seu património habitacional.
A secretária de Estado da Habitação manifestou-se hoje "muito confiante"
com a disponibilidade da companhia Fidelidade para repensar a
estratégia ao nível do património habitacional, indicando que daqui a
duas semanas haverá uma resposta sobre o processo de despejos.
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No
âmbito de uma audição no parlamento, requerida pelo PCP, sobre o
despejo de habitações em Santo António dos Cavaleiros pela Fidelidade, a
governante Ana Pinho revelou que a companhia de seguros teria "uma
política que poderia abranger outras situações de não renovação
automática dos contratos que, neste momento, está toda a ser suspensa e
reequacionada pela notícia que tiveram dos novos incentivos,
nomeadamente a contratos de longa duração, que estão a ser propostos
pelo Governo".
"Tenho uma profunda esperança de estas habitações
continuarem em arrendamento sem preços excessivos", disse a secretária
de Estado da Habitação, indicando que a Fidelidade enviou oito cartas a
moradores de Santo António dos Cavaleiros a informar da oposição à
renovação automática dos contratos e até ao fim do primeiro semestre
tencionava enviar mais sete cartas, mas o processo encontra-se agora
suspenso.
Alguns
destes moradores, residentes em três torres na freguesia de Santo
António dos Cavaleiros, foram notificados pela seguradora Fidelidade de
que os seus contratos de arrendamento não iriam ser renovados e que
teriam 120 dias para entregar as chaves do imóvel.
Esta comunicação gerou um sentimento "de pânico" nos moradores, que, entretanto, criaram uma comissão e pediram ajuda à Junta de Freguesia local, à Câmara Municipal de Loures e aos partidos com assento parlamentar.
Em 3 de Abril, a Fidelidade negou a intenção de "despejar qualquer família" dos três prédios que detém no concelho de Loures, assegurando disponibilidade para negociar "caso a caso" com cada um dos inquilinos.
"O que está em cima da mesa é a abertura da parte da Fidelidade de repensar a sua estratégia ao nível do património habitacional", avançou a secretária de Estado da Habitação, explicando que a companhia de seguros está a fazer essa avaliação com base nos instrumentos da Nova Geração de Políticas de Habitação, pacote legislativo que vai ser anunciado "ainda este mês" pelo Governo.
Segundo a governante, os instrumentos propostos pelo Executivo têm a capacidade de "dar uma resposta a situações em que se estava a pôr em causa o direito à habitação e a própria segurança no arrendamento".
Do conjunto de instrumentos da Nova Geração de Políticas de Habitação fazem parte o programa Primeiro Direito, que apoiará as famílias mais carenciadas no acesso à habitação, o programa de Arrendamento Acessível, orientado para a oferta a preços acessíveis, os instrumentos de segurança no arrendamento, nomeadamente seguros e garantias, e proposta de taxas liberatórias diferenciadas para o arrendamento de longa duração.
Se a resposta da Fidelidade não for positiva, "a luta não acaba aqui", assegurou a titular da pasta da Habitação, no âmbito da audição, que contou com a presença de cerca de três dezenas de moradores, bem como do presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares.
"Espero e estou muito convicta que isso não irá acontecer", disse Ana Pinho, acrescentando que a informação transmitida pela Fidelidade foi de que a solução está a ser equacionada, mas é "viável".
Após a audição da secretária de Estado da Habitação, os moradores de Santo António dos Cavaleiros ficaram "esperançosos" com a possível resolução da situação de oposição dos contratos de arrendamento, disse Ana Rita Pires, da comissão de moradores, defendendo ainda uma alteração à lei do arrendamento.
Esta comunicação gerou um sentimento "de pânico" nos moradores, que, entretanto, criaram uma comissão e pediram ajuda à Junta de Freguesia local, à Câmara Municipal de Loures e aos partidos com assento parlamentar.
Em 3 de Abril, a Fidelidade negou a intenção de "despejar qualquer família" dos três prédios que detém no concelho de Loures, assegurando disponibilidade para negociar "caso a caso" com cada um dos inquilinos.
"O que está em cima da mesa é a abertura da parte da Fidelidade de repensar a sua estratégia ao nível do património habitacional", avançou a secretária de Estado da Habitação, explicando que a companhia de seguros está a fazer essa avaliação com base nos instrumentos da Nova Geração de Políticas de Habitação, pacote legislativo que vai ser anunciado "ainda este mês" pelo Governo.
Segundo a governante, os instrumentos propostos pelo Executivo têm a capacidade de "dar uma resposta a situações em que se estava a pôr em causa o direito à habitação e a própria segurança no arrendamento".
Do conjunto de instrumentos da Nova Geração de Políticas de Habitação fazem parte o programa Primeiro Direito, que apoiará as famílias mais carenciadas no acesso à habitação, o programa de Arrendamento Acessível, orientado para a oferta a preços acessíveis, os instrumentos de segurança no arrendamento, nomeadamente seguros e garantias, e proposta de taxas liberatórias diferenciadas para o arrendamento de longa duração.
Se a resposta da Fidelidade não for positiva, "a luta não acaba aqui", assegurou a titular da pasta da Habitação, no âmbito da audição, que contou com a presença de cerca de três dezenas de moradores, bem como do presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares.
"Espero e estou muito convicta que isso não irá acontecer", disse Ana Pinho, acrescentando que a informação transmitida pela Fidelidade foi de que a solução está a ser equacionada, mas é "viável".
Após a audição da secretária de Estado da Habitação, os moradores de Santo António dos Cavaleiros ficaram "esperançosos" com a possível resolução da situação de oposição dos contratos de arrendamento, disse Ana Rita Pires, da comissão de moradores, defendendo ainda uma alteração à lei do arrendamento.
* Nós que somos a favor da paz social, de maior atenção aos mais desfavorecidos estamos perplexos com o teor da notícia:
1- "a luta
não acaba aqui" frase atribuída à Secretária de Estado da Habitação mais parece duma voluntariosa sindicalista no calor duma "manif"!
2- A lei do arrendamento existe para ser cumprida e o o proprietário tem o direito de renovar ou não contratos de arrendamento, pelo que nos surpreende em circunstâncias regulares a intervenção dum membro do governo.
2.1- Se os locatários forem famílias de fracos recursos, a notícia não refere com clareza, será uma desumanidade pô-los com a mobília na rua numa altura em que explode o valor dos arrendamentos na região de Lisboa. O Estado tem obrigação de ser solidário mas não na perspectiva de "a luta
não acaba aqui".
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