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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
17/01/2018
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Administradores indigitados para a Anacom defendem regras mais
apertadas para os CTT
João Miguel Coelho e Sandro Mendonça consideram que o serviço universal postal deve ser uma das prioridades do regulador. Defendem que tem de ser "revisto" e que o seu "desgaste" provém "de uma falta de enfoque da própria empresa".
O serviço universal postal está no topo das
prioridades dos novos administradores da Anacom, indicados pelo Governo
no final do ano passado. João Miguel Coelho sublinha que "é relevante
reavaliar actual situação" do serviço prestado pelos CTT". Já Sandro
Mendonça relembra que, apesar de ser "a questão do momento", já há um
ano que tinham sido dado alertas sobre o "desgaste" do serviço".
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"Os CTT têm vindo a adaptar a sua actividade à digitalização. A privatização foi uma opção política", começou por explicar o economista João Miguel Coelho. "Mas", continuou, "estamos num mundo do comércio electrónico e a entrega de encomendas é algo que os CTT não podem deixar de apostar, mas também não podem deixar de apostar no serviço de qualidade, nomeadamente em regiões rurais com populações com outras características que pela sua idade não utiliza as novas tecnologias. Daí a importância de manter postos em localidade mais remotas", acrescentou durante a sua audição desta quarta-feira, 17 de Janeiro, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.
Já o economista Sandro Mendonça relembrou que apesar de o serviço universal postal ser "uma questão do momento", "já há um ano esta comissão estava sinalizada para uma noção colectiva de que o serviço estava a sofrer algum desgaste. Esse desgaste, podemos inferir, provém de uma falta de enfoque da própria empresa que se tem desdobrado a abrir outras actividades", criticou.
João Miguel Coelho aproveitou para referir que as recentes propostas da Anacom para reforçar os indicadores de qualidade do serviço foram, no seu entender, uma boa decisão. E concorda ainda com o actual presidente do regulador, João Cadete de Matos, no que toca à alteração das regras de auditoria do serviço: "É relevante reavaliar a situação", do serviço postal. E "é preciso que a empresa que faz auditoria passe a responder à Anacom e não aos CTT. É a opinião da actual Anacom e parece-me uma ideia interessante", defendeu. Actualmente, como a lei prevê, são os CTT que contratam a auditora para monitorizar o serviço, através de um concurso público.
Por seu lado, Sandro Mendonça não quis deixar de comentar o anúncio do encerramento de 24 estações dos CTT: "A Anacom costuma emitir decisões de sentido provável. Infelizmente, não vimos os CTT a emitirem um sentido provável de encerramento e nem consultou o regulador sobre o possível impacto desta medida".
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"Os CTT têm vindo a adaptar a sua actividade à digitalização. A privatização foi uma opção política", começou por explicar o economista João Miguel Coelho. "Mas", continuou, "estamos num mundo do comércio electrónico e a entrega de encomendas é algo que os CTT não podem deixar de apostar, mas também não podem deixar de apostar no serviço de qualidade, nomeadamente em regiões rurais com populações com outras características que pela sua idade não utiliza as novas tecnologias. Daí a importância de manter postos em localidade mais remotas", acrescentou durante a sua audição desta quarta-feira, 17 de Janeiro, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.
Já o economista Sandro Mendonça relembrou que apesar de o serviço universal postal ser "uma questão do momento", "já há um ano esta comissão estava sinalizada para uma noção colectiva de que o serviço estava a sofrer algum desgaste. Esse desgaste, podemos inferir, provém de uma falta de enfoque da própria empresa que se tem desdobrado a abrir outras actividades", criticou.
João Miguel Coelho aproveitou para referir que as recentes propostas da Anacom para reforçar os indicadores de qualidade do serviço foram, no seu entender, uma boa decisão. E concorda ainda com o actual presidente do regulador, João Cadete de Matos, no que toca à alteração das regras de auditoria do serviço: "É relevante reavaliar a situação", do serviço postal. E "é preciso que a empresa que faz auditoria passe a responder à Anacom e não aos CTT. É a opinião da actual Anacom e parece-me uma ideia interessante", defendeu. Actualmente, como a lei prevê, são os CTT que contratam a auditora para monitorizar o serviço, através de um concurso público.
Por seu lado, Sandro Mendonça não quis deixar de comentar o anúncio do encerramento de 24 estações dos CTT: "A Anacom costuma emitir decisões de sentido provável. Infelizmente, não vimos os CTT a emitirem um sentido provável de encerramento e nem consultou o regulador sobre o possível impacto desta medida".
Reclamações e TDT na agenda
A TDT e o aumento das reclamações foram outros dos temas abordados pelos administradores indigitados.
Sobre a televisão digital, João Miguel Coelho considerou que "é um problema complexo. Acho que é importante aprender com o passado", comentou. "Sabemos que houve problemas com apagão analógico. Mas é verdade que a TDT ainda serve uma população significativa (17% )", por isso defendeu que se deve dar especial atenção a este tema. O economista "saudou" ainda "o facto de estarem mais canais na TDT (RTP3 e RTP Memoria)", bem como o concurso para dois novos canais que o Governo já disse que queria lançar mas que até ao momento ainda não arrancou.
Quanto ao aumento das reclamações no sector de telecomunicações, ambos consideraram que é um tema "preocupante". Na opinião de João Miguel Coelho, "deve ser feito um trabalho a priori junto das operadoras para evitar que os consumidores tenham motivo para reclamar". Já Sandro Mendonça defendeu a "automatização da leitura" das queixas por via digital, relembrando que à vezes há "várias barreiras" para fazer uma reclamação em papel.
Outra das decisões tomadas pela Anacom aplaudidas por João Miguel Coelho está relacionada com a compra da Media Capital pela Meo. O parecer da Anacom, não vinculativo, chumbava a operação por poder criar "entraves significativos à concorrência". O economista considera que são decisões "que mostram uma actuação musculada".
Em Dezembro, o Ministério das Infraestruturas anunciou que, além de João Miguel Coelho, tinha proposto os nomes de Paula Meira Lourenço e Sandro Mendonça para a administração da Anacom. Isto depois de o primeiro processo de selecção não ter sido bem sucedido. Os deputados não deram parecer positivo às propostas de Dalila Araújo, Margarida Sá Costa e Francisco Cal - as duas primeiras por ligações à Altice.
Se os nomes forem aprovados, a Anacom ficará assim com a administração completa de cinco elementos. Estes três nomes irão juntar-se a João Cadete de Matos, presidente da Anacom, e a Isabel Areia, vogal. Além disso, com estas nomeações, José Perdigoto poderá abandonar o cargo no qual tinha permanecido até haver novas nomeações para o conselho da Anacom ter quórum.
João Miguel Coelho, economista do Banco de Portugal e coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República, é mestre em Economia da Universidade Nova e licenciado em Economia pelo ISEG.
Sandro Mendonça também é economista e professor de economia no ISCTE e no ISEG.
Já Paula Meira Lourenço, que desempenha funções de jurista na CMVM, vai ser ouvida pelo Parlamento na quinta-feira, 18 de Janeiro.
* Até parece que a administração dos CTT faz troça dos portugueses mais frágeis e mais isolados.
A TDT e o aumento das reclamações foram outros dos temas abordados pelos administradores indigitados.
Sobre a televisão digital, João Miguel Coelho considerou que "é um problema complexo. Acho que é importante aprender com o passado", comentou. "Sabemos que houve problemas com apagão analógico. Mas é verdade que a TDT ainda serve uma população significativa (17% )", por isso defendeu que se deve dar especial atenção a este tema. O economista "saudou" ainda "o facto de estarem mais canais na TDT (RTP3 e RTP Memoria)", bem como o concurso para dois novos canais que o Governo já disse que queria lançar mas que até ao momento ainda não arrancou.
Quanto ao aumento das reclamações no sector de telecomunicações, ambos consideraram que é um tema "preocupante". Na opinião de João Miguel Coelho, "deve ser feito um trabalho a priori junto das operadoras para evitar que os consumidores tenham motivo para reclamar". Já Sandro Mendonça defendeu a "automatização da leitura" das queixas por via digital, relembrando que à vezes há "várias barreiras" para fazer uma reclamação em papel.
Outra das decisões tomadas pela Anacom aplaudidas por João Miguel Coelho está relacionada com a compra da Media Capital pela Meo. O parecer da Anacom, não vinculativo, chumbava a operação por poder criar "entraves significativos à concorrência". O economista considera que são decisões "que mostram uma actuação musculada".
Em Dezembro, o Ministério das Infraestruturas anunciou que, além de João Miguel Coelho, tinha proposto os nomes de Paula Meira Lourenço e Sandro Mendonça para a administração da Anacom. Isto depois de o primeiro processo de selecção não ter sido bem sucedido. Os deputados não deram parecer positivo às propostas de Dalila Araújo, Margarida Sá Costa e Francisco Cal - as duas primeiras por ligações à Altice.
Se os nomes forem aprovados, a Anacom ficará assim com a administração completa de cinco elementos. Estes três nomes irão juntar-se a João Cadete de Matos, presidente da Anacom, e a Isabel Areia, vogal. Além disso, com estas nomeações, José Perdigoto poderá abandonar o cargo no qual tinha permanecido até haver novas nomeações para o conselho da Anacom ter quórum.
João Miguel Coelho, economista do Banco de Portugal e coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República, é mestre em Economia da Universidade Nova e licenciado em Economia pelo ISEG.
Sandro Mendonça também é economista e professor de economia no ISCTE e no ISEG.
Já Paula Meira Lourenço, que desempenha funções de jurista na CMVM, vai ser ouvida pelo Parlamento na quinta-feira, 18 de Janeiro.
* Até parece que a administração dos CTT faz troça dos portugueses mais frágeis e mais isolados.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Três autarcas entre os arguidos no processo do fogo de Pedrógão Grande
Há pelo menos sete novos arguidos.
Sete novas pessoas serão constituídas arguidas no processo dos incêndios em Pedrógão Grande, entre os quais, estarão três autarcas dos concelhos afectados.
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Ao que o CM apurou, os três autarcas acusados são os presidentes das Câmaras de Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra e de Pedrógão Grande.
Recorde que até agora só tinham sido constituídos arguidos dois suspeitos de homicídios por negligência e ofensas à integridade física. São ainda arguidos dois altos dirigentes da Proteção Civil, e duas empresas, a EDP e a Ascendi. No total o número de arguidos no caso subirá para nove.
* Em termos jurídicos até à leitura da sentença gozam da presunção de inocência, para nós a negligência é a grande culpada e ela tem rostos e nomes.
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4-DIRTY PICTURES
O documentário “Dirty Pictures” (2010) acompanha o farmacologista,
químico e herói alternativo Alexander "Sasha" Shulgin e a sua mulher Ann
Shulgin durante as suas viagens a festivais e conferências para
discutirem as qualidades psicológicas de inúmeras substancias
psicoativas. Sasha, que entrou em Harvard aos 15 anos, ficou conhecido
pela redescoberta do MDMA (Ecstasy) e pela criação de mais de 200
substâncias químicas psicoativas, descritas nos livros TIHKAL e PIHKAL, o
que o levou a ganhar a alcunha de “Padrinho dos Psicadélicos” e a
reputação como um dos maiores químicos do século XX.
Alexander
começou a sua carreira como químico de pesquisas sénior na empresa
multinacional de produtos químicos Dow. Em 1965 Shulgin deixou a Dow
para prosseguir com os seus interesses próprios, e tornou-se consultor
privado.
Através do seu amigo Bob Sager, presidente dos
laboratórios da costa oeste da DEA (administração americana para a
aplicação das drogas), Shulgin desenvolveu uma relação com a mesma e
começou a organizar seminários farmacológicos para os agentes,
fornecendo-lhes amostras de vários compostos e dando ocasionalmente
testemunhos especializados em tribunal. Também foi autor de um livro de
referência para a aplicação das leis às substâncias controladas, e
recebeu vários prémios da DEA.
Em 1967 Shulgin foi apresentado ao
MDMA (ecstasy) por Merrie Kleinman, uma estudante graduada de um grupo
de estudantes de química médica que ele aconselhou na Universidade
Estatal de São Francisco. O MDMA foi sintetizado em 1912 nos
laboratórios da Merck, na Alemanha, e patenteado em 1914 como subproduto
de outra síntese, mas considerado inútil e nunca investigado. Shulgin
continuou a desenvolver um novo método de síntese, e em 1976 introduziu a
substância química ao psicólogo Leo Zeff. Zeff usou a substância no seu
consultório, em pequenas doses, como ajuda à terapia verbal. Zeff
introduziu a substância a centenas de psicólogos por todo o país,
incluindo Ann Shulgin, que Alexander Shulgin conheceu em 1979, e com
quem casou em 1981.
Em 1994, dois anos após a publicação de
PIHKAL, a DEA invadiu o laboratório de Shulgin. Alegando ter encontrado
problemas com a sua arquivação de produtos, a agência requeriu que
Shulgin devolvesse a sua licença por violação dos termos da mesma, e
multou-o em 25 mil dólares por posse de amostras anónimas que lhe haviam
sido enviadas para controlo de qualidade. Nos 15 anos seguintes à
publicação de PIHKAL, dois relatórios planeados falharam na apresentação
de quaisquer irregularidades.
Richard Meyer, porta-voz da
divisão de São Francisco da DEA, afirmou que “É nossa opinião que esses
livros são em grande parte livros de receitas para a preparação de
drogas ilegais. Os nossos agentes relataram que nos laboratórios
clandestinos que invadiram encontraram cópias desses livros”, sugerindo a
muitos que a publicação de PIHKAL e a cancelação da licença de Shulgin
estavam relacionadas.
Numa entrevista, o realizador Etienne
Sauret fala da relação que desenvolveu com os Shulgins durante os 5 anos
que passou com eles a filmar “Dirty Pictures”. Num extracto da
entrevista conta-nos o que o levou a realizar o documentário:
Em
2005, um amigo que dirige um centro de prevenção contra drogas no Reino
Unido queria trazer Sasha até Londres para falar numa conferência. Como
Sasha não pode vir, fomos à Califórnia e fizemos uma pequena metragem
para a conferência. Durante as filmagens, achei Sasha e a sua mulher Ann
verdadeiramente diferentes e amáveis. Mais tarde, quando estava editar
as imagens, os meus colegas de escritório estavam sempre a passar por
mim e a perguntar-me “Mas afinal quem é este tipo?”. Nunca pensei que
Sasha, um senhor de cabelos grisalhos, grandes sobrancelhas brancas e um
sorriso de criança, seria tão apelativo a pessoas entre os 20 e os 30
anos, e achei que se Sasha conseguia despertar a atenção deles valeria a
pena realizar um filme mais longo sobre ele e a sua mulher Ann.
Apercebi-me rapidamente de que a história tinha muito mais interesse do
que eu imaginara inicialmente.
FONTE:
Penso, logo Sou! - Laboratório de Investigação da Consciência
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As bactérias resistentes e a água do mar
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Quanto mais tempo passar no mar, mais bactérias resistentes terá no intestino
Por enquanto, a investigação só foi feita no Reino Unido, mas o que se viu é que há mais bactérias resistentes nos intestinos dos surfistas do que dos banhistas regulares.
Surfistas e bodyboarders têm uma maior probabilidade de apresentarem
bactérias resistentes no intestino do que os banhistas regulares. A
explicação é simples: passam mais tempo no mar, logo engolem mais água. A
investigação agora publicada
na revista científica Environment International analisou as águas
costeiras do Reino Unido, mas o problema pode existir noutras partes do
mundo.
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Para o grupo estudado — 143 surfistas e 130 banhistas regulares — os investigadores concluíram que: os
surfistas tinham três vezes mais probabilidade de ser contaminados com
uma bactéria resistente a antibióticos de terceira linha do que os banhistas regulares. Os surfistas
também tinham quatro vezes mais probabilidades de serem contaminados
por bactérias portadoras de um gene que lhes confere resistência contra
múltiplos antibióticos do que os banhistas. A amostragem é
pequena e muito localizada, o que pode condicionar a interpretação dos
resultados, mas para os investigadores justifica que se dê mais atenção à
contaminação ambiental.
Para ser incluído no grupo dos surfistas estudados, era preciso
praticar desportos aquáticos desta categoria pelo menos três vezes por
mês. Os banhistas regulares tinham muito menos exposição às águas
costeiras.
A ideia dos autores não é fazer com que as pessoas
deixem de ir à praia ou deixem de praticar desportos aquáticos, mas
querem deixar um alerta de que “o risco de colonização por bactérias
resistentes a antibióticos associado à exposição a ambientes naturais
pode ser mais importante do que se julgava anteriormente”.
As bactérias resistentes e a água do mar
Para perceber se as águas do mar estavam realmente contaminadas, a
equipa de Anne F.C. Leonard, investigadora no Centro Europeu para a
Saúde Ambiental e Humana, na Universidade de Exeter (Reino Unido),
analisou a água de 97 praias na costa do Reino Unido: 15 praias tinham bactérias E. coli resistentes a antibióticos de terceira linha e 11 praias tinham bactérias E. coli portadoras de um gene que lhes confere resistência contra múltiplos antibióticos.
Se
as águas estão contaminadas, o que acontecerá a quem se banha ou
pratica atividades recreativas nelas? Dos 143 surfistas que fizeram
parte do estudo, 13 tinham bactérias resistentes ao antibiótico de
terceira linha — cefotaxima — e nove tinham bactérias portadores do gene
blaCTX-M. Já entre os 130 banhistas, quatro tinham bactérias resistentes à cefotaxima e dois bactérias com o referido gene.
“O
ambiente é importante”, afirma Carlos Palos, médico no Hospital Beatriz
Ângelo, em Loures. E dá um exemplo: “Os bebés recém-nascidos na Índia
ficam rapidamente colonizados com bactérias resistentes. A água, os
alimentos e os utensílios ficam colonizados e os intestinos são a nossa
principal fonte de colonização”.
Estar colonizado com bactérias resistentes não é o maior problema
Os surfistas, banhistas e demais cidadãos podem estar colonizados com
bactérias resistentes a antibióticos e não apresentarem quaisquer
sintomas. “Na maioria dos casos, as demais bactérias contêm as bactérias
resistentes e o equilíbrio mantém-se”, explica Carlos Palos. “Mas
existe uma maior propensão destas pessoas para, caso tomem antibióticos
ou caso fiquem gravemente doentes, terem infeções causadas por estas
bactérias resistentes, que entretanto ganham vantagem competitiva.”
Outro dos problemas é que as pessoas colonizadas são potenciais fontes de transmissão para outras pessoas, fazendo com que as formas de resistência sejam cada vez mais comuns na comunidade.
A bactéria E. coli e a resistência aos antibióticos
A bactéria analisada é uma das mais comuns no nosso organismo, a Escherichia coli. Esta bactéria é muito variável e tem muitas estirpes diferentes
que vão da bactéria totalmente inofensiva e até indispensável ao bom
funcionamento do nosso organismo, até à bactéria capaz de causar
infeções graves e dificilmente tratáveis com os antibióticos mais
poderosos. É a E. coli que aparece muitas vezes associada às infeções urinárias e é ela a causa mais comum de infeção no sangue.
Uma das formas mais comuns de ser infetado com estas bactérias é pela ingestão de água e alimentos contaminados,
daí que seja tão importante ter cuidado com o que bebe e come quando
está em viagem. Por isso é também um risco aderir à nova moda da “água crua“. Outras das formas de contaminação, cada vez mais comum, ocorre em ambiente hospitalar. Já a exposição em ambiente natural está ainda pouco estudada.
Como é que aparecem bactérias superresistentes na natureza?
Primeiro, através de formas naturais, porque faz parte da própria
evolução. Cada comunidade de bactérias pode produzir antibióticos que
inibem o crescimento de outras comunidades: as que conseguirem
sobreviver tornam-se mais resistentes. Segundo, pela introdução de
produtos antimicrobianos nos solos e linhas de água, seja pelo uso de
antibióticos na pecuária ou de pesticidas na agricultura. Os
microorganismos que não forem mortos por estes produtos, tornam-se
resistentes a eles. E para agravar estas situações, as bactérias
resistentes podem transferir os genes que lhes conferem resistência para
bactérias vizinhas — ou seja, não são só as células-filhas a herdar
esta capacidade.
* O médico e professor Pinto Coelho aconselha a misturar-se um litro de água de mar a cinco litros de água doce para baixar o Ph ácido desta última.
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HELENA MATOS
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IN "OBERVADOR"
14/01/18
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O pudim
A imagem que define o que vivemos não vem da política nem da
História mas sim da culinária: nós somos um pudim. Pouco consistente mas
um pudim em que as diversas fatias se amparam umas às outras
Devia escrever sobre a vitória de Rui Rio não era? Pois devia mas
acontece que preciso que passe tempo para conseguir ver com nitidez na
plataforma deslizante constituída pela presente situação política.
A
imagem que melhor define o que vivemos não vem da política nem da
História mas sim da culinária: nós somos um pudim. Pouco consistente mas
um pudim em que as diversas fatias se amparam umas às outras na
expectativa do momento em que caia a primeira: o PS desliza para a
esquerda podendo ou não absorver o BE; o CDS que não pode governar
sozinho não sabe se pender para uma coligação com o PS ou com o PSD; o
BE tremelica avaliando as vantagens de tornar-se na ala esquerda do PS
ou pelo contrário radicalizar à esquerda enquanto os seus comissários
entretanto colocados no aparelho de Estado se encarregarão de infernizar
a vida aos próximos governos de que o BE não fizer parte e por fim o
PSD que não se sabe se é desta que deslaça.
Assim, à excepção do
PCP que está a tratar de se blindar enquanto grupo de oligarcas que
mantém a sua influência através de uma milícia sindical, todos estão à
espera que o outro se mova, sabendo cada um que PS e PSD não podem
continuar a ser o que são. O PSD tem de decidir se quer ser alternativa
de governo ou auxiliar de governação do PS. Já o PS, para lá da questão
de fundo – ser um partido democrático ou um instrumento de poder que
serve abulicamente o caudilho do momento –, tem à sua espera o encontro
com o momento em que o dinheiro dos contribuintes e do BCE, que ao
contrário da voracidade do BE e do PCP não é infinito, deixará de ser
suficiente para pagar a tença ou melhor dizendo o pizzo à
extrema esquerda. Em cima disto, qual molho envolvente, está o
presidente da República mais atrabiliariamente táctico da democracia.
Em
resumo, Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio e António Costa estão à espera
de acertar com a sua hora Macron. Esse momento em que um homem pode
cavalgar a onda de um regime que se procura regenerar. Sabem que esse
homem virá provavelmente de dentro do regime e acreditam ser eles neste
momento os melhores posicionados para o conseguir. Não ignoram também
que há um quarto nome nesta espera: Passos Coelho. Mas outros nomes
podem surgir porque não é em vão que um país transforma a Procuradoria
Geral da República na sua derradeira e única fronteira. Quando a PGR se
tornou na última instância é porque todos os outros filtros falharam. E
os protagonistas sabem-no. Para Marcelo o “tema não existe”. Para
António Costa, Rui Rio e Catarina Martins é um “nãoassunto”. Ou seja, a
substituição de Joana Marques Vidal é o Assunto. Com maiúscula.
Como
sempre acontece em Portugal quando algo é grave, oficialmente não só
não existe como aludir-lhe torna-se pecado. Foi assim com os retornados,
que oficialmente não existiram durante meses. Foi assim com a dívida,
que só lembrava aos derrotistas. É assim com a sustentabilidade da
Segurança Social, de que não se deve falar porque se põe em causa a
confiança no sistema. Até foi assim com a explicação para a morte de Sá
Carneiro. O regime defende-se tenazmente em Portugal ao conseguir não só
que os problemas não se discutam mas sobretudo ao transformar nuns
corpos estranhos quando não nuns inapresentáveis aqueles que denunciam
os problemas.
Entretanto o pudim vai deslaçando. As fatias amparam-se mas uma delas vai desfazer-se antes das outras.
PS. Há
sinais de degradação do sistema que conseguem ir rompendo a cortina de
silêncio imposta pelas corporações beneficiadas com o actual arranjo
governativo, corporações essa que cada vez mais dividem os portugueses
entre os seus e os outros. Neste momento temos medicamentos que estão
vedados a doentes seguidos no privado. Note-se que o problema não é não
serem menos comparticipados para quem e seguido no privado: é serem
vedados, pois uma portaria do Ministério da Saúde impõe que os
medicamentos para a doença de Chron sejam prescritos “apenas por médicos especialistas em gastroenterologia dos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
Poupança de recursos? Certamente que aqueles que usam este argumento
nunca se confrontaram com o argumento ouvido nas farmácias hospitalares
“vai levar na mesma o medicamento apesar de ter lá em casa porque caso
contrário para o ano dão-nos menos”. Não é uma questão de poupar
recursos mas sim de atacar a liberdade de escolha.
IN "OBERVADOR"
14/01/18
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HOJE NO
"RECORD"
Espanhola abandona após fazer
140 quilómetros a sangrar
A espanhola Rosa Romero, esposa do piloto Nani Roma, abandonou esta
quarta-feira o Dakar'2018, devido a uma ferida profunda provocada por
uma queda sofrida durante a etapa 10, realizada no dia de ontem. Ao que
parece, a espanhola, que até então era 66.ª colocada, percorreu cerca de
140 quilómetros com a perna a sangrar até chegar a Belén, cidade na
qual acabou por decidir abandonar.
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De
acordo com os relatos da imprensa local, a queda sofrida por Rosa Romero
sucedeu na ligação entre a primeira e a segunda parte da especial de
ontem, a cerca de 700 metros do reinício, quando esta terá caído e
chocado com uma rocha. A espanhola recompôs-se e quando se preparava
para retomar a marcha, uma parte metálica da sua KTM acabou por lhe
fazer um corte profundo na perna esquerda, muito próximo da veia
femoral. Rosa seguiu em prova, cruzou a linha de meta, mas chegou ao
bivouac totalmente ensanguentada, com uma ferida que necessitou de ser
suturada com oito pontos.
"À
medida que ia avançando na etapa notava que o sangue começava a baixar
pela minha perna. Cheguei a pensar que devia parar para pedir
assistências, mas não queria parar. Queria chegar ao final ou até onde o
meu corpo aguentasse. E consegui. Terminei a etapa", relatou a piloto,
de 48 anos, para quem a desistência traz um sentimento de "raiva".
"Estava a aguentar muito bem este Dakar tão difícil e bonito e estava
certa de que conseguiria chegar a Córdoba", acrescentou.
Esta manhã, e depois de ser observada pela equipa médica do Dakar'2018, a espanhola acabou por ser aconselhada a abandonar, pois existia o risco de a sua situação piorar durante a exigente tirada desta quarta-feira.
* Valente na coragem e sofrimento
Esta manhã, e depois de ser observada pela equipa médica do Dakar'2018, a espanhola acabou por ser aconselhada a abandonar, pois existia o risco de a sua situação piorar durante a exigente tirada desta quarta-feira.
* Valente na coragem e sofrimento
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Governo vai criar "cabras sapadoras"
para gestão de combustível florestal
Segundo o
governante, as organizações de produtores florestais são "os parceiros
privilegiados" para a defesa da floresta contra incêndios
O
Governo vai avançar este ano com projetos-piloto de "cabras sapadoras"
com rebanhos dedicados à gestão de combustível florestal na rede
primária, anunciou hoje o secretário de Estado das Florestas, destacando
o reforço na prevenção de incêndios.
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"A
questão silvo-pastoril é essencial, por isso vamos fazer
projetos-piloto este ano de chamadas 'cabras sapadoras'", declarou
Miguel Freitas, explicando que o Governo vai intervir na rede primária
através da componente mecânica com o fogo controlado e através da
componente biológica com silvo-pastorícia.
Segundo
o governante, as organizações de produtores florestais são "os
parceiros privilegiados" para a defesa da floresta contra incêndios.
No âmbito de uma audição parlamentar na
Comissão de Agricultura e Mar, requerida pelo BE, o secretário de Estado
das Florestas lembrou que já foram disponibilizados 17 milhões de euros
para executar ações de defesa da floresta contra incêndios, destinados
essencialmente à rede primária.
"Temos
130 mil hectares para executar", referiu o governante, acrescentando que
"estão feitos apenas 40 mil hectares" e a expectativa é "nos próximos
três anos poder executar a totalidade da rede primária da defesa da
floresta contra incêndios".
Aos 17
milhões disponíveis neste âmbito "serão somados 15 milhões para executar
este ano cerca de mil quilómetros de rede primária de defesa da
floresta contra incêndios e manter 20 mil hectares da rede primária que
está executada", indicou Miguel Freitas.
De
acordo com o titular da pasta das Florestas, o país vai ter, "pela
primeira", um equilíbrio orçamental entre a prevenção e o combate aos
incêndios florestais.
O governante referiu ainda que o país vai ter uma diretiva única de prevenção e combate aos fogos.
"Pela
primeira vez em Portugal, vamos ter uma diretiva operacional que mostra
bem aquilo que se vai fazer quer em combate quer em prevenção. Até
agora, a diretiva operacional era apenas de combate", declarou o
secretário de Estado das Florestas.
Questionado
pelos deputados do PSD sobre como é que o Governo vai garantir que a
Infraestruturas de Portugal cumpre a lei para a limpeza das faixas de
gestão de combustível florestal, Miguel Freitas disse que a empresa
pública já abriu um concurso, no valor de 18 milhões de euros, para
fazer a limpeza da rede viária, considerando que "há uma grande
determinação para avançar com a limpeza".
* Porque é que o sr. secretário de Estado das Florestas não se lembrou disto antes de Junho do ano passado, porque é que só teve esta brilhante ideia depois de dezenas de mortes acontecerem, ou não havia cabras disponíveis?
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Portugal distinguido em Madrid
com prémio da Organização Mundial
do Turismo
O
Turismo de Portugal foi hoje distinguido com o primeiro lugar na
categoria “Inovação nas Políticas Públicas e Governança” da Organização
Mundial do Turismo (OMT), numa cerimónia realizada na Feira
Internacional de Turismo de Madrid.
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A autoridade responsável pela
promoção internacional do turismo português foi distinguida pelo
projecto formativo das escolas do Turismo de Portugal - denominado
Tourism Training Talent (TTT, Formação de Talentos do Turismo em
português) -, que concorreu contra outros dois projectos apresentados
pela Argentina e pela China.
O galardão ganho pela instituição
pública portuguesa é um dos quatro que foram concedido pela OTM para a
“Excelência e Inovação no Turismo”.
A Organização Mundial do
Turismo (OMT) é uma agência especializada das Nações Unidas com sede em
Madrid e a principal organização internacional neste sector.
O
Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral recebeu o prémio,
acompanhado pelo presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo.
O
programa TTT visa o aumento das competências dos alunos e
profissionais, adaptando a sua formação às novas tendências, abrindo as
escolas à comunidade e incentivando o empreendedorismo, ampliando o
papel da formação a outras actividades e valorizando as carreiras,
promovendo o trabalho no turismo.
Segundo o Turismo de Portugal,
este “novo e abrangente programa” foi criado para a sua rede de 12
Escolas de Turismo e é focado essencialmente no talento das pessoas, no
desenvolvimento de “soft skills”, na inovação e na internacionalização
dos profissionais do turismo.
“Receber este prémio dá-nos a
certeza de que, apesar de ambiciosa, a estratégia que foi delineada e as
consequentes mudanças que implementámos, eram imperativas num mercado
em constante mutação”, disse o presidente do Turismo de Portugal, Luís
Araújo.
* Fantástico, um orgulho.
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