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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
19/10/2017
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155-ACIDEZ
* Uma produção "ACIDEZ FEMININA" - BRASIL
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155-ACIDEZ
FEMININA
ACEITAR-SE
e ASSUMIR PUBLICAMENTE
A HOMOSSEXUALIDADE
com 'Põe na Roda' e 'Gorda de Boa'
A IMPRESCÍNDIVEL TATY FERREIRA
* Uma produção "ACIDEZ FEMININA" - BRASIL
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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HOJE NO
"i"
‘Para Francisco,
a pedofilia é uma questão secundária’
O investigador dos podres da Igreja Católica Emiliano Fittipaldi tem novo livro. Depois da corrupção, dedica-se à falta de ação do Vaticano contra a pedofilia.
O Vaticano pô-lo em tribunal por causa do seu último livro Avareza. E quanto a este, acha que eles vão fazer queixa de si outra vez?
Acho que não porque a escolha do Vaticano foi uma escolha estúpida, para além de ser contra a liberdade de imprensa. Mas o que mais os incomodou foi que ao me fazerem arriscar uma pena de prisão transformaram o meu livro num sucesso mundial e desta vez com Luxúria não voltaram a cometer o mesmo erro e a escolha política e estratégica que fizeram foi a de se calarem, o problema é que, assim, tudo o que eu escrevi aqui, que é muito pior do que escrevi em Avareza, acaba por ser automaticamente confirmado.
Mas o Papa não deve estar muito satisfeito consigo?
[risos] Não sei: o trabalho do jornalista é o de ver a diferença entre aquilo que o poder conta através da propaganda e a realidade. Para mim, o Papa é um dos poderosos deste mundo, respeito muito a fé e o papel religioso que ele tem, mas como jornalista tenho de avaliar a sua liderança.
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Em Avareza e Luxúria tento explicar quais foram os escândalos no Vaticano que ele não conseguiu ou não quis explicar. Não estou muito interessado no que o Papa pensa sobre mim, o meu interesse é que os leitores sejam instruídos sobre o que o Vaticano e o Papa fazem ou não fazem para acabar com a pedofilia e neste caso o Papa não conseguiu alertar o público sobre o que aconteceu.
Retrata-o como uma pessoa que fala publicamente contra a pedofilia, mas não faz o suficiente ou não faz nada dentro da Igreja Católica para erradicar esse tipo de comportamento.
Sim, acho que o Papa Francisco disse palavras muito importantes contra a pedofilia, disse que os pedófilos são como as Missas Negras, que são contra Deus e próximos do Diabo, mas é normal que um Papa diga essas coisas, seria muito estranho se dissesse o contrário. Incomoda-me, também na nossa profissão, que qualquer coisa que digam os líderes carismáticos, políticos ou religiosos, seja logo pensado como palavras relevantes e verdades inegáveis. Isso é propaganda e o jornalismo tem de ter muito cuidado com a propaganda. Então fui ver o que ele tinha feito para além das palavras. E o Papa promoveu para o C9 [Conselho dos Cardeais], que é o grupo que gere a Igreja Católica, três cardeais que no passado tentaram ocultar a história de padres pedófilos. Há uns meses foi afastado da Congregação para a Doutrina da Fé o cardeal Müller e foi posto no seu lugar o cardeal Ladaria, em apenas três dias descobri que esse cardeal, há dois anos, mandou embora um padre pedófilo [Gianni Trotta], mas quando enviou a carta ao bispo de Foggia a dar a notícia, disse-lhe que não dissesse a ninguém para evitar um escândalo entre os fiéis. Este ex-padre tornou-se treinador de uma equipa de futebol de crianças e violou metade da equipa. Estas crianças violadas são um peso na consciência de Ladaria. Este, que é o homem mais poderoso no Vaticano juntamente com o Papa hoje em dia, há três anos enviou uma carta igual a um bispo relativamente a um padre pedófilo que se chama Bernard Preynat, a minha sensação é que ainda hoje no Vaticano há cartas prefabricadas que dizem ‘fiquem calados’. Esta não é só uma questão imoral, mas uma questão jurídica e penal, porque nestes escândalos não só as vítimas não terão a sua justiça, mas os pedófilos que ainda estão em liberdade terão a possibilidade de fazer novas vítimas.
Há algo na Igreja, esse silêncio que faz lembrar a omertà, a lei do silêncio da máfia. Existe essa omertà na Igreja?
Não gosto de declarações escandalosas, como dizer que a Igreja é como a máfia, porque não é verdade. No entanto, ainda hoje na Igreja com o Papa Francisco é preciso lavar a roupa suja no interior do Vaticano, sem que ninguém veja. Se é uma atitude mafiosa, não sei, mas é, com certeza, uma atitude que mete nojo, sobretudo quando estamos a lidar com a vida de crianças.
Cita no livro que em maio de 2015, o Papa foi inadvertidamente gravado a dizer que achava que as denúncias contra o novo bispo de Osorno, no Chile, que ele havia nomeado tinham sido uma montagem da esquerda por não terem gostado da nomeação. Chega a dizer que ‘Osorno sofre, é certo, porque é estúpida’. Acha que é isso que Francisco pensa sobre os escândalos de pedofilia?
O que aconteceu em Osorno tem algo de incrível, porque o novo bispo é um dos alunos do padre Karadima [acusado de múltiplos casos de pedofilia], um dos bispos mais famosos em Santiago do Chile. Este bispo, Barros de seu nome, sabia tudo o que o padre Karadima fazia com as crianças, e o Papa Francisco resolveu nomeá-lo bispo, apesar de toda a cidade estar contra. Houve quase uma revolução contra a decisão. O Papa Francisco explicou a sua decisão a uma pessoa sem saber que estava a ser gravado e disse que eram tudo parvoíces, que era uma conspiração de esquerdistas e que as coisas não eram como os jornais contavam. Que tinha havido uma sentença a favor deste Barros e que já estava tudo esclarecido. Mentira, porque este Barros nunca foi julgado, só Karadima foi julgado e todas as acusações foram confirmadas, só que Karadima não foi preso porque os crimes já tinham prescrito. E a culpa da prescrição de quem é? Do cardeal Errázuriz, um dos amigos de Francisco no C9, que escondeu demasiados anos as denúncias contra Karadima. Francisco poderia dizer que não conhecia bem o cardeal Pell [arcebispo de Sidney que o Papa nomeou como seu braço direito para as finanças e cujo julgamento de pedofilia começou na semana passada] porque se encontrava em Buenos Aires e o outro em Sydney, mas conhecia muito bem Errázuriz e o caso Karadima. Francisco resolveu ignorar completamente a situação porque para ele a pedofilia é uma questão secundária do seu Pontificado.
Mas se se muda de política sobre um assunto, não é preciso ter-se cuidado quando se escolhem pessoas? Se se quer lutar contra a pedofilia, mesmo de forma secundária, porque se escolhem três cardeais que estão envolvidos nestes escândalos?
Porque ele prefere a fidelidade à batalha dos princípios. Errázuriz é amigo dele, provavelmente vamos descobrir daqui a alguns meses que ajudou a diocese de Buenos Aires desde um ponto de vista económico. Ainda não sei, mas estou a trabalhar nisso. E, com certeza, Maradiaga [cardeal hondurenho], de quem ainda não falámos, mas que é o coordenador do C9 e é um grande amigo de Francisco. O Papa não deu importância ao facto de Maradiaga ter protegido um padre da Costa Rica pedófilo, fugitivo da Interpol, que foi encontrado na cama com uma criança de oito anos pela mãe desta. Este padre pedófilo deu a volta à América do Norte, à América Central até chegar às Honduras. Em Tegucigalpa, que é a diocese de Maradiaga, encontrou hospitalidade durante seis meses. Maradiaga é alguém que em Roma, em 2004, quando houve o escândalo ‘Spotlight’, devido à investigação dos nossos colegas do Boston Globe, disse que o Boston Globe e a CNN eram bestas, amigos dos judeus de Israel, que as denúncias não eram verdadeiras e que o cardeal Law era um santo. Também disse que nunca denunciaria um padre ao FBI, mesmo que fosse pedófilo, porque os padres não são polícias. Um homem que diz esse tipo de coisas, dez anos depois, graças a Francisco, converteu-se num dos homens mais poderosos do Vaticano. É por isso que não acredito na revolução de Francisco.
Acredita que Francisco pense como Maradiaga, como Pell?
Não sei. Quando comecei a escrever na L’Espresso, não sobre Luxúria, mas sobre as primeiras investigações relacionadas com Pell, Francisco ia à sala de imprensa do Vaticano atacar-me diretamente, dizendo que eu era um jornalista que inventava coisas, que queria fazer um escândalo e assegurou ele, Papa, que defenderia sempre Pell até prova em contrário, isto foi há três anos. Ele já foi acusado de ter abusado de algumas crianças. Acho que é muito difícil que Pell venha a ser condenado porque são acusações muito antigas e difíceis de provar, mas isto não me interessa.
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Para julgar Pell desde um ponto de vista ético e moral não preciso dos juízes porque tenho documentos originais vindos da Austrália, de como durante 20 anos Pell defendeu pedófilos na Austrália e como tentou defender o dinheiro da Igreja em vez de ajudar as vítimas, que pelo contrário foram humilhadas, manipuladas e destruídas uma segunda vez. Se para a Justiça não são crimes, para mim são sentenças morais, éticas que deveriam impedir Pell de obter a posição que obteve. Francisco diz ‘temos que esperar pela Justiça antes de julgar’, não concordo, há questões de moral que não têm nada a ver com questões penais. Em casos de pedofilia envolvendo padres ou cardeais, Francisco sempre se preocupou em afastá-los, mesmo quando não havia questões penais pendentes. Salvo quando são amigos seus. Então, como é? Decide como ele quer? Não pode ser assim.
Então, ele protege os seus amigos e não a Igreja?
Exato.
Em todos estes casos de pedofilia e todo o silêncio, isso não é a Igreja a tentar sobreviver a dizer que é mais importante a Igreja do que o indivíduo, do que as vítimas?
É verdade, mas é uma tentativa muito estúpida, porque os escândalos aparecem. Se não consegues ter uma verdadeira transparência e fazer uma revolução, e tentas sempre esconder tudo, os fiéis afastam-se da Igreja. Ainda hoje em Itália e Espanha não há obrigação de denunciar à Justiça – não sei qual é a situação em Portugal – se um bispo souber que um sacerdote viola crianças. Em Itália, pode denunciar o caso só à Congregação para a Doutrina da Fé. Alterar esta lei demoraria um minuto ao Papa Francisco, mas não o faz. Dou um exemplo, em 2014, duas comissões da ONU, a Comissão Contra a Tortura e a a Comissão para a Defesa da Criança, pediram ao Vaticano que divulgasse as informações sobre os processos em curso na congregação sobre filhos de padres, pediu-lhes para retirarem a obrigação do silêncio em relação a este tipo de processo, porque se alguém falar destes processos secretos arrisca a demissão e a excomunhão, e não obteve qualquer resposta. Não sabemos nada sobre os 1200 processos que foram abertos nestes três anos de Pontificado sobre padres pedófilos em todo o mundo. São o dobro dos do Pontificado de Ratzinger [Bento XVI]. Fala-se sempre menos da pedofilia agora porque a propaganda do Vaticano é muito forte, mas os números oficiais que publico em exclusivo mostram que o fenómeno ainda é mais grave do que antes.
Mas há pessoas dentro da Igreja que querem mudar as coisas?
Sim, senão eu não conseguiria publicar documentos deste tipo… Estão muito desiludidos com o Papa Francisco, acharam que podia levar a cabo uma reforma pequena que tinha sido começada por Ratzinger, que fez qualquer coisa – Ratzinger foi um Papa que não teve sorte porque era muito pouco mediático, muito tradicionalista e conservador e, por isso, os jornalistas não gostavam dele, mas fez coisas importantes. As coisas que ele fez em relação à pedofilia, que não foi muito, mas duplicar o tempo para a prescrição dos crimes no Vaticano, mandaram embora quase 600 padres em poucos anos. O incrível é que Francisco fez muito menos.
A diferença é que Ratzinger era um académico, um homem de livros não um homem do povo e Francisco sabe que é popular…
Ele é extraordinário nisso, a comunicação de Francisco com os fiéis é realmente revolucionária. É a coisa em que ele está mais interessado, ser pastor das pessoas, ser um Papa ecuménico, aberto ao diálogo com as outras religiões. O Papa Francisco fez realmente algumas coisas notáveis, eu critico-o a partir da esquerda porque acho que num governo da Igreja fez pouquíssimo desde o ponto de vista económico, desde o ponto de vista da pedofilia e também desde o ponto de vista doutrinário. A revolução não se pode fazer só com as palavras, mas tem de se fazer com os atos.
No seu livro fala sobre um lobby gay, tem um capítulo só sobre isso. Que importância tem na Igreja a orientação sexual nas decisões que fazem ou influenciam?
Ainda se tem que contar bem a história da lobby gay, mas foi de importância crucial no primeiro Vatileaks e nas demissões do Papa Ratzinger. É um grupo poderoso, não sou eu que o digo é o próprio Ratzinger, numa biografia publicada há um ano, que refere a existência de um grupo de poder ligado à orientação sexual composto por cinco ou seis pessoas, sem referir nomes. Posso dizer que era um grupo perto de Ratzinger e de Bertone [secretário de Estado do Vaticano de 2006 a 2013], que geriu o poder durante os sete anos do Pontificado como um lobby, como um grupo muito unido que controlou as grandes riquezas do Vaticano e que destruiu as carreiras daqueles que se metiam com eles. Para travar este grupo, um grupo de apoiantes de Ratzinger começou a fazer sair uma série de documentos, a que se chamou Vatileaks 1. Posso dizer que este choque, esta guerra de documentos levou ao fim de Ratzinger. O lobby gay é ainda muito forte no Vaticano, para o ex-chefe da guarda suíça [Elmar Mäder, que ocupou o cargo de 2002 a 2008], seria como uma máfia que põe em risco a vida do Papa. Eu acho que é um pouco exagerado.
Se é um lobby tão forte, porque é que estes não lutam para mudar a doutrina da Igreja para os homossexuais?
Porque muitas vezes são compostas pelos homens mais conservadores da Igreja. É um paradoxo, mas é assim. Com certeza a doutrina não foi mudada porque o mundo conservador homossexual e heterossexual está em maioria. Francisco, deste ponto de vista, é considerado praticamente um herege. Nisto apoio muito a coragem de Francisco, uma coragem visionária, porque se a Igreja não mudar e não se abrir ao mundo, arrisca-se a entrar numa crise irreversível.
O Cardeal Pell ainda tem poder no Vaticano?
As histórias das acusações de pedofilia destruíram-no, foi suspenso do cargo de secretário da Economia enquanto espera o fim do julgamento. Mesmo que seja absolvido e retome o cargo será por pouco tempo até ser reformado. O tempo de Pell acabou.
O Papa disse que um dos cancros da Igreja é o clericalismo. Acha que isto tem alguma coisa a ver com isso? O problema do clericalismo?
Completamente. O clericalismo é o vício de uma parte importante da Cúria de Roma que olha só para os seus interesses e para o seu poder. Consideram-se príncipes da Igreja e vivem como se fossem faraós e que se defendem uns aos outros. Se isto se não é máfia, é muito parecido.
Acreditou que este Papa ia lutar contra este clericalismo?
Achava que ia fazer mais. Pelos vistos, não tem a força, nem a vontade de fazer o que prometeu. Já passaram quase cinco anos desde o início do seu Pontificado e, desde um ponto de vista económico, desde um ponto de vista doutrinário, desde um ponto de vista do governo, dos escândalos, nada mudou.
Ratzinger poderia ter feito melhor?
Não sabemos isso porque a história não se faz com ‘ses’. Ratzinger fez no campo da guerra contra a pedofilia algumas coisas, sempre demasiado pouco. Tinha acabado de começar e demitiu-se, por isso nunca vamos saber…
* Eloquente, Emiliano Fittipaldi, popularucho, Francisco I, ditador do Vaticano.
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À família enlutada e ao Sporting, A BOLA endereça os maiores sentimentos.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Faleceu Manuel Oliveira
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Manuel Oliveira,
4.º classificado nos 3 mil metros obstáculos dos Jogos Olímpicos de
Tóquio (1964), faleceu ontem, em Lisboa, com 76 anos. Com 32 recordes
nacionais batidos e tendo sido 17 vezes campeão nacional e 19 vezes
internacional, Manuel Oliveira foi o maior fundista português de sempre
até ao aparecimento de Carlos Lopes.
À família enlutada e ao Sporting, A BOLA endereça os maiores sentimentos.
* Lembramo-nos bem daquele 4º lugar, foi agora correr para outras pistas onde sairá vencedor.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS
Parlamento agenda moção de censura
.para terça-feira
.para terça-feira
O parlamento agendou, esta quinta-feira, o debate da moção de censura do CDS-PP ao Governo para a próxima terça-feira, disse o líder parlamentar centrista, Nuno Magalhães.
A decisão teve o consenso dos líderes parlamentares, numa reunião que durou pouco mais de dez minutos.
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Esta
é a primeira vez que o XXI Governo Constitucional será confrontado com
uma moção de censura desde que entrou em funções, em novembro de 2015.
A
última vez que a Assembleia da República votou - e rejeitou - uma moção
de censura foi em 30 de maio de 2014, apresentada pelo PCP ao executivo
PSD/CDS-PP, então liderado por Passos Coelho.
A moção de censura ao governo minoritário
de António Costa será a 25.ª da história da democracia portuguesa, mas
até hoje só uma derrubou um Governo, em abril de 1987, então o elenco
liderado pelo social-democrata Cavaco Silva e viria depois a atingir a
primeira de duas maiorias absolutas.
PCP e "Os Verdes" assumem voto contra
Os
presidentes das bancadas do PCP, João Oliveira, e de "Os Verdes",
Heloísa Apolónia, assumiram o voto contra a moção de censura ao Governo
socialista.
Em declarações aos
jornalistas no final da conferência de líderes que agendou o debate da
moção de censura apresentada pelo CDS-PP, João Oliveira e Heloísa
Apolónia condenaram o que consideram tratar-se de uma tentativa de
retirar dividendos políticos de tragédias, como os fogos florestais de
junho e outubro, ou meras estratégias partidárias por parte dos
democratas-cristãos.
O texto do CDS-PP
"Pelas falhas do Governo nos incêndios trágicos de 2017" considera que
"as medidas anunciadas para o médio e longo prazo não justificam a
omissão no curto prazo" e que, no período entre as duas tragédias de
fogos florestais de junho e outubro, "o primeiro-ministro não se mostrou
disponível para assumir as responsabilidades políticas".
* A "caudilha" do CDS-PP anda num frenesim, ela é uma vitória retumbante nas autárquicas com 2,6% dos votos a nível nacional, ela é a apagar fogos da pior maneira e agora o ponto alto vai ser mais uma derrota na moção de censura ao governo.
A propósito de censura não nos lembramos desta estrela decadente da política ter alguma vez censurado as trafulhices de Ricardo Salgado, se calhar não lhe convinha.
* A "caudilha" do CDS-PP anda num frenesim, ela é uma vitória retumbante nas autárquicas com 2,6% dos votos a nível nacional, ela é a apagar fogos da pior maneira e agora o ponto alto vai ser mais uma derrota na moção de censura ao governo.
A propósito de censura não nos lembramos desta estrela decadente da política ter alguma vez censurado as trafulhices de Ricardo Salgado, se calhar não lhe convinha.
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FLORBELA ALVES
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IN "VISÃO"
17/10/17
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O dia em que o fogo
chegou à minha terra
Florbela Alves, jornalista da
delegação do Porto da VISÃO, foi apanhada pelos incêndios durante um
fim de semana com a família, em Oliveira do Hospital. Esta é a sua
crónica, o texto onde conta o inferno por que passou, o relato emotivo
de um domingo que tinha tudo para ser um domingo feliz
Aquele
15 de outubro tinha tudo para ser um dia feliz. A família iria
juntar-se para o batizado das minhas duas sobrinhas, Laura e Sofia, e,
juntos, festejaríamos os 70 anos do meu pai. Seria uma festa dois em um.
No dia anterior viajara do Porto, onde vivo, para Oliveira do Hospital,
a terra onde nasci, cresci, onde tenho toda a família e as recordações
de infância.
À hora do batizado, às 16 horas, o céu
cobria-se de negro, mas o fogo estava longe, diziam-nos, na zona de
Seia, de um lado, na zona de Coja, Arganil, do outro. Em dias de festa
de família, pouco se olha para o telemóvel e muito menos se liga a
televisão. Desconhecíamos, pois, o cenário que se vivia nesse domingo no
País. Os olhares eram todos para as duas irmãs, de dez meses e cinco
anos, aperaltadas com lacinhos e vestidinhos brancos. Depois da
cerimónia na igreja, a família juntar-se-ia para brindar à saúde das
meninas e dos 70 anos do avô. Não fosse o fogo…
O
meu pai recebe um telefonema a avisar que a quinta que possui a 15
quilómetros dali estava a arder. Sai disparado com os meus irmãos e,
transtornado, tenta enfrentar as chamas com a intenção de abrir o
estábulo e soltar os dois cavalos. É, obviamente, impedido. Derrotado,
volta para Oliveira do Hospital.
Nas horas seguintes, tudo se precipita.
A eletricidade falha a partir das 19 horas. Não há rede de telemóvel,
nem internet. Cai a noite e o cheiro a fogo adensa-se. Estamos no centro
urbano e todo o concelho está rodeado de fogo. Vem de todos os lados.
Sigo para o quartel, a dois passos da casa dos meus pais, e um dos
bombeiros diz-me, exausto, olhos pejados de lágrimas, que, em 40 anos,
“nunca vira nada assim”. A cinco quilómetros dali, a aldeia do meu
sogro, Lajeosa, tem casas a arder. Não conseguimos chegar lá, nem saber
nada dele porque os telefones não funcionam. A noite só se ilumina com
as luzes dos carros dos bombeiros ou com a lanterna do telemóvel cuja
bateria deixará de funcionar dentro de poucas horas. Escutam-se dezenas
de explosões, a pouca distância dali. Sentimos medo, sentimo-nos
impotentes.
O vento aumenta, como um demónio à
solta, o ar é abafado (à meia-noite estavam 30 graus) e traz cinza e
fagulhas. As chamas não chegam à casa dos meus pais, mas o seu trepidar
escuta-se próximo. Aos gritos, avisam-nos para prepararmos as
mangueiras, se o cenário piorar. Lá fora, só se consegue andar com
máscara ou lenços a tapar olhos e boca. Há fagulhas vermelhas que saltam
de um lado para o outro, sem sabermos onde irão cair.
Começam
a chegar-nos a casa pessoas, assustadas, vindas de algumas das aldeias a
arder. O João pede-nos que olhemos pela mãe, enquanto vai ajudar o pai a
apagar as chamas que rondam a casa. A Tina chega com a família depois
de percorrer uma estrada em chamas. A Isabel vem pedir guarida porque o
marido não a veio buscar depois do trabalho, como habitualmente. A
Liliana está aflita por não conseguir chegar à casa da mãe onde os
filhos ficaram a passar a noite. O Zé vem tresloucado depois de ter
enfrentado as chamas em casa e desespera por não saber da mãe e da irmã.
Os telemóveis continuam sem funcionar, está escuro, só as velas nos
iluminam. A noite é longa e sentimos uma impotência total. Ligamos o
rádio do carro na tentativa de saber o que se passa. Sigo, de novo, para
os bombeiros em busca de melhores notícias. Nada. O ar continua
irrespirável. Tudo à volta está vermelho, da cor do fogo.
Durante
a noite, as imagens de Pedrógão Grande não me saem da cabeça. O nascer
do dia não vai trazer nada de bom, calculo. Como pode tudo isto estar a
acontecer? Outra vez? As (más) notícias começam a chegar ao amanhecer,
sob um céu coberto de um manto de fumo. Pedro, o marido da Isabel, não a
foi buscar porque morrera pelo caminho. Cristiana morrera nas chamas na
estrada à entrada da cidade, quando tentava fugir com o marido e a
filha. A fábrica de um amigo de infância ardera por completo, tal como
muitas outras. Dezenas de casas foram consumidas pelas chamas, como a de
Aristides, que conheço desde miúda, ou a de Kin, o músico alemão que me
dizia há anos, numa reportagem para a VISÃO, que trocara a Alemanha
para viver num “happy valley”, o vale encantado como ele chamava a Benfeita, no concelho de Arganil, onde mais de 20 famílias também ficaram sem nada.
Aquele
15 de outubro tinha tudo para ser um dia feliz. Mas não o foi – para
nós e para tantas famílias. A minha sobrinha, na inocência dos seus
cinco anos, perguntava, entre choros: “Porque é que decidiram fazer o
meu batizado no dia do incêndio?” Tu não sabes, Laura, nem podes ainda
saber, mas o incêndio não escolhe dias nem horas. Prometo-te que ainda
iremos brindar à tua saúde e à do avô – faremos a festa que não fizemos.
IN "VISÃO"
17/10/17
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Presidente da Proteção Civil demite-se
O presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), Joaquim
Leitão, demitiu-se na quarta-feira, informou hoje à Lusa fonte do
Governo
A mesma fonte adiantou que Joaquim Leitão entregou na quarta-feira
uma carta de demissão dirigida ao secretário de Estado da Administração
Interna, Jorge Gomes, que, por sua vez, a remeteu para o
primeiro-ministro, atendendo à saída no mesmo dia da ministra da tutela,
Constança Urbano de Sousa, do executivo.
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A demissão foi aceite
pelo primeiro-ministro, António Costa, disse a fonte do Governo, e
segue-se à saída da ministra da Administração Interna, na quarta-feira, e
do comandante nacional operacional da ANPC, Rui Esteves, em setembro,
no pior ano de incêndios florestais da última década, que já deixaram
mais de cem mortos e acima de 500 mil hectares de área ardida.
Joaquim Leitão esteve pouco menos de um ano no cargo, tendo sido empossado em outubro de 2016.
No
início deste ano, propôs a substituição no comando operacional da APNC
de José Manuel Moura por Rui Esteves, até então comandante distrital de
Operações de Socorro em Castelo Branco.
Em setembro, Rui Esteves
demitiu-se, em resultado de dúvidas sobre a sua licenciatura em Proteção
Civil, no Instituto Politécnico de Castelo Branco, obtida com 32
equivalência em 34 unidades curriculares do curso, uma suspeita que se
alastrou a outros elementos do topo da hierarquia da ANPC, que terão
conseguido as suas graduações do mesmo modo.
Além do caso das
equivalências na estrutura da Proteção Civil, que estão sob investigação
da Inspeção-Geral de Educação e Ciência, recaem também sobre Rui
Esteves suspeitas de acumulação indevida de funções, como comandante da
ANPC e diretor do aeródromo de Castelo Branco.
Rui Esteves foi
substituído interinamente por Albino Tavares, até então comandante
nacional adjunto e que foi igualmente chamado por Joaquim Leitão para a
ANPC, depois de ter sido comandante do Grupo de Intervenção Proteção e
Socorro (GIPS) da GNR.
Albino Tavares permanece em funções, mas o
relatório da comissão técnica independente ao incêndio de Pedrógão
Grande refere que o então comandante adjunto ordenou, na madrugada de 18
de junho, aos operadores de comunicações para que não registassem mais
alertas na fita do tempo.
Durante a audição junto da comissão
técnica independente, Albino Tavares justificou a sua decisão com "o
excesso de informação que era produzida a partir do CDOS [Comando
Distrital de Operações e Socorro] de Leiria".
Joaquim Pereira
Leitão, ex-comandante do Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa,
sucedeu na presidência da ANPC a Francisco Grave Pereira, que se
demitiu, a 05 de setembro, na sequência do inquérito ao caso dos
helicópteros Kamov.
No sábado, quando Portugal continental
enfrentava o pior fim de semana do ano em fogos florestais, acima das
500 ocorrências, o presidente da ANPC recusou comentar quaisquer
conclusões do relatório independente sobre o combate aos incêndios do
verão no Centro, afirmando que a entidade estava a analisá-lo.
No
documento, entregue ao parlamento a 12 de outubro e que vai ser
analisado em Conselho de Ministros extraordinário marcado para sábado, a
comissão técnica apontou falhas no comando e descoordenação durante o
incêndio de Pedrógão e considerou que faltaram medidas que “poderiam ter
moderado” os seus efeitos, nomeadamente mortes.
No sábado,
Joaquim Leitão afirmou que "seria prematuro qualquer tipo de
consideração sobre um documento que ainda está em análise".
Confrontado
com conclusões do relatório como a falta de mobilização de meios ou a
suspensão da fita do tempo das operações, o presidente da Autoridade
afirmou não saber do que se tratava.
Na sua última declaração
pública, Joaquim Leitão limitou-se a afirmar que o pessoal da Autoridade
que chefiava continuava a dar "o melhor para que a segurança dos
cidadãos seja efetiva".
* Será que há alguma forma de associativismo estranho entre esta gente de licenciatura licenciosa, saltitante de lugar para lugar nomeados pela ANPC, perguntar ofende? Ainda bem.
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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
A quem se destina a tarifa social da água?
O Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que alarga a todo o país a tarifa social da água para famílias de rendimentos mais baixos.
A legislação agora aprovada considera como
elegíveis para esta tarifa social da água as pessoas cujo agregado
familiar tem um rendimento igual ou inferior a 5.808 euros por mês,
acrescido de 50% por cada elemento da família sem qualquer rendimento,
até um máximo de 10%.
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São também elegíveis os consumidores que se encontram em situação de carência económica, o que inclui os beneficiários do complemento solidário para idosos, abono de família, rendimento social de inserção, subsídio social de desemprego e pensões sociais (de invalidez e de velhice)
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São também elegíveis os consumidores que se encontram em situação de carência económica, o que inclui os beneficiários do complemento solidário para idosos, abono de família, rendimento social de inserção, subsídio social de desemprego e pensões sociais (de invalidez e de velhice)
A adesão das autarquias a este regime é
voluntária, cabendo a decisão à assembleia municipal. Uma vez tomada, a
atribuição aos beneficiários é automática, na medida em que se aplicam
os mesmos critérios atribuídos a quem tem direito à tarifa social de
eletricidade e gás natural.
A norma estava prevista no Orçamento do Estado para 2017 e foi vertida
num decreto-lei aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros.
O diploma vem harmonizar os critérios para a tarifa social da água, através da atribuição de descontos ou de isenção sobre o preço da água fornecido ou sobre as tarifas da recolha de águas residuais. O sistema – semelhante ao que já existe para a tarifa social da eletricidade – já é aplicado em mais de duas centenas de municípios.
* Fazia falta, uma boa medida.
O diploma vem harmonizar os critérios para a tarifa social da água, através da atribuição de descontos ou de isenção sobre o preço da água fornecido ou sobre as tarifas da recolha de águas residuais. O sistema – semelhante ao que já existe para a tarifa social da eletricidade – já é aplicado em mais de duas centenas de municípios.
* Fazia falta, uma boa medida.
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HOJE NO
"DESTAK"
Risco aumenta com a subida da
.temperatura a partir do fim de semana
.temperatura a partir do fim de semana
As temperaturas vão subir até aos 30 graus Celsius entre domingo e quarta-feira, devendo o risco de incêndio voltar a aumentar já a partir de sábado, informou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
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"A precipitação entre 16 e 21 [outubro] não deverá ter impactos significativos na diminuição da situação de seca, em particular nas regiões do interior e no Algarve, devendo o risco de incêndio voltar a aumentar já a partir de dia 21 [sábado], pelo menos até 25 de outubro [quarta-feira]", indicou o IPMA, sublinhando o regresso do "tempo seco após semana com precipitação".
De acordo com o aviso divulgado hoje, prevê-se uma subida da temperatura do ar para valores máximos entre 25 e 30 graus Celsius e humidades relativas do ar inferiores a 40% no período da tarde nas regiões do Interior, até 25 de outubro.
* Há tempo para prevenir.
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7.OS MESTRES
DO DINHEIRO
Como uma série de 1996 está tão actual, à parte algumas afirmações "datadas", tudo o resto ensina-nos a compreender o espírito da Troika, a economia de Trump, os capitalismos russo e chinês.
FONTE: lucas84doc
FONTE: lucas84doc
* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro a Julho do próximo ano, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
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