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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
29/08/2017
JOSÉ JORGE LETRIA
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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
27/08/17
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Woody Guthrie não se enganou
Woody Wilson Guthrie, mais conhecido por
Woody Guthrie, foi o mais destacado criador norte-americano de música
folk, com uma reconhecida e decisiva influência em Bob Dylan e nos
restantes nomes dessa corrente musical. Ficou famoso também pelo facto
de trazer um colante na sua viola que dizia This machine kills fascists e
por ter deixado às gerações futuras canções como This Land Is Your Land
(que nunca prometeu que se tornasse "outra vez grande").
Guthrie
nunca gostou dos Trump, até porque conheceu a visão que Fred Trump
tinha dos negros nos seus blocos de apartamentos em Nova Iorque,
afastando-os em claro benefício dos brancos.
Woody
Guthrie foi um incansável viajante, escreveu o livro autobiográfico
Bound for Glory, que deu origem a um filme com o mesmo nome, foi casado
três vezes e teve oito filhos, um dos quais é Arlo Guthrie, um dos mais
influentes intérpretes da geração folk a que pertence Bob Dylan.
Nascido
em Oklahoma, conheceu a privação, a doença e a miséria, acabando por
morrer em Nova Iorque em 3 de Outubro de 1967, vítima da doença de
Huntington. Parte da sua família morreu de forma trágica, caso da irmã
Clara, que pereceu num incêndio, e do pai, que ficou gravemente ferido
num fogo ocorrido posteriormente. A mãe, Nora, foi atingida pela mesma
enfermidade. Nos últimos anos de vida, Woody Guthrie esteve
impossibilitado de tocar viola por ter ficado com um braço ferido num
acidente.
No início dos anos 50 do
século passado, o cantor vivia num grande complexo residencial
propriedade do empreiteiro Fred Trump, pai do actual presidente dos
Estados Unidos. Não gostou da forma como os brancos eram favorecidos em
detrimento dos negros e sabe--se que chegou a escrever uma canção
intitulada O Velho Trump, denunciando o que sabia ser errado naquela
prática empresarial marcada pelo preconceito racial. Dizia o cantor
nesse tema que em Beach Haven, a torre de Trump, não havia negros a
vaguear.
O pai Trump tratou de entregar
a liderança do produtivo negócio familiar ao filho Donald. O
Departamento de Justiça chegou a apresentar, em 1973, uma queixa contra
pai e filho, acusando-os de se recusarem a negociar os arrendamentos com
negros. O filho assumiu a defesa dos interesses familiares e colocou a
defesa nas mãos de Roy Cohn, um advogado que trabalhara com o senador
Joseph McCarty na perseguição aos comunistas em Hollywood.
Donald
Trump logo tratou, à sua inconfundível maneira, de atacar o governo,
afirmando que ele conduzira um inquérito inspirado no estilo da Gestapo.
O
actual presidente dos Estados Unidos passou a vida envolvido em
querelas e processos desta índole, o que se reflecte no seu
comportamento pessoal e político em termos globais. Nunca agiu ou pensou
de outra forma. O que hoje acontece nos Estados Unidos e que alimenta a
imprensa de todo o mundo devido à truculência que caracteriza aquele
comportamento e o pensamento do presidente é apenas o reflexo de uma
vida inteira a ajustar contas com o mundo, com a diferença e com os
valores da própria democracia.
Woody
Guthrie, que esteve perto dos comunistas mas nunca aceitou filiar-se no
Partido Comunista do Estados Unidos, percebeu bem com quem estava a
lidar e o perigo que resultava de não denunciar uma prática racista na
Nova Iorque de meados do século XX. Escreveu uma canção que dizia o que
tinha a dizer. Morreu doente e pobre na década seguinte, mas a sua
"máquina de matar fascistas" colocou a família Trump num lugar de que é
muito difícil sair na memória de um país livre e democrático.
Quem
fecha as portas a negros e as outras minorias étnicas em blocos de
apartamentos também arranja campos para os isolar, enfraquecer e atacar.
O tempo se encarregará de dizer como tudo isto irá acabar.
* Escritor, jornalista e presidente da Sociedade Portuguesa de Autores
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
27/08/17
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Filosofia da Liberdade
A manutenção de uma sociedade livre reside na educação. Somente uma educação que ensine as virtudes da soberania individual; o respeito ao patrimônio, à vida e à saúde de outrem e o conceito de responsabilidade; o que é e para que serve o Estado e quais são os direitos fundamentais; é capaz de nos livrar de governantes, indivíduos e grupos inescrupulosos. Infelizmente, vivenciamos o contrário: mais Estado, mais controle e mais covardia.
Até parece que adoramos fascistas.
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Conto de fadas nº 1 para mulheres do séc. XXI
(Luís Fernando Veríssimo)
Conto de fadas nº 2 para mulheres do séc. XXI
(Luís Fernando Veríssimo)
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OS MELHORES
CONTOS DE FADAS DO MUNDO
Conto de fadas nº 1 para mulheres do séc. XXI
- Você quer casar comigo? Ele respondeu prontamente: NÃO!
E
a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, por que
conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na
praia, comprou outro carro, mobilou sua casa, sempre estava sorrindo e
de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.
(Luís Fernando Veríssimo)
Conto de fadas nº 2 para mulheres do séc. XXI
Era
uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e
cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em
como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as
conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
-
Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má
lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo
teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e
poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo.
A minha mãe poderia vir morar connosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
A minha mãe poderia vir morar connosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
E
então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã au sautée,
acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho
branco, a princesa sorria e pensava:
- Nem fo....den...do!
(Luís Fernando Veríssimo)
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