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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
06/08/2017
CATARINA CARVALHO
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IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
31/07/17
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Matias Damásio
une Portugal a Angola
com as palavras de Camões
É possível que um verso de uma canção tenha feito mais pela renovação
de mentalidades em Portugal do que muitos discursos. Já todos o
ouvimos, anda, ainda, a tocar milhares de vezes na rádio e tem mais de
30 milhões de visualizações no YouTube. É o primeiro verso da canção Loucos,
aquela com que o cantor angolano Matias Damásio entrou definitivamente
no mercado português. É assim: «Camões não inventou palavras para
exprimir esse momento…»
A batida é forte, não engana, soa a kizomba, e dali a pouco Damásio
vai passar a usar formas verbais que mostram toda a africanidade do seu
som, além de vogais mais surdas, claro. Mas lá está, a homenagem ao
poeta maior da língua portuguesa, a abrir a canção. E a mudar o mundo. O
nosso mundo.
É o próprio Matias Damásio quem dá conta disto. Quando lhe
perguntaram que melhor elogio lhe fizeram em Portugal, ele conta a
história curiosa de uma mulher de uns 70 anos que lhe disse: «Filho, não
gosto de música africana nem de kizomba mas quando ouvi um preto a
falar “Camões não inventou palavras” descobri que era um preto que
tínhamos de seguir.»
E está lá tudo, nesta frase. É comovente e encantadora, dramática e
cómica. E mostra-nos o mundo como ele é. Sem pieguices, sem parvoíces,
sem ideologias e preconceitos a ensombrar o pensamento. Com ela cai por
terra a discussão do racismo latente que anda por aí – ou andava, que na
rapidez internética, já passou, já passou. Anulam-se as diferenças. E
vem ao de cima aquilo a que Matias Damásio há de voltar a referir-se
nesta entrevista – o que nos une, além e aquém do que nos separa.
Matias Damásio não é sociólogo nem político, é um artista. Sim, é
verdade, é um artista que sabe o que neste momento vale para ele o
mercado português. Mas é também nessa sua condição que o que ele conta
ganha tal importância. No mundo real em que as suas canções são ouvidas,
as coisas são diferentes da realidade que aparece nos jornais. Gente
que as ouve e trauteia e, nessa simplicidade, adota um mundo que fala
português e vai além das fronteiras. E gente que repara que é um
angolano que homenageia Camões.
Matias irá dar mais dados para esta tese ao contar da sua infância em
Benguela, cidade mestiça da costa angolana: «Sou de uma geração em que
já havia, de novo, muitos portugueses em Angola. Portugal era o sonho.
Amigos que tinham vindo para Portugal mandavam fotografias tiradas em
pontes, roupa e ténis muito bonitos e essas eram as referências que
tínhamos. Referências de sonho.»
E remata, com realismo. «Mas uma das coisas mais bonitas que
aconteceu ao meu país foi essa capacidade de recomeçar, sem medo de
errar. E sem nunca se render. Termos tirado os portugueses do nosso
caminho para recomeçarmos foi muito bom.» Teríamos tanto a aprender
ouvindo mais Matias Damásio e menos discursos inflamados e
artificialmente ideologizados.
IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
31/07/17
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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XXVII-VISITA GUIADA
Museu Militar/3
LISBOA - PORTUGAL
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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9-TEATRO
FORA "D'ORAS"
VIII-AQUI HÁ
FANTASMAS
Consta que uma casa senhorial está assombrada. Então o Professor Hermes decide fazer uma experiência em que anda a magicar há muito tempo: testar a pílula da coragem. Escolhe um pobre diabo, o Chichas, para cobaia, e promete-lhe 150 contos em troca de ele passar lá a noite.
Leva o Chichas e a uma enfermeira para a casa assombrada e pede a um colega que se disfarce de fantasma para assustar o homem.
Só que há outros fantasmas lá em casa.
Uma comédia escrita e encenada por Henrique Santana, gravada com público sob a direcção de televisão de Pedro Martins.
Do elenco fazem parte, para além do próprio Henrique Santana, Rita Ribeiro, Armando Cortez, Maria Helena Matos, Henrique Santos, Carlos Quintas, Luís Alberto, António Feio, Cristina de Oliveira, José Raposo e Francisco Vaz.
Uma peça de arrepiar.
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