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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
28/07/2017
IV~MEGA FÁBRICAS - 4-LEGO
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IV~MEGA FÁBRICAS
4-LEGO
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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FRANCISCO MENDES DA SILVA
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Advogado
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
25/07/17
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A lógica do mestre André
Ventura não anda na política para ajudar ninguém, mas só para ganhar votos. E, para esse objectivo, qualquer táctica serve.
A propósito de uma entrevista que André Ventura deu ao jornal i, com
considerações polémicas sobre a comunidade cigana, alguns jornais
repescaram um artigo que o candidato do PSD à Câmara de Loures
(entretanto o CDS retirou-lhe o apoio) escrevera no Correio da Manhã
sobre o atentado de Nice, no ano passado. Para Ventura, no combate ao
terrorismo islâmico "é fundamental reduzir drasticamente a presença e a
dimensão das comunidades islâmicas dentro da União Europeia", porque
"qualquer um, de raízes muçulmanas ou convertido, se torna uma potencial
ameaça".
Uma vez que o autor não explicou como é que essa
"redução drástica" se faria, o leitor fica na dúvida: ou Ventura se
está nas tintas para resolver o que quer que seja ou acha que os países
europeus deveriam iniciar um processo de perseguição e deportação em
massa de muçulmanos, mesmo se cidadãos cumpridores das leis (porque
"qualquer um" é "uma potencial ameaça"), e que isso, por algum milagre
ou acaso, traria paz e redenção civilizacional à Europa.
Aposto
na primeira hipótese: Ventura não anda na política para ajudar ninguém,
mas só para ganhar votos. E, para esse objectivo, qualquer táctica
serve. Foi por isso que criou a figura do "tipo que diz as verdades",
"aquilo que toda a gente pensa e ninguém tem coragem de dizer". É a
velha manha populista de espicaçar os ressentimentos e inseguranças do
eleitorado, passando por cima da complexidade dos problemas e prometendo
soluções finais que não são solução para nada. Quem aprecia a táctica
pode ver como está a correr a presidência de Donald Trump, a mais inútil
e desastrada de que há memória.
Ventura é uma figura
célebre na tagarelice sobre os não-assuntos do futebol, essa quinta
dimensão alucinada do nosso espaço público. É uma arte que pratica com
dedicação mercenária, imperturbado pela realidade e com a tranquilidade
de quem, aconteça o que acontecer, acaba por ver tudo sempre para o
mesmo lado.
Quando passa para a política, vem acompanhado
dos mesmos princípios de jogo. Disso a entrevista ao i é esclarecedora:
Ventura não se mostra excessivamente interessado em separar os planos,
diz que fala de bola com 90% das pessoas que o abordam em campanha e
que, apesar de recear que "um sportinguista do PSD" não vote nele,
"também pode acontecer um comunista ou um socialista dizer que este ano
vota no PSD". Portanto, o que define o Ventura político é o Ventura
adepto de futebol. A honestidade é sempre bem-vinda.
Sobre
os ciganos, o candidato recorre ao mesmo simplismo: pega num problema
real (o modo de vida anti-social de muitos elementos da comunidade
cigana) e, em vez de propor qualquer via de acção minimamente plausível,
atira-se à "etnia cigana" como um todo, definindo-a como o inimigo
(aqueles que "se acham acima das regras do Estado de Direito").
Ao
contrário do que muitas vezes se diz, a polémica em torno dos
populistas não é sobre as causas; é sobre as soluções. Não é sobre a
existência ou não de barris de pólvora sociais; é sobre se queremos um
pirómano a guardar os barris de pólvora.
No fundo, a
discussão é sobre se, na encruzilhada política actual, os partidos
moderados tradicionais querem permanecer instrumentos racionais do bem
comum ou ceder a políticos que subvertem a lógica da conversação
democrática, transformando os partidos em meros megafones do
descontentamento, num jogo de soma zero.
O CDS, ao abandonar a coligação de Loures, já fez a sua escolha. O PSD, quero acreditar, apenas perdeu uma boa oportunidade.
Advogado
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
25/07/17
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VI-HUMANIDADE
A HISTÓRIA DE TODOS NÓS
A PÓLVORA
1-A PRENSA DE GUTEMBERG
* Neste vídeo da série, subdividido em 2 episódios, vão cruzar-se vários assuntos, em cada episódio encontra em subtítulo os items correspondentes.
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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