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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
25/06/2017
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Mehdi Ordikhani-Seyedlar
O que acontece no seu cérebro
quando você presta atenção?
Atenção não é somente sobre o que nos concentramos - é também sobre o que nosso cérebro filtra.
Investigando padrões no cérebro quando as pessoas tentam se concentrar, o neurocientista computacional Mehdi Ordikhani-Seyedlar espera unir o cérebro ao computador, construindo modelos que podem ser usados para tratar TDAH e ajudar quem perdeu a habilidade de se comunicar.
Ouça mais sobre essa interessante ciência nessa curta e fascinante palestra
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Investigando padrões no cérebro quando as pessoas tentam se concentrar, o neurocientista computacional Mehdi Ordikhani-Seyedlar espera unir o cérebro ao computador, construindo modelos que podem ser usados para tratar TDAH e ajudar quem perdeu a habilidade de se comunicar.
Ouça mais sobre essa interessante ciência nessa curta e fascinante palestra
PAULA FERREIRA
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IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
20/06/17
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A devastação de um país
Todos os anos temos visto as chamas, na
época ou no defeso, a consumir hectares e hectares de floresta. Nuns
anos mais, em outros menos. Sempre demasiado. E muitos de nós observam
essa tragédia quase como uma fatalidade. E não pode ser.
Independentemente de quem esteja no poder, promete mudar, promete pôr um
ponto final nas imagens de devastação. Nada muda. E a catástrofe,
enfim, irrompe com muitos mortos, de aldeias perdidas, deste Portugal
desordenado.
Talvez, solenemente,
venham anunciar um novo plano de combate à desertificação do interior do
país. Talvez esbocem mais uma reforma para transformar a gestão da
floresta nacional. Ninguém, por certo, dará mais ouvidos a palavras vãs.
O que se espera dos responsáveis, perante tamanho drama, é a
apresentação de medidas credíveis, exequíveis, capazes de inverter os
constantes reacendimentos da fatalidade. E, até agora, fica-se com a
sensação de quem está a presenciar uma interminável peça de teatro de
cordel. Até ao momento, nada ou quase nada do que é apresentado tem
qualquer ligação à realidade, como se tudo acabasse quando as cortinas
são fechadas. No mundo real, a vida continua envolta numa terrível
normalidade. As 64 vítimas mortais de Pedrógão Grande, os relatos de
horror de quem viveu o inferno, terão de inverter a narrativa de quem
tem poder, conferido pelo povo, para mudar as coisas.
Custa
aceitar, sem incómodo, as palavras, naturalmente bem-intencionadas, do
presidente da República. "Não há nem falta de competência, nem falta de
capacidade, nem falta de imediata resposta". Afinal, "o que se fez foi o
máximo que se podia fazer". Marcelo Rebelo de Sousa é incansável a dar
ânimo aos portugueses, mas é difícil acreditar que nada pudesse ter sido
feito. Como foi possível a morte de 47 cidadãos numa estrada
aparentemente esquecida no furacão do fogo, e centenas de pessoas sós a
combater as chamas e o medo de ser engolidas por elas?
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
20/06/17
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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XXV-VISITA GUIADA
Palácio Nacional da Ajuda/3
LISBOA - PORTUGAL
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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Poupança de energia
Um destes novos protocolos é o ZigBee, uma solução de baixo custo que tem a grande vantagem de ter um consumo de energia muito baixo, facto que o permite ser usado em dispositivos alimentados por baterias de pequena capacidade, como sensores de movimento.
ESTA SEMANA NA
"PC GUIA"
Descomplicómetro – ZigBee
Conheça um dos protocolos que permite ligar todo o tipo de
dispositivos à Internet, com capacidades de comunicar entre si. Uma das
vantagens é o baixo consumo energético.
Habitualmente, associamos as ligações de dados sem fios ao Wi-Fi, o
protocolo sem fios mais utilizado em dispositivos móveis, computadores,
televisores, consolas e outros equipamentos. Com o Wi-Fi conseguimos que
estes se liguem a uma rede doméstica ou à Internet, sendo este
protocolo ideal, especialmente nas versões mais recentes como o 802.11n e
802.11ac, para situações onde é exigida uma grande largura de banda.
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Porém, com a chegada dos dispositivos IoT (Internet of Things) como
fechaduras inteligentes, frigoríficos, sistemas de domótica, sensores de
movimento e outros dispositivos do género, foi fundamental a criação de
novos protocolos que permitissem a comunicação entre os dispositivos,
associada a um baixo consumo energético e à possibilidade de acesso à
Internet
Poupança de energia
Um destes novos protocolos é o ZigBee, uma solução de baixo custo que tem a grande vantagem de ter um consumo de energia muito baixo, facto que o permite ser usado em dispositivos alimentados por baterias de pequena capacidade, como sensores de movimento.
Esta solução só é possível devido às necessidades de comunicação
destes dispositivos serem muito baixas, como o envio intermitente de
sinais a uma velocidade máxima de 250 Kbit/s. Isto é o suficiente para
garantir se existe, ou não, movimento num espaço vigiado e para activar,
de seguida, outros dispositivos, através do sinal enviado pelo
equipamento original.
Para garantir que o consumo de energia é baixo entre dispositivos
suportados pelo protocolo em questão, foi fundamental criar certas
limitações, face a protocolos como o Wi-Fi. Entre estas estão a largura
de banda, a velocidade máxima de transferência de dados e o baixo
alcance, ficando este, em espaços abertos, entre os dez a vinte metros.
Apesar destas limitações, o protocolo ZigBee garante a segurança dos
dados transmitidos, razão pela qual é utilizada uma encriptação de 128
bits.
Aplicações reais
Tal como já foi dito, existem diversas aplicações para o protocolo ZigBee, sendo o mais prático, para uma utilização doméstica, o da criação de um sistema de domótica. Aqui podemos aplicar sensores em diversas divisões da casa que permitam activar as luzes ou o sistema de climatização, sempre que os sensores de movimento detectem a presença de pessoas. Com o ZigBee é possível, por exemplo, configurar este sensor de movimentos para activar uma câmara de vigilância que tira uma fotografia e a envia para si, sempre que seja detectado um movimento em sua casa.
Tal como já foi dito, existem diversas aplicações para o protocolo ZigBee, sendo o mais prático, para uma utilização doméstica, o da criação de um sistema de domótica. Aqui podemos aplicar sensores em diversas divisões da casa que permitam activar as luzes ou o sistema de climatização, sempre que os sensores de movimento detectem a presença de pessoas. Com o ZigBee é possível, por exemplo, configurar este sensor de movimentos para activar uma câmara de vigilância que tira uma fotografia e a envia para si, sempre que seja detectado um movimento em sua casa.
* Aprender com quem sabe.
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3-A que distância devem estar as árvores de outras infraestruturas?
4-É obrigatório limpar os terrenos florestais junto a habitações?
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Afinal, que leis
protegem as nossas florestas?
OITO PERGUNTAS PARA OITO RESPOSTAS
1- Como é composta a floresta portuguesa?
De acordo com o relatório “Estatísticas e dinâmicas
territoriais multiescala de Portugal Continental 1995-2007-2010 com base
na Carta de Uso e Ocupação do Solo (COS)”, a área ocupada por floresta corresponde a 39% do território nacional (3.472.459 hectares) e
a área ocupada por sistemas agro-florestais — espaços agrícolas com
árvores florestais no terreno — corresponde a 8% do país (712.952
hectares).
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A árvore mais abundante nas florestas portuguesas é o pinheiro-bravo, que ocupa mais de 31% desses terrenos (1.083.372 hectares). Segue-se o eucalipto com 24,4% (848.431 hectares) e o sobreiro com 17,5% (608.960 hectares).
Outras árvores têm expressões menores: os carvalhos ocupam 6,2% das
florestas (216.096 hectares), as azinheiras ocupam 5,8% (200.075
hectares) e o pinheiro-manso ocupa 5,7% (197.325 hectares).
A restante percentagem é completada por áreas significativamente mais
pequenas de castanheiros, espécies invasoras, outras árvores resinosas e
outras árvores folhosas.
2-A que distâncias devem estar as árvores entre si numa floresta?
De acordo com o Instituto de Conservação da Natureza e das
Florestas, as distâncias a que as árvores devem estar entre si numa
floresta dependem das espécies a que nos referimos. Na lista que expõe no site,
o Instituto refere-se a apenas três espécies de árvores: o
carvalho-alvarinho, o pinheiro-manso e “outros carvalhos” (como são
designados).
Por hectare de floresta pode haver entre 800 e 1.600 carvalhos-alvarinhos (Quercus robur) que devem estar a uma distância entre 4,5 metros e 3 metros entre linhas e entre 2 metros e 2,5 metros em cada linha. Quanto a outros carvalhos, quando plantados para produzir madeira, pode haver entre 800 e 1000 árvores por hectare distantes umas das outras entre 4 metros e 4,5 metros entre linhas e entre 2,5 e 3 metros em cada linha.
Se os pinheiros-mansos (Pinus pinea) forem plantados para produção de madeira e fruto, podem existir entre 450 e 650 árvores por hectar e devem estar a uma distância de entre 4,5 e 6 metros entre linhas e entre 3,5 e 4 metros por cada linha. Se os mesmos pinheiros servirem para dar fruto, pode haver entre 100 e 300 árvores por hectare que podem estar a uma distância de entre 6 e 10 metros entre linhas e entre 5,5 e 10 metros em cada linha.
Outros números
devem ser levados em conta. Por exemplo, a distância entre as copas das
árvores deve ser no mínimo de 4 metros e, enquanto elas não atingirem
os oito metros, todos os ramos devem ser tirados até 50% da sua altura. A
partir dos oito metros de altura, as árvores podem ser desramadas
apenas até aos 4 metros de altura.
3-A que distância devem estar as árvores de outras infraestruturas?
De acordo com o Decreto nº 13658 de 23 de Maio de 1927, é proibida a plantação de eucaliptos a menos de 20 metros de campos agrícolas, quando entre esses campos e o local da plantação não existam estradas, rios, ribeiros ou edifícios.
De acordo com o Regime Jurídico de Ações de Arborização e Reaborização,
sempre que haja uma infraestrutura — seja uma casa ou uma estrada, por
exemplo –, a vegetação num raio de 50 metros em redor dela está sujeita a
redução de matos e arvoredos. Entre a zona com vegetação reduzida e a
vegetação sem intervenção deve guardar-se um espaço mínimo de 4 metros. Não pode haver árvores até dez metros das margens das estradas.
Quaisquer materiais mais inflamáveis — como botijas de gás,
excedentes da exploração agrícola, palha usada para a cama de animais,
estrumeiras ou pilhas de lenha — devem estar a mais de 50 metros da
infraestrutura em causa. Num raio de pelo menos dez metros à volta da
infraestrutura, deve evitar-se a plantação de espécies vegetais mais
inflamáveis e devem desramar-se as outras espécies numa altura de pelo
menos quatro metros acima do solo. No entanto, não pode haver qualquer tipo de vegetação num raio de pelo menos cinco metros em redor da casa ou outras edificações.
Como medida de segurança, deve também pavimentar-se o solo com um material não inflamável num raio de entre um e dois metros em redor da infraestrutura.
É da responsabilidade do proprietário de um terreno garantir que a
densidade florestal e as distâncias a outras infraestruturas estão
dentro da lei.
Todos os proprietários de pinhais, carvalhais, sobreiros, azinhais,
soutos, eucaliptais e acaciais têm o dever de manter devidamente
tratados os arvoredos nos seus terrenos.
O Decreto nº 13658 de 23 de Maio de 1927 prevê que se tenha de pedir uma licença caso se queira cortar árvores junto a rios ou ribeiros
porque podem ser as raízes a garantir a coesão das terras e a
impedi-las de ceder à erosão provocada pela água. Essa licenças,
originalmente dadas pela Direção-Geral dos Serviços Florestais e
Aquícolas ou pelo Ministério da Agricultura, só são concedidas se o
proprietário se comprometer por escrito a substituir essas árvores por outras, caso a sua regeneração natural não esteja assegurada.
4-É obrigatório limpar os terrenos florestais junto a habitações?
Sim, é. De acordo com o artigo 15º e ponto número 2 do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, os proprietários, arrendatários, utilizadores ou qualquer pessoa com responsabilidades sobre um terreno próximo a edificações são obrigadas a manter o terreno limpo — livre de materiais muito iflamáveis — num raio de 50 metros em redor desses edifícios,
contados a partir do ponto mais exterior dele. Nesta lei são
considerados edificações quaisquer habitações, estaleiros, armazéns,
oficinas, fábricas ou outros equipamentos.
As copas das árvores e dos arbustos devem estar distanciadas no
mínimo 5 metros em relação à habitação e deve ainda evitar-se que se
projetem sobre a cobertura do edifício.
5-O que é o Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios?
O Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios “enuncia a estratégia e determina os objetivos, as prioridades e as intervenções a desenvolver” para proteger as áreas florestais em Portugal.
Essas medidas recaem em cinco tópicos principais: “aumentar a
resiliência do território aos incêndios florestais, reduzir a incidência
dos incêndios, melhorar a eficácia do ataque e da gestão dos incêndios,
recuperar e reabilitar os ecossistemas e adaptar uma estrutura orgânica
e funcional eficaz”.
Na prática, como pretende o Governo satisfazer essas necessidades?
Uma das medidas é manter faixas exteriores para proteger parques e
edificações: quem gerir essas infraestruturas deve, por exemplo,
“proceder à gestão de combustível numa faixa com largura mínima de 100
metros”. Outra medida é sensibilizar as populações para modos
de proteção da floresta, ensinar as pessoas sobre o que pode causar
incêndios ou aumentar o número de incêndios investigados em 15%.
Pode ler outras medidas neste documento.
6-Qual é o período crítico de incêndios florestais?
Em 2017, o período crítico decorre entre sábado, 1 de julho, e sábado, 30 de setembro.
O período crítico é o intervalo de tempo em que estão em vigor medidas excecionais para prevenir incêndios em florestas.
A data de início e data de fim do período crítico são marcadas em
função das condições meteorológicas. Isto é responsabilidade do
Ministério do Ambiente e do Ministério da Agricultura, Florestas e
Desenvolvimento Rural, segundo o artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 124/2006 de 28 de junho.
No entanto, o combate ao fogo existe ao longo de todo o ano em cinco fases de acordo com as alturas mais preocupantes: Alfa
(1 de janeiro a 14 de maio), Bravo (15 de maio a 30 de junho), Charlie
(1 de julho a 30 de setembro), Delta (1 de outubro a 31 de outubro) e
Echo (1 de novembro a 31 de dezembro). Os meios utilizados para
prevenir ou combater incêndios nas diferentes fases dependem do risco e
das condições meteorológicas avaliadas para cada uma delas.
7-Quais são as regras em vigor durante o período crítico?
Durante o período crítico de incêndios florestais, em todas as
áreas agrícolas ou florestais, entram em vigor as seguintes regras:
- É proibido fumar, fazer lume ou fogueiras;
- É proibido fazer queimas ou queimadas;
- É proibido lançar foguetes e balões de mecha acesa;
- É proibido defumar ou desinfestar apiários (colmeias para criação de abelha), salvo se os fumigadores (ferramentas para defumar as colmeias) estiverem equipados com dispositivos de retenção de faíscas;
- É proibida a circulação de tratores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor, sistema de retenção de fagulhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de escape ou chaminés.
- É proibido levar comida que precise de ser aquecida para piqueniques: leve comida já confecionada ou que possa ser ingerida fria. Depois, deixe o lixo nos caixotes distribuídos pela floresta.
8 - É permitido fazer queimas ou queimadas durante o período crítico?
Uma queima é a eliminação de produtos que sobraram da exploração agrícola ou florestais através do fogo quando esses produtos estão cortados e amontoados. Se esses produtos estiverem cortados, mas não estiverem amontoados, a sua eliminação passa a designar-se queimada.
As queimas não podem ser feitas durante o período crítico. Devem ser feitas em espaços rurais, longe de ruas, praças e mais lugares públicos das povoações, sempre a menos de 30 metros de quaisquer construções e a menos de 300 metros de bosques, matas, lenhas, searas, palhas, depósitos de substâncias susceptíveis de arder.
As queimadas só podem ser feitas fora do período crítico e apenas se não houver risco de incêndio elevado. Para realizar uma queimada, o indivíduo precisa de ter licenciamento da Câmara Municipal.
A Junta de Freguesia também pode dar esse licenciamento se a esta for
concedida delegação de competências na presença de um técnico
credenciado em fogo controlado, de uma equipa de bombeiros ou de uma
equipa de sapadores florestais.
Tanto num caso como no outro, caso estas regras não sejam cumpridas, incorre numa contra-ordenação com coima que pode ir de 140 euros a 5.000 euros para pessoas singulares ou entre 800 euros e 1.600 euros para pessoas coletivas. Se dessa queima ou queimada resultar um incêndio pode incorrer em crime de incêndio florestal.
Há, no entanto, uma exceção, recorda o Instituto de Conservação da
Natureza e das Florestas citando o n.º 1 do artigo 28.º do Decreto-Lei
n.º 124/2006. É obrigatória a queima de produtos que possam provocar a contaminação ou disseminação de doenças.
Esses produtos devem ser eliminados em qualquer altura do ano, desde
que, durante o período crítico, a queima seja feita na presença de uma
unidade de um corpo de bombeiros ou uma equipa de sapadores florestais.
* Excelente trabalho de pesquisa de MARTA LEITE FERREIRA
IN "OBSERVADOR"
21/06/17
IN "OBSERVADOR"
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Donald Trump corta fundos
a grupo anti neonazi
O Presidente norte-americano cortou o financiamento público de uma das poucas organizações dedicadas a combater grupos que defendem a supremacia branca
A Life After Hate
(vida depois do ódio), uma organização norte-americana sem fins
lucrativos, foi criada em 2011 por ex-skinheads, ex- neo-nazis e
ex-membros de outros grupos de extrema-direita que defendem a supremacia
branca, como o Ku Klux Klan.
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Através das histórias pessoais dos fundadores, procuram alertar os
jovens atraídos pela violência racista e dão apoio a quem deseja sair
destas organizações extremistas.
É, segundo a Newsweek,
uma das poucas instituições que combatem a extrema-direita racista e foi
por essa razão que, nos últimos dias do seu mandato, o Presidente
Barack Obama lhes concedeu um financiamento público de cerca de 357 mil
euros.
Mas, na passada sexta-feira, o apoio federal foi retirado, segundo anunciou o Departamento de Segurança Nacional.
"Estamos
desapontados que o Departamento de Segurança Nacional tenha quebrado a
sua promessa para connosco ao alterar as regras do fundo depois de o já
termos ganho. Mas é mais alarmante que esta administração se recuse a
reconhecer que os extremistas nacionalistas brancos são uma grande
ameaça terrorista nacional", disse um dos fundadores, Christian
Picciolini à Associated Press.
73% dos ataques terroristas nos EUA são da extrema-direita
A
Administração de Donald Trump concedeu financiamento público a várias
organizações que combatem o extremismo islâmico, mas não deu nem um
dólar a instituição que façam o mesmo mas com grupos de extrema-direita.
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O
nome do programa de financiamento poderá mesmo mudar de nome do actual
Combate ao Extremismo Violento para Combate ao Extremismo Islâmico.
Recorde-se
que Donald Trump recebeu apoio durante a campanha presidencial de
organizações da extrema-direita nacionalista. Um dos seus principais
conselheiros não-oficiais, Steve Bannon, foi fundador do canal de
notícias de extrema-direita, Breitbart.
E, no início deste mês, um
homem militante do extremismo branco matou duas pessoas num comboio em
Portland que tentavam defender uma adolescente muçulmana dos seus
insultos. Mais: segundo o Government Accountability Office, um
departamento do Congresso norte-americano que avalia a política do
governo, 73 por cento dos ataques terroristas mortais nos Estados
Unidos, desde o 11 de Setembro, foram cometidos peça extrema-direita.
* Se não fosse escandaloso Trump assumir-se-ia nazi.
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HOJE NO
"A BOLA"
«Emails em causa por serem prova ilegal»
- Correio da Manhã
«Tese dominante entre os magistrados é que mails
divulgados pelo FC Porto foram obtidos de forma ilegítima, portanto não
podem dar origem a qualquer investigação; Judiciária continua a
investigar dados recolhidos junto de Francisco J. Marques», diz o
Correio da Manhã.
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* O futebol é um covil de malfeitorias, mexe com muito dinheiro.
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saiba o que fazer perante um incêndio
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Porque estas coisas não acontecem só aos outros, vale a pena perder algum tempo a saber o que fazer caso se depare com um incêndio florestal. Se estiver a pé, de carro ou dentro de casa.
SE ESTIVER A PÉ
1. Ligue para o 112 ou o 117 (número de emergência para alerta de incêndios florestais) e tente abafar as chamas, sem colocar a sua vida em perigo, batendo nelas com ramos até à chegada dos bombeiros.
2. Tape a cabeça e a parte superior do corpo com roupas molhadas. Cubra o nariz e a boca com um pano ou lenço húmidos para filtrar as partículas. Agache-se para respirar junto ao chão para evitar a inalação de fumos, que o podem fazer desmaiar e ser fatais.
3. Proteja os olhos com óculos. Em caso de vista irritada, lave os olhos com soro fisiológico ou água fria e limpa.
4. Se o fumo não for muito espesso, use técnicas de respiração para evitar o pânico e manter a calma. Inspire profundamente durante quatro segundos e expire lentamente durante quatro segundos.
5. Siga na direcção contrária à do vento. Mas se ele estiver por detrás do fogo e a soprar na sua direcção, corra no sentido perpendicular ao fogo para poder escapar ao mesmo tempo das chamas e do curso que elas vão seguir.
6. Lembre-se que os ventos podem transportar faíscas e iniciar novos mini-fogos até várias centenas de metros à frente das chamas existentes. Esteja atento para não ficar cercado pelo fogo. E nunca entre em cavernas, onde o calor e a falta de oxigénio serão fatais.
7. Refugie-se numa zona com pouca vegetação porque o fogo precisa de material combustível, como árvores, arbustos ou ervas altas. Normalmente, as áreas de baixa altitude são consideradas as mais seguras se não houver muita vegetação
8. Se possível, dirija-se para perto de um rio ou de um lago, mesmo que seja necessário cruzar em frente ao incêndio. Entre na água e afaste-se da margem. É importante que o seu vestuário e pertences estejam molhados.
9. Caso não tenha nenhuma das opções anteriores, as áreas que já estão queimadas são, por vezes, o lugar mais seguro para ir. No entanto, deve garantir que o fogo ali está completamente extinto antes de prosseguir, de forma a evitar queimaduras e problemas respiratórios.
10. Se estiver perto de uma estrada e ela não for segura devido à dimensão das chamas, pode usá-la como uma barreira: se não houver galhos no pavimento, o fogo vai demorar a espalhar-se. Se ficar encurralado deite-se no chão (ou numa vala que exista na extremidade da estrada) sempre com a cara para baixo e o mais longe que conseguir do fogo.
SE ESTIVER DE CARRO
1. Evite ao máximo circular em vias rodoviárias que estejam próximas de incêndios, mesmo que o trânsito não tenha sido encerrado pelas autoridades.
2. Assegure que as janelas do carro estão bem seladas e feche os sistemas de ventilação. Isto é crucial, caso contrário não irá resistir aos gases e partículas do fumo.
3. Se o carro funcionar e for capaz de conduzi-lo, é importante que o faça em segurança. Conduza devagar e mantenha os faróis acesos. Mantenha-se atento aos outros veículos e aos peões – e pare para deixá-los seguir consigo no carro.
4. Não conduza através do fumo intenso, que o impeça de ver o que está à sua volta e também de ser visto por outras pessoas que circulam na estrada. Nestas condições é mais seguro parar o veículo. Se tiver de o fazer, estacione o mais longe possível de árvores e arbustos.
5. Se não conseguir ver a estrada ou não conseguir conduzir por qualquer motivo, permaneça dentro do veículo. Está muito mais seguro dentro do carro do que a pé no exterior. E não se preocupe com o depósito da gasolina: os veículos com tanques de metal raramente explodem.
6. Com o carro parado, mantenha as janelas para cima e as saídas de ar fechadas. Deite-se no chão do veículo, respire através de um pano molhado para proteger as vias respiratórias e cubra-se com um cobertor ou com um casaco, se possível.
7. O carro pode balançar e algum fumo e faíscas podem até mesmo entrar, mas não entre em pânico. Se o fogo estiver à volta do carro não deve sair. A temperatura no interior do veículo vai aumentar consideravelmente, mas continua a ser mais seguro estar dentro do que fora da viatura.
8. Mande uma mensagem ou ligue aos familiares quando sair da situação crítica. Assim, as autoridades não vão perder tempo a tentar localizá-lo e podem dar prioridade a outros casos.
SE ESTIVER EM CASA
1. Contacte de imediato os bombeiros e as forças de segurança (GNR ou PSP) através do número de emergência 112.
2. Remova materiais combustíveis das imediações da casa. Molhe as paredes e toda a zona circundante com a ajuda de mangueiras, de forma abundante. Ponha os objectos que não se danifiquem com a água no interior de piscinas ou tanques.
3. Solte os animais, caso não seja possível tratar deles. Eles saberão o que fazer para se salvarem.
4. Feche todas as válvulas do gás e desligue a corrente eléctrica. Calce uns sapatos fortes e isolantes do calor. Retire os cortinados das janelas, feche todas as persianas, janelas e portas de casa, tape as frinchas existentes com panos molhados.
5. Tenha à mão as ferramentas que podem extinguir um foco de incêndio (extintores, mangueiras, enxadas ou pás), uma lanterna a pilhas, pilhas de reservas e uma mala de primeiros socorros. Ligue um rádio a pilhas e esteja atento às indicações difundidas.
6. Ande de gatas, se houver fumo, porque perto do chão respira melhor. Proteja a boca com um pano húmido e respire através dele. Não corra se a sua roupa começar a arder; ponha em prática a regra "parar - deitar - rolar".
7. Não abandone a casa, a menos que corra perigo de vida ou as autoridades o recomendem. Nesse caso, saia rapidamente e não desperdice tempo a recolher objectos pessoais desnecessários. Nunca volte atrás seja por que motivo for. E caso tenha existido evacuação, regresse apenas quando tiver essa indicação.
8. Planeie rotas de fuga e pense em saídas alternativas, caso não seja possível utilizar as portas principais. Antes de abrir uma porta, verifique com a palma da mão se está quente. Se estiver, tente encontrar outra saída. Mesmo que esteja fria, pode haver fogo e fumo do outro lado a impedir a passagem, pelo que deve abrir a porta com cuidado e fechá-la rapidamente.
9. Use sempre as escadas e nunca utilize elevadores. Se for seguro, tente sempre descer porque o incêndio tem tendência a subir. Se não conseguir sair em segurança deve procurar uma janela ou varanda de onde possa ser visto a partir da rua. Para chamar a atenção, grite e acene com algum objecto, como uma peça de roupa ou uma toalha.
10. Avise os moradores vizinhos, para que ninguém fique isolado. Reúna toda a gente num mesmo local para, em conjunto, traçarem a melhor estratégia. Para tratar pequenas queimaduras, arrefeça imediatamente a área afectada com água fria corrente da torneira, por alguns minutos. Nunca utilize, na zona queimada, pasta de dentes, manteiga ou margarina, óleos ou pomadas caseiras.
Nota: sugestões recolhidas e tratadas pelo Negócios a partir das seguintes fontes: Autoridade Nacional de Protecção Civil, Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Deco Proteste, Associação Portuguesa de Segurança (APSEI) e portal WikiHow.
* Excelente trabalho de ANTÓNIO LARGUESA
** Esta informação é para guardar no seu arquivo mais importante.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
21/06/17
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
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HOJE NO
"SOL"
Construção dá sinais de alívio
A reabilitação urbana está a puxar pelo setor, que começa a sair da crise. Apesar dos sinais positivos, as associações afastam aumentos de 70 a 100 euros pedidos pelos sindicatos.
0 setor da construção começa a dar sinais de recuperação,
impulsionado, em grande parte, pelo mercado da reabilitação urbana, que
só em maio cresceu 22%. As associações contactadas pelo SOL começam a
suspirar de alívio depois de um longo período de recessão e acreditam
que a atividade deverá consolidar-se nos próximos meses.
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«A atividade da construção e a reabilitação têm uma componente
cíclica e, nesse sentido, depois de um longo período de recessão, era
expectável a inversão da conjuntura e o início de uma fase de
recuperação sustentada que se deverá consolidar nos próximos meses»,
revela o presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras
Públicas e Serviços (AECOPS).
Esta subida resulta não só do acréscimo da procura de casas
reabilitadas, mas também do aumento do investimento neste segmento de
atividade. «O aumento da procura decorre, por um lado, da ligeira
melhoria da conjuntura económica nacional, com a subida do rendimento, a
redução do desemprego e a expansão do crédito à habitação com taxas de
juro e spreads reduzidos», diz o responsável, justificando esta
tendência também com o aumento da procura externa e do número crescente
de estrangeiros que procuram adquirir casa em Portugal. «É um movimento
que acompanha o forte crescimento do turismo, que, por sua vez, também
torna atraente o investimento em casas reabilitadas para aluguer
temporário», salienta Ricardo Gomes.
Uma opinião partilhada pelo presidente da AICCOPN que, no entanto,
lembra que esta dinâmica é mais expressiva em determinadas zonas das
grandes cidades, em especial de Lisboa e do Porto. Reis Campos acredita
que ainda há muito espaço para crescer nestas duas cidades, uma vez que a
reabilitação urbana ainda é um fenómeno localizado. «A reabilitação
ainda está longe de atingir a escala e, sobretudo, a abrangência
territorial necessárias. Trata-se de um mercado que, de acordo com as
nossas estimativas, ascende a 24 mil milhões de euros», diz o
responsável e, por isso, mesmo defende que as necessidades ainda são
muitas.
Ainda assim, Reis Campos lembra que este setor representa cerca de
10% do mercado da construção e para que haja uma recuperação em pleno é
necessário que haja um maior investimento público neste mercado. «O
investimento em construção é uma componente estruturante da economia
portuguesa e, a exemplo do que se passa na generalidade das economias,
corresponde a mais de metade a 50,5% do investimento total nacional.
Cabe aqui o investimento público em infraestruturas, o investimento
empresarial em áreas tão diversas como o turismo e a indústria, e o
investimento em habitação», acrescenta.
Mais otimista está Ricardo Gomes, ao defender que a reabilitação
urbana irá funcionar como principal motor da construção e suporte de uma
recuperação sustentada do conjunto do setor. «O crescimento da
reabilitação é, regra geral, auto-sustentado, ou seja, quantos mais
edifícios reabilitados e espaços envolventes revitalizados, maior a
valorização dos investimentos e das casas e, por consequência, maior a
procura de habitação e o investimento», salienta ao SOL.
Recuperar terreno perdido
A crise da construção portuguesa foi a maior e mais prolongada da
zona euro, com uma redução de cerca de 50% na produção e no emprego nos
últimos quinze anos. No entanto, para as associações do setor esses
argumentos ainda não são suficientes para responder às exigências dos
sindicatos do setor que têm pedido aumentos salariais de 70 a 100 euros.
Apesar de admitir que a crise da construção penalizou fortemente os
trabalhadores e as empresas – com destruição de emprego e de empresas, a
par da redução do rendimento e dos salários – Ricardo Gomes defende que
não sejam tomadas medidas que comprometam a saída da crise.
«Agora que o setor dá os primeiros sinais de recuperação, é
indispensável criar as condições para a sua recuperação sustentada,
evitando uma subida acentuada dos custos, dos preços e o surgimento de
bolhas imobiliárias que comprometam a saída da crise. Neste contexto, o
aumento dos salários deve acompanhar o crescimento da produtividade, sob
pena de vir a comprometer a recuperação económica do setor e do próprio
emprego», diz o responsável.
Já Reis Campos lembra que o emprego no setor tem vindo a crescer de
forma contínua nos últimos oito trimestre, tendo já gerado 42 mil postos
de trabalho. «Já transmitimos ao Sindicato que qualquer aumento
salarial deveria ser perspetivado no âmbito de uma revisão global das
condições previstas na contratação coletiva de trabalho», acrescentando
ainda que «é um exercício que estamos dispostos a fazer, sem perder de
vista que discutir aumentos nominais de salários sem acautelar aumentos
proporcionais de competitividade é colocar as empresas e o emprego em
risco».
As duas associações admitem ainda que muitos dos trabalhadores que
foram para fora devido à crise do setor em Portugal já estão de
regresso, principalmente depois das dificuldades vividas em alguns
países, como Angola. No entanto, garantem que a presença externa
continua e está a alargar-se para áreas com elevado potencial, como é o
caso da América Latina e de países como o Peru, a Colômbia e o Chile,
que estão a apresentar uma dinâmica bastante favorável.
* Os trabalhadores portugueses regressados de Angola não vieram dum país, mas dum covil de malfeitores. Ficamos satisfeitos com a recuperação lenta mas gradual do sector.
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
Ministra da Administração Interna
admite tirar “as devidas ilações”
caso tenha havido falha dos serviços
Constança Urbano de Sousa mantém que a demissão era “o caminho mais fácil” mas que tirará “as devidas ilações” se for provado que houve falha no comando dos serviços que tutela
A ministra da Administração Interna
afirmou que tirará “as devidas ilações” caso a comissão de peritos
independentes que vai investigar o incêndio de Pedrógão Grande conclua
que houve falha dos serviços que tutela.
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Em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, hoje divulgada, Constança Urbano de Sousa, responde desta forma à pergunta se pensa demitir-se caso esta comissão, proposta pelo PSD e aceite pelo Governo, determinar que houve responsabilidades da tutela.
“Tiraremos as devidas ilações e eu tirarei naturalmente as devidas ilações. Agora, neste momento, eu acho que é muito prematuro estar aqui a seguir pelo caminho que é fácil, era o caminho mais fácil a seguir, ia satisfazer uma certa apetência que alguns têm pelo sangue, se quisermos. Mas ia resolver algum problema?”, questiona a ministra.
Na longa entrevista, Constança Urbano de Sousa afirma que a demissão seria “a solução mais fácil para si”, mas defende que, “numa altura em que o país precisa de tantas respostas, em que o país necessita de regressar à normalidade”, é preciso “ter também a coragem para enfrentar os problemas”.
“Eu sei que o acontecimento foi trágico e a via mais fácil seria encontrar um culpado, resolvia-se o problema dizendo: pronto, a ministra demitiu-se e o problema está resolvido”, mas é preciso “perceber perfeitamente aquilo que aconteceu”.
“Infelizmente nós não conseguimos por uma arte mágica sabê-lo de um momento para o outro, é necessário obter muita informação, é necessário analisá-la, é necessário cruzá-la e de muitas fontes, não é um processo simples e linear”, sustenta.
Por outro lado, salienta, Portugal tem “um período muito difícil pela frente, a época de incêndios” e o sistema de proteção civil tem de funcionar para “enfrentar as duras batalhas” que podem acontecer nos próximos meses. “Portanto isso [a demissão] seria estar neste momento também a fragilizar [a estrutura]”, remata.
A ministra destaca também a investigação que já está a decorrer, nomeadamente um inquérito do Ministério Público, para averiguar a causa das 64 mortes e dos mais de 200 feridos nos incêndios de grandes dimensões que atingiram a região centro.
“É uma tragédia que temos que lamentar, com causas que têm que ser averiguadas. Temos de saber o que é que causou aquelas mortes, se houve negligência, se não houve. Portanto, é um processo que está neste momento em curso”, frisa.
Paralelamente, adiantou: “Estamos a pedir muita informação e a coligir muita informação dispersa por várias entidades que operaram naquele terreno, de forma a podermos analisá-la, cruzá-la e tirar ilações que não sejam precipitadas. Isso é um trabalho que não se faz, infelizmente, de um dia para o outro”.
Também é preciso perceber de “uma forma muito aprofundada”, e de um ponto de vista científico, o fenómeno que causou o incêndio, disse a ministra.
Nesse sentido, o Governo apoia “incondicionalmente a constituição de uma comissão técnica especializada da Assembleia da República que, com transparência e independência” possa também dar “melhores respostas e boas respostas” sobre o que aconteceu.
“Essa resposta tem que ser dada de forma cabal e não pode ser dada de forma parcelar ou de forma intermitente. As coisas têm o seu tempo e não podemos estar aqui neste clima, se quisermos, de um processo de caça às bruxas para tentar encontrar culpados”, defende.
* Entendemos que outros ministros também devem tirar ilacções.
Perguntamos: Quantos dos imóveis que arderam tinham árvores em volta num raio de 50 metros de distância ou mais como estipula a lei? Os proprietários não tiram ilacções?
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Em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, hoje divulgada, Constança Urbano de Sousa, responde desta forma à pergunta se pensa demitir-se caso esta comissão, proposta pelo PSD e aceite pelo Governo, determinar que houve responsabilidades da tutela.
“Tiraremos as devidas ilações e eu tirarei naturalmente as devidas ilações. Agora, neste momento, eu acho que é muito prematuro estar aqui a seguir pelo caminho que é fácil, era o caminho mais fácil a seguir, ia satisfazer uma certa apetência que alguns têm pelo sangue, se quisermos. Mas ia resolver algum problema?”, questiona a ministra.
Na longa entrevista, Constança Urbano de Sousa afirma que a demissão seria “a solução mais fácil para si”, mas defende que, “numa altura em que o país precisa de tantas respostas, em que o país necessita de regressar à normalidade”, é preciso “ter também a coragem para enfrentar os problemas”.
“Eu sei que o acontecimento foi trágico e a via mais fácil seria encontrar um culpado, resolvia-se o problema dizendo: pronto, a ministra demitiu-se e o problema está resolvido”, mas é preciso “perceber perfeitamente aquilo que aconteceu”.
“Infelizmente nós não conseguimos por uma arte mágica sabê-lo de um momento para o outro, é necessário obter muita informação, é necessário analisá-la, é necessário cruzá-la e de muitas fontes, não é um processo simples e linear”, sustenta.
Por outro lado, salienta, Portugal tem “um período muito difícil pela frente, a época de incêndios” e o sistema de proteção civil tem de funcionar para “enfrentar as duras batalhas” que podem acontecer nos próximos meses. “Portanto isso [a demissão] seria estar neste momento também a fragilizar [a estrutura]”, remata.
A ministra destaca também a investigação que já está a decorrer, nomeadamente um inquérito do Ministério Público, para averiguar a causa das 64 mortes e dos mais de 200 feridos nos incêndios de grandes dimensões que atingiram a região centro.
“É uma tragédia que temos que lamentar, com causas que têm que ser averiguadas. Temos de saber o que é que causou aquelas mortes, se houve negligência, se não houve. Portanto, é um processo que está neste momento em curso”, frisa.
Paralelamente, adiantou: “Estamos a pedir muita informação e a coligir muita informação dispersa por várias entidades que operaram naquele terreno, de forma a podermos analisá-la, cruzá-la e tirar ilações que não sejam precipitadas. Isso é um trabalho que não se faz, infelizmente, de um dia para o outro”.
Também é preciso perceber de “uma forma muito aprofundada”, e de um ponto de vista científico, o fenómeno que causou o incêndio, disse a ministra.
Nesse sentido, o Governo apoia “incondicionalmente a constituição de uma comissão técnica especializada da Assembleia da República que, com transparência e independência” possa também dar “melhores respostas e boas respostas” sobre o que aconteceu.
“Essa resposta tem que ser dada de forma cabal e não pode ser dada de forma parcelar ou de forma intermitente. As coisas têm o seu tempo e não podemos estar aqui neste clima, se quisermos, de um processo de caça às bruxas para tentar encontrar culpados”, defende.
* Entendemos que outros ministros também devem tirar ilacções.
Perguntamos: Quantos dos imóveis que arderam tinham árvores em volta num raio de 50 metros de distância ou mais como estipula a lei? Os proprietários não tiram ilacções?
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