.
Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
19/03/2017
.
Maurice Conti
As incríveis invenções
da inteligência artificial intuitiva
O que você consegue quando dá um sistema nervoso digital a uma ferramenta de design?
Computadores que melhoram nossa habilidade de pensar e imaginar, e sistemas robóticos que conseguem inventar e construir novos designs radicais para pontes, carros, drones e muito mais; tudo por conta própria.
Faça um tour na Era da Realidade Aumentada, "Augmented Age", com o futurista Maurice Conti e tenha uma amostra do tempo em que robôs e humanos trabalharão lado a lado para realizar feitos que nenhum deles conseguiria fazer sozinho.
LIA PEREIRA
.
IN "BLITZ"
13/03/17
.
Postais dos ex-Ornatos
Continuamos a receber boa música dos rapazes que em tempos integraram os Ornatos Violeta. Conheça algumas delas aqui
Sabe Deus – ou pelo menos a minha família e os meus amigos mais próximos
– que os Ornatos Violeta são, até hoje, a banda que acompanhei mais de
perto e em tempo real. Vi todos os concertos que consegui, enquanto
ainda estavam “no ativo”, e anos mais tarde, quando regressaram para uma
merecida volta de honra, só perdi uma das datas (a dos Açores) do
emocionante reencontro. Parecendo que não, contudo, 2012 já lá vai e, em
2017, prefiro concentrar-me no que de novo os rapazes do Porto
continuam a preparar. Que é bom e bonito.
Na BLITZ de março, ainda nas bancas, Manel Cruz explica o que vai andar a tocar no verão:
em Paredes de Coura e na Caparica, um dos músicos mais admirados da sua
geração irá “refrescar a palete” do que, há dois anos, apresentou em
concertos com o mesmo trio. Desta vez, contudo, poderá incluir canções
novas, nas quais se encontra a trabalhar com vista ao lançamento de um
álbum, em 2018. Ainda sem certezas, salienta, mas a perspetiva de
ouvirmos canções novas vindas de quem nos deu, por exemplo, o duplo tomo
de Foge Foge Bandido representa sempre uma boa notícia.
Recentemente, também Elísio Donas, que se ocupou das teclas dos Ornatos,
partilhou no Facebook algumas novidades, nomeadamente do que anda a
ultimar com a cantora Mila Dores. “Cão que Ladra para a Lua”, canção
para a qual escreveu música, arranjos e orquestração, tocando ainda
piano, é um aperitivo curioso para o que poderá vir aí, por parte do
membro mais meridional dos Ornatos.
.
Mila Dores e Elísio Donas -
Cão Que Ladra Para A Lua
O que me levou a dedicar a crónica desta semana a este tema foi, todavia, o programa que a série No Ar, da autoria da Antena 3 e RTP,
dedicou há poucos dias a Peixe. Desde o fim dos Ornatos, Pedro Cardoso
emprestou a guitarra aos Pluto (ainda com Manel Cruz) e navegou por uma
miríade de projetos, sempre com o seu instrumento de eleição no centro
da ação (a banda rock Zelig, o projeto de jazz DEP e a Orquestra de
Guitarras e Baixos Elétricos da Casa da Música são apenas algumas das
suas proveitosas aventuras).
Do currículo que já se vai avolumando, contudo, a minha preferência recai sobre os seus discos a solo. Em Apneia, de 2012, e Motor,
de 2015, revela-se uma voz – íntima, narrativa, melancólica – que se
expressa através das cordas de uma guitarra ora acústica, ora elétrica,
em peças instrumentais que não será abusivo considerar canções.
PEIXE
20 PISCINAS
No programa que lhe foi dedicado, ouvimo-lo falar um pouco sobre a
forma como, ainda criança, se deixou fascinar pela “magia” que os seus
familiares, em Cinfães do Douro, extraíam daquilo que, aos seus jovens
olhos, lhe pareciam uns meros “paus com arames” (tratava-se, na verdade,
de um bandolim e de um violão). A guitarra tornou-se sua companheira
inseparável já na adolescência e com os Ornatos Peixe passou de fã de
música a herói de tantos aspirantes a guitarristas. Disto não fala Peixe
no programa – modestamente, prefere lembrar como a criatividade ainda é
o local onde podemos encontrar a liberdade possível, ou como o projeto a
solo lhe permitiu encontrar uma nova personalidade artística.
Tal como na sua música, as palavras revelam-se porém supérfluas. Deixo-vos antes com o mais recente episódio de No Ar, com primorosa e sensível realização de André Tentugal, e com o desejo de que o terceiro disco não tarde a aterrar.
No Ar Peixe
*
Nasceu no Grande Porto em 1978 e estudou Comunicação Social, Jornalismo e
Crítica Musical em Lisboa, onde vive. Passa os dias a ouvir música,
assistir a concertos e escrever sobre esta paixão na revista BLITZ, cuja
redação integra desde 2006, e na secção de cultura do Expresso. Tem uma
boa vida, onde cabe também o amor pelas palavras, pelas pessoas e pelos
animais.
IN "BLITZ"
13/03/17
.
.
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
.
XX-VISITA GUIADA
Museu Nacional
de Arte Contemporânea
Museu do Chiado/1
LISBOA - PORTUGAL
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
*
As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
.
.
NOTÍCIAS
ESTE MÊS NA
"PcGUIA"
"PcGUIA"
NOTÍCIAS
Microsoft impede acesso às actualizações em alguns sistemas com Windows 7 e 8.1
A Microsoft decidiu impedir os utilizadores de equipamentos com
Windows 7 e 8.1 e com os processadores Intel da 7ª geração (Kaby Lake),
com os chips AMD da 7ª geração (Bristol Ridge) e com o Qualcomm 8996, de
receberem actualizações de sistema, avança o site Tom`s Hardware.
Uma das mensagens que os utilizadores receberam refere que «o computador usa um processador que não é suportado nesta versão do Windows».
A empresa de Redmond recomenda aos utilizadores que actualizem os seus sistemas com o Windows 10.
Uma das mensagens que os utilizadores receberam refere que «o computador usa um processador que não é suportado nesta versão do Windows».
A empresa de Redmond recomenda aos utilizadores que actualizem os seus sistemas com o Windows 10.
Gmail ganha nova funcionalidade
A Google anunciou ontem que os vídeos enviados em mensagens de e-mail já podem ser visualizados directamente do Gmail e através do novo reprodutor de conteúdos multimédia.
Convém lembrar que os utilizadores do Gmail podem receber mensagens de e-mail com anexos até 50MB mas estão impedidos de enviar anexos com mais de 25MB.
A empresa de Mountain View fez saber que todos os utilizadores do Gmail vão poder aceder à nova funcionalidade durante as próximas duas semanas.
A Google anunciou ontem que os vídeos enviados em mensagens de e-mail já podem ser visualizados directamente do Gmail e através do novo reprodutor de conteúdos multimédia.
Convém lembrar que os utilizadores do Gmail podem receber mensagens de e-mail com anexos até 50MB mas estão impedidos de enviar anexos com mais de 25MB.
A empresa de Mountain View fez saber que todos os utilizadores do Gmail vão poder aceder à nova funcionalidade durante as próximas duas semanas.
Portugueses são
os que mais actualizam apps
os que mais actualizam apps
O digital clutter está a aumentar devido a uma utilização excessiva
das aplicações e aos progressos na capacidade de armazenamento dos
dispositivos, mas a fraca manutenção destas aplicações deixa os
dispositivos vulneráveis a ameaças de segurança.
.
Um novo relatório elaborado pela Kaspersky Lab, ‘Digital Clutter e os seus perigos’, mostra o problema do digital clutter entre os utilizadores de Internet mundialmente e revela que Portugal está relativamente saudável a este nível.
O estudo revela que 62,5 % dos portugueses admite actualizar as suas apps e sistemas operativos de acordo com as recomendações do utilizador. Entre os países analisados, Portugal ocupa o primeiro lugar nos cuidados a este nível.
A nível global, há uma tendência para se acumular apps nos smartphones ainda que muitas vezes não sejam necessárias. Entre os inquiridos, os utilizadores instalam 12 apps Android cada mês e apenas apagam 10. Em Portugal, esse número cresce para 18 apps instaladas por mês – em smartphone ou tablet.
Com mais aplicações instaladas nos dispositivos, o volume de armazenagem fica condicionado e a gestão das mesmas é bastante importante no sentido de prevenir o digital clutter. Além disso, a Kaspersky Lab descobriu que apenas 54,4% dos utilizadores portugueses revê com regularidade os conteúdos que tem no seu dispositivo e apaga documentos e aplicações que já não utiliza.
O aumento do digital clutter significa que a limpeza e a actualização das aplicações são agora mais importantes do que nunca para o combate ao malware que se aproveita das vulnerabilidades das aplicações para entrar nos dispositivos. Embora o inquérito identifique que num quarto dos casos (28%) os utilizadores façam a actualização das suas aplicações apenas quando são obrigados, e 10% admita não as fazer de todo, os portugueses estão abaixo da média (só 3,3%).
As definições das aplicações dão aos utilizadores um grau de controlo sobre a que é que estas podem aceder e ao tipo de interactividade que podem ter com o dispositivo. Contudo, o inquérito mostrou que apenas 40,1% dos utilizadores portugueses ajustam intencionalmente as definições de cada uma das aplicações que têm instaladas nos seus dispositivos – ainda assim, o único país que tem uma percentagem superior à de Portugal é o Brasil (40,7%).
Por outro lado, apenas 27,8% dos utilizadores portugueses afirmam recusar instalar aplicações no caso de não estarem satisfeitos com o conteúdo das licenças.
.
.
Um novo relatório elaborado pela Kaspersky Lab, ‘Digital Clutter e os seus perigos’, mostra o problema do digital clutter entre os utilizadores de Internet mundialmente e revela que Portugal está relativamente saudável a este nível.
O estudo revela que 62,5 % dos portugueses admite actualizar as suas apps e sistemas operativos de acordo com as recomendações do utilizador. Entre os países analisados, Portugal ocupa o primeiro lugar nos cuidados a este nível.
A nível global, há uma tendência para se acumular apps nos smartphones ainda que muitas vezes não sejam necessárias. Entre os inquiridos, os utilizadores instalam 12 apps Android cada mês e apenas apagam 10. Em Portugal, esse número cresce para 18 apps instaladas por mês – em smartphone ou tablet.
Com mais aplicações instaladas nos dispositivos, o volume de armazenagem fica condicionado e a gestão das mesmas é bastante importante no sentido de prevenir o digital clutter. Além disso, a Kaspersky Lab descobriu que apenas 54,4% dos utilizadores portugueses revê com regularidade os conteúdos que tem no seu dispositivo e apaga documentos e aplicações que já não utiliza.
O aumento do digital clutter significa que a limpeza e a actualização das aplicações são agora mais importantes do que nunca para o combate ao malware que se aproveita das vulnerabilidades das aplicações para entrar nos dispositivos. Embora o inquérito identifique que num quarto dos casos (28%) os utilizadores façam a actualização das suas aplicações apenas quando são obrigados, e 10% admita não as fazer de todo, os portugueses estão abaixo da média (só 3,3%).
As definições das aplicações dão aos utilizadores um grau de controlo sobre a que é que estas podem aceder e ao tipo de interactividade que podem ter com o dispositivo. Contudo, o inquérito mostrou que apenas 40,1% dos utilizadores portugueses ajustam intencionalmente as definições de cada uma das aplicações que têm instaladas nos seus dispositivos – ainda assim, o único país que tem uma percentagem superior à de Portugal é o Brasil (40,7%).
Por outro lado, apenas 27,8% dos utilizadores portugueses afirmam recusar instalar aplicações no caso de não estarem satisfeitos com o conteúdo das licenças.
* Estas e muitas mais importantes informações na PcGUIA.
.
.
.
ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
"SÁBADO"
Henrique Granadeiro
não quer revelar contas na Suíça
O ex-presidente da Portugal Telecom, arguido no caso Operação Marquês, contestou nos tribunais suíços o pedido das autoridades portuguesas para que fosse levantado o sigilo bancário em relação às suas contas naquele país
Henrique Granadeiro, que foi constituído arguido juntamente com outro
ex-presidente da PT, Zeinal Bava, no passado dia 24 de Fevereiro, é
suspeito de ter recebido mais de 20 milhões de euros do Grupo Espírito
Santo.
O processo, que investiga crimes de corrupção, fraude
fiscal e branqueamento de capitais, foi aberto em 2013 e indiciou 28
arguidos, entre eles o ex-primeiro-ministro José Sócrates e o
ex-presidente do BES, Ricardo Salgado.
O inquérito envolve 91 volumes e 452 apensos, mais de 13,5 milhões de ficheiros informáticos e 3.000 documentos em papel.
* Porque será? Sugere-se aos portugueses que não consumam mais vinho deste produtor alentejano, a produtora temo nome de Adega do Monte dos Perdigões.
.
.
Segundo Rui Guerra, que substituiu Álvaro Sobrinho na liderança do BES Angola (BESA), os milhões suspeitos que terão entrado nas contas bancárias do seu antecessor terão chegado, não por empréstimos diretos concedidos pelo banco angolano a Sobrinho, mas por ordens de transferência para o exterior dadas por cinco entidades que terão, essas sim, beneficiado de créditos do BESA no total de 1600 milhões de dólares (1426 milhões de euros), sem quaisquer garantias.
.
HOJE NA
"VISÃO"
Álvaro Sobrinho
está a ser investigado nas Ilhas Maurícias
O ex-presidente do BES Angola terá comprado sete carros de luxo nas Ilhas Maurícias por mais de 1 milhão de euros. O caso tornou-se mediático e político por suspeitas de benefícios indevidos a familiares de políticos.
Desde o fim de fevereiro que o nome de
Álvaro Sobrinho, ex-presidente do BES Angola, não sai dos principais
jornais das Ilhas Maurícias, sobretudo do L’Express, que tem dedicado
páginas e páginas a explicar quem é e que suspeitas enfrenta noutros
países aquele que descrevem como “o bilionário angolano”. Tudo porque a
Unidade de Inteligência Financeira, a Comissão Independente Contra a
Corrupção e o Ministério da Boa Governação estão a investigar o homem
que Ricardo Salgado levou para presidente do BES Angola nos anos 90 por
suspeitas de que Sobrinho terá criado uma fundação para mascarar
atividades ilícitas.
.
A história começou quando se descobriu que Álvaro Sobrinho terá comprado nas Ilhas Maurícias 4 Range Rover e três Jaguar por 40 milhões de rupias mauricianas (mais de 1 milhão de euros). E se levantou a suspeita de que alguns destes carros teriam sido oferecidos a pessoas politicamente expostas no país como a esposa e a filha de um ministro. Por esta razão, o caso também se tornou político, com a oposição a usar a história como trunfo contra a presidente do país, Ameenah Gurib-Fakim, por aquela alegadamente ter tido uma parceria com Sobrinho na constituição da fundação Planet Earth Institute.
A oposição também tem recordado que, num momento em que a presidente esteve no centro de uma controvérsia por viagens feitas ao estrangeiro, a fundação criada por Sobrinho terá feito publicar na primeira página de jornais comunicados de apoio à presidente. E questiona-se ainda por que razão a Comissão de Serviços Financeiros terá atribuído duas licenças para dois fundos de investimento do empresário (uma delas 15 minutos depois de ter sido feito o pedido), depois de alegadamente o banco central daquele país lhe ter rejeitado uma licença bancária.
O caso assumiu tais proporções que vários nomes de familiares de políticos têm saltado para os jornais como sendo os alegados beneficiários dos carros comprados por Álvaro Sobrinho. A tal ponto que Irvin Collendavelloo, filho do vice-primeiro-ministro Ivan Collendavelloo, para afastar suspeitas publicou na passada semana nas redes sociais o seguinte post: “A caminho do trabalho e ouço o meu nome na rádio. Só para que saibam aqui fica uma fotografia do Renault Megane que estou neste momento a conduzir a caminho do trabalho.”
A oposição também tem comentado que o primeiro-ministro, Pravind Jugnauth, é o principal responsável por este caso por ter feito votar uma lei que dava mais poderes à Comissão de Serviços Financeiros para licenciamentos na área da banca de investimento.A nova lei foi aprovada 31 de agosto. Só depois desta data Álvaro Sobrinho terá feito os pedidos.
O site da fundação criada por Sobrinho explica que dos cinco países em que mais tem investido desde 2015, as Ilhas Maurícias estão no terceiro lugar. O escritório está localizado em Londres mas há filiais em vários países africanos. Sobrinho deixou a presidência da organização em 2012, tendo o seu lugar passado para as mãos de um antigo embaixador britânico na África do Sul.
Nas últimas semanas, os jornais das Ilhas Maurícias têm recordado os processos judiciais de que o empresário é alvo em portugal, nomeadamente as suspeitas de que terá desviado milhões de dólares do banco a que presidiu: o BES Angola.
O dinheiro de Angola
Em outubro, a VISÃO revelou os testemunhos reunidos num dos processos-crime relacionados com o universo Espírito Santo. E que mostram como milhões de dólares do BES Angola terão alegadamente entrado em contas do ex-presidente do banco angolano, em Portugal e na Suíça.
.
A história começou quando se descobriu que Álvaro Sobrinho terá comprado nas Ilhas Maurícias 4 Range Rover e três Jaguar por 40 milhões de rupias mauricianas (mais de 1 milhão de euros). E se levantou a suspeita de que alguns destes carros teriam sido oferecidos a pessoas politicamente expostas no país como a esposa e a filha de um ministro. Por esta razão, o caso também se tornou político, com a oposição a usar a história como trunfo contra a presidente do país, Ameenah Gurib-Fakim, por aquela alegadamente ter tido uma parceria com Sobrinho na constituição da fundação Planet Earth Institute.
A oposição também tem recordado que, num momento em que a presidente esteve no centro de uma controvérsia por viagens feitas ao estrangeiro, a fundação criada por Sobrinho terá feito publicar na primeira página de jornais comunicados de apoio à presidente. E questiona-se ainda por que razão a Comissão de Serviços Financeiros terá atribuído duas licenças para dois fundos de investimento do empresário (uma delas 15 minutos depois de ter sido feito o pedido), depois de alegadamente o banco central daquele país lhe ter rejeitado uma licença bancária.
O caso assumiu tais proporções que vários nomes de familiares de políticos têm saltado para os jornais como sendo os alegados beneficiários dos carros comprados por Álvaro Sobrinho. A tal ponto que Irvin Collendavelloo, filho do vice-primeiro-ministro Ivan Collendavelloo, para afastar suspeitas publicou na passada semana nas redes sociais o seguinte post: “A caminho do trabalho e ouço o meu nome na rádio. Só para que saibam aqui fica uma fotografia do Renault Megane que estou neste momento a conduzir a caminho do trabalho.”
A oposição também tem comentado que o primeiro-ministro, Pravind Jugnauth, é o principal responsável por este caso por ter feito votar uma lei que dava mais poderes à Comissão de Serviços Financeiros para licenciamentos na área da banca de investimento.A nova lei foi aprovada 31 de agosto. Só depois desta data Álvaro Sobrinho terá feito os pedidos.
O site da fundação criada por Sobrinho explica que dos cinco países em que mais tem investido desde 2015, as Ilhas Maurícias estão no terceiro lugar. O escritório está localizado em Londres mas há filiais em vários países africanos. Sobrinho deixou a presidência da organização em 2012, tendo o seu lugar passado para as mãos de um antigo embaixador britânico na África do Sul.
Nas últimas semanas, os jornais das Ilhas Maurícias têm recordado os processos judiciais de que o empresário é alvo em portugal, nomeadamente as suspeitas de que terá desviado milhões de dólares do banco a que presidiu: o BES Angola.
O dinheiro de Angola
Em outubro, a VISÃO revelou os testemunhos reunidos num dos processos-crime relacionados com o universo Espírito Santo. E que mostram como milhões de dólares do BES Angola terão alegadamente entrado em contas do ex-presidente do banco angolano, em Portugal e na Suíça.
Segundo Rui Guerra, que substituiu Álvaro Sobrinho na liderança do BES Angola (BESA), os milhões suspeitos que terão entrado nas contas bancárias do seu antecessor terão chegado, não por empréstimos diretos concedidos pelo banco angolano a Sobrinho, mas por ordens de transferência para o exterior dadas por cinco entidades que terão, essas sim, beneficiado de créditos do BESA no total de 1600 milhões de dólares (1426 milhões de euros), sem quaisquer garantias.
Rui
Guerra acrescentou à equipa liderada pelo procurador José Ranito que
essas entidades estarão ligadas "aos negócios das torres da Escom". Mas
os verdadeiros beneficiários do dinheiro ainda estão por identificar.
Também João Gomes da Silva, que presidia à mesa da assembleia-geral do
BESA em 2013, terá contado que da documentação reunida por Rui Guerra
constariam talões de levantamento em numerário "de valor elevado" que
"coincidiam temporalmente com entradas de fluxos de dinheiro
equivalentes em contas" que beneficiariam diretamente Álvaro Sobrinho,
os seus familiares ou a empresa Grunberg Portugal, dedicada à compra e
venda de bens imobiliários.
Quando o inquérito foi aberto em
2014, o Ministério Público suspeitava que 500 milhões de dólares do BESA
(446 milhões de euros) tinham entrado indevidamente na esfera
patrimonial de Sobrinho e de terceiros. Neste momento, depois de uma
análise mais detalhada dos movimentos bancários, os investigadores
suspeitam que só Álvaro Sobrinho ter-se-á apropriado de mais de 140
milhões de dólares (cerca de 125 milhões de euros).
De acordo com
vários depoimentos a que a VISÃO teve acesso, Álvaro Sobrinho terá sido
diretamente confrontado com as transferências suspeitas para as suas
contas na célebre reunião do conselho de administração do BESA, de 3
outubro de 2013, em que foram discutidos créditos cedidos pelo banco
angolano no total de cerca de 5,7 mil milhões de dólares (cerca de 5 mil
milhões de euros) que não estavam a ser cumpridos. Seriam esses
créditos que viriam a obrigar o Estado angolano a emitir uma garantia
soberana a favor do BESA, que acabaria sem efeito depois da tumultuosa
queda do Grupo Espírito Santo (GES), no verão de 2014. Encostado à
parede na reunião, o ex-presidente do BESA terá apresentado um conjunto
de nomes que dizia serem os beneficiários efetivos das cinco sociedades
que tinham recebido a maior fatia dos créditos em causa. Mas os nomes
apresentados não convenceram os presentes.
Rui Guerra contou ao
Ministério Público que houve esforços para que Sobrinho desse
informações sobre os destinatários dos créditos em incumprimento ao novo
presidente do conselho de administração do BESA, Paulo Kassoma, mas sem
êxito.
Até ao momento em que saiu de Angola, em outubro de 2014,
Guerra garante que as dívidas de Sobrinho e dos seus familiares não
foram pagas nem houve qualquer acordo para a reestruturação das mesmas.
Revelou ainda que, já em 2013, foram detetados registos de
transferências "constantes" de 70 mil dólares (62,5 mil euros), no
início de cada mês, para contas ligadas a Álvaro Sobrinho. Disse não
saber, no entanto, se se tratavam de remunerações.
Apesar de
estes depoimentos colocarem Álvaro Sobrinho como destinatário efetivo de
transferências de cinco entidades que receberam 1,6 mil milhões de
dólares (1,4 mil milhões de euros) do banco angolano enquanto o próprio o
dirigia, quando o Ministério Público tentou usá-los como justificação
para apreensões e arrestos de bens no âmbito de outros processos mais
antigos, o ex-presidente do BESA saiu a ganhar.
A compra de bens
móveis e imóveis por Álvaro Sobrinho está a ser investigada pelo DCIAP
desde 2010. O mesmo departamento do Ministério Público começou em 2014 a
investigar o seu papel na atribuição de créditos sem garantias enquanto
liderava o BES Angola.
O Ministério Público tem reunido provas
dos diversos processos e o juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de
Instrução Criminal (TCIC), tem determinado que os bens do ex-líder do
BESA fiquem na posse do Estado até as investigações estarem concluídas,
tendo por base a "hipótese de desvios de dinheiro", suspeitas de
"desfalque" e "disposição de património a seu bel-prazer" [de Álvaro
Sobrinho].
Mas é a defesa de Sobrinho quem tem somado vitórias
consecutivas nos tribunais superiores. Juízes da Relação de Lisboa como
Rui Rangel ou o ex-diretor do Serviço de Informações e Segurança (SIS),
Antero Luís, decidiram levantar o arresto e apreensão de inúmeros
imóveis de luxo do luso-angolano. Para os juízes-desembargadores, as
provas dos movimentos bancários e dos fluxos financeiros não bastam; é
preciso provar que na origem houve um crime de burla qualificada ou de
abuso de confiança. Para estes juízes, não há provas de que os
investimentos imobiliários de Sobrinho resultam de dinheiro desviado do
BESA para as suas contas bancárias, ou de qualquer crime cometido contra
o BES ou contra o BESA.
Em outubro, contactado pela VISÃO, Artur
Marques, advogado de defesa de Álvaro Sobrinho, esclareceu que o seu
cliente não tinha sido constituído arguido nem sequer chamado a prestar
declarações no processo que nasceu em 2014 (relacionado com o BES
Angola). Sobre os depoimentos a que a VISÃO teve acesso, que constam
desse processo e que têm sido extraídos para os processos mais antigos,
Artur Marques argumenta que "não são indícios" e que as cinco decisões
favoráveis a Sobrinho dos tribunais superiores "só significam" que a
defesa tem "razão".
* Não é possível que um notável empreendedor de vigarices empreenda apenas num país.
.
.
Trata-se de uma resposta indireta à comunicação de ontem de Joana
Marques Vidal, procuradora-geral da República, responsabilizando a
inspeção tributária, em particular a sua secção de Braga, pelo adiamento
da saída da acusação da Operação Marquês.
.
ESTA SEMANA NO
"SOL"
"SOL"
Associação da inspeção tributária responde a
procuradora-geral da República
sobre Operação Marquês
procuradora-geral da República
sobre Operação Marquês
Joana Marques Vidal tinha responsabilizado inspeção tributária pelo adiamento da saída da acusação da Operação Marquês.
A APIT – Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária
e Aduaneira lamenta, num comunicado assinado pelo seu presidente, Nuno
Barroso, e difundido este sábado, «que possa existir a tentação, em
alguns vetores da sociedade portuguesa, por vezes dentro de algumas das
suas estruturas, de procurar fragilizar a inspeção tributária e
Aduaneira e com isto as próprias investigações, pretendendo retirar-lhes
essas competências e minar o seu trabalho».
.
.
JOÃO ARAUJO
UM GRANDE ADVOGADO |
A APIT alega que «os inspetores tributários e aduaneiros têm a melhor
qualificação técnica e cientifica e estão devidamente habilitados,
enquanto Órgão de Policia Criminal, para com orientação do Ministério
Publico, proceder à investigação da Criminalidade Tributária e
Económico-Financeira em Portugal, e isso tem ficado bem patente no
contexto nacional nos últimos anos (como são o caso das Operações
Furacão e Monte Branco)», acrescentando ainda que, «não fora a grande
capacidade, a experiência e profundo conhecimento da Inspeção Tributária
e aduaneira nesta matéria, e talvez estes processos não tivessem
atingido a dimensão e relevância que hoje se constata».
Joana Marques Vidal lançara uma forte acusação à Inspeção Tributária,
ao falar em «insuficiência dos relatórios de análise de prova,
apresentados pelo órgão de polícia criminal, em relação a alguns
segmentos», circunstância que «obriga o Ministério Público a realizar
pesquisas na totalidade do acervo de prova, o que tem dificultado a
elaboração do despacho final nos segmentos em questão.»
A APIT justifica-se defendendo estarmos «perante um processo de uma
complexidade ímpar, extraordinariamente exigente na obtenção e produção
de prova, de dimensão internacional, talvez o maior processo no qual se
investigam suspeitas da prática de crimes de corrupção, fraude fiscal e
branqueamento de capitais, alguma vez realizado em Portugal.»
* Entendemos as dificuldades à medida que se vão encontrados mais buracos e mais minhocas, mas este caso arrasta-se há anos não pode ser uma investigação sem fim, que facilitará a actuação do excelente advogado de José Sócrates.
.
.
.
HOJE NO
"EXPRESSO"
Futuros médicos falham no corpo humano
Exame de anatomia reprova alunos do segundo ano de Medicina em Lisboa. Inquérito aberto “por ser tão anómalo”
Nunca tinha acontecido. A maioria dos
futuros médicos no segundo ano de formação na Faculdade de Medicina de
Lisboa (FML) não acertaram nas respostas sobre o corpo humano. Dos 357
alunos sujeitos ao exame de anatomia clínica mais de metade não passou.
“Ficámos estupefactos. É uma cadeira básica para um médico”, confessa
António Gonçalves Ferreira, coordenador da disciplina.
.
Identificar o que estava numa TAC ou ecografia e fazer ‘diagnósticos’ sobre problemas práticos — por exemplo, descrever as estruturas atingidas numa vítima de esfaqueamento na axila ou na virilha — foram as principais dificuldades dos alunos no exame, teórico e prático, feito no início do ano.
As notas negativas ficaram acima dos 50% e a surpresa foi geral. “Na prova teórica chumbou mais de metade e estávamos à espera que o resultado melhorasse na avaliação prática mas foi outra desgraça”, diz o responsável pela anatomia na FML.
Conforme a disciplina, a taxa de reprovação varia entre 5% e 15%, logo valores acima de 50% eram até agora inéditos. “Nunca tinha acontecido, pelo que foi objeto de reflexão”, afirma Ivo Furtado, regente da disciplina de anatomia clínica, que correlaciona o conhecimento do corpo humano com a prática médica. O caso foi de tal forma polémico, “por ser tão anómalo, que foi constituída uma comissão de análise, dirigida pelo presidente do Conselho Pedagógico da FML”, explica António Gonçalves Ferreira.
Como é que alunos brilhantes que querem ser médicos não conseguem correlacionar o corpo humano com a doença, precisamente o que vão ter que fazer para tratar doentes? A resposta demorou algumas semanas até ser encontrada, já este mês. Resumidamente: prova difícil e menos estudo. “A matéria foi dada com pormenor talvez excessivo, os alunos não acompanharam a disciplina nas aulas teóricas, a dificuldade das perguntas foi definida para cima, muitas perguntas e questões complexas para responder em quatro a cinco minutos na avaliação prática e imagens de imagiologia dadas com pormenor apenas nas aulas teóricas”, elenca António Gonçalves Ferreira.
Na origem da ‘amnésia’ em anatomia clínica estão mudanças curriculares. A cadeira tem sido reestruturada no âmbito de Bolonha para que os objetivos sejam cumpridos mesmo com a redução da disciplina de anual para semestral. “A exigência é maior nos dois primeiros anos, há a biologia molecular, a genética... e as ‘velhinhas’ fisiologia e anatomia têm mesmo assim de manter um nível mínimo de exigência porque são indispensáveis para ser-se médico”, afirma o coordenador da anatomia.
Os desvios identificados pela comissão de análise foram corrigidos e a taxa final de reprovação foi de 4,4%. “É um bom resultado. Lidar com a saúde humana requer uma formação sólida”, diz o regente da cadeira, Ivo Furtado. Os professores garantem que os estudantes colaboraram no processo, mas agora querem manter o caso entre portas. Nem mesmo a associação de estudantes quis comentar o sucedido.
Na FML a opinião é de que a qualidade dos alunos não diminuiu mas há alertas. “Num curso de grande exigência intelectual só se aumentou um pouco a dificuldade e o resultado não foi bom. Dá que pensar sobre a grande capacidade com que os alunos vêm rotulados”, diz António Gonçalves Ferreira.
O médico explica que “no secundário está tudo dividido por disciplinas e aqui é preciso manejar a matéria de maneira diferente: é preciso integrar conhecimentos e uma ginástica mental que nem todos têm”.
.
Identificar o que estava numa TAC ou ecografia e fazer ‘diagnósticos’ sobre problemas práticos — por exemplo, descrever as estruturas atingidas numa vítima de esfaqueamento na axila ou na virilha — foram as principais dificuldades dos alunos no exame, teórico e prático, feito no início do ano.
As notas negativas ficaram acima dos 50% e a surpresa foi geral. “Na prova teórica chumbou mais de metade e estávamos à espera que o resultado melhorasse na avaliação prática mas foi outra desgraça”, diz o responsável pela anatomia na FML.
Conforme a disciplina, a taxa de reprovação varia entre 5% e 15%, logo valores acima de 50% eram até agora inéditos. “Nunca tinha acontecido, pelo que foi objeto de reflexão”, afirma Ivo Furtado, regente da disciplina de anatomia clínica, que correlaciona o conhecimento do corpo humano com a prática médica. O caso foi de tal forma polémico, “por ser tão anómalo, que foi constituída uma comissão de análise, dirigida pelo presidente do Conselho Pedagógico da FML”, explica António Gonçalves Ferreira.
Como é que alunos brilhantes que querem ser médicos não conseguem correlacionar o corpo humano com a doença, precisamente o que vão ter que fazer para tratar doentes? A resposta demorou algumas semanas até ser encontrada, já este mês. Resumidamente: prova difícil e menos estudo. “A matéria foi dada com pormenor talvez excessivo, os alunos não acompanharam a disciplina nas aulas teóricas, a dificuldade das perguntas foi definida para cima, muitas perguntas e questões complexas para responder em quatro a cinco minutos na avaliação prática e imagens de imagiologia dadas com pormenor apenas nas aulas teóricas”, elenca António Gonçalves Ferreira.
Na origem da ‘amnésia’ em anatomia clínica estão mudanças curriculares. A cadeira tem sido reestruturada no âmbito de Bolonha para que os objetivos sejam cumpridos mesmo com a redução da disciplina de anual para semestral. “A exigência é maior nos dois primeiros anos, há a biologia molecular, a genética... e as ‘velhinhas’ fisiologia e anatomia têm mesmo assim de manter um nível mínimo de exigência porque são indispensáveis para ser-se médico”, afirma o coordenador da anatomia.
Os desvios identificados pela comissão de análise foram corrigidos e a taxa final de reprovação foi de 4,4%. “É um bom resultado. Lidar com a saúde humana requer uma formação sólida”, diz o regente da cadeira, Ivo Furtado. Os professores garantem que os estudantes colaboraram no processo, mas agora querem manter o caso entre portas. Nem mesmo a associação de estudantes quis comentar o sucedido.
Na FML a opinião é de que a qualidade dos alunos não diminuiu mas há alertas. “Num curso de grande exigência intelectual só se aumentou um pouco a dificuldade e o resultado não foi bom. Dá que pensar sobre a grande capacidade com que os alunos vêm rotulados”, diz António Gonçalves Ferreira.
O médico explica que “no secundário está tudo dividido por disciplinas e aqui é preciso manejar a matéria de maneira diferente: é preciso integrar conhecimentos e uma ginástica mental que nem todos têm”.
* É difícil entender.
.
.
.
ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Idade já não é entrave
para encontrar trabalho
Há cada vez mais empresas a precisar de pessoas para funções menos qualificadas e dispostas a empregar pessoas mais velhas.
No ano passado, a taxa de desemprego das
pessoas com mais de 45 anos ficou abaixo dos 10%.
Desde o final da década passada que isto não sucedia. Ao mesmo tempo, o número de trabalhadores naquela faixa etária recuperou 3,2% face a 2015. Estes números refletem uma tendência que a empresa de recrutamento Adecco começou a sentir no final do ano passado: há cada vez mais empregadores que não olham para a idade quando precisam de pessoas para trabalhar.
.
“Há clientes que olham para pessoas com mais de 50 ano e consideram a sua contratação”, referiu ao Dinheiro Vivo Carla Rebelo, diretora geral da Adecco, assinalando que esta é uma das mudanças que começou a verificar-se a partir do último semestre do ano passado e que irá acentuar-se este ano. E porque é que isto acontece? Porque, por um lado, as empresas acabam por aproveitar a experiência a maturidade do novo trabalhador e, por outro, porque isto lhes permite dar resposta a alguma escassez de oferta de mão de obra que vai começando a sentir-se.
Desde o final da década passada que isto não sucedia. Ao mesmo tempo, o número de trabalhadores naquela faixa etária recuperou 3,2% face a 2015. Estes números refletem uma tendência que a empresa de recrutamento Adecco começou a sentir no final do ano passado: há cada vez mais empregadores que não olham para a idade quando precisam de pessoas para trabalhar.
.
“Há clientes que olham para pessoas com mais de 50 ano e consideram a sua contratação”, referiu ao Dinheiro Vivo Carla Rebelo, diretora geral da Adecco, assinalando que esta é uma das mudanças que começou a verificar-se a partir do último semestre do ano passado e que irá acentuar-se este ano. E porque é que isto acontece? Porque, por um lado, as empresas acabam por aproveitar a experiência a maturidade do novo trabalhador e, por outro, porque isto lhes permite dar resposta a alguma escassez de oferta de mão de obra que vai começando a sentir-se.
Os dados do Instituto Nacional de
Estatística indicam que no último trimestre de 2016 havia mais 77 mil
pessoas empregadas na faixa dos 45 aos 64 anos do que no período
homólogo de 2015. A evolução do desemprego neste intervalo de idades
espelha o inverso: naquele período o número de desempregados caiu de
234,5 mil para 205,4 mil.
A taxa de desemprego situou-se no final de 2016 nos 9,4%. Não há registo nos últimos seis anos de um valor tão baixo. A idade não é a única mudança que Carla Rebelo assinala. “O mercado está em grande atividade e isso não acontece apenas com as profissões mais qualificadas”, refere, acrescentando haver cada vez mais empresas a necessitar de recrutar pessoas para funções menos qualificadas e mais operacionais.
Logística, transporte, operações de produção, trabalhos de construção civil são algumas das áreas onde a procura de mão-de-obra está a crescer e onde nota mesmo alguma dificuldade em encontrar pessoas. “Há um elemento novo nesta dinâmica e começam a faltar pessoas para trabalhar”, refere a mesma responsável. Ou seja, perante esta maior dinâmica no emprego, direcionada sobretudo para procura interna, começa a sentir-se maior dificuldade em encontrar pessoas. Esta leitura tem também reflexo nos dados do INE: ao longo do ano passado o universo de trabalhadores na indústria e serviços avançou 1,9% (em ambos os casos). E apenas a agricultura fechou o ano e 2016 com menos população empregada, com a quebra a ascender a 7%.
O nível salarial oferecido – sobretudo a quem já passou por uma situação de emprego/desemprego – faz também não ajuda já que nem todos estão disponíveis para aceitar salários mais baixos do que tenham antes ou de valor inferior ao do seu subsídio de desemprego, assinada ainda Carla Rebelo. A procura por alguns tipos de profissionais mais qualificados que já vinha de trás está também a crescer, mantendo-se a escassez de oferta que já antes se verificava.
A maior procura, refere Carla Rebelo, verifica-se nas áreas de tecnologias de informação, digital, engenharia de processos ou ainda marketing. Mas também entre os mais qualificados, a diretora-geral da Adecco vê sinais de alguma mudança. “Valoriza-se cada vez mais as pessoas com capacidade de liderança. Nunca como agora as empresas estiveram tão preocupadas em em pessoas multitarefa”, afirma Carla Rebelo. Ou seja, as empresas procuram pessoas para funções mais abrangentes.
* Infelizmente temos dúvidas no que respeita à empregabilidade de "gente não nova". "Gente não nova" vai dos quarenta anos para a frente e pelas pessoas que conhecemos naquela idade cada vez se torna mais difícil arranjar trabalho.
A taxa de desemprego situou-se no final de 2016 nos 9,4%. Não há registo nos últimos seis anos de um valor tão baixo. A idade não é a única mudança que Carla Rebelo assinala. “O mercado está em grande atividade e isso não acontece apenas com as profissões mais qualificadas”, refere, acrescentando haver cada vez mais empresas a necessitar de recrutar pessoas para funções menos qualificadas e mais operacionais.
Logística, transporte, operações de produção, trabalhos de construção civil são algumas das áreas onde a procura de mão-de-obra está a crescer e onde nota mesmo alguma dificuldade em encontrar pessoas. “Há um elemento novo nesta dinâmica e começam a faltar pessoas para trabalhar”, refere a mesma responsável. Ou seja, perante esta maior dinâmica no emprego, direcionada sobretudo para procura interna, começa a sentir-se maior dificuldade em encontrar pessoas. Esta leitura tem também reflexo nos dados do INE: ao longo do ano passado o universo de trabalhadores na indústria e serviços avançou 1,9% (em ambos os casos). E apenas a agricultura fechou o ano e 2016 com menos população empregada, com a quebra a ascender a 7%.
O nível salarial oferecido – sobretudo a quem já passou por uma situação de emprego/desemprego – faz também não ajuda já que nem todos estão disponíveis para aceitar salários mais baixos do que tenham antes ou de valor inferior ao do seu subsídio de desemprego, assinada ainda Carla Rebelo. A procura por alguns tipos de profissionais mais qualificados que já vinha de trás está também a crescer, mantendo-se a escassez de oferta que já antes se verificava.
A maior procura, refere Carla Rebelo, verifica-se nas áreas de tecnologias de informação, digital, engenharia de processos ou ainda marketing. Mas também entre os mais qualificados, a diretora-geral da Adecco vê sinais de alguma mudança. “Valoriza-se cada vez mais as pessoas com capacidade de liderança. Nunca como agora as empresas estiveram tão preocupadas em em pessoas multitarefa”, afirma Carla Rebelo. Ou seja, as empresas procuram pessoas para funções mais abrangentes.
* Infelizmente temos dúvidas no que respeita à empregabilidade de "gente não nova". "Gente não nova" vai dos quarenta anos para a frente e pelas pessoas que conhecemos naquela idade cada vez se torna mais difícil arranjar trabalho.
.