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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
19/02/2017
RITA GARCIA PEREIRA
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IN "OJE/JORNAL ECONÓMICO"
17/02/17
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Em busca do acesso ao Direito
A pergunta que devemos fazer é se gostaríamos de ser defendidos por um profissional livre, credenciado pela Ordem para o efeito, ou por um funcionário, eventualmente pago por quem visamos processar.
(O já quase tradicional disclaimer: não integro o
sistema de acesso ao Direito e não o integrarei enquanto o Estado se
permitir pagar o que, como e quando entende. Recuso a participação num
sistema em que, não raras vezes, os advogados se vêem compelidos a pedir
o que há muito já devia estar na conta, sujeitos à falta de diligência
de terceiros e sob uma permanente nuvem de suspeita.)
Causou alguma polémica não apenas uma notícia sobre os 60 milhões
pagos em 2016 no que se usa chamar apoio judiciário (entenda-se, nos
honorários pagos aos ditos “oficiosos”, nomeados pelo Estado a quem não
tem capacidade económica bastante para suportar os honorários de um
advogado), como a posição pública da Associação Portuguesa de Direito do
Consumo, no sentido de defender a substituição do actual sistema pelo
defensor público. Para os que não sabem, este último pressupõe um corpo
de profissionais, contratados em exclusividade pelo Estado e sujeitos a
uma disciplina hierárquica, a quem passaria a competir a defesa destes
cidadãos, por contraponto a profissionais liberais, cuja única
obediência a que devem, para além da lei, é à da sua consciência.
Em primeiro lugar, desmistificando os números, no OE para 2017 estão
previstos, entre outros, 58 milhões de euros para Forças Nacionais
destacadas, sendo que, por exemplo, o programa ferrovia 2020 vai custar
2,7 mil milhões de euros. Para os que consideram o valor pago excessivo,
relembre-se que a tabela, em função da qual os advogados que aceitam
integrar este sistema são pagos, não é revista desde 2004.
Importa, também, que se refira que os designados publicamente como “oficiosos” têm sido alvos de sucessivos ataques, máxime
com a publicitação ministerial da apresentação de centenas e centenas
de queixas-crime por alegadas burlas, cuja prática não se veio a
demonstrar.
Por último, não deixa de ser curioso que a dita fonte da notícia
(e, porque não, da referida APDC) não torne igualmente públicos os
montantes pagos a sociedades de advogados, não raras vezes contratadas,
num primeiro momento, para fazerem legislação e, num segundo, para
defenderem ou essa mesma legislação ou, pelo contrário, os interessados
numa dada interpretação.
A questão principal, contudo, prende-se, com o facto de estar por
demonstrar que os defensores públicos, cujos invocados méritos parecem
decalcados do Ministério Público, resultassem mais baratos. No limite,
perante esta notícia, a pergunta que devemos fazer é se gostaríamos de
ser defendidos por um profissional livre, credenciado pela Ordem para o
efeito, ou por um funcionário, eventualmente pago por quem visamos
processar. Pela minha parte, não ignorando que o sistema actual tem
defeitos, não tenho dúvidas.
IN "OJE/JORNAL ECONÓMICO"
17/02/17
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
"SOL"
Em cinco anos,
aves puseram em risco 1322 voos
No conceito de ‘bird strike’ cabem as colisões e os riscos de colisão com aves. Em Portugal, desde 2012, foram 1322 os casos de perigo de choque entre pássaros e aviões, com Lisboa no topo dos aeroportos com mais ocorrências. Ambientalistas temem que situação se agrave no Montijo, dada a proximidade com o Estuário do Tejo, onde convivem mais de 200 espécies diferentes.
Não há caso mais mediático do que o do rio Hudson. Em 2009, um avião
descolou de Nova Iorque e perdeu os dois motores na sequência de uma
colisão com gansos. Uma manobra de emergência fez do piloto um herói por
ter conseguido fazer pousar o avião na água, com um balanço bastante
positivo: apenas um ferido ligeiro.
ESTE É O HUDSON, MONTJO TEM O TEJO AO LADO |
Em Portugal, não há registo de manobras ousadas o suficiente para dar
direito a filme de Hollywood, mas contamos já com uma lista
considerável de casos de bird strike - nome dado à colisão ou perigo de
colisão entre aviões e aves. O mais relevante aconteceu em junho de
2011, quando um avião que tinha saído do Funchal foi obrigado a
regressar ao aeroporto depois de um bando de gaivotas terem entrado num
dos reatores. Já no ano passado, em julho, um avião da SATA, que fazia a
ligação Terceira-Lisboa, teve de regressar ao aeroporto das Lajes
depois de uma ave embater num reator.
Até aqui falamos de colisões, mas no conceito de bird strike cabem
também as situações de avistamento de aves com perigo de colisão. Em
Portugal, de 2012 até 2016, foram 1322 as situações do género reportadas
à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), o que representa 22,4%
do total de incidentes com aeronaves, que podem ser tão variados como o
avistamento de drones ou serem encontrados objetos nas pistas dos
aeroportos.
Os dados a que o SOL teve acesso não discriminam os casos em que
houve mesmo uma colisão com aves e aqueles em que o perigo resultou de
um avistamento, mas evidenciam que os meses de Verão - junho e julho
principalmente -, são os registam mais acidentes, por serem também os
que registam maior tráfego aéreo no país. Já quanto aos locais de perigo
de acidente, é Lisboa que surge no topo, com 34,4% das ocorrências.
Seguem-se os aeroportos do Porto (24,8% dos casos),Faro (19,4%) e os das
ilhas que, no seu conjunto, registaram 148 acidentes nos últimos cinco
anos.
De um modo geral, poucas são as ocorrências reportadas que
identificam a espécie da ave envolvida. Em 2016, por exemplo, só foram
identificadas as espécies da aves em 30% dos casos. Mas quando
identificadas, a ANAC revela que as espécies de aves predominantes neste
tipo de ocorrências são as gaivotas, os pombos e as andorinhas.
Montijo é melhor opção?
Numa altura em que parece estar fechada a localização do novo
aeroporto de Lisboa, o fenómeno do bird striking promete merecer atenção
redobrada. O primeiro-ministro defende que a utilização do Montijo como
aeroporto complementar de Lisboa é a solução de «maior viabilidade»,
mas é exatamente a localização que preocupa os ambientalistas, tendo em
conta a proximidade com o estuário do Tejo, uma zona onde coabitam mais
de 200 espécies diferentes. O Governo já pediu um estudo de impacte
ambiental que inclua esta vertente. Para Carla Graça, da associação
ambientalista Zero, o fundamental é conseguir conciliar as duas rotas:
as dos aviões e a dos pássaros, de maneira a que não colidam. «É por
isso», explica, «que este estudo tem que ser completo e abranger um ano
de migrações».
Apesar de grande parte das aves que lá se encontram serem inverneiras
- ou seja, passam o Inverno em Portugal e, na Primaver,a migram para os
países do Norte da Europa, onde se reproduzem - existem aves que
permanecem durante todo o ano neste local. «E mesmo as que viajam para
outros países estão em constante movimento dentro do estuário e também
entre estuários, como o do Sado», explica Joaquim Teodósio, coordenador
do programa de conservação terrestre da SPEA (Sociedade Portuguesa para o
Estudo das Aves).
Das 200 espécies de aves, 46 gozam de estatuto de proteção natural,
entre elas duas das mais comuns no estuário: o alfaiate e o pato
trombeteiro. «São espécies em risco e cujo habitat tem que ser
preservado», acrescenta Carla Graça.
A ambientalista e o biólogo concordam que, perante o panorama geral, o
Montijo será, tal como defende Costa, a melhor das opções. «O facto de o
aeroporto já existir é positivo, implica menos obras e um menor impacto
sobre as aves», lembra Joaquim Teodósio. Também Carla Graça considera
que «preferível ter o aeroporto da Portela mais um [o do Montijo] do que
assistirmos à construção de um novo de raiz». Mesmo assim, a
especialista salienta que o problema pode surgir com construções
adjacentes, como infraestruturas de apoio e acessos. «Podem invadir o
sapal [nome que se dá à zona costeira, rica em biodiversidade] - onde os
peixes e a aves se alimentam», refere.
Joaquim Teodósio salienta a «forte capacidade de adaptação» das aves,
mas lembra que essa capacidade tem limites. «Se, a longo prazo
perceberem que este habitat deixa de ser o melhor, é possível que mudem
as rotas». Se as rotas dos aviões e dos pássaros forem bem coordenadas, é
possível que o estuário do Tejo mantenha a biodiversidade atual.
«Também conseguiram adaptar-se a uma obra brutal como a construção da
Ponte Vasco da Gama. Mas atenção, que essa é uma peça imóvel e não
aviões em constante movimento», avisa Carla Graça.
* Rotas dos pássaros bem coordenadas, não é possível, rotas dos aviões há tantas alterações de momento numa abordagem à pista...
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HOJE NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
Governo admite fechar fronteiras
durante a visita do Papa
Ministra da Administração Interna garante que haverá um dispositivo "muito reforçado" em Fátima, durante os dias 12 e 13 de maio
Em entrevista ao Expresso, Constança
Urbano de Sousa diz que pode ser equacionada a reposição do controlo de
fronteiras, no âmbito do acordo de Schengen, durante a visita do Papa
Francisco a Fátima.
Se tal acontecer, será restabelecido "o controlo documental" de pessoas antes, durante e depois do evento, que decorrerá dia 12 e 13 de maio.
Não seria uma iniciativa inédita. Portugal fechou as fronteiras durante o Euro 2004 e a Cimeira da Nato em novembro de 2010.
* Injustiças, esta medida só serve para dificultar a vida aos não católicos que nesses dias programaram ir comprar caramelos a Badajoz.
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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
Easypay lança primeira rede portuguesa
.concorrente do Multibanco
A Easypay vai deter a primeira rede de ATM portuguesa concorrente da rede Multibanco, gerida pela SIBS. Vai chama-se abypay e que ter alcance global.
A Easypay vai instalar nas suas caixas
automáticas, a partir do segundo trimestre deste ano, a primeira
concorrente portuguesa da rede Multibanco, sob a marca abypay. Até
dezembro, a empresa vai arrancar com operações em mais seis países.
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“Desenvolvemos uma solução única no mundo, revolucionária, que permite fazer transferências de dinheiro instantâneas, para qualquer parte do mundo e em qualquer moeda, em segundos e com um custo de poucos cêntimos”, anunciou o líder da Easypay.
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“Desenvolvemos uma solução única no mundo, revolucionária, que permite fazer transferências de dinheiro instantâneas, para qualquer parte do mundo e em qualquer moeda, em segundos e com um custo de poucos cêntimos”, anunciou o líder da Easypay.
“O plano em 2017 vai ser muito agressivo,
com a disponibilização ao público da app abypay até ao final do primeiro
trimestre e, no segundo trimestre, a entrada na rede de comerciantes e
instalação das primeiras ATM em Portugal”, adiantou o presidente da
Easypay, Sebastião de Lencastre, à Lusa.
Na primeira fase vão ser instaladas cerca de 50 caixas automáticas e depois, no terceiro trimestre, a abypay vai chegar a dois novos países. No último trimestre arranca com operações em quatro outros mercados, que o responsável não quis para já identificar, porque as negociações com os investidores que vão suportar a expansão ainda estão em curso. Está previsto um de 1,5 milhões de euros para este ano.
A abypay, 100% portuguesa, está a ser trabalhada há um ano e meio com o objetivo de ter um alcance global, disse o presidente. Através da abypay, a Easypay vai deter a primeira rede de ATM portuguesa concorrente da rede Multibanco, gerida pela SIBS. Para o responsável, a SIBS e a Unicre constituem, em Portugal, “as maiores barreiras às fintechs“.
Sebastião de Lencastre criticou também o posicionamento do Banco de Portugal sobre a evolução destas empresas especializadas nos pagamentos eletrónicos.
* É easy, pay e não bufes!
Na primeira fase vão ser instaladas cerca de 50 caixas automáticas e depois, no terceiro trimestre, a abypay vai chegar a dois novos países. No último trimestre arranca com operações em quatro outros mercados, que o responsável não quis para já identificar, porque as negociações com os investidores que vão suportar a expansão ainda estão em curso. Está previsto um de 1,5 milhões de euros para este ano.
A abypay, 100% portuguesa, está a ser trabalhada há um ano e meio com o objetivo de ter um alcance global, disse o presidente. Através da abypay, a Easypay vai deter a primeira rede de ATM portuguesa concorrente da rede Multibanco, gerida pela SIBS. Para o responsável, a SIBS e a Unicre constituem, em Portugal, “as maiores barreiras às fintechs“.
Sebastião de Lencastre criticou também o posicionamento do Banco de Portugal sobre a evolução destas empresas especializadas nos pagamentos eletrónicos.
* É easy, pay e não bufes!
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ESTA SEMANA NO
"NOTÍCIAS MAGAZINE"
"NOTÍCIAS MAGAZINE"
O que é o síndrome de Asperger?
O psiquiatra Bernardo Barahona responde à pergunta, hoje, data em que se comemora-se o Dia Internacional do Asperger, uma perturbação muitas vezes confundida com o autismo.
A Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA) estima
que, em 2016, existiam cerca de 40.000 pessoas com Síndrome de Asperger,
número que pode ser maior tendo em conta os casos que ainda não foram
diagnosticados. Bernardo Barahona Corrêa, 42 anos, psiquiatra, diretor
científico do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (CADin),
investigador da Fundação Champalimaud e professor assistente da
Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa explica quais as principais
manifestações deste síndrome e como é um desafio grande entrar na idade
adulta
Muita gente confunde Síndrome de Asperger e Autismo, não é?
O síndrome de Asperger é, na verdade, uma perturbação do espetro de
autismo. O autismo caracteriza-se pela dificuldade na socialização, na
comunicação verbal e não-verbal. Pode haver também algum atraso na
linguagem e uma restrição no leque de interesses. Mas estas são as
características do autismo em geral; no caso do síndrome de Asperger é
diferente. Este síndrome tem algumas características particulares que
passam por serem indivíduos com um bom nível intelectual – enquanto no
autismo clássico existe um défice cognitivo -, muitas vezes são miúdos
que desenvolvem precocemente uma linguagem quase de adultos e às vezes
parecem mesmo «pequenos doutores».
O que os distingue então?
São crianças que se destacam, que sabem muito sobre determinados temas pouco comuns para a sua idade. Têm uma capacidade muito grande de memorização de temas altamente complexos. Aquilo que falha nas crianças e adultos com síndrome de Asperger é depois a parte da socialização, quer na capacidade de se relacionar e manter relações recíprocas durante um período de tempo, ou criar amizades como cada de nós cria, quer até por vezes alguma falha no desenvolvimento das competências sociais, como por exemplo, compreender os sentidos implícitos, as pequenas nuances, perceber as regras sociais que estão estabelecidas, compreender a linguagem corporal do outro. Organizam a sociedade que os rodeia de forma taxativa. Claro que isto tudo depois gera um desajeitamento social.
São crianças que se destacam, que sabem muito sobre determinados temas pouco comuns para a sua idade. Têm uma capacidade muito grande de memorização de temas altamente complexos. Aquilo que falha nas crianças e adultos com síndrome de Asperger é depois a parte da socialização, quer na capacidade de se relacionar e manter relações recíprocas durante um período de tempo, ou criar amizades como cada de nós cria, quer até por vezes alguma falha no desenvolvimento das competências sociais, como por exemplo, compreender os sentidos implícitos, as pequenas nuances, perceber as regras sociais que estão estabelecidas, compreender a linguagem corporal do outro. Organizam a sociedade que os rodeia de forma taxativa. Claro que isto tudo depois gera um desajeitamento social.
Em que idade começa a ser notória alguma perturbação?
Todas as perturbações relacionadas com autismo são perturbações de
desenvolvimento, ou seja, estão presentes desde o nascimento. Enquanto o
autismo nota-se nos primeiros meses de vida – há mães que me dizem «eu
notei logo que o meu filho tinha qualquer coisa de diferente, não
mamava, não se aninhava no colo» -, o síndrome de Asperger não é tão
óbvio, muitas vezes só mais tarde é que se manifesta porque são crianças
precoces ou brilhantes na linguagem ou começam a ter dificuldades de
interação em casa ou na escola.
O Asperger pode então ser confundido com timidez?
Sim, facilmente. Às vezes, é difícil distinguir se um comportamento
socialmente reservado se deve ao síndrome ou se é uma característica da
personalidade da pessoa.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é meramente clínico, não há nenhum marcador biológico, ou
seja, não há nenhum exame ou análise que se possa fazer. Faz-se uma
história clínica detalhada para perceber o relacionamento do paciente
com outras pessoas ou com o próprio médico. O fundamental é uma história
de desenvolvimento bem feita e desde cedo. No caso deste síndrome, é
típico surgir quando os miúdos vão para a escola. Ali pelos três, quatro
anos quando acontecem as primeiras interações com os colegas, quando
começam a ter de partilhar, é aí que se notam os primeiros problemas.
Depois do diagnóstico completo, qual é o próximo passo?
Essa é uma questão espinhosa, não há um tratamento biológico, não há
remédios. É, portanto, um tratamento complexo e idealmente
multidisciplinar e sempre talhado à medida das necessidades de cada
caso. Há pessoas que vivem perfeitamente com o síndrome porque vivem num
ambiente que os aceita bem ou tiveram uma família que lidou bem com a
questão e outros que não tiveram a mesma sorte e sofreram bullying, uns dos problemas mais frequentes nas crianças com Asperger, sobretudo na adolescência.
Que acompanhamento é que deve ser feito?
No acompanhamento de Asperger, o papel do médico acaba por ser o menos
importante. O médico pode ser um pediatra de desenvolvimento, um
neuropediatra ou um pedopsiquiatra ou psiquiatra na idade adulta. Muito
importante é o papel dos outros profissionais de saúde que fazem todo o
trabalho de reabilitação e psicossocial com estas pessoas como, por
exemplo, a psicoterapia virada para o controlo de ansiedade,
intervenções para o treino de competências sociais, etc… Estão sempre a
pensar na conquista da autonomia.
A entrada na idade adulta acaba por ser um desafio muito maior, não é?
Sem dúvida. A entrada na vida adulta é sempre difícil porque passam de
ambientes protegidos como os colégios ou a família para a faculdade ou o
mercado de trabalho, onde há uma necessidade de dominar as competências
sociais e lidar com a imprevisibilidade. Regularmente, surgem casos que
até aí não tinham sido diagnosticados.
É verdade que há uma propensão maior nos rapazes para este tipo de transtorno?
A literatura varia muito, mas sim, o síndrome de Asperger afeta entre 5 a
10 vezes mais rapazes do que raparigas. Terá naturalmente a ver com
alguma questão biológica, podem ser fatores genéticos relacionados com o
sexo masculino. Em geral, este género é mais frágil em termos de
desenvolvimento neurológico.
* Só se aprende com quem sabe!
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
"SÁBADO"
Trump fala em atentado na Suécia e ex-PM
.sueco pergunta "o que terá fumado"
A falsa informação de Trump propagou-se rapidamente na rede social Twitter, onde o ex-primeiro-ministro sueco Carl Bildt escreveu: “A Suécia? Um atentado? O que é que ele fumou?”
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O Presidente norte-americano aludiu no sábado a um atentado terrorista
na Suécia, inexistente, para justificar a sua política anti-imigração,
num discurso que levou o ex-primeiro-ministro sueco Carl Bildt e
perguntar o que teria Donald Trump fumado.
"Olhem para o se passa
na Alemanha, olhem para o que se passou ontem à noite [sexta-feira] na
Suécia. A Suécia, quem haveria de pensar? A Suécia. Eles acolheram
muitos refugiados e agora têm problemas como nunca imaginaram que iriam
ter", afirmou Donald Trump num discurso virulento na Florida em defesa
da sua política antirrefugiados e anti-imigração.
A falsa
informação propagou-se rapidamente na rede social Twitter, onde o
ex-primeiro-ministro sueco Carl Bildt escreveu: "A Suécia? Um atentado? O
que é que ele fumou?".
A declaração de Trump animou a rede social sob o ‘hashtag’
#LastNightinSweden (ontem à noite na Súécia) e #SwedenIncident
(incidente na Suécia), onde Trump foi ridicularizado um pouco por todo o
mundo.
Esta não é a primeira vez que membros da administração
Trump, e agora o próprio, se referem a ataques terroristas inexistentes —
justificados posteriormente como lapsos.
Kellyanne Conway, a
conselheira de Trump – que inventou a noção de "factos alternativos" —
referiu-se ao "massacre de Bowling Green" numa entrevista e explicou
mais tarde que se referia aos "terroristas de Bowling Green", dois
iraquianos condenados em 2011 por tentarem enviar dinheiro e armas para a
al-Qaeda.
Também o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, falou
por três vezes numa semana no atentado de Atlanta (no Estado da
Geórgia), antes de se lembrar que o mesmo tinha na verdade acontecido em
Orlando, na Florida.
* Tem graça o comentário de Carl Bildt, só que a ganza de Trump prejudica todo o planeta.
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Se ainda duvida dos efeitos da vacinação,
.veja esta animação
O jornal The Guardian fez uma animação em que se simula a dispersão do sarampo, de acordo com a taxa de cobertura vacinal da população. Um alerta para travar os movimentos anti-vacinas
Foi considerado um dos maiores avanços
da Medicina, no ano de 2016: a erradicação do sarampo no continente
americano. No entanto, não param de aparecer crianças infetadas, nos
Estados Unidos - mais de cem casos, em 14 estados - e também no Canadá. É
que os vírus não conhecem fronteiras e basta uma criança não vacinada
passar por vacina um país com baixa cobertura vacinal ou simplesmente
entrar em contacto com uma pessoa infetada (provavelmente oriunda de um
país sem imunização generalizada) para apanhar a doença.
O sarampo é uma infeção altamente contagiosa, que se manifesta sobretudo ao nível das vias respiratórias. Surgem ainda umas manchas vermelhas na pele e que são o traço mais distintivo da doença. Nos países em que a quase totalidade da população está vacinada contra este vírus, como é o caso de Portugal, já há poucas pessoas com memória da doença. Na Austrália, por exemplo, na sequência do aparecimento de alguns casos, as autoridades de saúde estão a alertar para os sintomas e a apelar à vacinação. Porque na origem deste ressurgimento estão os movimentos anti-vacinação. Muito fortes em Inglaterra e em algumas partes dos Estados Unidos.
O sarampo é em geral uma doença de evolução benigna, mas em crianças muito pequenas, mais frágeis ou nos adultos pode dar origem a complicações que obrigam a internamento e podem até causar a morte.
Foi para alertar para a importância de vacinar que o jornal The Guardian fez uma animação que representa a dispersão da infeção em diferentes cenários ou taxas de cobertura vacinal da população afetada.
Alguns estados americanos apresentam já uma franja de quase dez por cento das crianças cujos pais pediram excusa, à conta das suas crenças, uma exceção permitida e aceite em boa parte das escolas do País. Portugal mantém dos mais altos níveis de cobertura vacinal do mundo.
A decisão de vacinar ou não vacinar não é uma questão exclusiva de cada um, uma vez que para uma vacina funcionar é preciso que uma determinada percentagem da população esteja protegida, sublinham os especialistas - o chamado efeito da "imunidade de grupo". No caso do sarampo, este número é entre os 92,5 e os 95 por cento da população. Abaixo disso, não há garantias de proteção.
Brinque com a infografia interativa e divirta-se a aprender.
O sarampo é uma infeção altamente contagiosa, que se manifesta sobretudo ao nível das vias respiratórias. Surgem ainda umas manchas vermelhas na pele e que são o traço mais distintivo da doença. Nos países em que a quase totalidade da população está vacinada contra este vírus, como é o caso de Portugal, já há poucas pessoas com memória da doença. Na Austrália, por exemplo, na sequência do aparecimento de alguns casos, as autoridades de saúde estão a alertar para os sintomas e a apelar à vacinação. Porque na origem deste ressurgimento estão os movimentos anti-vacinação. Muito fortes em Inglaterra e em algumas partes dos Estados Unidos.
O sarampo é em geral uma doença de evolução benigna, mas em crianças muito pequenas, mais frágeis ou nos adultos pode dar origem a complicações que obrigam a internamento e podem até causar a morte.
Foi para alertar para a importância de vacinar que o jornal The Guardian fez uma animação que representa a dispersão da infeção em diferentes cenários ou taxas de cobertura vacinal da população afetada.
Alguns estados americanos apresentam já uma franja de quase dez por cento das crianças cujos pais pediram excusa, à conta das suas crenças, uma exceção permitida e aceite em boa parte das escolas do País. Portugal mantém dos mais altos níveis de cobertura vacinal do mundo.
A decisão de vacinar ou não vacinar não é uma questão exclusiva de cada um, uma vez que para uma vacina funcionar é preciso que uma determinada percentagem da população esteja protegida, sublinham os especialistas - o chamado efeito da "imunidade de grupo". No caso do sarampo, este número é entre os 92,5 e os 95 por cento da população. Abaixo disso, não há garantias de proteção.
Brinque com a infografia interativa e divirta-se a aprender.
* Da xicoespertiçe não reza a história, vacine-se mais à família.
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