Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
21/08/2016
CATARINA BEATO
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IN "DINHEIRO VIVO"
16/08/16
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Existe um enorme pudor
em falar de dinheiro
Sem estudos que comprovem a minha teoria,
arrisco afirmar que um dos principais motivos e zangas entre amigos é
dinheiro – para aqueles que emprestam (para quem o tempo nunca é
suficientemente rápido no ato de receber de volta) e para aqueles que
ficam a dever (e que se sentem pressionados a pagar quando nunca lhe
passou na cabeça não o fazer).
Existe um enorme pudor em falar de dinheiro. Talvez comece em pequenas coisas como, na casa em que cresci, os meus pais não falavam no valor que recebiam mensalmente, nem sequer dos problemas monetários. Não se falava de dinheiro, ponto final.
Existe um enorme pudor em falar de dinheiro. Talvez comece em pequenas coisas como, na casa em que cresci, os meus pais não falavam no valor que recebiam mensalmente, nem sequer dos problemas monetários. Não se falava de dinheiro, ponto final.
Em miúda tinha a mania de pedir dinheiro
emprestado. Esquecia-me da semanada em casa e acabava os intervalos a
“cravar uns trocos” para ir comprar bolos e sandes de rissol. Pagava
sempre mas hoje sei que muitas vezes demorava mais do que devia. Eu
sabia que ia pagar mas – isso já aprendi – a pessoa a quem pedimos o
dinheiro emprestado não tem de sentir o mesmo. Hoje em dia tenho essa
preocupação em relação ao meu filho adolescente: que não deva nem um
cêntimo a ninguém e que, caso precise de pedir, pague no dia
imediatamente a seguir.
Pensava nisto do dinheiro a propósito das férias que passamos todos os anos em família – aquela que escolhi. Por aqui, cada agregado vai às compras quando quer e escolhe o que compra de acordo com as suas vontade e necessidades. Quando há refeições conjuntas, compramos para todos aquilo que estabelecemos previamente. As contas são divididas de acordo com uma fórmula matemática complexa mas há muito estabelecida, em que os adultos valem “um” e a ponderação de cada criança pequena vai aumentando conforme o tamanho – e o apetite – aumentam. Por aqui ninguém fica a dever. Paga-se logo, acertam-se contas e fica resolvido.
Não tenho dúvida nenhuma que, mesmo que outras coisas possam correr menos bem em cada ano que passa, esse é o nosso segredo para continuarmos sem chatices maiores que pusessem em causa a família que somos.
Pensava nisto do dinheiro a propósito das férias que passamos todos os anos em família – aquela que escolhi. Por aqui, cada agregado vai às compras quando quer e escolhe o que compra de acordo com as suas vontade e necessidades. Quando há refeições conjuntas, compramos para todos aquilo que estabelecemos previamente. As contas são divididas de acordo com uma fórmula matemática complexa mas há muito estabelecida, em que os adultos valem “um” e a ponderação de cada criança pequena vai aumentando conforme o tamanho – e o apetite – aumentam. Por aqui ninguém fica a dever. Paga-se logo, acertam-se contas e fica resolvido.
Não tenho dúvida nenhuma que, mesmo que outras coisas possam correr menos bem em cada ano que passa, esse é o nosso segredo para continuarmos sem chatices maiores que pusessem em causa a família que somos.
IN "DINHEIRO VIVO"
16/08/16
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IX-VISITA GUIADA
CIDADE ABALUARTADA/3
ELVAS
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
Mais uma notável produção da RTP
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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