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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
19/08/2016
ANA SOUSA DIAS
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IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
14/08/16
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Uma aventura (in)esquecível
Vi muitas fotografias da construção e da inauguração da Ponte 25 de Abril e estranhei: não me recordo de nada. Eu vivia em Lisboa e tínhamos televisão, comprada por causa do Mundial de Futebol.
Lembro-me do jogo Portugal-Coreia do Norte, Eusébio a transformar o 3-1
num 3-5 que me fez partir um divã aos saltos. Lembro-me do golo perdido
nos pés de Simões contra a Inglaterra num jogo que podia ter-nos levado
à final, Eusébio a chorar
com todos nós. Nesse ano, deixei a escola primária do bairro e entrei
para um colégio interno que me fez chorar mais do que ele.
E no entanto houve um episódio excêntrico
que aconteceu no dia a seguir, e que, se não fosse o telefonema de uma
amiga de toda a vida, eu não sabia que tinha tido na origem «a
inauguração». A Dulce ligou os pontos vagos na minha memória: uma
aventura que começou num cacilheiro, o meu irmão Rui e eu levados a
passear por um dos irmãos dela. O Luís tinha um dom especial para
entreter crianças, levava-nos ao cinema ver o Tom & Jerry e ria-se mais do que nós, era o melhor baby-sitter
de sempre. Nesse 7 de agosto, lá fomos nós, chapelinhos na cabeça para
proteger do sol.
Chegados a Cacilhas, ele anunciou-nos que ia roubar um carro para irmos até ao Cristo Rei, e encaminhou-se intrépido para um belo descapotável. Como é que vais fazer isso? Tenho uma chave mágica que abre as portas dos carros todos. Este diálogo estou a inventar agora mas não há de ter sido muito diferente. Instalámo-nos no carro, risos nervosos de sensação de perigo, e subimos para ver as vistas. Para ver a ponte, penso eu agora. E aí aconteceu a única coisa de que me lembro realmente: uma rabanada de vento roubou o chapéu do Rui e ficámos aflitos, a mãe ia ralhar, que grande desgraça.
Chegados a Cacilhas, ele anunciou-nos que ia roubar um carro para irmos até ao Cristo Rei, e encaminhou-se intrépido para um belo descapotável. Como é que vais fazer isso? Tenho uma chave mágica que abre as portas dos carros todos. Este diálogo estou a inventar agora mas não há de ter sido muito diferente. Instalámo-nos no carro, risos nervosos de sensação de perigo, e subimos para ver as vistas. Para ver a ponte, penso eu agora. E aí aconteceu a única coisa de que me lembro realmente: uma rabanada de vento roubou o chapéu do Rui e ficámos aflitos, a mãe ia ralhar, que grande desgraça.
A nossa mãe não era tão severa que nos
pudesse perturbar assim, por que me recordo eu dessa atrapalhação?
Quando descemos, um homem tinha o chapéu na mão, a perguntar a quem
pertencia. Recuperámos o chapéu que tinha voado e fartámo-nos de falar
nisso depois.
Só mais tarde soube que o descapotável
era do namorado da Dulce, que os dois tinham atravessado a ponte no
entusiasmo da inauguração e desistiram de regressar pelo mesmo caminho,
tal o engarrafamento. Desceram a Cacilhas, apanharam o barco e pediram
ao Luís que fosse buscá-los.
A memória prega-nos partidas. Uma vez o
meu filho mais velho ficou chocado porque eu não me lembrava de um golo.
Não um qualquer, como hoje percebo, mas «o golo» de Carlos Manuel
contra a Alemanha que levou a seleção ao Mundial do México. Foi em 1985 e
ele garante que gritámos os dois, lado a lado no sofá da casa dos meus
pais que eu sei que estava no mesmo lugar onde parti o divã em 1966. Fiz
perguntas e descobri que aquele exato golo faz parte de uma espécie de
património nacional. Revi-o agora, graças à memória armazenada na net,
uma jogada extraordinária, como esqueci? E como se recorda o meu filho,
que tinha cinco anos?
Se me falarem em construção da ponte, o que tenho claro na cabeça é o
avanço sistemático dos pilares e das plataformas da Vasco da Gama.
Trabalhava com vista para o Mar da Palha e aquilo tudo era uma beleza.
Também vi as demolições e as construções de toda a Expo’98, o fim da
lixeira de Beirolas, do matadouro, as novas ruas, a plantação de árvores
por todo o lado, cada edifício um deslumbramento, ainda hoje um enorme
orgulho. Da Ponte 25 de Abril, nenhuma imagem me chega do passado. E logo ela, que veio mudar as nossas vidas e que é lindíssima.
14/08/16
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Mais eloquente que
qualquer palavra
Il y a une photo qui a fait le tour du monde. Celle du petit garçon retrouvé noyé sur les côtes Turc.
C’est vrai que cette image est très triste et fait beaucoup réfléchir sur la détresse de ces personnes qui fuient leur pays au risque de leur vie.
Ci-dessous une photographie montrant des personnes marchant pour atteindre le but final, vivre dans un pays européen.
Même si cette photographie fait le tour du monde, seul 1% des personnes verront la vérité.
1- Ils verront que sur la photographie il y a 7 hommes et 1 femme. Jusque-là rien de spécial.
Mais en observant un peu mieux, vous remarquerez que cette femme, pieds nus, est accompagnée par 3 enfants et sur les trois enfants, elle en porte
2-
Là est le problème, aucun des hommes ne lui vient en aide, car dans leur culture la Femme ne représente rien. Elle n’est bonne qu’à être l’esclave de l’homme.
* Propositadamente não traduzimos o texto
** Temos de receber os refugiados é um imperativo, a mentalidade desta aculturação religiosa terá de ser transformada no país de acolhimento.
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