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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
03/07/2016
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Al Gore
Otimismo nas mudanças climáticas
Al Gore tem três perguntas sobre as mudanças climáticas e sobre o nosso futuro.
Primeira: precisamos mudar? A cada dia, a poluição que causa aquecimento global retém tanta energia quanta seria liberada pela explosão de 400 mil bombas atômicas de Hiroshima. Esse calor retido leva a tempestades mais fortes e inundações mais extremas. Ele diz: "Toda noite os noticiários parecem uma excursão da natureza pelo Apocalipse".
Segunda pergunta: Podemos mudar? Já começamos. Então, a grande pergunta: Vamos mudar? Nessa palestra inspiradora e desafiadora, Gore diz que sim. "Quando qualquer desafio moral é finalmente solucionado em uma escolha binária entre o certo e o errado, o resultado está predeterminado, devido a quem somos como seres humanos", ele diz. "É por isso que vamos vencer."
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TIAGO ANTUNES
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IN "GERINGONÇA"
02/07/16
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A indignação do PSD
e a Constituição
1. «O
PSD manifestou-se esta quinta-feira “indignado” por o presidente da
Assembleia da República recusar a admissão da deliberação PSD/CDS-PP
para auditorias externas à CGD e Banif».
Ora, perante tal “indignação”, importa começar por perceber quais os
motivos invocados pelo Presidente da Assembleia da República para
recusar o dito requerimento de auditorias externas. E esses motivos
foram a «ilegalidade regimental e a inconstitucionalidade do projeto de
deliberação do PSD e CDS-PP». Ou seja, Ferro Rodrigues atuou para
defender a Constituição.
Talvez assim se compreenda melhor a “indignação” do PSD. É que este
partido não morre de amores pela Constituição: na anterior legislatura
violou-a inúmeras vezes e agora, aparentemente, indigna-se quando alguém
a procura defender.
Não fora esta sanha contra a nossa Lei Fundamental e o PSD facilmente
reconheceria que proteger o Parlamento de inconstitucionalidades é
proteger a minoria parlamentar e não a maioria; em suma, é defender a
Democracia.
2. «Interrogado
sobre a possibilidade de o PSD e CDS-PP recorrerem para votação em
plenário da decisão de Ferro Rodrigues, Carlos Abreu Amorim referiu que
os sociais-democratas estão neste momento “a considerar outras medidas
referentes a esta situação”».
Desconhece-se que medidas serão essas. Mas a verdade é que:
– Nem o CDS deu qualquer fôlego ou eco à “indignação” do PSD;
– Nem sequer o próprio PSD recorreu da
decisão de Ferro Rodrigues para o plenário, abstendo-se assim de exigir
uma votação sobre o assunto. Tudo indica, pois, que a tal “indignação”
foi sol de pouca dura. Deu-lhes forte, mas passou rápido.
3. É caso para dizer que a direita meteu a viola no saco. Mas Carlos Abreu Amorim não! Recorreu, então, ao único meio que lhe restava – o Facebook – para desabafar que «começa
a não haver esperança na redenção de uma presidência da AR que está a
contradizer a lógica da imparcialidade que matizou todas as anteriores
com um à vontade democraticamente preocupante».
Sucede que o requerimento em questão estava chumbado à partida. A
esquerda parlamentar já tinha avisado que votaria contra. Assim, e ao
contrário do insinuado pelo Deputado do PSD, a atuação de Ferro
Rodrigues não se destinou a fazer qualquer frete político à geringonça.
Destinou-se, sim, a salvaguardar um valor que o PSD parece desprezar: o
respeito pela Constituição.
Sendo que, como dissemos antes, ao não admitir requerimentos
inconstitucionais o Presidente da Assembleia da República está
objetivamente a defender os direitos da minoria parlamentar, não da
maioria.
De resto, tendo sido invocada a imparcialidade das anteriores
presidências da AR, ficamos na dúvida a que se referiria exatamente
Carlos Abreu Amorim. Estaria a pensar no célebre episódio em que
Assunção Esteves “safou” Passos Coelho de ter que responder em comissão
parlamentar pela atuação das secretas, alegando que tal «induziria uma situação de stress de controlo político pelo Parlamento»?
IN "GERINGONÇA"
02/07/16
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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VII-VISITA GUIADA
MUSEU
SOARES DOS REIS/4
PORTO
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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ESTE MÊS NA
"EXAME INFORMÁTICA"
"EXAME INFORMÁTICA"
Abrunhosa, Tim, Carlos do Carmo e
David Fonseca assinam petição contra
. modelo de negócio do YouTube
Editores e músicos europeus pediram à Comissão Europeia uma alteração na legislação que leve as plataformas de partilha de conteúdos a pagarem licenciamentos similares aos do streaming. Na petição constam os nomes de mais 70 músicos portugueses.
Associações
representativas da indústria musical dos 28 estados membros da UE
acabaram de divulgar uma carta que solicita ao presidente da Comissão
Europeia Jean-Claude Juncker alterações nas diretivas do direito de
autor que permitam alterar o modelo de repartição de receitas das
plataformas de par.
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Entre as 1100 assinaturas de músicos que constam na
missiva, encontram-se os nomes de 70 artistas portugueses, refere um
comunicado da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) e da Associação
para a Gestão e Distribuição de Direitos (AUDIOGEST). As duas
associações que representam editoras e músicos nacionais pedem ao
governo português que «uma posição definitiva clara e firme quanto a
esta matéria» que contribua para uma revisão legislativa a nível
europeu.
Entre os mais de 70 artistas portugueses que
subscreveram a carta figuram vários nomes conhecidos: Tim, dos Xutos
& Pontapés, Mariza, Carlos do Carmo, David Fonseca, Sérgio Godinho,
João Pedro Pais, Jorge Palma, Pedro Abrunhosa, Luís Represas, Mafalda
Veiga, Amor Electro, Agir, Dead Combo, Samuel Uria, Tiago Bettencourt,
entre outros.
«O que está em causa é o aproveitamento de um
estatuto de neutralidade por parte de plataformas em que são os
utilizadores a efetuarem o upload de conteúdos protegidos, para
evitar a sujeição a um verdadeiro licenciamento», refere Miguel
Lourenço Carretas, diretor-geral da AUDIOGEST, num comunicado enviado às
redações, que reitera as queixas avançadas na quarta-feira pela Exame Informática.
A
AUDIOGEST e a AFP pretendem uma revisão da legislação que permita que
leve as plataformas de partilha de conteúdos escolhidos ou gerados pelos
internautas (como é o caso do YouTube) deixem de beneficiar de um
licenciamento menos oneroso que aquele que é suportado atualmente por
serviços especializados no streaming (Spotify, entre outros).
Miguel
Lourenço Carretas não tem pruridos em apontar o dedo ao portal de
vídeos da Google, que lidera o segmento: «Os efeitos estão à vista, a
maior plataforma de distribuição de conteúdos musicais à escala global –
o Youtube – remunera os criadores e artistas num valor muito menor por passagem ou stream do
que qualquer plataforma sujeita a licenciamento, mesmo levando em conta
os serviços licenciados sem custos diretos para o utilizador».
Além
dos argumentos, há mais dois fatores que contribuem para a formação de
uma nova frente de batalha entre indústria dos conteúdos e indústria
tecnológica: nos EUA, vários músicos assinaram
uma petição similar com o propósito de obrigar YouTube e serviços
alternativos a acabarem com o alegado “value gap”, pagando mais pelo
direito de reprodução de videoclips e músicas; atualmente, a Comissão
Europeia está a trabalhar em nova legislação dos direitos de autor.
Na
carta enviada a Jean-Claude Juncker, as associações dos 28
estados-membros da UE criticam o estatuto que permite que as plataformas
de partilha de conteúdos gozam na atualidade. E consideram que a
evolução do mercado já justifica uma mudança legislativa que ponha termo
à alegada neutralidade do YouTube e afins.
«Estas proteções
foram postas em prática há duas décadas para ajudar a desenvolver as
startups digitais que estavam a ser criadas, mas hoje estão ser
aplicadas indevidamente por empresas que distribuem e fazem negócio com
os nossos trabalhos. Neste preciso momento, há uma oportunidade única
para os líderes da Europa darem uma resposta a esta perda de valor
(“value gap”, no original).
A revisão da lei dos direitos de autor que
vai ser aplicada pela Comissão Europeia pode sanar esta profunda
distorção do mercado», refere a carta enviada para Bruxelas por editoras
e músicos europeus.
* É imperativo respeitar a propriedade intelectual.
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Portugueses compram armas na Internet
As autoridades estimam que existam 1,5 milhões de armas ilegais em Portugal. Algumas foram adquiridas através da Internet
Há mais de dois anos que há portugueses a comprar pistolas de alarme
através da Internet em sites registados na Turquia ou na Eslováquia, e
que depois são transformadas em armas de calibre 9 mm, avança o Diário de Notícias.
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"Algumas são pistolas de alarme de calibre 9 mm que fazem tiro
automático, basta mudar o cano. E passam depois a disparar munições
verdadeiras", disse ao DN o intendente Pedro Moura, do Departamento de
Armas e Explosivos da PSP.
Estas armas de alarme, que são ilegais em Portugal, podem ser adquiridas online por 86 euros. Chegam à casa do comprador por correio e depois podem ser adaptadas para disparar munições verdadeiras.
* Portugueses também querem ser cowboys assassinos.
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Se for matricular os miúdos
na escola posso recusar
dar cópia do cartão de cidadão?
Guia prático para entender as mudanças
Proposta de lei a ser discutida no parlamento quer que o ato de pedir e guardar a fotocópia do cartão passe a ser uma contraordenação
Há três meses, centenas de documentos
com informação pessoal dos clientes que haviam ficado hospedados num
hotel em Alvor, no Algarve, estiveram espalhados durante dias no jardim.
Havia talões de multibanco, cópias de passaportes e de cartões do
cidadão. Como podia assegurar-se que aqueles dados, que deveriam ser
pessoais, e transmissíveis q.b, não podiam ser violados?
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Há muito tempo que a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) argumentava que havia maiores riscos de usurpação de identidade, com a passagem do bilhete de identidade para o cartão de cidadão (que conjuga vários números e até a morada, se passada numa máquina que lê o chip, disponível em muitos institutos públicos).
Há uns meses, a Ministra da Modernização Administrativa, Maria Manuela Leitão Marques, também já tinha assumido que a prática de pedir fotocópias daquele cartão de identificação, por tudo e por nada, era ilegal. Mas havia um vazio na lei por preencher. Agora, uma proposta de lei a ser discutida no parlamento quer que o ato de pedir e guardar a fotocópia do cartão passe também a ser uma contraordenação, punida com multa de 250 a 750 euros. Eis o guia para que não se perca – nem se deixe enganar – entre estas mudanças.
Vou matricular os meus filhos na escola. O estabelecimento de ensino pede-me as cópias dos cartões de cidadão. Posso recusar tratando-se de uma escola?
Sim, pode. A lei não cria exceções: “É interdita a reprodução do cartão de cidadão em fotocópia ou qualquer outro meio sem consentimento do titular salvo nos casos expressos na lei." Pode recusar nesta circunstância. Como também poderá recusar quando for comprar um telemóvel ou comprar um pacote de tv-net-voz. Ou trocar uma nota de 200 euros num banco. Ou ficar hospedado num hotel. Apesar de ser uma prática recorrente, não há exceção para qualquer instituto público ou privado.
E se não me venderem um telemóvel porque não autorizo a reprodução do meu cartão?
É provável que, pelo menos nos primeiros tempos de adaptação às novas regras, algumas pessoas se vão deparar com esse cenário. Afinal, já era ilegal, mas poucos sabiam, e poucos reclamavam. Se lhe pedirem uma cópia invoque a lei que impede a reprodução do documento. Se não resultar invoque que, ao fazê-lo, aquela loja/empresa pode vir a ser multada. Se ainda assim não resultar, faça o contrário: peça-lhes que mostrem a lei que o obriga a fornecer uma cópia. E se nada disto resultar e não puder ficar sem telemóvel porque o seu se estragou? Peça o livro de reclamações, denuncie à polícia (obrigada a levantar um auto de notícia) ou apresente queixa junto da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD). Essa comissão pode depois vir a ser ela própria a aplicar as multas por essas entidades não estarem autorizadas a ficar com os dados dos cidadãos.
Quem irá decidir?
40% das receitas destas multas irão diretamente para os cofres do Instituto dos Registos e Notariado (IRN). Este instituto passará a ter competência para instaurar e instruir o processo de contraordenação.
E se por alguma razão estas mudanças não avançarem?
A prática, por si só, já era ilegal, desde que o bilhete de identidade foi substituído pelo cartão de cidadão (que mostra, logo à partida, quatro números de identificação: o de identificação civil, o de contribuinte, o da segurança social e o do utente de saúde). Só não é ainda multada. Por isso, mesmo que a proposta não seja aprovada, não é obrigado a fornecer uma cópia do seu cartão e pode fazer denúncia na mesma.
* Não ceda à prepotência de instituições e pessoas que não respeitam a lei.
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Há muito tempo que a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) argumentava que havia maiores riscos de usurpação de identidade, com a passagem do bilhete de identidade para o cartão de cidadão (que conjuga vários números e até a morada, se passada numa máquina que lê o chip, disponível em muitos institutos públicos).
Há uns meses, a Ministra da Modernização Administrativa, Maria Manuela Leitão Marques, também já tinha assumido que a prática de pedir fotocópias daquele cartão de identificação, por tudo e por nada, era ilegal. Mas havia um vazio na lei por preencher. Agora, uma proposta de lei a ser discutida no parlamento quer que o ato de pedir e guardar a fotocópia do cartão passe também a ser uma contraordenação, punida com multa de 250 a 750 euros. Eis o guia para que não se perca – nem se deixe enganar – entre estas mudanças.
Vou matricular os meus filhos na escola. O estabelecimento de ensino pede-me as cópias dos cartões de cidadão. Posso recusar tratando-se de uma escola?
Sim, pode. A lei não cria exceções: “É interdita a reprodução do cartão de cidadão em fotocópia ou qualquer outro meio sem consentimento do titular salvo nos casos expressos na lei." Pode recusar nesta circunstância. Como também poderá recusar quando for comprar um telemóvel ou comprar um pacote de tv-net-voz. Ou trocar uma nota de 200 euros num banco. Ou ficar hospedado num hotel. Apesar de ser uma prática recorrente, não há exceção para qualquer instituto público ou privado.
E se não me venderem um telemóvel porque não autorizo a reprodução do meu cartão?
É provável que, pelo menos nos primeiros tempos de adaptação às novas regras, algumas pessoas se vão deparar com esse cenário. Afinal, já era ilegal, mas poucos sabiam, e poucos reclamavam. Se lhe pedirem uma cópia invoque a lei que impede a reprodução do documento. Se não resultar invoque que, ao fazê-lo, aquela loja/empresa pode vir a ser multada. Se ainda assim não resultar, faça o contrário: peça-lhes que mostrem a lei que o obriga a fornecer uma cópia. E se nada disto resultar e não puder ficar sem telemóvel porque o seu se estragou? Peça o livro de reclamações, denuncie à polícia (obrigada a levantar um auto de notícia) ou apresente queixa junto da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD). Essa comissão pode depois vir a ser ela própria a aplicar as multas por essas entidades não estarem autorizadas a ficar com os dados dos cidadãos.
Quem irá decidir?
40% das receitas destas multas irão diretamente para os cofres do Instituto dos Registos e Notariado (IRN). Este instituto passará a ter competência para instaurar e instruir o processo de contraordenação.
E se por alguma razão estas mudanças não avançarem?
A prática, por si só, já era ilegal, desde que o bilhete de identidade foi substituído pelo cartão de cidadão (que mostra, logo à partida, quatro números de identificação: o de identificação civil, o de contribuinte, o da segurança social e o do utente de saúde). Só não é ainda multada. Por isso, mesmo que a proposta não seja aprovada, não é obrigado a fornecer uma cópia do seu cartão e pode fazer denúncia na mesma.
* Não ceda à prepotência de instituições e pessoas que não respeitam a lei.
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
"SOL"
Algumas soluções para poupar
no dia-a-dia
01 Casa
Há sempre pequenos truques para poupar nas contas da água, da luz e
do gás. Utilize lâmpadas fluorescentes e economizadoras e desligue
sempre os aparelhos – em modo de standby gastam energia. Faça uma
simulação no site da EDP para verificar que tarifário mais se adequa ao
seu caso. Deve também mudar alguns hábitos – duches rápidos, por exemplo
– e optar por instalar dispositivos mais eficientes em torneiras,
chuveiros e autoclismos, pois permitem poupar, por família, até 300 mil
litros de água por ano.
02 Alimentação
Uma ida ao supermercado pode representar um verdadeiro problema
quando se cede às tentações. Para que isso não aconteça, pode seguir
algumas regras de ouro. Leve sempre uma lista dos produtos de que
precisa, evite ir às compras quando tem fome e opte sempre que possível
por marcas brancas. Tente não levar crianças e não se esqueça de olhar
para as prateleiras de cima para baixo. Vai ver que, no momento de
pagar, estas pequenas diferenças podem representar uma poupança
significativa. Tenha também em conta o local. A DECO analisou quase 500
lojas em todo o país e chegou à conclusão de que é possível poupar cerca
de 500 euros por ano se fizer as escolhas acertadas.
03 Banca e Seguros
O crédito à habitação representa, para a maioria dos portugueses, uma
despesa pesada e é sempre desejável baixar a prestação. Para isso, pode
renegociar o spread com o banco ou pedir um alargamento do prazo. Esta
última opção implica sempre pagar mais juros. Se tiver algum dinheiro
extra, pode sempre optar por amortizar o crédito. No caso de ter vários
empréstimos, pode consolidá-los num só. Cuidado com os cartões de
crédito: representam uma tentação perigosa. Já em termos de seguros,
contrate apenas as coberturas de que precisa e analise muito bem a
oferta. Pode também optar por um mediador pois, regra geral, oferecem
descontos de 20% a 25% num pacote.
04 Ginásios
Gaste apenas se tirar proveito. Se é daquelas pessoas que pagam para
não ir, então é melhor cancelar a inscrição. Cerca de 50 euros ao final
do mês podem fazer muita diferença. Pode sempre optar por fazer
exercício em locais públicos, onde não paga nada. Aproveite a moda que
anda por aí.
05 Telecomunicações
Comece por verificar se o tarifário do telemóvel se adequa às suas
necessidades. As operadoras têm vindo a apostar em tarifas que permitem
chamadas gratuitas para clientes da mesma rede, mediante o pagamento de
uma mensalidade. Pode recorrer ao simulador disponível no site da Anacom
para verificar qual é o melhor tarifário. Há também soluções
alternativas, como o Skype e o VoIP. Em termos de televisão por
subscrição, analise muito bem a oferta e tente aproveitar as promoções.
Subscreva apenas os canais que sabe que vai ver.
06 Transportes
Opte por utilizar os transportes públicos. Vai ver que, ao final do
mês, além de poupar alguns trocos, consegue evitar verdadeiros ataques
de nervos. Os que não passam sem carro podem optar por partilhá-lo.
Dividir custos pode ser uma alternativa. Modere a utilização do ar
condicionado e adote uma condução que permita reduzir o consumo.
07 Poupança
Os que são menos adeptos da poupança podem tentar juntar um euro por
dia – no final do ano terão 365 euros. Aqueles para quem esta tarefa não
parece uma missão impossível podem recorrer a vários produtos de
poupança.
A oferta é variada. É só escolher o nível de risco pretendido e
selecionar o que mais se adequa às necessidades de cada um. Não se
esqueça da sua reforma. Há várias soluções para aplicar as poupanças de
forma a assegurar um melhor rendimento depois de abandonar a vida ativa.
08 Cartões de desconto
Utilize os cartões e os talões de desconto.Pode parecer pouco significativo, mas sempre são uns trocos que consegue poupar.
* No poupar é que está o ganho.
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
Morreu Camilo de Oliveira
Era um dos grandes últimos humoristas que fez história nos palcos e no pequeno ecrã durante a segunda metade do século XX. Um verdadeiro resistente manteve-se no ativo até há um ano. Camilo de Oliveira morreu no sábado à noite, aos 91 anos, vítima de cancro.
Nasceu praticamente no teatro. Foi a 11 de agosto de 1924 em Buarcos,
num camarote do Grupo Caras Direitas, na altura o único teatro
existente no concelho da Figueira da Foz. Camilo Valêncio de Oliveira
tinha os palcos no sangue e o humor nas veias. Estreou-se na companhia
itinerante da família ainda só tinha nove anos. Mas foi quando saiu da
Figueira da Foz e chegou a Lisboa à procura de um novo fôlego na sua
carreira que se mostrava aliciante tal a sua disponibilidade para
agradar ao público, que o seu carater humorista veio ao de cima. Em 1951
já atuava na Revista à Portuguesa. "Lisboa é Coisa Boa" foi o seu
primeiro sucesso.
A ÚLTIMA ENTREVISTA
FONTE:AIR INFORMAÇÃO
Com sorriso e gargalhada garantidos, as peças
que protagonizou numa vida dedicada à comédia celebrizaram-no por
exemplo como o Padre Pimentinha. Mas muito mais personagens passaram
pelo seu currículo que com o correr dos anos se confundiram com o
próprio ator. Camilo era Camilo vestisse a pele de quem vestisse.
Destaque, no entanto, para a dupla "Os Agostinhos", com Ivone Silva, os
dois bêbados que tinham sempre pronta a desculpa para beber mais uma
pinga: "Isto é que vai uma crise".
Na Revista e no Parque Mayer
fez cerca de 50 peças e contracenou com todos os grandes de épocas
passadas e presentes. Beatriz Costa, Raul Solnado, Vasco Santana,
Ribeirinho, Ivone Silva, Vítor de Sousa ou Herman José.
"Sabadabadu",
em 1981, programa da RTP no qual protagonizou vários papéis foi a sua
grande aproximação ao público de todo o país. Portugal ri com ele e com
as suas piadas e cataloga-o desde logo como o comediante do povo. De
resto, o respeito pelas suas plateias foi sempre um dos pontos assentes
do seu dia a dia de trabalho. Mas é em 1995 que chega à televisão a
sério em 1995.
Estreia-se na Sic com a série "Camilo & Filho, Lda",
seguiram-se mais seis séries de comédia bem ao seu estilo, tantas vezes a
rondar o tom brejeiro mas incrivelmente popular. "As aventuras de
Camilo", "A loja de Camilo", com Rui Sá, "Camilo na prisão", "Camilo, o
pendura", "Camilo em sarilhos", na qual contracenou com Maria Emília
Correia, e "Camilo o presidente" são alguns dos títulos que os
telespetadores não esquecem.
Entre os seus sucessos, o ator
realçava a comédia em dois atos "Um coronel", de Jean-Jacques Bricaire e
Maurice Lasaygues, levada à cena no Teatro Variedades, em Lisboa, no
qual contracenou com Alina Vaz, Francisco Nicholson, António Feio e Paula
Marcelo. "Abaixo as Saias" (1958), "Ó Pá, Não Fiques Calado" (1963),
"Alto Lá Com Elas" (1970), "As Coisas Que Um Padre Faz" (1976), "Aldeia
da Roupa Suja" (1978), "Há Mas São Verdes" (1983), "Isto É Que Vai Uma
Crise" (1992), "Camilo & Filhas" (1996) e "2008 - O Meu Rapaz é
Rapariga" (2008) foram alguns dos seus êxitos.
* Fez rir dezenas de gerações de portugueses, só por isso é um herói, não sabemos para onde foi mas temos a certeza que vai fazer rir muito ET. Bem haja Camilo.
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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Como será a nossa vida
quando vivermos até aos 100
50% dos bebés nascidos nos Estados Unidos
em 2007 têm uma esperança de vida de 104 anos ou mais. E o mesmo se
passa em vários países da Europa.
Existem atualmente nos Estados Unidos 72
mil centenários. Pelo mundo todo, serão cerca de 450 mil. Se a tendência
se mantiver, em 2050 haverá mais de 1 milhão, só nos Estados Unidos.
De acordo com os trabalhos da equipa do demógrafo James Vaupel, 50% dos
bebés nascidos nos Estados Unidos em 2007 têm uma esperança de vida de
104 anos ou mais. A situação é semelhante no Reino Unido, Alemanha,
França, Itália e Canadá; no Japão, espera-se que 50% dos bebés de 2007
vivam até aos 107 anos.
É natural a preocupação com o que isto
significa para as finanças públicas, devido aos custos associados de
cuidados de saúde e pensões. São desafios reais e a sociedade precisa
urgentemente de lidar com eles.
Mas também é importante analisar num contexto mais vasto o que
acontecerá se tantas pessoas viverem até aos 100 anos. É um erro
limitarmo-nos a equacionar a longevidade com os problemas da idade
avançada. Vidas mais longas têm implicações de outras ordens.
A nossa perspetiva é a de que, se muitas
pessoas viverem e forem saudáveis durante mais tempo, isto resultará
inevitavelmente numa redefinição do trabalho. Quando a vida das pessoas
se prolonga, elas não são apenas velhas durante mais tempo, são também
jovens durante mais tempo.
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MANOEL DE OLIVEIRA
Há alguma verdade nos clichés “os 70 são os
novos 60” ou “os 40 são os novos 30”. Se envelhecermos mais devagar
durante um período de tempo mais longo, num certo sentido somos jovens
por mais tempo.
Mas as mudanças vão mais longe. Consideremos, por exemplo, a idade em
que as pessoas assumem certos compromissos, como comprar casa, casar,
ter filhos ou iniciar uma carreira. Todos estes acontecem agora mais
tardiamente. Em 1962, 50% dos americanos estavam casados aos 21 anos. Em
2014 isso acontecia aos 29.
Embora haja numerosos fatores por trás dessas mudanças, um deles é sem
dúvida a noção dos jovens de que viverão mais tempo. As opções são tanto
mais valiosas quanto mais tempo puderem ser mantidas.
Assim, se acreditarmos que viveremos mais tempo, as opções tornam-se
mais valiosas e é menos atrativo assumir compromissos muito cedo. O
resultado é que os compromissos que antes caracterizavam a entrada na
idade adulta estão agora a ser adiados, enquanto emergem novos padrões
de comportamento e uma nova etapa na vida para quem está na casa dos 20
anos.
A longevidade também adia a idade da
reforma, e não apenas por razões financeiras. É verdade que, a menos que
as pessoas estejam preparadas para poupar muito mais, os nossos
cálculos sugerem que, quem está a agora pelos 45 anos, trabalhará
provavelmente até ao princípio dos 70 e quem acabou de entrar nos 20
poderá muito bem continuar a trabalhar até aos 80. Mas, mesmo que as
pessoas possam suportar economicamente uma reforma aos 65, um período de
mais de 30 anos de potencial inatividade é danoso para a vitalidade
emocional e cognitiva. Muita gente preferirá, simplesmente, não o fazer.
Contudo, isso não significa que seja
apelativo prolongarmos as nossas carreiras. O prolongamento dessa
segunda etapa de trabalho a tempo inteiro pode garantir as necessidades
financeiras para uma vida de 100 anos, mas o trabalho contínuo esgotará
preciosos bens intangíveis, como a produtividade, a vitalidade, a
felicidade e as relações de amizade.
O mesmo é verdade para a educação. É impossível que uma simples etapa
educativa, administrada na infância e juventude, seja capaz de sustentar
uma carreira de 60 anos. Se considerarmos as taxas projetadas de
mudança tecnológica, é muito provável que as capacidades de muitas
pessoas se tornem redundantes ou que os seus sectores de atividade se
tornem obsoletos. Isso significa que toda a gente terá, a certa altura
da vida, de fazer uma série de reinvestimentos importantes nas suas
aptidões.
Parece, assim, provável que as tradicionais
três etapas da vida se transformem em múltiplas etapas, contendo duas,
três ou mais carreiras diferentes. Cada uma destas etapas pode ser
potencialmente diferente. Numa delas, podemos concentrar-nos em acumular
sucesso financeiro e realização pessoal, noutra em criar um melhor
equilíbrio vida/trabalho, e noutra ainda podemos explorar e compreender
mais profundamente as opções, tornarmo-nos produtores independentes ou
dar o nosso contributo à sociedade. Estas etapas englobarão diferentes
sectores, levarão as pessoas a cidades diferentes e servirão de base à
construção de uma variedade de talentos.
As transições entre etapas poderão ser pontuadas por períodos sabáticos,
em que as pessoas arranjam tempo para descansar e melhorar a saúde, e
reinvestirão nas suas relações ou no aperfeiçoamento de capacidades. Por
vezes, estes intervalos e transições serão determinados pelo indivíduo,
outras vezes serão forçados, quando determinadas funções, empresas ou
sectores se tornarem obsoletos.
Uma vida com múltiplas etapas implicará
mudanças profundas, não apenas na maneira como as pessoas gerem as suas
carreiras mas também na sua abordagem da vida. Uma capacidade cada vez
mais importante será a de lidar com a mudança e até desejá-la. Uma vida
em três etapas terá poucas transições; numa vida com múltiplas etapas,
as transições serão muitas. É por isso que ter consciência de si mesmo,
investir em redes mais vastas de amigos e estar aberto a novas ideias
serão capacidades cada vez mais importantes.
Estas vidas em muitas etapas criarão uma variedade extraordinária
através de grupos demográficos, simplesmente por haver tantas maneiras
de realizar a sequência das etapas. Mais etapas significam mais
sequências possíveis.
Com esta variedade, terminará a associação próxima entre idade e etapa.
Numa vida de três etapas, as pessoas saem da universidade ao mesmo tempo
e com a mesma idade, iniciam carreiras e famílias com a mesma idade,
ocupam posições de gestão intermédia mais ou menos ao mesmo tempo e
reformam-se com poucos anos de diferença umas das outras. Numa vida com
muitas etapas, pode-se concluir uma licenciatura aos 20, 40 ou 60; ser
gestor aos 30, 50 ou 70 e ser trabalhador independente em qualquer
idade.
Quando a idade já não é o fator determinante da etapa, o trabalho dos gestores e responsáveis de recursos humanos muda. E, mais importante, pessoas de diferentes gerações interagem de maneira diferente umas com as outras. Embarcando em atividades partilhadas, pessoas de idades diferentes compreendem-se mais facilmente. Isso aumenta a possibilidade, por exemplo, de as pessoas se manterem “jovens” à medida que envelhecem.
* Mantemos a secreta esperança de viver até aos 150 para desfrutar do prazer de ver alguns vigaristas e políticos portugueses estrebuchar, somos muita maus!
Quando a idade já não é o fator determinante da etapa, o trabalho dos gestores e responsáveis de recursos humanos muda. E, mais importante, pessoas de diferentes gerações interagem de maneira diferente umas com as outras. Embarcando em atividades partilhadas, pessoas de idades diferentes compreendem-se mais facilmente. Isso aumenta a possibilidade, por exemplo, de as pessoas se manterem “jovens” à medida que envelhecem.
* Mantemos a secreta esperança de viver até aos 150 para desfrutar do prazer de ver alguns vigaristas e políticos portugueses estrebuchar, somos muita maus!
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