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"TOMADA DE


DECISÃO"!



1-IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE



 Decidir não é tarefa fácil, esta série não é a solução para quem decide mas ajuda muito.


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Miguel Pinheiro


IN "GOT TALENT" 2015 - RTP1

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XIII -ERA UMA VEZ

O HOMEM


1- A GUERRA DOS

CEM ANOS


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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Andrés Ruzo


  Como encontrei

um lendário rio fervente

na Amazônia



Quando Andrés Ruzo era menino no Peru, seu avô lhe contou uma história com um detalhe estranho: há um rio, nas profundezas da Amazônia, que ferve como se tivesse um fogo por debaixo.
 Doze anos mais tarde, depois de ter estudado como geocientista, Ruzo saiu em uma jornada às profundezas da selva da América do Sul em busca desse rio fervente. 
Numa era na qual tudo parece já estar mapeado, medido e entendido, junte-se a Ruzo enquanto ele explora um rio que nos força a questionar a linha entre o conhecido e o desconhecido... e nos lembra que ainda há grandes maravilhas para serem descobertas.

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LAURINDA ALVES

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Sozinhos em casa

Num país com 56 mil organizações sociais e mais umas 20 mil iniciativas público-privadas de resposta a problemas sociais, contam-se pelos dedos das mãos o número de projectos de prevenção ao suicídio.
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“Se o Alentejo Litoral fosse um país independente, seria a nação com a taxa de suicídio mais alta do mundo, superando até os países eslavos. Na Lituânia, líder mundial, a taxa é de 42 suicídios por 100 mil habitantes. No Alentejo de Odemira e Santiago, os números podem chegar com facilidade aos 45,50 ou mesmo 60 suicídios por 100 mil habitantes”. Cito Henrique Raposo e um fragmento devastador de “Alentejo Prometido”, o livro que escreveu com admirável clareza e coragem para a colecção Retratos da Fundação (editada pela FFMS) e o Observador pré-publicou há dias.

Num tempo em que tanta coisa nos divide, une-nos ao menos o sofrimento dos outros e o pavor de nós próprios virmos a sofrer. O suicídio é um tema doloroso, ultra fracturante que, felizmente, não tem barricadas nem pessoas contra ou a favor. Somos todos derrotados quando alguém ao nosso lado, na nossa família ou na nossa comunidade se suicida. Sempre que um de nós põe termo à vida por desespero, solidão, isolamento, desemprego ou pobreza, sentimo-nos trespassados. Morremos também um bocadinho. Falo por mim, que já passei pela perda de amigos e conhecidos a quem também não fui capaz de acudir, e muito menos salvar, por não terem dado sinais de um desespero tão fundo. Tudo nos quebra no momento em que nos dão a notícia, no minuto em que sabemos que a partir dali já não há nada a fazer.

No Alentejo, diz Henrique Raposo, “nunca encontrei uma pessoa sem uma história de suicídio na família”. Eu diria que poucos de nós conseguiremos atravessar o tempo de uma vida sem nos cruzarmos com alguém que desistiu. De acordo com as estatísticas da Sociedade Portuguesa de Suicidologia em Portugal matam-se mais de 5 pessoas por dia e esta é uma realidade lancinante. Obriga-nos a agir sobre ela, sejamos especialistas ou apenas cidadãos comuns. Os especialistas criam estratégias, observatórios, linhas de acção e prevenção que lhes permitem intervir, mas não chegam. Esta causa tem que ser nossa, de todos, sem prós nem contras. Até porque algumas das chamadas ‘guilhotinas’ que as pessoas em desespero mais usam são pontes e caminhos-de-ferro perto das nossas casas, e é terrível pensar que cada semana que passa se traduz na morte de pelo menos 4 pessoas que se atiram para a linha do comboio.

Poucos sabem que se suicidam mais pessoas por ano do que as que morrem em acidentes na estrada, e só alguns têm a noção dos elevados custos financeiros que correspondem a um suicídio, para não falar dos custos emocionais e morais brutais que jamais poderemos quantificar. Estatisticamente, cada suicídio envolve custos que oscilam entre 100 mil e 400 mil euros. Posta assim, desta forma fria e traduzida por números tão chocantes, a fractura fica ainda mais exposta. Infelizmente é a realidade nua e crua, e estes custos têm a ver com dívidas que ficam por pagar, depressões nos familiares, consequentes perdas de emprego e uma grande desestruturação que decorre de uma morte tão violenta.

Acontece que num país com 56 mil organizações sociais e mais cerca de 20 mil iniciativas público-privadas em matéria de respostas a problemas sociais, contam-se pelos dedos das duas mãos o número de projectos de prevenção ao suicídio. É aqui que temos que parar para pensar, mas também para olhar à nossa volta, tentando identificar os que andam mais frágeis. Os que vivem mais sozinhos e os que se chegam cada vez mais à beira de precipícios que podem ser fatais.

Numa tentativa de perceber, identificar e cartografar milimetricamente as necessidades sociais do nosso país, no sentido de mapear também as soluções mais urgentes, o IES – Instituto de Empreendedorismo Social, está há 4 anos no terreno a passar o país a pente fino, elencando os principais problemas sociais e as respostas que já existem ou têm que passar a existir. Numa lógica de procura/oferta, as equipas do IES elencaram as maiores carências em áreas tão sensíveis como o desemprego de longa duração, mas também de jovens qualificados; o envelhecimento das populações; o isolamento provocado pelo êxodo rural; a cultura de apatia e indiferença; a incapacidade ainda tão portuguesa de fazermos parcerias e criarmos projectos conjuntos; a violência doméstica; a saúde mental; os cuidados com toda a espécie de cuidadores que facilmente vivem em estado de esgotamento e ‘burnout’ e, finalmente, o suicídio. Para cada um destes problemas existem respostas boas e menos boas, mas aparentemente ainda escassas.

Voltando ao Alentejo, que é uma realidade urgente, é bom saber que há pessoas que criam projectos de proximidade e não se importam de percorrer 100 kms por dia para ir buscar 6 pessoas a seis aldeias diferente, para passarem o dia em actividades num centro onde se encontram com gente da sua geração. O projecto “A Vida Vale” é uma destas iniciativas que nos tranquilizam um pouco e inspiram muito, porque apostam numa teia de relações que só se pode tecer em presença. E é por causa desta proximidade e desta presença que os utentes reconhecem em entrevistas que se podem ver na net, que deixaram de ter ‘ideias fracas’ que lhes vinham à cabeça quando estavam condenados à solidão, num isolamento total. “Cheguei a passar semanas e semanas à janela sem ver ninguém, sem ter ninguém a quem dizer um olá!”

Em Lisboa ou no Porto, nas pequenas e grandes cidades também há muita gente sozinha. Tremendamente isolada por morar em prédios antigos sem elevador, por viver sem rendimentos mínimos, por não ter saúde, não ter família nem amigos, e não conhecer sequer os próprios vizinhos. Há uns anos todos nos detivemos na triste história da senhora velhinha que esteve 9 anos morta em sua casa, sem que ninguém desse pela sua falta. Afligiu-nos, mortificou-nos saber isto. O problema é que ainda na semana passada ficamos a saber de mais uma senhora que mora no centro de Lisboa, num prédio dito normal, num bairro aparentemente sem problemas, que ficou 3 dias e 3 noites estendida no chão, sem se alimentar, cuidar, dormir ou pedir socorro, porque tropeçou no tapete de casa caiu no chão. Desta vez foram ‘só’ 3 dias e 3 noites, mas também ninguém deu pela sua falta. Para mim, que ainda não atingi a condição de idosa, três dias e três noites de inverno estendida no chão, sozinha, sem me conseguir alimentar, cuidar ou chamar por ajuda seria radicalmente dramático. Nem consigo imaginar a aflição de uma senhora com mais de 80 anos…

E é por estas pessoas e por todos aqueles que estão à beira de desistir que não podemos baixar os braços nem perpetuar a tal cultura de apatia e indiferença que cria uma distância perversa entre mim e o meu vizinho. Entre mim e o que sofre ao meu lado. Tal como no Alentejo e noutras regiões em que a sociedade civil começa a dar respostas, também nós podemos agir. Dar passos e fazer caminho no sentido de alertar, de recorrer a serviços que já existem e pedir ajudas, mas também no sentido de vermos se está nas nossas mãos, ao nosso alcance, cuidar. Ou, pelo menos, saber quem são os que moram sozinhos em casa, perto de nossa casa.

IN "OBSERVADOR"
16/02/16

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788.UNIÃO


EUROPEIA





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Iémen 11 meses de guerra 
e mais de 35 mil vítimas



* Uma produção EURONEWS

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20-OS PRESIDENTES


HISTÓRIA DA REPÚBLICA


ÚLTIMO EPISÓDIO


* Iniciámos a série a cerca de três meses das eleições para a Presidência da República revelando a história deste órgão de soberania, os seus intervenientes desde a sua génese.
Dia 09/03 toma posse o novo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.


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Mário Alves e O Coral de São José

Per te dimmenso giubilo


Donizetti

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Vizinhos festejam incêndio em hotel 
para refugiados na Alemanha

Um hotel preparado para acolher refugiados na localidade de Bautzen (leste da Alemanha) ficou seriamente danificado na noite passada por um incêndio, enquanto grupos de vizinhos festejavam o sinistro.
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A origem do incêndio está ainda por esclarecer, indicaram hoje fontes policiais, que estão a investigar em todas as direcções.

Frente ao edifício, um antigo hotel que foi preparado para acolher refugiados, juntaram-se grupos de vizinhos, muitos deles claramente alcoolizados, que festejavam "de modo inequívoco" o que estava a acontecer, de acordo com as mesmas fontes.

* A "sinergia" xenófoba na Alemanha é grave e hedionda

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 900.000



VISITAS




ESTIMADOS PERSEGUIDORES E VISITADORES

Este blogue foi iniciado a 9 de Abril de 2009. Com objectivos vagos e noções precisas, absolutamente contra a calúnia, grosseria ou ordinarice. A brejeirice, o picante e o non sense seriam pedras de toque para a nossa diversão e recreio.
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Pouco a pouco mudámos a agulha, desejámos ser mais interventivos, aumentar os nossos conhecimentos, divulgar outros interesses, opiniões de quem sabe opinar, mas sem nunca  esquecer a nossa modéstia e pequena dimensão. Também nunca aceitámos  publicidade paga nas nossas páginas e a que inserimos foi pela criatividade demonstrada.

Estão pois contentes os pensionistas por hoje à tarde 21/02/2016, pouco depois das 17h00 se atingir este número quase mágico de Meio Milhão mais 400 mil visualizações de páginas, corresponde a 135.000 visualizações por ano até ao presente, embora nos últimos meses nos tenham visitado cerca de 25.000 vezes por mês. Como sabem o contador de visitas não é nossa pertença, é do gestor global dos blogues.
No futuro a começar agora iremos ser os mesmos e também diferentes, oxalá nos surjam ideias para o efeito, creiam que além de nos divertirmos este blogue dá trabalho, muito.



Hoje, temos 3 pedidos a fazer:


- Por favor façam mais comentários às inserções, prometemos desde o início não haver censura aos mesmos e cumprimos, foram apenas excluídos comentários insultuosos ou caluniosos.


- Também temos uma espécie de posto  de correio para onde podem mandar tudo o que queiram que se publique e tudo será publicado sem censura, eis o endereço:
"apxxdxdocorreio@gmail.com"
 
- Inscrevam-se como perseguidores, não ganham nada com isso mas é "confortante" sentir a vossa presença.
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 900 mil abraços

Por último UM GRANDE AGRADECIMENTO por nos visitarem e "perseguirem" nomeadamente aos  que gradualmente puseram a sua janelinha na coluna da direita para nos fazerem companhia.

ABJEIAÇOS

OS PENSIONISTAS

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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"

"Foi para mim uma humilhação terrível 
o Presidente de Moçambique ter ido a Angola aprender como mataram Savimbi"

Numa rara entrevista, D. Jaime Gonçalves, arcebispo emérito da Beira, defende que é tempo de a Igreja Católica se envolver outra vez no processo político moçambicano e travar um suposto plano para eliminar o líder da oposição, Afonso Dhlakama

O arcebispo emérito da Beira e principal construtor do Acordo Geral de Paz em Moçambique, Jaime Gonçalves, considera que o entendimento celebrado em 1992 em Roma não está a ser cumprido, e acusa a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido no poder desde a independência, de precipitar o país para um novo conflito.
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Numa rara entrevista, o mediador do Vaticano no entendimento que ditou o fim da guerra civil acha que é tempo de a Igreja Católica se envolver outra vez no processo político e travar um suposto plano para eliminar o líder da oposição, Afonso Dhlakama, que permanece escondido desde outubro, algures na serra da Gorongosa. E recorda ainda os primeiros momentos da construção da paz, quando dava prisão falar de guerra, e o papel decisivo de George Bush, ex-Presidente dos EUA, para sentar as partes beligerantes na capital italiana.

Quais os maiores sucessos e insucessos nos acordos de Roma?
O primeiro sucesso foi conseguirmos que o Vaticano desse a sua ‘sombra’ às conversações e aceitasse convencer as partes para o diálogo direto. O segundo foi [ex-Presidente Joaquim] Chissano aceitar ir a Roma. Foi difícil. O partido [Frelimo] e Chissano não queriam brincadeiras de diálogo e Chissano nomeou Armando Guebuza como chefe da delegação, justamente porque era dos que, no partido, mais se opunha ao diálogo com a Renamo.

E os insucessos?
Quando chamámos para o processo as Nações Unidas, disseram que devia haver um só exército no país, senão começavam [a guerra] outra vez. Então, metade soldados da Renamo, metade soldados do Governo. Ficou também decidido que a Renamo podia manter a segurança para defender os seus líderes e foi assim que se concordou: a Renamo tem a sua segurança, a Frelimo tem a sua segurança. Até quando? Até às primeiras eleições democráticas [em 1994]. Mas o problema permanece até hoje. Fizemos as eleições democráticas à maneira da Frelimo, unificaram o exército, a Frelimo cumpriu, integraram-se os efetivos da Renamo e os da Frelimo, mas Chissano saiu da Presidência e entrou Guebuza. E ele [Guebuza, chefe de Estado entre 2005 e 2015] não tinha mudado as suas ideias, nunca aceitou o diálogo com a Renamo. Esteve em Roma, mas era brincadeira. Os da Renamo que tinham sido integrados pela ONU para unificar o exército foram todos postos de fora. Havia também homens da Renamo que deviam ir para Maputo fazer segurança e a Frelimo disse não: ‘Chega, não queremos mais’. Então, a Renamo ficou em casa com os seus homens, ficou um movimento descamisado.

Qual a relação dessas circunstâncias com a crise atual?
Aqui é que está! A dado momento, a Renamo começa a perguntar ‘que brincadeira é esta?’ e surge o conflito. Dhlakama tem nas mãos homens que devia mandar para o exército mas que Guebuza e companhia recusaram. É a história de Maringué [graves confrontos no final de 2013 no Norte da província de Sofala e marco do reinício da escalada de violência em Moçambique]. Quem fica em Maringué? Homens que deviam integrar o exército mas que foram tirados de lá. E também os homens que deviam integrar a segurança. Falar de Maringué é tocar na situação atual. Não se pode perceber a dificuldade do diálogo, não se pode entender esse problema, sem Maringué, porque a Renamo já não aceita ficar fora do exército.

Quase 25 anos depois, o Acordo Geral de Paz continua a ser um documento atual e necessário?
O documento do Acordo Geral de Paz ainda é a luz para a solução dos conflitos. Aquele que Dhlakama e Guebuza fizeram, a chamada cessação de hostilidades [a 5 de setembro de 2014, em Maputo] foi o jeito de Guebuza contemporizar, dar calma a Dhlakama enquanto ele concebia um exército novo e o Ematum [escândalo de frota pesqueira estatal usada para aquisição de material militar]. É essa coisa que estamos a viver: Bissopo [secretário-geral da Renamo, baleado por desconhecidos na Beira a 20 de janeiro], os quatro atentados de Dhlakama [incidentes entre setembro e outubro do ano passado, envolvendo a comitiva do líder da oposição]. Portanto o Acordo Geral de Paz não está a ser praticado pela Frelimo. O que eles dizem é que depois do Acordo fizeram a Constituição, mas é preciso resolver os problemas antes e esse é o problema fundamental. Até hoje falam de diálogo, mas o diálogo não é possível com morte. Foi para mim uma humilhação terrível o nosso Presidente da República, o máximo magistrado da nação, ter ido a Angola aprender como mataram Savimbi [referência a uma controversa declaração do atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, proferida em novembro, em Luanda, quando apontou Angola como um exemplo de um país onde a oposição não anda armada].

* Serviço especial da Agência Lusa para a VISÃO

* Os dirigentes africanos na sua grande maioria ainda só são "homo erectus", o exemplo brilhante de NELSON MANDELA não interessa aos novos sobas.

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ESTA SEMANA NO
"SOL"

Curta portuguesa vence 
Urso de Ouro em Berlim

A curta-metragem de Leonor Teles ‘Balada de um Batráquio’ levou para casa o prémio melhor curta-metragem no festival de cinema de Berlim.
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A produção centra-se em atitudes de xenofobia contra membros da etnia cigana em Portugal, etnia na qual a realizadora tem raízes por parte do pai.

A 66.ª edição do festival de cinema de Berlim encerra este domingo.

* Os portugueses quando querem ganham.


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MULHERES RODADAS


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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
O drama da ilha envenenada

Para alimentar a produção de smartphones, o quotidiano de Bangka assemelha-se a um inferno na terra

São oito da manhã em Rebo, uma aldeia piscatória na costa leste da ilha indonésia de Bangka.

Dezenas de jovens vestidos com farrapos juntam-se perto do pequeno porto, munidos apenas de um jerricã de combustível e de um almoço parco. Contemplando o horizonte em silêncio, esperam pelo barco de pesca que os levará a uma série de pontões de madeira, umas centenas de metros mar adentro. Embora essas plataformas flutuantes possam parecer, à primeira vista, pontos de pesca, o que tiram do fundo do mar é bem mais precioso: estanho, um dos metais mais valiosos do mundo nos tempos que correm.
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Pouco maior do que o Chipre, Bangka é uma ilha com um milhão de habitantes que fornece cerca de 30% do estanho a nível mundial. Um metal utilizado em artigos tão diversos como componentes para carros, latas e placas. Do total de estanho recolhido, 52% são usados como solda, crucial para manter juntas as placas de circuitos eletrónicos e as peças de produtos marcantes da atualidade, como os smartphones, os portáteis e os tablets.

Com a produção de smartphones e tablets a alcançar, respetivamente, no ano passado, 1167 milhões e 229 milhões de unidades, o preço do estanho quase triplicou, crescendo de menos de 5 para mais de 13 dólares por quilo (de 4 para 12 euros) nos últimos 12 anos. No entanto, enquanto Bangka alimenta o apetite global pelos produtos eletrónicos, o estanho está, rapidamente, a fazer desta ilha, outrora paradisíaca, um verdadeiro inferno na Terra.

Bangka tornou-se uma mina gigante, quer em terra quer no mar. As suas florestas tropicais, virgens, têm hoje as cicatrizes de milhares de crateras como as da Lua, contaminadas com água ácida e metais pesados, resultantes de 13 anos de extração indiscriminada.

Ataque a zonas protegidas 
Depois de o sector ter sido liberalizado, em 2001, o mercado foi invadido por dezenas de milhares de mineiros informais. Segundo o Departamento de Minas e Energia do governo provincial de Bangka, 30% a 40% da população da ilha vivem da atividade mineira. A grande maioria trabalha em zonas ilegais que se estendem para lá do horizonte visível, não raro no meio de florestas protegidas. Abunda o trabalho infantil, bem como os ferimentos e os acidentes fatais.
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Chegados às plataformas, os homens começam a trabalhar a um ritmo febril. Cercados por uma lagoa artificial, criada pelos pontões flutuantes, três deles mergulham nas águas lamacentas, que contrastam com a cor turquesa do mar em volta. Como se tivessem um aspirador gigantesco, os mergulhadores sugam minério de estanho do fundo do mar, utilizando um tubo de plástico ligado a uma bomba alimentada a gasóleo. Bombeado para os pontões, o estanho — mais pesado — deposita-se no fundo da plataforma de madeira, enquanto a areia volta a ser lançada ao mar. Ao fim do dia, cada pontão pode recolher até 15 kg de minério. Dependendo da cotação mundial, cada mineiro pode ganhar até 13,6 euros por dia, o dobro do que ganha um trabalhador agrícola. Porém, a fatura é pesada, sobretudo para quem extrai minério do mar.

“São os mergulhadores quem mais se arrisca”, grita Huwei Liong, de 31 anos, esforçando-se por ser ouvido por entre a cadência das pancadas ensurdecedoras das bombas. Os poços criados quando se retira minério do fundo do mar são fundos e podem desmoronar-se com facilidade, enterrando os mergulhadores sob vários metros de areia. Hoje proprietário de um pontão, Liong sobreviveu a várias derrocadas quando era mergulhador. “De repente, fica-se enterrado, não há como evitá-lo”, explica. “Às vezes os companheiros demoram 30 minutos ou uma hora a trazer-nos à superfície”. Muitos não tiveram tanta sorte como ele: segundo a associação ambiental local Walhi, em média morre um mineiro por semana em Bangka.

É frequente os mineiros ilegais jogarem perigosamente às escondidas com a polícia, como fazem Malasari Amirudin, de 33 anos, e a filha Novi Akher, de 15. No dia em que os visitámos, estavam a passar a manhã na sua casa numa zona árida de Batako, com outras duas mulheres mineiras. Na noite anterior, a polícia fizera uma rusga à mina em que trabalhavam, em terra, acabando por encerrá-la. “Não temos alternativa senão esperar até que abra uma mina nova. Regra geral, não demora mais de uma semana”, explica Amirudin, que se dedica à extração de estanho desde os 10 anos. Como a maioria dos demais mineiros, Amirudin e a filha não fazem ideia da utilidade posterior do estanho que extraem.

À medida que a floresta tropical recua, dando lugar a novos poços de mineração, as minas que se esgotam vão sendo abandonadas. As autoridades exigem às empresas com licenças para a atividade mineira que limpem a terra onde trabalharam, mas basta andar de carro pela ilha para comprovar que enormes quantidades de terra esventrada estão claramente ao deus-dará.

A situação ambiental ainda é pior no mar. Centenas de pontões artificiais funcionam ao longo de uma frota de dragas e navios sugadores, que extraem continuamente estanho do fundo do mar e devolvem ao mar a areia residual. Segundo um estudo recente da Universidade de Bangka Belitung, os resíduos de arreia mataram 30% a 60% dos recifes de coral da ilha, obrigando os peixes a deslocarem-se para longe da costa e prejudicando o sector do turismo. Apesar de as empresas mineiras se concentrarem cada vez mais na extração no mar, o governo local não adotou quaisquer disposições sobre a gestão do oceano.
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A ilha produz 90% do estanho indonésio, 95% do qual é vendido no estrangeiro: à China, Europa ou Ásia. É praticamente impossível descobrir-lhe a origem. A empresa estatal de extração de estanho, PT Timah, acusa as fundições independentes de comprarem a mineiros ilegais. Os privados dizem que não faz sentido a distinção entre mineração legal e ilegal. “Quando 40% da população está envolvida na mineração, como se pode dizer que é ilegal?”, diz um fundidor independente, que pede o anonimato.

Quem paga custo ambiental? 
Devido às dificuldades em regular o mercado do estanho, em 2012 o grupo ecologista Friends of the Earth (FoE, Amigos da Terra) lançou uma campanha pedindo aos principais fabricantes de telemóveis que assumam a responsabilidade pela situação ambiental em Bangka e que liderem uma campanha para melhorar a transparência na cadeia de fornecimento de estanho. Embora o Governo indonésio tenha anunciado um plano para reprimir a mineração ilegal, as autoridades de Bangka admitem às claras que a praga vai ser difícil de erradicar. “Vai ser impossível travar isto a curto prazo, temos de ser realistas. Primeiro há que criar emprego para as pessoas, para poderem dar de comer aos filhos”, explica Yan Megawandi, líder do Departamento de Planeamento do governo provincial.

Condicionado pelo magro orçamento, Megawandi admite que também vai ser complicado remediar os estragos ambientais causados pelos mineiros nos últimos anos. Ismed Inonu, vice-reitor da Universidade de Bangka Belitung, lança um aviso ainda mais sombrio quanto ao futuro da ilha. “O impacto da destruição a que assistimos vai durar décadas, se não séculos”, antevê. “Certas espécies animais já estão a desaparecer. Se não se agir agora, algo de muito mau vai acontecer a esta terra.”

* Indústria esclavagista das novas tecnologias.


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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"

Isenção do IMI 
Atenção à morada do Cartão do Cidadão

As famílias de baixos rendimentos têm direito a uma isenção permanente do IMI. Mas é necessário que a morada fiscal e a da casa isenta coincidam.

As famílias com um rendimento anual até 15295 euros beneficiam de isenção permanente do Imposto Municipal sobre os Imóveis. Este benefício é-lhes atribuído de forma automático pela administração fiscal mas apenas é concedido ao imóvel afeto à habitação permanente que corresponde à morada fiscal. 
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Esta nuance consta da proposta do Orçamento do Estado para 2016 e vem determinar que para efeitos da atribuição daquela isenção “se considera prédio ou parte de prédio urbano afeto à habitação própria e permanente aquele no qual esteja fixado o respetivo domicílio fiscal”.

À partida ambas as moradas coincidem, mas pode acontecer que as pessoas não tenham a morada atualizada, sendo que para o fisco, a que é válida e considerada é a que consta do Cartão do Cidadão. 

Este regime vem aproximar a concessão das isenções permanentes ao que já existe para os contribuintes em geral quando pedem isenção de IMI (e que lhes é concedida por um período máximo de três anos). Desde o início de 2015 que podem entrar para este regime de isenção permanente do IMI as pessoas com um rendimento anula inferior a 2,3 vezes o valor do salário mínimo auferido em 2010 (e que era de 475 euros). 

O regime anterior concedia este benefício às famílias que contavam com o equivalente a 2,2 SMN anuais. Quando o limite foi alterado, o anterior governo estimou que o benefício pudesse abranger cerca de 350 mil famílias – mais 50 mil do que as que até aí gozavam desta isenção. Este benefício vai ser apurado de forma automática pelo fisco que usará os dados de que dispõe sobre o rendimento das famílias. 

* Informação importante a que às vezes não damos o devido relevo.

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   Pasteis

de Leite Condensado e Limão 


Receitas da Vó Lurdes
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ESTE MÊS  NA
"GADGET"
Peugeot Foodtruck 
Comida itinerante 
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Este veículo responde à visão do fabricante “para uma restauração itinerante em benefício do serviço, do bem-estar e do prazer dos sentidos”. 
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É um automóvel que, uma vez parado, se transforma num espaço de restauração.

Preço sob consulta.

* Ideia mirabolante ou genial?


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