Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
17/12/2015
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Rui Brites assinalou ainda que "o grau de satisfação com a vida e a felicidade, numa escala de 0 a 10, atinge valores superiores a 8 entre os emigrantes qualificados portugueses, o que, na Europa, apenas costuma surgir nos países escandinavos, já que a a média em Portugal ronda os 6,4 a 6,6".
HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Mulheres até 40 anos e solteiros dominam
. emigração qualificada portuguesa
. emigração qualificada portuguesa
A emigração qualificada portuguesa é
maioritariamente feminina, na faixa dos 30 aos 40 anos, e representa uma
perda para Portugal na ordem dos 7 mil milhões de euros, revela um
estudo apresentado esta quinta-feira em Lisboa.
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Com base numa amostra de 1.011
emigrantes com, pelo menos, o grau de licenciatura, o estudo concluiu
que 54,2% são do sexo feminino, 60% estão na faixa dos 30 aos 39 anos e
58,5% são pessoas solteiras, sendo que, em termos de habilitações
académicas, há 43% com mestrado, 35% com licenciatura/pós-graduação e
22% com doutoramento.
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As conclusões do estudo, que se insere no projecto Bradramo - Brain
Drain and Academic Mobility from Portugal to Europe (Êxodo de
competências e mobilidade académica de Portugal para a Europa) e resulta
do trabalho conjunto das Universidades de Coimbra, do Porto e de
Lisboa, foram apresentadas hoje no seminário "A Emigração Portuguesa no
Século XXI", que decorreu no Instituto Universitário de Lisboa, do
Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).
"A área das ciências, matemática e informática, com 35%, é a mais
representada entre a emigração portuguesa qualificada, tendo 80% dos
inquiridos saído de Portugal no deflagrar da crise, contra apenas 15%
que deixaram o país antes de 2007", revelou Rui Brites, metodólogo,
momentos antes da sua intervenção, intitulada "A Emigração Portuguesa
Qualificada na Europa: Principais Resultados".
De acordo com o investigador, os emigrantes portugueses qualificados
escolhem como destino principal o Reino Unido, seguindo-se a Alemanha, a
França e a Bélgica, sendo a realização profissional o principal móbil
para sair do país, seguido das razões económicas.
Em termos de rendimento, enquanto em Portugal a maior parte dos
inquiridos recebia até 1.000 euros, no estrangeiro a maior parte recebe
de 1.000 a 3.000, "com cerca de 7% a 8% a receberem acima de 6.000
euros", assinalou Rui Brites, acrescentando que "mais de metade dos
respondentes pensa ficar fora de Portugal mais de 10 anos".
Cerca de dois terços planeia permanecer no país onde está ou mudar
para outro país europeu e só pondera regressar a Portugal por razões de
carreira ou realização profissional, melhores salários ou pela
ocorrência de uma mudança no contexto familiar, caso do nascimento de
filhos ou da doença de um familiar.
Rui Brites assinalou ainda que "o grau de satisfação com a vida e a felicidade, numa escala de 0 a 10, atinge valores superiores a 8 entre os emigrantes qualificados portugueses, o que, na Europa, apenas costuma surgir nos países escandinavos, já que a a média em Portugal ronda os 6,4 a 6,6".
"Os nossos emigrantes são, inclusivamente, mais felizes do que a
média dos cidadãos europeus, o que penso dever-se ao facto de estas
pessoas sentirem que tiveram a coragem de tomar a vida nas mãos. Ou
seja, foram à procura, não ficaram a carpir mágoas aqui sentadas e isso
torna-as felizes e satisfeitas", concluiu.
Por seu lado, Luísa Cerdeira, coordenadora da equipa da Universidade
de Lisboa, concentrou-se na perda que a vulgarmente designada "fuga de
cérebros" representa para Portugal. "Para o efeito, considerámos os
cerca de dois terços dos inquiridos que pensam permanecer a médio ou
longo prazo fora de Portugal e usámos dados da OCDE, referentes a 2010,
sobre os custos - de investimento público e gastos familiares -
relativos à formação de homens e mulheres portugueses até à conclusão de
um grau de ensino superior", explicou a investigadora.
Segundo a OCDE, esses custos são da ordem dos 80.000 dólares por
pessoa, o que, aplicado ao universo da emigração qualificada portuguesa -
145.000 emigrantes com formação superior segundo os Censos 2011 -
corresponde a 11,5 mil milhões de dólares, ou seja, 10,64 mil milhões de
euros ao câmbio actual.
"Esta verba equivale ao que custou formar aquelas pessoas. Como dois
terços delas ponderam manter-se no exterior durante a sua vida activa,
estamos a falar de 7 mil milhões de euros a fundo perdido", explicou
Luísa Cerdeira à Lusa, que apresentou um trabalho intitulado "'Exportar'
mão-de-obra qualificada a custo zero: quanto perde Portugal com a 'fuga
de cérebros'?"
* Passos Coelho e Paulo Portas foram os grandes exportadores de carne humana qualificada.
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HOJE NO
"DESTAK"
Hospital de Coimbra nega ter violado
ética profissional ao anunciar transplante
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) negou hoje ter violado regras da ética profissional na realização de um transplante, refutando as acusações do Hospital de São João, no Porto.
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"O que nós fizemos foi a realização de um transplante de tecido ovárico criopreservado de uma doente oncológica antes de se submeter a um tratamento de quimioterapia", disse à agência Lusa a diretora do serviço de Medicina de Reprodução Humana do CHUC, Teresa Almeida Santos.
Essa intervenção numa doente, de 28 anos, visou "preservar a sua fertilidade futura" e foi realizada, no início de novembro, no âmbito do programa de preservação da fertilidade iniciado, em 2010, naquele serviço do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, acrescentou.
* Guerra entre hospitais em vez de conjugarem esforços???
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HOJE NO
"i"
Casa.
O que pode desvalorizar
Há vários fatores que podem desvalorizar a sua casa e que podem vir a penalizar se estiver a pensar em vender o seu imóvel.
Fazer obras
sem avisar a Câmara pode vir a ser penalizador, já que a planta da casa
que em poder na autarquia pode não vir a corresponder à realidade.
Também a localidade pode ter alguma influência. Por exemplo, viver numa
zona de bares poderá desvalorizar o preço da casa.
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O mesmo acontece se viver numa zona
de cheias. Existem algumas zonas em Portugal, que nos últimos anos têm
sido sacrificadas pela subida das águas. Tendo em conta os possíveis
estragos é natural que a sua casa veja o seu valor a diminuir se vive
numa zona com uma história de cheias.
Além disso, ter uma habitação numa
zona com níveis de crime elevados pode levar a uma desvalorização do
valor da sua propriedade. O facto de não ter garagem e se o valor do
condomínio for considerado elevado também podem contribuir para a
desvalorização da casa.
E quer saber quanto deve poupar para um fundo de emergência? Amanhã respondo.
* Esteja atento.
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ANA SOUSA DIAS
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IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
13/12/15
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Amores e amorzinhos
Há encontros que gostaria de ter presenciado, mosca
discreta sem interferência na conversa. Não queria apenas ouvir as
palavras, queria observar os gestos, os olhares, as atitudes. Um deles
está relatado e é extraordinário: Ingmar Bergman a jantar com Woody
Allen, em Nova Iorque, em 1975. O encontro foi presenciado pela mulher
de Bergman e por Liv Ullmann, que tiveram de ocupar os silêncios dos
dois. Pouco falaram um com o outro, limitavam-se a olhar-se. «Almost lovingly», contou Liv. Quase com amor.
Imagino assim o encontro que não aconteceu entre Álvaro Cunhal e José
Pacheco Pereira. A desconfiança e a curiosidade de um, a admiração e a
curiosidade do outro. Ou: a desconfiança, a curiosidade e a admiração de
cada um pelo outro, e outras qualidades que duravam uns minutos a
enumerar e ainda ficava curta a frase.
Saiu nesta semana o quarto volume da biografia política de Cunhal por
Pacheco. Foi lançado intencionalmente na Fortaleza de Peniche, de onde o
primeiro fugiu numa operação espetacular a 3 de janeiro de 1960. O
livro leva-nos ao início do fim do regime, com Salazar a cair da cadeira
em 3 de agosto de 1968 e a ficar pateticamente convencido de que
mantinha as rédeas do país até à morte, em 27 de julho de 1970. São oito
anos em que vida de Cunhal muda muitíssimo, pessoal e politicamente, e
em que o mundo comunista muda também, com a invasão da Checoslováquia
pelos tanques da União Soviética e a rutura dos dois maiores partidos
comunistas – o soviético e o chinês.
O livro de Pacheco Pereira lê-se, como acontecia nos anteriores, com
uma fluidez que resulta da capacidade de entrecruzar os diferentes
planos da narrativa. Há o nascimento da filha Ana, a quem se mantém
ligado, de perto ou à distância. Imaginamos Cunhal a colar legendas
traduzidas em livros de banda desenhada (Tintin, entre outras) para que a
filha as possa ler. Ou a explosiva discussão em Praga com Flausino
Torres, o pai de Cláudio Torres, em Praga, pouco depois do fim abrupto
da experiência de Dubcek, o momento que determinou o afastamento de
muitos militantes.
O espírito de colecionador de Pacheco Pereira não é um fim em si
mesmo mas um caminho para ligar pontos como naqueles jogos infantis que
só revelam o desenho quando traçamos riscos entre os pontos numerados.
Fui buscar um outro livro que resulta desta persistência. Chama-se Amorzinho
e reproduz a correspondência de Lourdes e Alfredo entre 1934 a 1943. As
cartas resgatadas do lixo deste casal banal mostram-nos o caminho que
vai do momento em que se conhecem até depois do casamento e nascimento
do filho. Uma última troca de cartas, entre os pais e o filho com 12
anos, encerra a história. Pelo prefácio da organizadora, Rita Maltez,
conhecemos mais dados sobre o casal, ela costureira, ele contabilista.
Aprendemos muito sobre aqueles anos, que têm em pano de fundo a Segunda
Guerra Mundial, e acontecimentos como o ciclone de 1941, os filmes que
vão vendo. Percebemos como ela se embriaga de desejo e faz amor com ele
antes do casamento, e se aflige com «atrasos», e, anos mais tarde, faz
um porto de uma gravidez inesperada. Ele, sabido e aventureiro, confessa
namoros com outras na vida de terra em terra a que a profissão o
obriga, e manipula a ingenuidade dela sabendo como os ciúmes a consomem.
Tudo isto está também na coleção gigantesca de Pacheco Pereira na
Marmeleira, no antigo quartel dos bombeiros que transformou em
biblioteca, e seria um aglomerado de inertes se não fosse tudo lido,
sistematizado e estudado. Para nos dar a biografia de Álvaro Cunhal e
também as costuras de Lourdinhas.
IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
13/12/15
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Martin Shkreli, empresário farmacêutico e financeiro, foi detido esta quinta-feira pelas autoridades norte-americanas, em Nova Iorque, por suspeita de defraudar investidores.
O suspeito, de 32 anos, é acusado de enganar os investidores dos dois fundos de investimento que geria, o MSMB Capital Management e o MSMB Healthcare Management.
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HOJE NO
"A BOLA"
Polícia detém empresário
farmacêutico acusado de enganar
dois fundos de investimento
Martin Shkreli, empresário farmacêutico e financeiro, foi detido esta quinta-feira pelas autoridades norte-americanas, em Nova Iorque, por suspeita de defraudar investidores.
O suspeito, de 32 anos, é acusado de enganar os investidores dos dois fundos de investimento que geria, o MSMB Capital Management e o MSMB Healthcare Management.
mm
Shkreli causou polémica, em setembro, por ter aumentado fortemente o preço de um medicamento.
Além disso, suspeita-se que o empresário obrigou o laboratório farmacêutico que criou o Retrophin a transferir títulos da sociedade para estes fundos, sem qualquer contrapartida financeira.
O procurador do distrito leste de Nova Iorque, Robert Calpers, revelou que essa situação levou a que o Retrophin e os seus acionistas tivessem perdido mais de 11 milhões de dólares (€10 milhões) no processo.
Além disso, suspeita-se que o empresário obrigou o laboratório farmacêutico que criou o Retrophin a transferir títulos da sociedade para estes fundos, sem qualquer contrapartida financeira.
O procurador do distrito leste de Nova Iorque, Robert Calpers, revelou que essa situação levou a que o Retrophin e os seus acionistas tivessem perdido mais de 11 milhões de dólares (€10 milhões) no processo.
* Há muitos que parecem inteligentes mas não passam de "xicosespertos"
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Aumenta número de visitantes
ao interior de vulcões nos Açores
O número de pessoas que percorrem as cavidades vulcânicas com
visitação regular do arquipélago dos Açores está a aumentar, registando
este ano quase 70 mil pessoas, mais 13% do que em 2014, segundo dados
hoje disponibilizados à agência Lusa.
De acordo com informação da Direção Regional do Ambiente, as
cinco cavidades vulcânicas da região com visitação regular – Algar do
Carvão e Gruta do Natal (ilha Terceira), Gruta do Carvão (São Miguel),
Gruta das Torres (Pico) e Furna do Enxofre (Graciosa) – receberam este
ano, até 30 de novembro, 69.852 visitantes.
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Ao longo de 2014, os mesmos espaços foram visitados por 61.332 pessoas.
“[É] uma aposta manifestamente ganha pelo incremento e pelo
crescimento constante e sustentado da procura destes espaços”, disse o
diretor regional do Ambiente, Hernâni Jorge.
Para o responsável, o aumento de visitantes deve-se ao interesse no
“conhecimento do património geológico e da geodiversidade que estes
espaços podem evidenciar”, ao “desafio de descer e de entrar no vulcão” e
ao “valor extremamente riquíssimo do património natural, designadamente
geológico e também biológico que existe nesses espaços”.
O Algar do Carvão, na Terceira, é, segundo a página na Internet da
associação Os Montanheiros, “uma notável chaminé vulcânica”, com uma
cratera de 15 por 20 metros que “termina 90 metros abaixo numa lagoa de
águas límpidas”.
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Ainda na ilha Terceira, a Gruta do Natal é um tubo de lava com 697 metros de comprimento.
Já em São Miguel, em Ponta Delgada, está a Gruta do Carvão, o maior
túnel lávico da ilha, “considerada uma das joias da vulcanoespeleologia
dos Açores” que tem uma extensão total de 2.000 metros de comprimento,
mas apenas 200 visitáveis.
A Gruta das Torres, no Pico, é o maior túnel lávico conhecido em
Portugal, enquanto a Furna do Enxofre, na Graciosa, com um comprimento
de 194 metros e cerca de 50 metros de altura de teto em forma de abóbada
na parte central, começou a ser explorada no século XIX por vários
investigadores, entre os quais o príncipe Alberto I do Mónaco e os
naturalistas Ferdinand André Fouqué e Georg Hartung.
À Lusa, o diretor regional do Ambiente adiantou que a experiência do
Algar do Carvão “remonta há 50 anos, através de uma iniciativa da
associação local Os Montanheiros”, mas “infelizmente só foi replicada e
generalizada não só às cavidades vulcânicas, como também a outros
espaços naturais na última década, com a criação de centros
interpretativos ou centros de visitação”.
Hernâni Jorge esclareceu, relativamente às duas grutas e centros de
interpretação associados geridos pela região diretamente - a Furna do
Enxofre e a Gruta das Torres -, que 90% das visitas são turistas e,
neste caso, “os nacionais estão em primeiro lugar”.
Depois, surgem “os alemães e os turistas do norte da Europa, sendo
que nos últimos anos os espanhóis e italianos começam a ganhar um espaço
interessante”, acrescentou.
* Conhecemos o "ALGAR DO CARVÃO" e a "GRUTA DO NATAL" duas visitas inesquecíveis.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
FMI assume que Portugal devia
ter reestruturado a dívida
O Fundo Monetário Internacional (FMI) assumiu ontem que países como
Portugal teriam beneficiado de uma reestruturação da dívida pública,
feita de forma significativa, logo no arranque dos seus programas de
ajustamento. A conclusão foi assumida por Vivek Arora, director do
Departamento de Análise Estratégica e Política do FMI, numa conferência
de imprensa sobre um relatório técnico de avaliação aos programas de
ajustamento da crise.
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“Não temos um ponto de vista específico
sobre Portugal, mas temos uma visão geral: se os países têm um rácio de
dívida elevado ou se a sustentabilidade da sua dívida não pode ser
assumida categoricamente, então a reestruturação da dívida à cabeça é
uma solução desejável”, explicou Vivik Arora, quando questionado sobre o
caso português.
É que o relatório de análise aos programas de
ajustamento da crise, divulgado ontem à tarde em Washington, explica que
Portugal foi um dos países onde a dívida não podia ser considerada
sustentável de forma categórica. Contudo, por riscos de efeitos de
contágio, o FMI accionou a cláusula criada para o caso grego para, ainda
assim, participar no resgate internacional.
“Em Portugal, foi
difícil afirmar categoricamente que havia uma elevada probabilidade de a
dívida ser sustentável no curto prazo”, lê-se no relatório. “Contudo,
tendo em conta preocupações com contágios sistémicos internacionais, foi
evocada a cláusula de excepção para justificar o acesso excepcional [ao
apoio do FMI]”.
Foi também pelos riscos de contágio que a
reestruturação foi, na altura, afastada tanto em Portugal, como na
Irlanda, reconhece ainda o documento.
Ontem, Vivik Arora explicou
que “teria sido melhor reestruturar a dívida” nos países com as
características de Portugal para evitar que “o peso do ajustamento fosse
transferido da redução da dívida para um esforço de consolidação
orçamental muito grande”.
Ou seja: como Portugal não
reestruturou a dívida à partida, foi obrigado a procurar uma forte e
rápida redução do défice orçamental. Esta foi, de facto, a estratégia do
então ministro das Finanças, Vítor Gaspar, assim que chegou ao Governo,
em 2011: perante o “desvio colossal” de dois mil milhões de euros na
execução do orçamento, o Executivo informou a ‘troika’ de que aplicaria
uma sobretaxa no IRS, equivalente ao corte de metade dos subsídios de
Natal acima do salário mínimo.
Portugal é, assim, um exemplo
paradigmático do que o relatório técnico do FMI concluiu como
consequência de esforços demasiado elevados de consolidação: “Podem
provocar uma queda grande no PIB e prejudicar o rácio da dívida pública
no curto prazo”, explicou o director do FMI. No final do terceiro
trimestre deste ano, a dívida pública portuguesa ainda se encontrava
acima dos 130% do PIB, segundo o Banco de Portugal. Por isso, “é
desejável um ritmo mais lento de consolidação, o que implica mais
financiamento disponível”, rematou ontem Vivik Arora.
Um fechar de olhos que começou na Grécia
A
conclusão de ontem vai exactamente no mesmo sentido daquela que o Fundo
teceu sobre a Grécia no Verão de 2013, quando publicou um relatório de
análise ao primeiro resgate à economia helénica.
Na altura, o
FMI escreveu que quando foi chamado a participar no primeiro programa
grego, em 2010, Atenas não reunia condições para receber financiamento,
porque a dívida não era sustentável. A instituição hoje liderada por
Christine Lagarde propôs uma reestruturação, para que o rácio pudesse,
pelo menos, “parecer sustentável”. Uma ideia que “foi posta de parte
pela zona euro”, com vários países a levantarem “argumentos de perigo
moral [ou seja, uma recompensa a um país mal comportado]”.
Com o
alívio na dívida fora das opções, só havia duas hipóteses: “entrar de
imediato em ‘default’, ou seguir em frente, como se fosse possível
evitar a reestruturação”. Escolheu-se a segunda opção, que obrigou o FMI
a fechar os olhos e contornar as próprias regras, criando a tal
cláusula de excepção sobre o risco sistémico.
A questão da
sustentabilidade da dívida manteve-se sempre bem presente no caso grego,
com o Fundo a reconhecer ter sido um erro aceitar financiar o país sem
uma reestruturação prévia. De tal forma que, para participar no actual
terceiro resgate, impôs como condição os países do euro avançarem para
um alívio na dívida helénica, algo que ainda não aconteceu – e, como
tal, o Fundo mantém-se, para já, fora do financiamento a Atenas.
Em
Portugal, a questão da dívida também foi várias vezes levantada pelo
FMI que, ainda durante o programa, chegou a sublinhar num relatório de
avaliação que não era possível “garantir a sustentabilidade a médio
prazo” da mesma.
* Afinal teria sido melhor a reestruturação da dívida conforme muitos economistas preconizavam. Mas as inteligências do PSD e CDS estavam mais interessadas em genuflectir diante da sra. Merkel do que pensar em Portugal.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"
Farmácias vão vender remédios
para o cancro
Governo quer também dentistas nos centros de saúde.
Entre as reformas relevantes do programa do Governo para os próximos três anos, consta um projeto-piloto, em 2016, que permitirá às farmácias ceder medicamentos para o cancro, hepatite C e VIH, habitualmente dispensados pelos hospitais.
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O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, na apresentação dos coordenadores nacionais para a reforma do Serviço Nacional de Saúde – Henrique Botelho (Cuidados de Saúde Primários), António Ferreira (Cuidados de Saúde Hospitalares) e Manuel José Lopes (Cuidados Continuados Integrados).
As reformas apontam ainda para a criação de equipas fixas de urgência nos hospitais, bem como a criação de um sistema que permitirá ao utente escolher o local onde tem consultas mais rápidas. Está também prevista a integração de dentistas nos centros de saúde.
Em Bragança já acontece, e com sucesso, e agora o Governo está em conversações com a Ordem dos Médicos Dentistas para identificar outros locais.
Mas há mais mudanças pensadas para os próximos três anos, como o alargamento dos cuidados de saúde primários e continuados, com a extensão à saúde mental e à Pediatria. A contratação de mais enfermeiros pelo Estado é também uma possibilidade, garantiu ao CM o secretário de Estado adjunto Fernando Araújo.
"Vamos avaliar necessidades". Isto porque é também prioridade destas reformas "reforçar o papel do enfermeiro e integrá-lo nas equipas de saúde familiar", o que "pode levar à contratualização" de mais profissionais.
* Não temos a certeza de ser uma boa ideia, quanto a dentistas nos Centros de Saúde devia ter sido p'ra ontem.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Fim da coligação PSD/CDS?
“Com certeza que as pessoas
estarão distraídas”
Não há nenhuma coligação entre PSD e CDS na oposição. Pedro Passos
Coelho afirmou esta quarta-feira que há alguma distração na sociedade
quanto a isso.
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Questionado pelos jornalistas sobre um possível fim
da coligação PSD/CDS, o líder do PSD argumentou: “Com certeza que as
pessoas estarão distraídas, porque o PSD e o CDS tinham um acordo de coligação de governo e o governo foi derrubado no Parlamento.
Portanto, o acordo de coligação já não existe”. À entrada para o jantar
de Natal do grupo parlamentar do PSD, Passos Coelho acrescenta que não é
necessário “nenhum ato formal para lhe pôr termo”.
Recorda que existe um passado de governo entre ambos os
partidos e que foram a eleições com um programa conjunto que foi
“sufragado” pelos portugueses”, além de que nenhum dos partidos “teve
que fazer concessões extraordinários ao outro”. E, por isso, Passos
Coelho diz que existe “hoje, uma proximidade” e uma “boa relação” com o
CDS, afirmando que este partido é um “interlocutor privilegiado” para o
PSD.
Depois da queda do Governo PSD/CDS com uma moção de censura
do PS, em novembro, os dois partidos de direita prometeram articulação
na Assembleia mas essa articulação já está a provocar tensões internas.
Fontes
sociais-democratas assumem ao Observador que a estratégia de António
Costa em virar à esquerda está a deixar o centro descoberto e que o PSD
deveria aproveitar melhor essa oportunidade posicionando-se sozinho e
sem amarras à direita. “O PSD é um partido do centro”, frisava esta
tarde no Parlamento um ex-governante ao Observador.
* Tão amigos que nós éramos, agora é só rosnar...
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Ministra "rouba" chefe de gabinete
ao diretor da PSP
Constança
Urbano de Sousa dispensou o oficial de ligação da PSP em funções e
escolheu para o cargo Paulo de Almeida Pereira, com quem trabalhou em
Bruxelas.
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O oficial tinha sido
nomeado, há pouco mais de um mês, para chefe de gabinete do diretor
nacional da PSP, Luís Farinha. Mas não chegou a aquecer o lugar. A
ministra da Administração Interna requereu a sua presença no gabinete,
para ser o oficial de ligação da PSP. Foi afastado do posto o
superintendente João Ribeiro, que estava no ministério da Administração
Interna (MAI) desde 2013 e acompanhou todos os processos de negociações
do anterior governo com os sindicatos da PSP.
O
seu substituto, Paulo Jorge de Almeida Pereira, é superintendente e
esteve quatro anos como oficial de ligação do MAI na Representação
Permanente (REPER) de Portugal, junto da União Europeia, onde conheceu e
trabalhou com Constança Urbano. É, por isso, conhecedor de todos os
dossiers relacionados com assuntos de justiça e administração interna
tratados a este nível.
É considerado um
dos mais destacados e respeitados oficiais desta força de segurança,
com muita experiência operacional (foi comandante de operações do Porto
vários anos). Era o diretor do departamento de armas e explosivos quando
o diretor o foi buscar para o seu gabinete.
* Uma requisição dentro da lógica.
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HOJE NO
"RECORD"
Saída de Mourinho do Chelsea em destaque na imprensa internacional
A saída de José Mourinho de treinador do Chelsea é destaque
absoluto esta quinta-feira à tarde em todos os sites de informação,
tanto de desporto como generalistas, com vários a analisar o percurso
recente do 'Special One'.
Mourinho só 'perde' o lugar principal
na primeira página da BBC, que coloca em primeiro Christine Lagarde e o
FMI, mas vem logo a seguir, a par do presidente russo, Vladimir Putin.
No
entanto, na página de Desporto a BBC mantém uma atualização ao vivo das
notícias sobre o técnico português e especula em Pep Guadiola para seu
sucessor.
Mesmo a CNN não foge ao impacto da notícia e pergunta
"o que correu mal com o 'Special One'?", enquanto a Sky News titula que
"O 'Special One' vê o caminho da porta dos 'blues'", adiantando que o
Chelsea já tem substituto e recupera as "20 mais memoráveis frases" do
treinador.
As páginas de jornais ingleses, desde o tradicional
"Times" até à imprensa mais sensacionalista, mostram que o despedimento
de Mourinho deverá ser grande destaque nas bancas britânicas, na
sexta-feira.
O "Sun" apresenta uma fotografia de José Mourinho a
que foi aplicado um carimbo vermelho, com a palavra 'sacked' (despedido)
e destaca o facto de sair apenas sete meses após ser campeão. Para este
jornal, o holandês Guus Hiddink é o nome mais provável para o Chelsea.
Uma
'temporada desastrosa' e uma 'assombrosa' indemnização de 40 milhões de
libras são os primeiros títulos no "Daily Mail", para este caso.
Para
o "Star", Mourinho foi "suprimido". Abramovich "finalmente despede"
Mourinho, escreve este jornal, que também apresenta um especial com os
20 treinadores que podem substituir o português.
O "Daily Mirror"
apresenta uma fotografia de Mourinho desalentado, ao lado de imagens do
dono do Chelsea, Roman Abramovich, e da antiga médica do clube, Eva
Carneiro. O jornal, que acentua o facto de Mourinho ser 'outra vez'
despedido, abre também uma sondagem sobre o assunto.
Quanto ao "Times", realça que o despedimento de Mourinho acontece na sequência de "uma miserável defesa do título".
O
francês "L'Equipe" tem uma análise em que pergunta se "pode Mourinho
durar num clube?" e apresenta uma lista de 'justificações' para o
insucesso em Inglaterra: A arbitragem e os "castigos", Arsene Wenger e
os seus "privilégios", a FA e o favoritismo, os apanha-bolas e a sua
lentidão, a equipa médica do Chelsea e a sua incompetência.
Em
Espanha, o jornal "AS" adianta que Juande Ramos é um dos treinadores que
pode rumar ao Chelsea, enquanto a Marca acentua o "mútuo acordo" na
destituição.
O "Gazzeta dello Sport", de Itália, fala de "Um
divórcio Muito Especial", recorda o "Ko com o Leicester" e os "10
segredos de Mourinho", além do "espetáculo" do treinador português.
* Ninguém é insuperável, a despedida do Chelsea não põe o seu valor em causa.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Agressor de Rajoy é seu familiar
O jovem de 17 anos que agrediu Mariano Rajoy, quarta-feira à noite, é primo da mulher do chefe de governo espanhol, revelou esta quinta-feira o diário galego "La Voz de Galicia".
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A avó do jovem e o pai de Viri, a mulher de Rajoy, eram primos, revela ainda o jornal, adiantando que a família do agressor é muito conhecida em Pontevedra e simpatizante do Partido Popular, o partido do primeiro-ministro espanhol.
Esta manhã, realizou-se uma avaliação psiquiátrica ao menor de idade e várias fontes terão dito ao jornal que não existirão motivações políticas para a agressão.
* Com que satisfação veríamos um "páf" da menina Catarina.
Esta manhã, realizou-se uma avaliação psiquiátrica ao menor de idade e várias fontes terão dito ao jornal que não existirão motivações políticas para a agressão.
* Com que satisfação veríamos um "páf" da menina Catarina.
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737
Senso d'hoje
ANA CRISTINA LEAL
ADMINISTRADORA DA "CGD"
SOBRE RESTRIÇÕES ORÇAMENTAIS
Ana Cristina Leal, administradora da Caixa
Geral de Depósitos, garante que as restrições impostas à Caixa pelos
orçamentos do Estado têm sido “muito desafiantes”, causando
“descontinuidade de geração dentro da Caixa”. Ainda que a direcção de
risco tenha conseguido sair reforçada, as restrições orçamentais já
foram identificadas pelo Banco de Portugal e também mais recentemente
pelo BCE como tendo de ser eliminadas.
* Entrevista concedida ao "JORNAL DE NEGÓCIOS"
.