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O QUE NÓS QUASE

  "NÃO ACREDITAMOS"!




 MAGO DO YO YO



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EM CADA MANHÃ MAIS AMOR



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 I-JORNADA GEOLÓGICA


1-EUROPA CONTINENTE

DO FOGO E DO GELO





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 MÉTODO DE HONDT
PERCEBA PORQUE A ABSTENÇÃO
FAVORECE A CORRUPÇÃO




FONTE: ZITA PAIVA

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RICARDO GARCIA

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O mundo paralelo
da falta de água

A torneira secou quando mais precisávamos dela: depois do jantar. Foi mesmo na hora de lavar a loiça, que se acumulava em pilhas caóticas no balcão da cozinha. “Não há água”, anunciou uma filha, de lá regressando.

Instalou-se na família a frustração hídrica, um dos piores pesadelos do ser urbano. Vive-se sem luz ou sem gás. Mas da água é impossível prescindir. Imediatamente cancelaram-se os planos mais imediatos. Quem queria tomar um duche teve de adiar. Quem pretendia escovar os dentes teve de improvisar. Quem tinha urgências mais prementes teve de se conter.

Não sei porquê, mas na minha zona tal circunstância é recorrente. Várias vezes por ano, a água é cortada por alguma razão. A mais corriqueira é a tradicional rotura, sinal de alguma esclerose no sistema circulatório do abastecimento local.

Para triste consolo, a situação já foi muito pior. Há pouco mais de 20 anos, a construção de uma auto-estrada infligiu severas penitências à higiene colectiva no meu bairro. Cada vez que se cavava um buraco, rebentava um cano. E cada vez que rebentava um cano, abria-se um novo buraco, num ciclo virtuoso para as empreiteiras. Um engenheiro com vocação médica teria receitado uma angiografia à rede, para saber pelo menos por onde passava a tubulação. Porém não havia tempo nem dinheiro, apenas o desejo de progresso.

Este carrocel desenvolvimentista apanhou-me num momento crítico, de paternidade recente. A água falhou até no dia em que trouxe a nossa primogénita, recém-nascida, da maternidade para casa. Abri a torneira, e nem uma pinga. Saí disparado em busca de uma solução, que encontrei em dois grandes garrafões de 20 litros na drogaria do bairro. Fui aos bombeiros, enchi-os com a água de apagar fogos e só então vi o quanto aquilo pesava. A primeira tentativa de levantar os 40 litros resultou em imediato colapso músculo-esquelético.

Mais de duas décadas volvidas, continuo a utilizar os garrafões, para desespero da ossatura lombar. E eis que, a meio de Agosto, mais uma vez estávamos sem água.

Segundo as estatísticas oficiais, em cada 100 quilómetros de rede do sistema de abastecimento do meu concelho há 42 roturas por ano. Dito de outra forma – e é sempre bom ter duas medidas para confundir o consumidor –, há 2,1 cortes de água por cada 1000 ligações à rede.

Estes números não têm significado, comparados com o desespero instantâneo que é abrir a torneira e não sair nada. Estamos tão acostumados com o milagre da água sempre disponível, que não vislumbramos o que é ter de ir atrás dela, como naquela noite.

Quando fui escovar os dentes, alguém já tinha deixado na casa de banho um copo com água. Estava a meio. Fui à ganância, molhei a pasta, bochechei duas vezes, lavei a escova e quando dei por mim, tinha dado cabo daquela preciosa reserva.

Com um pedregulho instalado na consciência, tratei de repor o conteúdo do copo, utilizando uma garrafa de litro e meio de água que estava na cozinha há meses. Com ela na mão, naquele momento, senti o que é ser rico. Uma das poucas regras em que se pode acreditar nas teorias económicas é a de que um produto vale muito mais quando é escasso.

Dormi mal e só sosseguei quando, ao meio da noite, ouvi a água de novo a encher o reservatório do autoclismo, onde cabem dez litros de fortuna líquida.

No dia seguinte ainda fiz um teste e concluí que um copo de água dá para seis bochechadas – isto é, para a família toda mais um convidado. Ou seja, para poupar água, o melhor é eliminar as torneiras.

IN "PÚBLICO"
22/08/15


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612.UNIÃO


EUROPEIA



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O SEGREDO 
DAS COISAS

 42 -SORVETE



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  III-ARQUIVOS SECRETOS

DA INQUISIÇÃO


2-GUERRA CONTRA AS IDEIAS




* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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Modà

Urlo e non mi senti


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628
Senso d'hoje

ALEXANDRA LENCASTRE
ACTRIZ DE TEATRO E TV
3O ANOS DE CARREIRA   
SOBRE SI

Não sou uma actriz dramática nem cómica. E, por isso, senti sempre necessidade de trabalhar com pessoas diferentes, com propostas diferentes, para não cristalizar. Desde muito jovem que senti que se trabalhasse muito tempo numa companhia, ia ficar muito cristalizada naquele género. Eu própria acharia que era redutor. Talvez olhe para trás e veja uma carreira que pode parecer um pouco diletante, mas tem a ver com a busca desta versatilidade de que falo. Na verdade, fazer novelas é um trabalho muito transversal e que chega a pessoas a quem não podemos chegar de outra maneira. Isso também é uma missão, chegar às pessoas, emocionar as pessoas, fazê-las sair um bocadinho da sua realidade. Elas acompanham-nos ao longo da nossa vida, e nós ao longo da delas. Claro que não faço só por isso. Ganha-se bem em televisão. Ganha-se incomparavelmente menos em teatro. Cada vez menos. Mas a principal razão foi querer estar mais tempo com as minhas filhas.

SOBRE A "PILAR"
O racismo é um tema forte e eu, como actriz, ofereci alguma resistência. Tinha medo do que me podia acontecer. Mas a verdade é que é tão ofensiva que as pessoas acabam por achar graça. Além disso, acho que tenho muita facilidade em verbalizar o que sinto, e que as pessoas também me vão conhecendo e percebem que a actriz e a personagem não são a mesma coisa.

Cresci muito dividida entre os valores da família do meu pai e da minha mãe e estamos a falar de valores, muitas vezes, completamente diferentes. A minha infância foi mais passada com a família da minha mãe [pausa]. E ela era uma rapariga no meio de quatro rapazes, teve uma educação completamente diferente.
 E, passados 40 anos, sinto que vejo as coisas a funcionarem da mesma maneira. Os homens protegem-se mais e, para ser completamente sincera, digo que preferia ter nascido homem.

* Excertos de entrevista ao "i" 

** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de comunicação social, onde poderá ler ou ver a entrevista por inteiro. 

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BOM DIA


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14-CINEMA
FORA "D'ORAS" 

XXII-BOCA DO LIXO



Com REGINALDO FARIAS, ALEXANDRE FROTA, SÍLVIA PFEIFER e STÉNIO GARCIA entre outros, uma série produzida pela GLOBO.

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