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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
01/05/2015
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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
A maior produtora nacional de
parafusos compra concorrente
A Pecol, uma empresa de produção de parafusos que
há 10 anos apostou em produtos complementares na indústria de fixação,
comprou a 3Marcos, SA, "o principal concorrente", que apresentou
insolvência. "Comprámos a marca, o fundo de comércio, o recheio da
empresa, bem como a carteira de clientes, alguns do setor automóvel que
nos interessavam", explicou António Novais, diretor-geral. O
investimento rondou um milhão de euros, mas excluiu a compra das
instalações.
O caso dos 450 trabalhadores atuais da empresa, António Novais adianta que, com a compra, serão incorporados "25 dos 40 trabalhadores altamente qualificados".
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Com uma unidade fabril em Águeda e outra em Espanha, a empresa está ainda presente em Itália, Polónia, Marrocos, Angola, Brasil e China, através de filiais.
Aumentar
a internacionalização é um dos objetivos da Pecol, fundada em 1983. Por
outro lado, a empresa ambiciona conquistar o mercado dos dois
principais concorrentes em Portugal, duas multinacionais que representam
cerca de 60 milhões de euros.
"Acreditamos que é possível, porque
temos os melhores produtos e as margens mais baixas, imperativos para
conquistar o mercado", frisou António Novais.
A fábrica em Espanha
foi adquirida em 1997. "A HERZA, empresa espanhola situada em Vitória,
País Basco, detinha o maior parque de máquinas da Península Ibérica.
Esta aquisição proporcionou uma mudança assinalável no contexto
competitivo da empresa, dotando-a de uma capacidade produtiva que lhe
permitiria competir com os maiores fabricantes europeus".
Além disso, tinha "a importância estratégica de ter vários clientes do setor automóvel,
muito importante para nós, mas onde é difícil entrar. Tem parcerias
firmadas há anos e não mudam. Foi uma porta de entrada para esse setor,
além de que é uma empresa muito bem organizada e altamente lucrativa".
Seguiu-se então um novo passo, agora com Paulo Coelho, filho do fundador Eduardo Coelho: a diversificação da gama de produtos.
"É que o parafuso, apesar de ser fundamental - pode parar uma fábrica! -
tem um valor muito baixo. E, apesar de sermos os quartos maiores
fornecedores da Europa, era preciso diversificar para crescer", referiu
António Novais.
Os outros produtos comercializados pela empresa
são adquiridos a parceiros, essencialmente do mercado nacional, e
vendidos com a marca Pecol aos clientes finais. Pecfix e Fixart são as
outras duas marcas da empresa que, no ano passado faturou 65 milhões de euros.
* Mais 425 trabalhadores para o desemprego.
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HOJE NO
"PÚBLICO"
"PÚBLICO"
Merdas que dizem às mulheres que trabalham em cinema e televisão
– o blogue
Propostas sexuais, beijos indesejados, desautorizações e desigualdade salarial. O blogue Shit People Say to Women Directors junta-se às estatísticas e às denúncias recentes com histórias e gifs. E linguagem forte.
A estatística mostra os números confrangedores de mulheres atrás das
câmaras e de filmes protagonizados por actrizes em Hollywood e na
Europa. E agora elas (e eles) revelam o que se passa nos bastidores. Um
produtor entra numa sala cheia de mulheres designers de produção e diz:
“É preciso um varão aqui”. Um assistente de produção diz à mulher que se
aproxima: “Não podes entrar na carrinha, querida. Estou à espera do
realizador”. Ela era a realizadora.
“Elas deviam
ficar-se pelas casas de bonecas”, disse o director de produção de um
programa televisivo a um operador de câmara sobre a realizadora com quem
trabalhavam. “Como está a sua vida sexual? Tem feito muito sexo?”,
perguntou um investidor a meio de uma conversa de angariação de
financiamento à realizadora que lhe falava sobre o seu projecto de
documentário sobre os direitos das mulheres no Médio Oriente. “Pedi-lhes
que me mandassem um homem. Bom, agora não há tempo para resolver isso”,
queixou-se um produtor a uma técnica de som à sua chegada.
“Não
posso trabalhar com alguém que quero foder.
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Dá-me cabo da cabeça”,
disse um realizador (casado) a uma das muitas mulheres e homens que
trabalham no sector audiovisual e que começaram a usar o tumblr Shit People Say to Women Directors
para revelar experiências pessoais ou situações mediáticas que revelam o
sexismo na indústria. “Sorri mais!”
Diferenças salariais.
Práticas
discriminatórias na contratação.
“Ela é boa mas eu só quero contratar
pessoas com quem possa beber uma cerveja ao fim do dia”, justificou um
produtor ao agente de uma realizadora que não seria contratada.
Propostas directas quando, como descreve uma trabalhadora do sector,
bebe um copo com o produtor e ela pergunta qual é o próximo projecto:
“Acho que devíamos foder”.
Lançado há poucos dias, o blogue
alojado no Tumblr foi criado para partilhar histórias, permitindo o
anonimato de quem envia relatos que “expõem alguns dos obstáculos
absurdos que as mulheres enfrentam na indústria do entretenimento”, como
escrevem os seus criadores no blogue. Anonimato porque há medo de
retaliação – de serem ainda mais afastadas do sector, rotuladas como
“delatoras” ou “difíceis”, explica o grupo que criou o blogue em
comunicado. A ideia era ser “uma espécie de intervenção de crise”, como
explicam os mesmos criadores ao site Mashable, cujo título sugere que ler o blogue “vai fazê-lo dar um murro numa parede”.
Uma intervenção numa altura que Meryl Streep se levanta em apoio pela igualdade salarial de género em plenos Óscares e financia mulheres argumentistas com mais de 40 anos.
Este é o mesmo tempo dos anos 1940, na verdade. “Havia mais
oportunidades para as mulheres no tempo do cinema mudo do que existem em
2015”, diz o grupo criador do blogue. Há mais de 60 anos que os números
se mantêm quase inalterados: as mulheres são uma minoria a realizar em
Hollywood, com apenas 7% dos filmes mais rentáveis nos EUA dirigidos por uma mulher em 2014. No ano passado só 12% desses mesmos filmes rentáveis foram protagonizados por mulheres, revelam estudos do Center for the Study of Women in Television and Film.
Na Europa, em 2012, apenas 17,5% das pessoas que trabalham em cinema eram do sexo feminino,
como revelou Sanja Ravlic, presidente do Grupo de Estudo sobre
Igualdade de Género (GEIG) do Eurimages, num encontro do grupo em Março
na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa. E em Portugal, no mesmo encontro,
soube-se que entre 2011 e 2013 dos filmes com apoios públicos só 27,3%
foram dirigidos por mulheres.
Sob anonimato ou com rostos públicos, partilham-se então bocas,
perdas de oportunidades de trabalho, sugestões sobre como se chegou
sexualmente à posição rara de trabalhar em cinema ou TV sendo mulher. Ou
como se pode misturar uma oferta de trabalho com uma proposta sexual.
Como o que aconteceu há dias à actriz sueca Josefin Ljungman, partilhada
pela própria na Internet e noticiada no seu país: um realizador envia-lhe um e-mail com
uma proposta de trabalho para um novo filme. “Oi Josefine! É assim,
estou a fazer uma sequela do meu filme [censurado]. Sobre uma pessoa que
passa pela mesma ‘inspecção’ que a personagem principal de Laranja Mecânica.
Preciso de mulheres bonitas. Que NÃO mostrem a cara. Só corpos”,
explica, detalhando o pagamento e perguntando-lhe, no final “Estás
interessada? (Sempre te quis lamber. De preferência por trás. 69.)”.
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Beijos
indesejados que “são algo a que tens de te habituar”, disseram a uma
jovem assistente de televisão. Jennifer Garner ou Cate Blanchett lembram
que os jornalistas lhes fazem perguntas sobre o equilíbrio entre a vida
familiar e o trabalho ou lhes escrutinam cada centímetro do vestido,
mas que não fazem o mesmo aos seus maridos ou aos homens em geral.
Piadas sobre violação ou epítetos como “Barbie” ou “babe”. Colegas ou subordinados homens que mudam planos, ângulos ou enquadramentos das realizadoras.
“O
sexismo é uma das formas mais socialmente aceites de discriminação e
uma doença impregnada no negócio do cinema e da televisão”, dizem os
autores ou autoras de Shit People Say to Women Directors ao IndieWire. E
agora têm centenas de contributos, de histórias ou agradecimentos, de
pessoas do sector, de estudantes a realizadores, ou membros do público
indignados com a realidade que expõem.
“No primeiro dia obtivemos um ano
de posts de um dia para o outro”, escrevem no blogue, que
admitem não ser a solução “para este tema complexo”. “Mas é um ponto de
partida e uma conversa há muito atrasada e que tem absolutamente de
acontecer.”
* Javardice masculina não surpreende, mesmo no topo da fama, porque a toleram as mulheres?
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Mia Couto
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MIA COUTO
Contra o genocídio de moçambicanos na África do Sul
Exmo. Senhor Presidente Jacob Zuma
Lembramo-nos de si em Maputo, nos anos oitenta, nesse tempo que passou como refugiado político em Moçambique. Frequentes vezes nos cruzámos na Avenida Julius Nyerere e saudávamo-nos com casual simpatia de vizinhos. Imaginei muitas vezes os temores que o senhor deveria sentir, na sua condição de perseguido pelo regime do apartheid. Imaginei os pesadelos que atravessaram as suas noites ao pensar nas emboscadas que congeminavam contra si e contra os seus companheiros de luta. Não me recordo, porém, de o ter visto com guarda costas. Na verdade, éramos nós, os moçambicanos, que servíamos de seu guarda costas. Durante anos, demos-lhe mais do que um refúgio. Oferecemos-lhe uma casa e demos-lhe segurança à custa da nossa própria segurança. É impossível que se tenha esquecido desta generosidade.
Nós não a esquecemos. Talvez mais do que qualquer outra nação vizinha, Moçambique pagou caro esse apoio que demos à libertação da África do Sul. A frágil economia moçambicana foi golpeada. O nosso território foi invadido e bombardeado. Morreram moçambicanos em defesa dos seus irmãos do outro lado da fronteira. É que para nós, senhor Presidente, não havia fronteira, não havia nacionalidade. Éramos, uns e outros, irmãos de uma mesma causa e quando tombou o apartheid a nossa festa foi a mesma, de um e de outro lado da fronteira.
Durante séculos, emigrantes moçambicanos, mineiros e camponeses, trabalharam na vizinha África do Sul em condições que pouco se distinguiam da escravatura. Esses trabalhadores ajudaram a construir a economia sul-africana. Não há riqueza do seu país que não tenha o contributo dos que hoje são martirizados.
Por todas estas razões, não é possível imaginar o que se está a passar no seu país. Não é possível imaginar que esses mesmos irmãos sul-africanos nos tenham escolhido como alvo de ódio e perseguição. Não é possível que moçambicanos sejam perseguidos nas ruas da África do Sul com a mesma crueldade que os polícias do apartheid perseguiram os combatentes pela liberdade, dentro e fora de Moçambique. O pesadelo que vivemos é mais grave do que aquele que o visitava a si quando era perseguido político. Porque o senhor era vítima de uma escolha, de um ideal que abraçou. Mas os que hoje são perseguidos no seu país são culpados apenas de serem de outra nacionalidade. O seu único crime é serem moçambicanos. O seu único delito é não serem sul-africanos.
Senhor Presidente
A xenofobia que se manifesta hoje na África do Sul não é apenas um atentado bárbaro e cobarde contra os “outros”. É uma agressão contra a própria África do Sul. É um atentado contra a “Rainbow Nation” que os sul-africanos orgulhosamente proclamaram há uma dezena de anos. Alguns sul-africanos estão a manchar o nome da sua pátria. Estão a atacar o sentimento de gratidão e solidariedade entre as nações e os povos. É triste que o seu país seja hoje notícia em todo o mundo por tão desumanas razões.
É certo que medidas estão a ser tomadas. Mas elas mostram-se insuficientes e, sobretudo, pecam por serem tardias. Os governantes sul-africanos podem argumentar tudo menos que estas manifestações os tomou se surpresa. Deixou-se, mais uma vez, que tudo se repetisse. Assistiu-se com impunidade a vozes que disseminavam o ódio. É por isso que nos juntamos à indignação dos nossos compatriotas moçambicanos e lhe pedimos: ponha imediatamente cobro a esta situação que é um fogo que se pode alastrar a toda a região, com sentimentos de vingança a serem criados para além das suas fronteiras. São precisas medidas duras, imediatas e totais que podem incluir a mobilização de forças do exército. Afinal, é a própria África do Sul que está a ser atacada. O Senhor Presidente sabe, melhor do que nós, que ações policiais podem conter este crime mas, no contexto atual, é preciso tomar outras medidas de prevenção. Para que nunca mais se repitam estes criminosos eventos.
Para isso urge tomar medidas numa outra dimensão, medidas que funcionam a longo prazo. São urgentes medidas de educação cívica, de exaltação de um passado recente em que estivemos tão próximos. É preciso recriar os sentimentos solidários entre os nossos povos e resgatar a memória de um tempo de lutas partilhadas. Como artistas e fazedores de cultura e de valores sociais, estamos disponíveis para de enfrentar juntos com artistas sul-africanos este novo desafio, unindo-nos às inúmeras manifestações de repúdio que nascem na sociedade sul-africana. Podemos ainda reverter esta dor e esta vergonha em algo que traduza a nobreza e dignidade dos nossos povos e das nossas nações. Como artistas e escritores queremos declarar a nossa disponibilidade para apoiar a construção de uma vizinhança que não nasce da geografia mas de um parentesco que é da alma comum e da história partilhada.
Maputo, 17 de Abril de 2015
Mia Couto
Presidente da Fundação Fernando Leite Couto
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HOJE NO
"i"
"i"
1ºde Maio
Milhares de pessoas desfilaram pela avenida Almirante Reis, em Lisboa.
Milhares de pessoas desfilaram pela avenida Almirante
Reis, em Lisboa, para assinalar o Dia do Trabalhador e para exigir do
Governo novas políticas económicas e sociais.
A manifestação, convocada pela CGTP, dirigiu-se para a Alameda Afonso
Henriques, como é habitual, onde teve lugar o comício sindical.
O desfile chamou a atenção de centenas de pessoas que, ao longo dos passeios e nas janelas e varandas, o foram acompanhando.
Não faltam os cravos vermelhos nas mãos dos manifestantes nem das
pessoas que assistem à marcha, colorida pelas bandeiras sindicais.
À cabeça da manifestação segue a direcção da CGTP, precedida por um
grupo de bombos que marca o ritmo do desfile, alternando com palavras de
ordem contra as políticas do Governo e em defesa dos direitos dos
trabalhadores.
"É só cortar e roubar a quem vive a trabalhar", "Aumento salarial é
imperativo nacional" e "Está na hora, está na hora de o Governo se ir
embora" foram as principais frases gritadas ao longo do percurso.
* A luta sindical por melhores condições de vida para os portugueses não pode afrouxar. CGTP e UGT têm obrigação manter o confronto contra quem humilha os trabalhadores de Portugal.
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ISABEL DO CARMO
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Médica Endocrinologista
IN "PÚBLICO"
30/04/15
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Linhas verdes
e linhas vermelhas
Seja o que for que suceda com a Grécia, o grito de rebelião da sua população e do Syriza foi uma vitória.
Nós repetimos que “vemos, ouvimos e lemos” e “não podemos ignorar”,
mas muitas vezes parece que ignoramos. Perante a escalada de
desumanização que nos rodeia, é de ordem política e moral a necessidade
de agir. Alguém poderá perguntar daqui a dezenas ou centenas de anos,
olhando retrospectivamente: “Eles estavam lá e o que é que fizeram?”
Tal como hoje podemos perguntar aos socialistas,
comunistas, outras organizações de luta e aos cidadãos em geral o que é
que não fizeram e o que fizeram de errado nos anos que precederam a
dominação nazista e fascista na Europa.
É perante a situação
actual que podemos reflectir sobre as linhas verdes de coincidência e as
linhas vermelhas de limite ao tacticismo e às cumplicidades tóxicas,
que deverão nortear a necessidade de unidade à esquerda. Basta andar com
os ouvidos atentos à população para perceber que essa necessidade é
sentida de forma urgente para fora dos círculos restritos das
organizações partidárias, fechadas sobre si próprias, com a sua
narrativa interna e o eleitoralismo clubista.
A história que a
esquerda se foi contando a partir da revolução francesa deu a aparência
de uma linha de tendência ascendente, apesar de algumas quedas
terríveis. E de facto não vemos hoje na Europa multidões de andrajosos e
famintos a trabalharem dezasseis horas por dia; em muitos espaços
mundiais as mulheres têm igualdade de direitos legislada; já não há
colónias; a América Latina saiu das ditaduras e da fome: a Ásia não é
devastada por milhões de famintos. Quanto à direita, essa não tem
história, senão a das “glórias da pátria”, que não podem ser vistas com
os nossos critérios actuais. A direita não tem moral, é pragmática. Mas a
partir da terceira Revolução Industrial, com a introdução da
microelectrónica, novas formas de energia, de produção e de comunicação,
o mundo entrou numa espiral, a qual não pode ser lida com as grelhas de
leitura do passado. As grandes massas de proletariado vão sendo
sucessivamente substituídas por máquinas. As pessoas, as empresas, os
países, o mundo, entraram numa espiral de crédito e de dívida, que não
tem fim. Um operário da indústria automóvel, com contrato por tempo
indeterminado, pode ter uma vida mais estável que um pequeno empresário,
individual ou com poucos trabalhadores, endividado nas finanças, no
empréstimo da casa, na Segurança Social. Estas dívidas, que são as da
“vergonha”, constituem uma mancha de óleo que cobre todo o país e que
não parece poder ter correspondência num movimento de massas.
Na
situação actual, a leitura da luta de classes não pode ser a da primeira
e segunda revoluções industriais. As colónias fora da Europa
desapareceram, mas nós, os países do Sul da Europa, somos as novas
colónias dos países do Norte, perdemos a soberania e também temos por cá
os seus representantes, os novos administradores de tabanca. Por isso
seja o que for que suceda com a Grécia, o grito de rebelião da sua
população e do Syriza foi uma vitória. Havia outro caminho? Enquanto
isto, as proezas geoestratégicas dos países “ocidentais” (estão a
ocidente de quê? O mundo é redondo) transformaram o Médio Oriente e o
Mediterrâneo num novo holocausto. As desigualdades agravam-se como
demonstra Piketty e claro que os desiguais de cima estão dispostos a
todas as crueldades para aí se manterem. Tudo isto parece ser a implosão
do sistema, mas antes de acabar muito sangue e sofrimento fará correr.
Parafraseando o poeta Manuel Pina, “ainda não é o fim, calma, é apenas
um pouco tarde”.
Quem não tiver dúvidas que levante um braço. E,
com modéstia, lembremo-nos que houve um tempo, em que nós, tal como o
Presidente da República, não tínhamos dúvidas e nunca nos enganávamos… A
surpresa é que muito do discurso dos partidos de esquerda é hoje, quase
sempre, remanescente dessa época. E em vez de uma procura de pontos
comuns, há um clubismo e um eleitoralismo, que põem em segundo ou
terceiro lugar o mundo real. Ora há convergências possíveis ao nível da
educação, da saúde e da segurança social. É possível uma luta comum
contra a precariedade. É possível encontrar uma barreira às
privatizações. Para tudo isso é necessário ter o espírito de encontrar
coincidências e, pelo contrário, não andar a “catar” as divergências,
mesmo que prováveis ou possíveis, no sentido de abrir fossos, onde ainda
pode haver pontes. Claro que a preservação do Estado social é
incompatível com o tratado orçamental (no que é omisso o documento
estratégico do PS), que tem que haver pelo menos renegociação da dívida
enfrentando o centro de poder na Europa. Mas mais uma vez, o caminho
faz-se caminhando, arriscando possíveis erros. A realidade traz-nos
surpresas e não é no quietismo narcísico de análise ou na resistência
enquistada no seu terreno, tratando sempre os outros partidos da
esquerda eleitoral como o inimigo principal, que encontraremos solução
para a desgraça actual. Estaremos agora, nos dias após a morte de
Mariano Gago e os elogios post mortem, a esquecer as críticas
vorazes, sem relevar nunca os lados positivos do seu Ministério, que o
acompanharam enquanto foi ministro, só porque o era num Governo PS? Quem
se esqueceu que vá aos registos dessa época. E pense.
Médica Endocrinologista
IN "PÚBLICO"
30/04/15
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
«Acho que a renovação de Marco Silva não está dependente do resultado da Taça» - Pedro Baltazar
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Pedro Baltazar, antigo candidato à presidência do
Sporting, considera que a continuidade de Marco Silva não está
dependente do resultado frente ao SC Braga, na final da Taça de
Portugal, mas sim do entendimento do treinador leonino com Bruno de
Carvalho.
«Acho que a renovação de Marco Silva não está dependente do resultado da Taça de Portugal. A sua continuidade tem a ver com outras questões: Se o treinador quer ficar e se o presidente quer ficar com ele», afirmou Pedro Baltazar, aos jornalistas, no Estoril Open.
«O que interessa aos sportinguistas é o título de campeão nacional. Se eles [Marco Silva e Bruno de Carvalho] partilharem as mesmas ideias e caminharem juntos para que o Sporting consiga chegar ao título, então acho que o treinador deve continuar», acrescentou.
Sobre a final do Jamor, Pedro Baltazar acredita que os leões vão conseguir erguer a Taça.
«No jogo com o SC Braga penso que vamos enfrentar muitas dificuldades, mas acho que o Sporting vai ganhar a Taça», sublinhou.
«Acho que a renovação de Marco Silva não está dependente do resultado da Taça de Portugal. A sua continuidade tem a ver com outras questões: Se o treinador quer ficar e se o presidente quer ficar com ele», afirmou Pedro Baltazar, aos jornalistas, no Estoril Open.
«O que interessa aos sportinguistas é o título de campeão nacional. Se eles [Marco Silva e Bruno de Carvalho] partilharem as mesmas ideias e caminharem juntos para que o Sporting consiga chegar ao título, então acho que o treinador deve continuar», acrescentou.
Sobre a final do Jamor, Pedro Baltazar acredita que os leões vão conseguir erguer a Taça.
«No jogo com o SC Braga penso que vamos enfrentar muitas dificuldades, mas acho que o Sporting vai ganhar a Taça», sublinhou.
* Os sócios do Sporting elegeram um presidente que procura o estrelato fazendo do clube a sua muleta, Marcos Silva é tão somente um homem sério, é difícil ficar.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
"AÇORIANO ORIENTAL"
PSD/Açores não se coliga
com CDS e exclui Mota Amaral
A direção do
PSD/Açores vai anunciar hoje que decidiu não fazer coligação no
arquipélago com o CDS-PP e a "renovação a 100%" da lista de candidatos
que apresentará nas legislativas deste ano, disse fonte oficial do
partido.
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Com esta decisão, confirmada à agência Lusa por fonte oficial do
partido, é a primeira vez na história que o PSD/Açores não indica o
ex-presidente do Governo Regional João Bosco Mota Amaral para cabeça de
lista pelos Açores numas eleições legislativas nacionais.
Mota Amaral manifestou nas últimas semanas, em diversas declarações
públicas, que queria recandidatar-se a deputado na Assembleia da
República encabeçando a lista do PSD do círculo dos Açores nas eleições
deste ano.
Mesmo durante os anos em que presidiu ao executivo açoriano, Mota
Amaral foi sempre candidato nas eleições à Assembleia da República, mas
suspendia o mandato de deputado, depois de eleito.
A Comissão Política do PSD/Açores está reunida em Ponta Delgada, ilha
de São Miguel, tendo a questão da coligação com o CDS-PP e os nomes da
lista de candidatos nas legislativas na agenda.
Atualmente, há na Assembleia da República três deputados do PSD eleitos pelos Açores: Mota Amaral, Lúcia Bulcão e Joaquim Ponte.
Com a "renovação a 100%" da lista social-democrata açoriana, nenhum
dos três será este ano candidato pelo círculo dos Açores, segundo disse
hoje a mesma fonte à Lusa.
As decisões tomadas na reunião de hoje da Comissão Política do
PSD/Açores serão agora comunicadas ao Conselho Regional
social-democrata, a quem cabe, formalmente, validá-las.
Também a Comissão Política do CDS-PP/Açores está reunida em Angra do
Heroísmo, ilha Terceira, para, segundo um comunicado do partido
divulgado na quinta-feira, analisar a "expressão a dar na região à
coligação" acordada a nível nacional com o PSD.
Os dois partidos anunciaram declarações aos jornalistas para a mesma hora (18:00 locais, 19:00 em Lisboa).
As direções nacionais do PSD e do CDS acordaram fazer uma coligação
pré-eleitoral que salvaguarda a autonomia das estruturas regionais dos
partidos nos Açores e na Madeira para decidirem sobre se estendem a
coligação aos respetivos arquipélagos.
* O "peido-mestre" dum dinossauro.
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ESTA SEMANA NA
"EXECUTIVE DIGEST"
"EXECUTIVE DIGEST"
Marca TAP vê valor financeiro
cair 77 milhões de euros
O valor financeiro da marca TAP diminuiu
86 milhões de dólares (cerca de 77 milhões de euros) de 2014 para
2015, o que representa uma queda de 22%, de acordo com uma avaliação da
consultora OnStrategy | Brand Finance.
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Se, no último ano, a marca valia 399
milhões de dólares (cerca de 357 milhões de euros), em 2015 chega apenas
aos 313 milhões de dólares (cerca de 280 milhões de euros).
João Baluarte, partner da OnStrategy |
Brand Finance em Portugal, explica, em comunicado, que «as convulsões
internas, a incerteza sobre a privatização e os sucessivos incidentes
reputacionais (afectando em particular as dimensões de produto e
serviço, governance e cidadania), motivados pelas várias ocorrências e
notícias públicas durante o ano passado, tiveram impacto directo nesta
avaliação».
* Mas os pilotos, grandes patriotas a quererem-se passar para o lado do patronato, terão a árdua tarefa de ainda mais afundar a TAP, qualquer dia deixam de conduzir aviões e passam para os submarinos.
* Mas os pilotos, grandes patriotas a quererem-se passar para o lado do patronato, terão a árdua tarefa de ainda mais afundar a TAP, qualquer dia deixam de conduzir aviões e passam para os submarinos.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Paga a falsa juíza para ganhar netas
Burlona disse que conhecia magistrada e pediu dinheiro.
Foi enganada por uma burlona profissional. Uma mulher de 50 anos, já com cadastro por este tipo de crime, que disse ser amiga de uma juíza do Tribunal de Família e Menores de Aveiro. Ludibriou uma pensionista, de 51 anos, avó, que só queria ficar com as netas. Acreditou que a desconhecida poderia mexer uns cordelinhos na Justiça, mas acabou sem dinheiro e sem as crianças.
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A burlona foi presa e libertada. A história começou quando uma familiar da vítima desabafou com a agora detida sobre o problema que atingia a família: a disputa da guarda das duas meninas, que poderiam perder o contacto com a avó que tanto as amava. A burlona não hesitou. "O processo está em Aveiro"?, perguntou. "Eu conheço muito bem a juíza", garantiu. A familiar da vítima prontificou-se a marcar um encontro entre as duas. Que aconteceu dias depois e no qual a suspeita garantiu que conseguia que a guarda das crianças fosse entregue à avó. Durante meses, foi-lhe pedindo dinheiro. Primeiro, pequenas quantias, depois os montantes aumentaram, até que totalizaram 12 mil euros.
A vítima está na miséria. Pediu dinheiro emprestado à família, a mesma que estranhou e denunciou o caso. A burlona foi presa e a PJ percebeu que era tudo falso. A mulher não conhece qualquer juíza.
* Com geitinho a vítima ainda comprava a estátua do marquês de Pombal mas sem leões.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
António Costa envia SMS polémico a
. diretor-adjunto do jornal Expresso
. diretor-adjunto do jornal Expresso
SMS foi enviado na noite de 25 de abril a João Vieira Pereira, acusando-o de fazer "julgamentos de caráter". Jornalista ainda pensou tratar-se de um "engano", como revelou esta sexta-feira no jornal.
O secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, enviou um SMS
polémico a um dos diretores-adjuntos do semanário Expresso, na noite do
25 de abril, a propósito de um texto que o jornalista especialista em
Economia escreveu sobre as propostas económicas apresentadas pelo PS.
João Vieira Pereira revela esta sexta-feira na íntegra a mensagem que
recebeu do líder socialista, afirmando que chegou a pensar tratar-se de
um “engano”.
“Senhor João Vieira Pereira. Saberá que, em tempos, o jornalismo foi uma profissão de gente séria, informada, que informava, culta, que comentava. Hoje, a coberto da confusão entre liberdade de opinar e a imunidade de insultar, essa profissão respeitável é degradada por desqualificados, incapazes de terem uma opinião e discutirem as dos outros, que têm de recorrer ao insulto reles e cobarde para preencher as colunas que lhes estão reservadas. Quem se julga para se arrogar a legitimidade de julgar o carácter de quem nem conhece? Como não vale a pena processá-lo, envio-lhe este SMS para que não tenha a ilusão que lhe admito julgamentos de carácter, nem tenha dúvidas sobre o que penso a seu respeito. António Costa”
A mensagem foi enviada no último sábado, dia de publicação do
semanário, na sequência da habitual opinião que João Vieira Pereira
assina na página 3 do caderno de Economia.
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Sob o título “Perigosos
Desvios do PS à direita”,
João Vieira Pereira analisava as propostas que o grupo de economistas
elaborou para o PS e que farão parte do programa eleitoral que Costa
dará a conhecer em junho.
“O que me leva a pensar que o relatório “Uma década para Portugal” está muito mais à direita do PS do que seria de esperar. A grande mais-valia do estudo é que centra o debate político em políticas económicas, de onde nunca deveria ter saído”, escreveu João Vieira Pereira a 25 de abril, sem nunca referir o nome de António Costa.
O diretor-adjunto do Expresso classifica o “estilo do PS” como de
“falta de coragem”, ao entregar o programa a um grupo de independentes.
“Nada como pedir a uns independentes que façam umas contas que não
comprometem ninguém. Se correr bem o partido tinha razão.
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Se correr mal
eram apenas umas ideias loucas de uns economistas bem-intencionados”,
escreve João Vieira Pereira, que depois até realça alguns pontos
“positivos” do estudo, no que toca a algumas políticas económicas
sugeridas, como é o caso “da criação de um imposto negativo para os
trabalhadores de menores rendimentos; a descida da TSU para as empresas;
a eliminação da sobretaxa do IRS e a reposição dos salários da função
pública de forma mais rápida”.
Segundo o próprio autor, João
Vieira Pereira, que esta sexta-feira responde no mesmo espaço (o jornal
foi antecipado por ser feriado) ao SMS do líder socialista, o texto “não
contém qualquer julgamento de caráter à pessoa de António Costa ou a
qualquer outra”. À crónica desta semana chamou, em jeito de resposta: “É
a liberdade, António Costa”.
“Denunciar esta situação é a forma mais transparente que encontro para que todos possam julgar e criticar as ideias que defendo, que sempre defendi e continuarei a defender”, escreve João Vieira Pereira.
Recorde-se
que António Costa é irmão de Ricardo Costa, diretor do jornal Expresso.
Mal António Costa se disponibilizou para liderar o Partido Socialista,
Ricardo Costa colocou o seu lugar à disposição por possíveis questões
éticas. Mas a administração do Grupo Impresa rejeitou esse cenário.
* Este comportamento de António Costa nada nos surpreende porque é exactamente o mesmo comportamento exibido por Socrates quando as coisas não lhe corriam de feição. Costa e Socrates são muito mais iguais que diferentes só que Costa iniciou a arrogância prematuramente.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Cerca de mil cidadãos europeus
estão desaparecidos no Nepal
Maioria
estaria a fazer 'trekking' na remota zona montanhosa de Langtang,
próximo do epicentro do sismo ou na região do Monte Evereste.
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Cerca
de mil cidadãos europeus permanecem desaparecidos no Nepal, quase uma
semana depois do violento sismo que afetou o país, disse hoje a
representante da União Europeia no Nepal.
Segundo Rensje Teerink,
em declarações aos jornalistas, em Katmandu, a maioria estaria a fazer
'trekking' (marcha em trilhos) na remota zona montanhosa de Langtang,
próximo do epicentro do sismo ou na região do Monte Evereste.
"Eles estão desaparecidos, mas nós não sabemos qual é a situação deles. Muitos estavam na zona de Langtang e outros na zona de Lukla", disse a embaixadora, referindo-se à pequena pista de voo, conhecida como a porta do Evereste.
Outra fonte da União Europeia, que falou à agência de notícias France Presse sob anonimato, disse que a maioria provavelmente está bem e em segurança, mas o seu estado é desconhecido devido às dificuldades no terreno e à falta de acessos às zonas afetadas.
Segundo os últimos dados oficiais, mais de 6200 pessoas morreram e quase 14.000 ficaram feridas, apesar de se calcular que estes dados deverão aumentar por se desconhecer os efeitos do sismo nas zonas mais remotas do Nepal.
O sismo, ocorrido a 25 de abril, provocou ainda cerca de 2,8 milhões de deslocados num país com uma população de cerca de 28 milhões de habitantes e o ministério do Interior do Nepal assegurou que o sismo destruiu 148.329 edifícios em todo o país.
Com 7,8 graus na escala aberta de Richter, o sismo foi o de maior magnitude no Nepal em 80 anos e o pior na região na última década desde 2005, quando 84.000 pessoas morreram devido a um outro terramoto na Índia.
* Uma tragédia agravada por o Nepal ser um país de economia frágil com pouca logística, o povo é bom.
"Eles estão desaparecidos, mas nós não sabemos qual é a situação deles. Muitos estavam na zona de Langtang e outros na zona de Lukla", disse a embaixadora, referindo-se à pequena pista de voo, conhecida como a porta do Evereste.
Outra fonte da União Europeia, que falou à agência de notícias France Presse sob anonimato, disse que a maioria provavelmente está bem e em segurança, mas o seu estado é desconhecido devido às dificuldades no terreno e à falta de acessos às zonas afetadas.
Segundo os últimos dados oficiais, mais de 6200 pessoas morreram e quase 14.000 ficaram feridas, apesar de se calcular que estes dados deverão aumentar por se desconhecer os efeitos do sismo nas zonas mais remotas do Nepal.
O sismo, ocorrido a 25 de abril, provocou ainda cerca de 2,8 milhões de deslocados num país com uma população de cerca de 28 milhões de habitantes e o ministério do Interior do Nepal assegurou que o sismo destruiu 148.329 edifícios em todo o país.
Com 7,8 graus na escala aberta de Richter, o sismo foi o de maior magnitude no Nepal em 80 anos e o pior na região na última década desde 2005, quando 84.000 pessoas morreram devido a um outro terramoto na Índia.
* Uma tragédia agravada por o Nepal ser um país de economia frágil com pouca logística, o povo é bom.
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