Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
24/01/2015
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8-DERMATOLOGIA
E GRAVIDEZ
TUMORES CUTÂNEOS I
* Uma produção "CANAL MÉDICO"
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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8-DERMATOLOGIA
E GRAVIDEZ
TUMORES CUTÂNEOS I
TUMORES CUTÂNEOS II
ÚLTIMO EPISÓDIO DE "DERMATOLOGIA E GRAVIDEZ"
Uma interessante série conduzida pela Prof. Dra. Luna Azulay-Abulafia, Mestra especialista em Dermatologia
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* Uma produção "CANAL MÉDICO"
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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GABRIEL MITHÁ RIBEIRO
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IN "OBSERVADOR"
20/01715
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Doutores em delinquência
O centro de investigação de Boaventura de Sousa Santos e de José
Manuel Pureza serve-se da ciência e utiliza o erário público para
legitimar, sofisticar e exportar a violência social e política.
Imagine-se um centro de investigação universitário de um país árabe
simpaticamente financiado porque as entidades de supervisão e avaliação
académicas o consideram de excelência. O centro reunia uma equipa de
investigadores que, após aturado trabalho de campo em dois países da
Europa Ocidental com segmentos da população definidos como
marginalizados, concluía que os comportamentos criminosos desses
indivíduos eram fundamentais para a transformação das realidades
estudadas em prol da justiça social. Nessas e noutras sociedades da
Europa Ocidental.
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Os investimentos do estado árabe eram ainda recompensados pela
publicação em livro dos resultados da investigação, conhecimento
científico que passaria a ser partilhado pelas três sociedades
envolvidas, árabe e europeias, e outras mais.
Esse não é um mundo meramente ficcional graças ao controlo, ao longo
de décadas, de certos meios universitários pelas extremas-esquerdas. Não
é necessário procurar longe.
O estado português, através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia
(FCT), financiou uma investigação sobre a delinquência juvenil nas
cidades da Praia, em Cabo Verde, e de Bissau, na Guiné-Bissau. Dois
estados soberanos. O trabalho foi da responsabilidade científica do
Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, dirigido por
Boaventura de Sousa Santos. Contou com a participação dos
investigadores José Manuel Pureza, Sílvia Roque, Kátia Cardoso, Redy
Wilson Lima, Lorenzo I. Bordonaro, Marta Peça, Ulrich Schiefer e Joana
Vasconcelos. Os resultados foram publicados, em 2012, no livro “Jovens e
trajetórias de violências: os casos de Bissau e Praia” cujo conteúdo
equivale ao retratado nos dois primeiros parágrafos.
Uma vez que a investigação do CES atenta, no essencial, contra as
mais elementares regras de construção do saber sobre as sociedades e
contra os deveres cívicos, sociais, morais e de relações entre povos
exigíveis às universidades publiquei uma análise crítica sobre o assunto
vai para dois anos. A resposta tem sido o silêncio. No intervalo nunca
faltaram protestos, em Portugal, contra os cortes ao financiamento à
investigação universitária, protestos em muito alimentados pelos que
passam ao largo dos reparos à mediocridade do que produzem.
Este tipo de relação com a crítica constitui um dos enigmas do
enfeudado meio universitário “progressista”. Ou ignora ou, quando não
pode, o sistema faz cair a crítica no esquecimento para seguir em frente
inabalável, impante de convicções.
Há pouco mais de uma década foi elucidativo o episódio originado
pelas apreciações fundadas do cientista António Manuel Baptista,
publicadas em 2002 e 2004, contra a obra de Boaventura de Sousa Santos
intitulada “Um discurso sobre as ciências”, originalmente publicada em
1987. De então para cá a última teve mais de uma dezena de reedições que
serviram gerações e gerações de estudantes universitários formatadas
pelo “obscurantismo e irresponsabilidade”, o subtítulo do primeiro dos
textos de António Manuel Baptista.
O facto é que as críticas elaboradas por um académico ao qual não se
conhece falta de rigor científico, mas estranho ao meio “progressista”,
foram rapidamente votadas ao esquecimento. O livro visado seguiu de
vento em popa nos meios universitários por mais de uma década com
direito a mais umas quantas reedições apoiadas por milhões de euros de
financiamentos públicos a investigações científicas por ele inspiradas.
Uma das quais publicada em livro em 2012, tema deste texto.
No decurso da última década, os universitários que vão contactando
com o génio de Boaventura de Sousa Santos não foram por norma
incentivados a confrontar o texto original que projetou o seu mestre com
a crítica dirigida ao mesmo por António Manuel Baptista para pensarem
por eles mesmos. Um ambiente universitário paroquial que protege vícios
intelectuais desta forma e natureza não é merecedor de grande respeito e
muito menos de financiamentos públicos. Mas também uma sociedade
indiferente a tais práticas está longe de ambicionar o melhor para si
mesma.
Fazer ou não críticas a certos meios académicos, fundamentadas que
sejam, resultam em nada. Se os governos se contam entre as entidades
mais escrutinados nas nossas sociedades, e ainda assim podem ser
nocivos, tal escrutínio é muitas vezes histericamente agitado para
escamotear o papel bem mais nefasto de certos poderes instalados em
universidades, sindicatos ou comunicação social, posto que sobre os
últimos não incide um escrutínio social ou dos pares minimamente
razoável.
O estudo do CES, pelo que representa, é merecedor de publicidade para
que a mediocridade se anule a si mesma. De modo sistemático e
deliberado, os investigadores académicos colocaram o foco das suas
análises nos agressores criminais. Por aí não viriam males ao mundo se o
resultado não fosse a descoberta de fundamentos científicos que
permitem detetar em jovens delinquentes das cidades da Praia e de Bissau
uma miríade de afro-românticos Che Guevaras suburbanos, a fonte da
esperança da transformação futura para melhor daquelas sociedades. O
estudo não se coíbe de recorrer depreciativamente ao conceito adjetivado
de “paz liberal” (apenas “paz” não bastava), a paz social que
supostamente domina e perverte as sociedades da atualidade, garantida à
custa da opressão dos desfavorecidos e da força policial. Esta é a causa
da “violência estrutural”, outro conceito adjetivado definido em rodapé
na página 152 do livro.
De acordo com a visão científica em vigor no CES, esse tipo de paz
social deve ser substituído por um outro. Desta feita os novos amanhãs
que cantarão talvez espoletem em África e Coimbra será finalmente
libertada de opressões liberais, neoliberais e de uma polícia opressora
ao serviço dos ricos.
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Nas diversas abordagens do estudo científico, as vítimas de crimes
cometidos nas cidades da Praia e de Bissau são praticamente suprimidas
enquanto objetos com interesse sociológico ou antropológico. É como se
as graves consequências quotidianas da criminalidade nas sociedades
africanas da atualidade fossem as mesmas que em Coimbra e arredores e
como se o crime não fosse, ele mesmo, causador de pobreza.
De resto, no último meio século muitas sociedades africanas foram
diligentes em gerar problemas mais do que suficientes para os próximos
cem anos. Da explosão demográfica à segurança urbana; do saneamento
urbano à distribuição da riqueza; da saúde à qualidade do ensino; da
feitiçaria ao civismo; do emprego ao trânsito; do terrorismo às
epidemias; do ambiente à simples estabilidade e previsibilidade da vida
de todos os dias. Entre outros. Não quer dizer que África seja só isso. O
que significa é que as indústrias ideológicas exportadoras das
esquerdas europeias que viveram tempos de hiperprodução no último meio
século – as principais correntes utópicas inspiradoras dos destinos
pós-coloniais do continente e com as universidades como unidades de
produção de excelência – bem que poderiam suspender a laboração por umas
décadas. O “stock” acumulado não se esgotaria e talvez se poupassem as
réstias de esperança que, apesar de tudo, os africanos sempre
reinventam.
Depois de um manancial de atropelos às mais elementares regras de
construção do saber sobre as sociedades, como o afastamento deliberado
do esforço de neutralidade axiológica (leia-se Max Weber ou Georg
Simmel) ou a denegação da orientação pela amoralidade ética (leia-se
Sigmund Freud), Sílvia Roque e Kátia Cardoso são cristalinas no par de
grandes conclusões da investigação científica em que participaram.
Primeira, a ciência social do CES torna evidente a necessidade de “(…)
enfrentar a progressiva e consequente deslegitimação e criminalização da
violência” (p.295), isto é, a violência social e política é legítima,
útil e desejável como atestam as evidências empíricas de Cabo Verde e da
Guiné-Bissau. Segunda, importa “(…) repensar o significado e as
possibilidades da resistência e recusar a estreiteza de definição do que
pode ser considerado político (…)” (p.296), isto é, os pensamentos e as
práticas políticas sem violência, mesmo nas democracias, não passam de
manifestações menores ou cínicas, nem que para contrariá-las seja
necessário glorificar a delinquência juvenil. Infere-se, portanto, que o
CES legitima cientificamente o terrorismo.
Note-se a particularidade destas teses científicas de orgia da
violência serem desenvolvidas no âmbito do Núcleo de Estudos para a Paz
do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra. A ficção
de Orwell foi suplantada em rigor pelos cientistas sociais.
O centro de investigação de Boaventura de Sousa Santos e de José
Manuel Pureza, e de outros, serve-se da ciência, transforma uma
universidade pública em barriga de aluguer e utiliza o erário público
destinado ao financiamento à investigação para legitimar, sofisticar e
exportar a violência social e política. Na impossibilidade de fazer
germinar tais barbaridades em Coimbra, empenha-se em exportá-las para
Cabo Verde e Guiné-Bissau, como se estas e outras sociedades africanas
necessitassem de mais convulsões e violências. Se esta atitude não
constitui uma afronta da Universidade de Coimbra à inteligência mais
comum e à vida quotidiana dos africanos, resta-me questionar a utilidade
das independências.
O CES existe para provar a existência de relações de parentesco entre
certas instituições universitárias e a instigação da violência social e
política e da delinquência.
É para isso que servem as universidades? A Universidade de Coimbra
não tem reitor? Serão legítimos e fiáveis os critérios que levam a FCT a
considerar o CES um seu laboratório associado, isto é, um dos raros
nichos de excelência científica em Portugal que lhe permite consumir
avultados milhões de euros ano após ano? É assim que o governo português
vem garantindo, promovendo e investindo na estabilidade da vida social,
na qualidade das suas instituições e na melhoria das relações com
outros estados soberanos? Os governos de Cabo Verde e da Guiné-Bissau
não têm nada a ver com o assunto?
IN "OBSERVADOR"
20/01715
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HOJE NO
"i"
Quase 12 mil casais tinham os dois cônjuges desempregados em Dezembro
Perto
de 12.000 casais inscritos nos centros de emprego de Portugal
continental tinham ambos os cônjuges em situação de desemprego no final
de dezembro, menos 5,9% do que no mês homólogo, segundo dados hoje
divulgados.
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De
acordo com números do Instituto do Emprego e Formação Profissional
(IEFP), do total de desempregados casados ou em união de facto, 23.937
pessoas têm também registo de que o seu cônjuge está inscrito como
desempregado no centro de emprego, o que equivale a 8,8%.
Ou
seja, o número de casais em que ambos os cônjuges estão registados como
desempregados foi, no final de dezembro de 2014, de 11.969, o
correspondente a uma diminuição homóloga de 5,9% (-745 casais) e uma
subida de 3,5% (+408 casais) face a novembro último.
No
final de Dezembro deste ano, estavam inscritos nos centros de emprego
do continente 564.312 desempregados, sendo que quase metade (48,1%) eram
casados ou viviam em situação de união de facto, num total de 271.579.
O
desemprego verificado nos centros de emprego do continente diminuiu 14%
em dezembro de 2014 face ao mesmo mês de 2013 e caiu 1,3% em relação ao
mês de Novembro.
Já
quanto aos desempregados casados ou em união de facto, a queda homóloga
em Dezembro foi de 14,2% (-44.961 desempregados), ao passo que face a
Novembro de 2014 houve um aumento de 1,0% (+2.711).
* Uma tragédia, no entanto todos os números apresentados na notícia pecam por defeito, a desgraça ainda é maior.
* Uma tragédia, no entanto todos os números apresentados na notícia pecam por defeito, a desgraça ainda é maior.
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HOJE NO
"A BOLA"
Mourinho felicita jogadores
do Bradford nos balneários
O Bradford City surpreendeu este sábado ao eliminar o Chelsea da Taça de Inglaterra, em pleno Stamford Bridge, numa vitória por 4-2.
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No final da partida, o técnico português José Mourinho fez questão de parabenizar a equipa adversária.
«José Mourinho esteve no nosso balneário para congratular todos os jogadores do [Bradford] City e staff.
Um verdadeiro toque de classe», escreveu o clube da League One (3.ª divisão) no Twitter.
* Os bons distinguem-se.
** "Parabenizar" é um termo brasileiro, torna-se uma pacovice num diário português, não há lusofonia que justifique.
"A BOLA" tem o mérito de ser e ter sido um jornal, mesmo no tempo da ditadura, com um perfil formativo digno de realce.
"A BOLA" tem o mérito de ser e ter sido um jornal, mesmo no tempo da ditadura, com um perfil formativo digno de realce.
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O QUE NÓS
"FESTEJAMOS"!!!
O QUE NÓS
"FESTEJAMOS"!!!
O primeiro número da ONDA POP explica quase tudo, os primórdios, os conceitos, a paginação e artigos publicados demonstram o trabalho destes rapazolas nos idos de 60.
Hoje saíu o nº16 e traz como atracção moçambicana o conjunto "OS DIABÓLICOS" que anos mais tarde se transformaram em "BANDA DIPLOMÁTICA". Um conjunto pop/rock de topo, que abrilhantava as melhores festas, que na Lourenço Marques de então, se efectuavam. Dizemos Lourenço Marques porque na altura era o nome da cidade, não estamos apegados a saudosismos serôdios, Maputo é a cidade de hoje, cheia de excelentes músicos.
Se se lembra de canção Eloise interpretada pr Barry Ryan, tem a letra inserida neste número da "ONDA POP", desfrute.
Se se lembra de canção Eloise interpretada pr Barry Ryan, tem a letra inserida neste número da "ONDA POP", desfrute.
O blogue, na coluna da direita tem um link directo para a ONDA POP.
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Na Síria foram feitos 13 ataques aéreos, doze dos quais na cidade de Kobani, contra oito unidades táticas do Estado Islâmico (ISIS na sigla em inglês), um veículo e um edifício.
Num outro ataque, perto da cidade síria de Hasaka (noroeste), os aviões de combate da coligação destruíram uma plataforma móvel de perfuração de petróleo.
As Forças Armadas dos Estados Unidos, Bahrain, Jordânia, Arábia Saudita e Emiratos Árabes Unidos participam nestas operações contra o Estado Islâmico na Síria mas que domina territórios também no Iraque onde proclamou o estabelecimento de um califado.
A coligação realizou ainda 13 ataques contra o Estado Islâmico no Iraque sendo que o bombardeamento nos arredores da cidade fronteiriça de Al Qaim destruiu um centro de produção de armamento.
Um outro ataque, na região de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, cinco ataques atingiram unidades do grupo extremista, estradas controladas pelo Estado Islâmico e um veículo.
Cindo raides nas proximidades de Tal Afar atingiram uma unidade do Estado Islâmico, duas unidades táticas, um edifício, dois refúgios subterrâneos e dois contentores de carga.
Um ataque nas imediações de Ramadi destruiu um outro veículo e perto da cidade curda de Erbil foram destruídos um contentor de carga, dois veículos e três escavadoras.
Nos ataques realizados no Iraque participaram forças militares dos Estados Unidos, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Holanda e Reino Unido.
* O terrorismo não tem direito a tréguas, gostávamos de saber quem financia o Isis.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Coligação internacional fez 26 ataques aéreos no Iraque e na Síria contra o ISIS
A coligação internacional formada para combater o grupo extremista Estado Islâmico realizou 26 ataques aéreos no Iraque e na Síria nas últimas 24 horas.
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A coligação internacional formada para combater o grupo extremista
Estado Islâmico realizou 26 ataques aéreos no Iraque e na Síria nas
últimas 24 horas, informou hoje a Força Operacional Conjunta dos Estados
Unidos.
Na Síria foram feitos 13 ataques aéreos, doze dos quais na cidade de Kobani, contra oito unidades táticas do Estado Islâmico (ISIS na sigla em inglês), um veículo e um edifício.
Num outro ataque, perto da cidade síria de Hasaka (noroeste), os aviões de combate da coligação destruíram uma plataforma móvel de perfuração de petróleo.
As Forças Armadas dos Estados Unidos, Bahrain, Jordânia, Arábia Saudita e Emiratos Árabes Unidos participam nestas operações contra o Estado Islâmico na Síria mas que domina territórios também no Iraque onde proclamou o estabelecimento de um califado.
A coligação realizou ainda 13 ataques contra o Estado Islâmico no Iraque sendo que o bombardeamento nos arredores da cidade fronteiriça de Al Qaim destruiu um centro de produção de armamento.
Um outro ataque, na região de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, cinco ataques atingiram unidades do grupo extremista, estradas controladas pelo Estado Islâmico e um veículo.
Cindo raides nas proximidades de Tal Afar atingiram uma unidade do Estado Islâmico, duas unidades táticas, um edifício, dois refúgios subterrâneos e dois contentores de carga.
Um ataque nas imediações de Ramadi destruiu um outro veículo e perto da cidade curda de Erbil foram destruídos um contentor de carga, dois veículos e três escavadoras.
Nos ataques realizados no Iraque participaram forças militares dos Estados Unidos, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Holanda e Reino Unido.
* O terrorismo não tem direito a tréguas, gostávamos de saber quem financia o Isis.
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Este é mais um episódio das guerras intestinas que há anos se travam dentro da Marinha, entre uma fação legalista e outra que - perante o silêncio do poder político - pretende manter o ramo a interpelar civis no mar sem ter suporte constitucional e legal para o efeito, como tem vindo a ser escrito há mais de três anos e até motivou debates parlamentares e alterações legislativas com o alegado propósito de clarificar a lei.
Note-se que, apesar das certezas que a Marinha até há poucos meses dava sobre a competência dos comandantes dos navios militares para intervir na fiscalização das pescas ou de atos ilícitos, o atual chefe criou um grupo de trabalho para apresentar, entre outras, uma proposta de diploma que "densifique as competências dos comandantes das unidades navais na fiscalização dos espaços marítimos sob soberania e jurisdição nacional, designadamente em matéria de pescas e atos ilícitos" - o que é considerado inconstitucional por várias fontes, entre as quais o juiz do Supremo Tribunal de Justiça Bernardo Colaço.
Tal ocorreu na fase final de aprovação da nova orgânica da Marinha, que fontes militares garantiram ao DN não ter sido debatida ao nível do almirantado. Por outro lado, sabia-se já que o Governo iria retirar expressamente da estrutura militar todas as da Autoridade Marítima Nacional (AMN) e sem que tal tivesse sido requerido pelo ministro da Defesa - quando é o Governo e o Parlamento quem tem competências para fazer ou pedir contributos.
"A competência legislativa para as matérias respeitantes à sua própria organização e funcionamento é exclusiva do Governo", nos termos do artigo 198.º da Constituição, "pelo que a iniciativa da elaboração de projetos de lei ou decreto-lei" na área da Defesa "incumbe ao ministro responsável", frisou um jurista ouvido ontem pelo DN.
Acresce o seguinte, adianta a mesma fonte: "A não ser que legalmente esteja prevista essa possibilidade, o que não sucede no caso de propostas de alterações à orgânica da direção-geral da Autoridade Marítima, a iniciativa legiferante [legislativa] não é de qualquer dos órgãos ou serviços sob a tutela do ministro, incluindo dos ramos das Forças Armadas, que integram a administração direta do Estado através do Ministério da Defesa."
Assim, "qualquer alteração" aos diplomas que criaram a Autoridade Marítima Nacional e, no seio do respetivo sistema, a Polícia Marítima, "só poderá decorrer de iniciativa legislativa promovida pelo Governo", enfatiza o jurista ouvido pelo DN.
O Ministério da Defesa escusou-se este sábado a comentar a atitude do chefe do Estado-Maior da Marinha perante o comandante-geral da Polícia Marítima.
* Uma lamentável falta de educação democrática.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
25 de Abril: 40 anos depois, ainda
.há chefes militares a desautorizar
. responsáveis policiais
Mais
de 40 anos após o 25 de Abril e a implementação do atual regime
democrático em Portugal, ainda é possível um chefe militar desautorizar o
comandante-geral de uma força de segurança e órgão de polícia criminal.
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O caso, noticiado sexta-feira pelo DN,
ocorreu esta semana e envolveu o chefe do Estado-Maior da Marinha,
almirante Macieira Fragoso, e o responsável máximo da Polícia Marítima,
vice-almirante Cunha Lopes, num país europeu e da NATO onde persistem
dúvidas sobre o papel das Forças Armadas no apoio às autoridades civis e
forças de segurança sem estar declarado o estado de sítio.
Este é mais um episódio das guerras intestinas que há anos se travam dentro da Marinha, entre uma fação legalista e outra que - perante o silêncio do poder político - pretende manter o ramo a interpelar civis no mar sem ter suporte constitucional e legal para o efeito, como tem vindo a ser escrito há mais de três anos e até motivou debates parlamentares e alterações legislativas com o alegado propósito de clarificar a lei.
Note-se que, apesar das certezas que a Marinha até há poucos meses dava sobre a competência dos comandantes dos navios militares para intervir na fiscalização das pescas ou de atos ilícitos, o atual chefe criou um grupo de trabalho para apresentar, entre outras, uma proposta de diploma que "densifique as competências dos comandantes das unidades navais na fiscalização dos espaços marítimos sob soberania e jurisdição nacional, designadamente em matéria de pescas e atos ilícitos" - o que é considerado inconstitucional por várias fontes, entre as quais o juiz do Supremo Tribunal de Justiça Bernardo Colaço.
Tal ocorreu na fase final de aprovação da nova orgânica da Marinha, que fontes militares garantiram ao DN não ter sido debatida ao nível do almirantado. Por outro lado, sabia-se já que o Governo iria retirar expressamente da estrutura militar todas as da Autoridade Marítima Nacional (AMN) e sem que tal tivesse sido requerido pelo ministro da Defesa - quando é o Governo e o Parlamento quem tem competências para fazer ou pedir contributos.
"A competência legislativa para as matérias respeitantes à sua própria organização e funcionamento é exclusiva do Governo", nos termos do artigo 198.º da Constituição, "pelo que a iniciativa da elaboração de projetos de lei ou decreto-lei" na área da Defesa "incumbe ao ministro responsável", frisou um jurista ouvido ontem pelo DN.
Acresce o seguinte, adianta a mesma fonte: "A não ser que legalmente esteja prevista essa possibilidade, o que não sucede no caso de propostas de alterações à orgânica da direção-geral da Autoridade Marítima, a iniciativa legiferante [legislativa] não é de qualquer dos órgãos ou serviços sob a tutela do ministro, incluindo dos ramos das Forças Armadas, que integram a administração direta do Estado através do Ministério da Defesa."
Assim, "qualquer alteração" aos diplomas que criaram a Autoridade Marítima Nacional e, no seio do respetivo sistema, a Polícia Marítima, "só poderá decorrer de iniciativa legislativa promovida pelo Governo", enfatiza o jurista ouvido pelo DN.
O Ministério da Defesa escusou-se este sábado a comentar a atitude do chefe do Estado-Maior da Marinha perante o comandante-geral da Polícia Marítima.
* Uma lamentável falta de educação democrática.
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HOJE NO
"RECORD"
Novo ciclo de João Sousa
Apesar de Andy Murray ter impedido João Sousa de em
Melbourne se tornar no primeiro português a chegar a uma 4.ª ronda em
torneios do Grand Slam, derrotando-o por 6-1, 6-1 e 7-5 em 2h06, o
vimaranense continua em contraciclo com o ténis nacional e é o único que
dá garantias de chegar às 10 vitórias em encontros em Majors.
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Os
triunfos frente ao australiano Jordan Thompson e ao eslovaco Martin
Klizan colocam Sousa (55.º na lista ATP) com 7 vitórias no registo entre
portugueses nas quatro etapas dos torneios do Grand Slam. O regresso ao
top 50 (será 49.º após o open australiano) e as boas indicações
deixadas em singulares – competiu ao lado de Santiago Giraldo na última
madrugada em pares frente aos franceses Julien Benneteau e Edouard
Roger-Vasselin – permitem concluir que Sousa poderá cumprir os seus
objetivos em 2015: ganhar um torneio ATP e aproximar-se do top 20 do
ranking mundial.
As palavras de Andy Murray, que considerou Sousa um
duro oponente, que nunca vira a cara à luta, vão nesse sentido,
enaltecendo a atitude do n.º 1 nacional que, apesar de estar a perder
por 4-1 no 3.º set, nivelou o ritmo do encontro. Murray, n.º 6 na
hierarquia mundial, vai agora defrontar o búlgaro Grigor Dimitrov, que o
derrotou o ano passado nos quartos-de-final em Wimbledon.
“Obviamente
não estou contente com o resultado, podia ter feito muito melhor, mas
as coisas são assim. Há que ter confiança”, referiu Sousa, que averbou a
quarta derrota frente ao escocês, campeão olímpico em Londres’12 e
vencedor de Wimbledon em 2013. Depois da Austrália segue-se o regresso à
Europa em torneios em recinto coberto.
* Murray é um "enorme" jogador de ténis, João Sousa vai a caminho, temos de reconhecer o valor deste tenista, num país onde a modalidade recebe poucos incentivos.
* Murray é um "enorme" jogador de ténis, João Sousa vai a caminho, temos de reconhecer o valor deste tenista, num país onde a modalidade recebe poucos incentivos.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
700 mortos "nada tem de assustador"
O ministro da Saúde recusou este sábado considerar assustador o registo da Direção-Geral da Saúde (DGS) de ocorrência de 700 mortos nos primeiros 20 dias de janeiro nas urgências dos hospitais públicos.
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"Nada tem nada de assustador", declarou Paulo Macedo, depois das visitas a unidades de saúde em Linda-a-Velha e Alcântara (Lisboa) com alargamento de horário de atendimento aos dias de semana e ao sábado, por causa do surto da gripe.
O governante disse que "esse número foi dado pelo Ministério da Saúde" à DGS e explicou que, "em todo o mundo", o registo de mais óbitos em hospitais "é na urgência". "Todos os anos, temos um grande número de óbitos nas urgências. A seguir à área dos cuidados intensivos, em todos os hospitais de todo o mundo, a área em que há mais óbitos é na urgência", frisou.
"Alteração de hábitos"
No entender do responsável pela pasta da saúde, "há uma alteração de hábitos culturais", porque se constata que "há mais pessoas que vão falecer hoje em dia aos hospitais, não é só uma questão dos cuidados de saúde serem melhores e haver uma maior oferta". "Há um conjunto de pessoas que, antes, quando as suas condições clínicas não justificavam, queriam estar em casa e, hoje em dia, mesmo que as suas condições não indiquem grande necessidade de um recurso ao hospital, prefere a sua família ter um enquadramento de âmbito clínico.
Esse padrão acontece em todos os hospitais", afirmou. Sem elementos sobre as causas dos óbitos, os dados da DGS, que não permitem saber se os doentes morreram antes ou depois de serem observados por um médico, indicam que, em 2014, morreram 9.429 pessoas nas urgências dos hospitais públicos, quando registo de 2013 foi de 9.213
* Não é assustador o número de mortos nos primeiros dias de Janeiro, mas é tenebroso os que morreram sem serem atendidos ou porque esperararm horas sem fim para serem tratados.
Mais tenebroso é o ministro da Saúde resolver alterar horários dos Centros e reforçar equipas em hospitais com a intenção de remediar, quando a opção devia ter sido prevenir. O último período como titular do ministério tem sido um desastre, o DGS, Francisco George, é que tem evitado o afundanço.
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