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 O QUE NÓS

  "CORROMPEMOS"!



A CORRUPÇÃO DENTRO E ÀS
PORTAS DA UNIÃO EUROPEIA




Uma produção "EURONEWS"
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 O BIG BROTHER

STREET VIEW













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HISTORY DRINK
5-GANDHI E
........??????



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Daria van der Bercken


Porque é que levei o piano
para a rua...e pelo ar

 


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MANUEL CARVALHO DA SILVA

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"Inovação social" retrógrada

Aí está o "Portugal moderno" que o Governo PSD/CDS tem estado a construir com a política de austeridade e à boleia desta: um modelo de caridade assistencialista para cuidar do Portugal dos pobrezinhos. Na aproximação ao Natal têm-se ampliado iniciativas com este cariz. É a criação de toda uma teia, com ar de filantropia, que o Governo incrementa para consolidar políticas de miserabilismo. 
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A governação de Passos Coelho e Paulo Portas, através da destruição de emprego e da atividade de milhares de pequenos empresários, da diminuição de salários, pensões e prestações sociais, da distribuição injusta da carga fiscal com forte penalização do fator trabalho, provocou um agravamento de carências na sociedade portuguesa que nenhuma manipulação estatística é capaz de esconder.

Os cidadãos são despidos dos seus direitos, responsabilizados pelas difíceis condições em que se encontram, estigmatizados e desafiados a ser empreendedores. Temos assim um empreendedorismo para pobres em todo o seu esplendor, apresentado como forma moderna de organização e vida em sociedade. 

Um punhado de portugueses e estrangeiros apoderaram-se de enorme volume de riqueza, enquanto o Estado vai sendo demitido da responsabilidade de intervir no sentido de impor justiça na distribuição da riqueza gerada, ao mesmo tempo que é transformado num implacável cobrador de impostos sobre os remediados e os que ainda têm qualquer coisita, convidando-os, simultaneamente, ao cuidado solidário dos pobrezinhos.

No passado dia 16 foi publicada, em "Diário da República", a Resolução do Conselho de Ministros n.º 73-A/2014, que cria a "Iniciativa Portugal inovação social" e a "Estrutura de missão", responsável pela sua execução: o Ministério da Segurança Social convertido em Santa Casa Nacional da Misericórdia.

As propostas e mecanismos inscritos nesta resolução são expostos numa linguagem manipuladora, pornográfica e ofensiva para os mais desfavorecidos. É indispensável que este documento tenha uma grande divulgação, que as forças políticas, os sindicatos e muitas outras organizações da sociedade se pronunciem e reajam face aos objetivos ali expostos.

Os destinatários diretos desta "Iniciativa" são "entidades de direito público e privado e entidades da economia social que desenvolvem projetos de inovação e empreendedorismo social". Não tenho dúvida de que existem muitos responsáveis de IPSS e de outras organizações não governamentais (ONG) que jamais compactuarão com a destruição do sistema público de proteção social e a estigmatização e subjugação dos pobres. Mas há um volume de 1,5 mil milhões de euros que vai circular para estruturar o sistema, designadamente "financiamentos de natureza grossista com fundos participados". Isto será muito atrativo!

No ponto 5.b está claro o objetivo de "Dinamizar o mercado de investimento social". É concebível que os direitos mais elementares de proteção social sejam tratados como produtos de mercado?
E o que significa (5.a) "Promover o empreendedorismo e a inovação social... numa lógica complementar às respostas tradicionais"? As respostas tradicionais são o Estado garantir e responsabilizar-se pela existência de subsídio de desemprego para quem está desempregado e pagá-lo, é garantir o RSI apoiado por ações de formação e outras que visam a efetiva inserção social das pessoas, é garantir proteção a todos os que dela necessitam, salvaguardando a sua dignidade. 
A entrega destas funções a IPSS e ONG, numa proliferação de novas parcerias público-privadas, com um programa de distribuição de "vales de capacitação atribuídos aos destinatários" (2.d), coloca direitos fundamentais das pessoas ao pequeníssimo nível do direito de se alimentarem na cantina de uma daquelas instituições, em troca da obrigação de prestarem um serviço gratuito ou de utilidade prática, prolongando indefinidamente a sua (e a de familiares) condição de pobreza.

Não podemos andar distraídos. Na Constituição da República de 1933, cujas bases vigoraram até abril de 1974, o papel do Estado em matéria de assistência social era essencialmente supletivo. Foi o tempo do Estado Novo, do fascismo e da miséria. A Constituição da República, aprovada em 1976, pôs de lado essa conceção retrógrada e avançou para a implementação do Estado social. Não podemos permitir o retrocesso.

INVESTIGADOR E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
20/12/14


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369.UNIÃO


EUROPEIA


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 7 Bilhões de
 Outros

 ACESSO AOS CUIDADOS


DE SAÚDE




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4-HISTÓRIA
ESSENCIAL
DE PORTUGAL
VOLUME III



O professor José Hermano Saraiva, foi toda a vida uma personalidade polémica. Ministro de Salazar, hostilizado a seguir ao 25 de Abril, viu as portas da televisão pública abrirem-se para "contar" à sua maneira a "HISTÓRIA DE PORTUGAL", a 3ª República acolhia o filho pródigo. Os críticos censuraram-no por falta de rigor, o povo, que maioritariamente não percebia patavina da história do seu país, encantou-se na sua narrativa, um sucesso. Recuperamos uma excelente produção da RTP.

 FONTE: SÉRGIO MOTA 


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Dame Kiri Te Kanawa


"Let the Bright Seraphim"


Handel

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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"

Andamos a beber mal o champanhe?

Numa coisa os especialistas são unânimes: uma taça é um copo terrível para beber champanhe e as razões vão desde a dificuldade na carbonação até ao aquecimento provocado pelas mãos. Nesse caso, a flute, com o seu pé alto e formato alongado, parece o copo ideal, certo? Errado. 
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Antonio Galloni, críticos de vinhos e fundador do site Vinous dá voz à opinião partilhada por muitos enólogos: "Se formos ao Cristal ou Krug ou Dom Pérignon, nenhum produtor de vinho nos vai dizer 'Aqui está o meu vinho, prove-o numa flute'. Não é usada de todo."

"Um ótimo champanhe não pode oferecer toda a sua expressão num copo estreito", corrobora Olivier Krug, da prestigiada casa Krug, ouvido pela Bloomerg.

Cédric Bouchard, nomeado melhor produtor de champanhe em 2008, reconhece, por sua vez, que a flute permite exibir o espetáculo oferecido pelas bolhas que sobem. "Mas não permite ao aroma sair nem ao vinho respirar", contrapõe.

Como se deve então beber champanhe? No artigo dedicado ao tema, a Bloomerg leva-nos até Itália, um dos maiores consumidores de champanhe do mundo, onde a bebida é sempre servida... num copo de vinho.

Galloni resume que se trata de "reconhecer que champanhe é vinho". Então, para um champanhe "blanc de blancs" (feito exclusivamente a partir de uvas brancas), o especialista usa um copo de vinho branco. Para um champanhe tinto ou feito a partir de uvas tintas (o "blanc de noires"), o copo de vinho correspondente.

"Se bebermos um vinho realmente bom de uma flute é como usar um sapato pequeno demais", resume.

* Sempre a aprender!

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 AJUDANDO


Devido à impressão 3D um cão anda de novo


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ESTA SEMANA NO
"SOL"

'O menino mija'? 
Licor açoriano de nome insólito
 é um sucesso estrondoso

Perto de três mil litros de um licor com o nome da tradição natalícia açoriana “o menino mija” esgotaram em apenas duas semanas, revelou hoje o produtor, que quer exportar o produto para os Estados Unidos em 2015.

“Este ano foi uma experiência. Tivemos à volta de dois mil e quinhentos litros ou três mil litros. Esgotou rapidamente. Para o ano vamos produzir muito mais e tentar colocar nos EUA”, afirmou à Lusa Eduardo Ferreira, proprietário da Fábrica de Licores Eduardo Ferreira & Filhos Lda., fundada em 1993 na cidade da Ribeira Grande, na ilha de S. Miguel.
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Pelo Natal e até ao dia de Reis (06 de janeiro) vive-se nos Açores a tradição do “menino mija”, que junta grupos em peregrinação por casas de amigos e familiares, constituindo um símbolo do património etnográfico do arquipélago.

“Nós colocámos dentro de uma garrafa esta tradição. Tem tudo a ver connosco. Chama a curiosidade às pessoas e isso é um potencial comercial”, disse Eduardo Ferreira, acrescentando que o resultado da primeira experiência foi toda vendida na região e que a marca “O menino mija” já foi registada pela fábrica de licores.

Segundo disse Eduardo Ferreira, esta é “uma aposta ganha”, pelo que a ideia, no próximo ano, é “produzir mais e exportar para os Estados Unidos”, algo que “já está a ser tratado em termos de autorizações”.

“As pessoas perguntam de que é feito [o licor], porque não vem [na garrafa] os ingredientes, mas isso já foi de propósito. Quando vai a casa dos amigos e pergunta se o menino mija, o senhor não sabe o que vai tomar”, disse, acrescentando apenas que a fruta utilizada neste e nos restantes licores produzidos pela sua fábrica é toda dos Açores.

Neste momento, a fábrica de licores de Eduardo Ferreira importa apenas ginga, pois toda a restante fruta utilizada no fabrico das bebidas alcoólicas é plantada e colhidas nos Açores.

A criatividade, a constante inovação e a qualidade são para Eduardo Ferreira, antigo emigrante nos EUA, o segredo do sucesso da fábrica, que em 2015 vai começar a produzir gin e rum com sabores de frutas locais.

“Não é por acaso que no ano passado subimos 17% nas vendas, num ano de crise. Estamos constantemente a investir e a melhorar”, referiu Eduardo Ferreira.

O empresário revelou, ainda, que tenciona abrir, em fevereiro, a segunda loja da “Mercearia dos Açores” em Lisboa, dado o sucesso obtido com a primeira, localizada na baixa da capital e onde se podem encontrar vários produtos genuinamente açorianos.

* Mijamos todos.

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 19- NOIVAS



SOFISTICADAS
















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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"

Escom gastou dois milhões
 só para ocultar dinheiro 

Luís Horta e Costa admite que operação serviu para esconder prémios pagos nos submarinos e contornar o fisco. "Hoje não faríamos isso".

A Escom gastou 2,1 milhões de euros só para constituir e gerir um fundo secreto nas Bahamas com o objetivo de esconder o destino final do dinheiro que o German Submarine Consortium (GSC) pagou pelos serviços de consultoria prestados por aquela empresa do Grupo Espírito Santo. "Quisemos dificultar o acesso a essa informação e esperar por uma oportunidade para regularizarmos os impostos com melhores condições fiscais", admite Luís Horta e Costa, administrador da Escom. "Além disso, achámos que  seria complicado que se viesse a saber que houve uma distribuição de bónus à família Espírito Santo", acrescenta. "O momento no país era diferente. Se fosse hoje não faríamos isso." 
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MALABARISTA
Ao todo, a Ferrostaal, uma das empresas do GSC, pagou 27 milhões à Escom pelo sucesso no negócio de venda de dois submarinos ao Estado português em 2004. Dos 27 milhões de euros recebidos pela Escom, cinco milhões tiveram como beneficiários finais os membros do conselho superior do Grupo Espírito Santo (GES), incluindo Ricardo Salgado, enquanto 16 milhões foram parar às mãos de três administradores e de um consultor da Escom, Miguel Horta e Costa, irmão de Luís Horta e Costa. Ou seja, 21 milhões foram convertidos em prémios. Até agora, no entanto, não era ainda do conhecimento público o que tinha acontecido com seis milhões de euros - o resto dos 27 milhões de euros transferidos pela Ferrostaal.
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O rasto do dinheiro da Escom esteve no epicentro da investigação que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) desenvolveu durante os últimos oito anos, relacionada com suspeitas de que teria havido corrupção no negócio dos submarinos. Esta semana, a procuradora Josefina Escolástica e o procurador Júlio Braga deram o caso por encerrado, concluindo pela não existência de indícios de que tenham sido pagas 'luvas' a "decisores políticos" em troca de uma vitória dos alemães no concurso público internacional lançado pelo Estado português para a aquisição dos submarinos.
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Um milhão em juros para receberem mais cedo
De acordo com Luís Horta e Costa, além dos 2,1 milhões gastos com a criação do fundo nas Bahamas, houve ainda 940 mil euros de custos financeiros por causa de dois empréstimos contraídos pela Escom junto do BES Cayman para permitir que os prémios dos gestores da empresa e da família Espírito Santo fossem recebidos antecipadamente, logo em outubro de 2004, dias depois de o contrato dos submarinos com o Estado português ter entrado em vigor. 
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O fundo constituído nas Bahamas, o Feltree Investment Fund, foi criado através de uma empresa especializada no Brasil. A Escom transferiu um total de 19 milhões de euros para uma conta titulada por esse fundo no POBT Bank and Trust nas Bahamas. Desses 19 milhões, 13 foram para os administradores e para o consultor da Escom. Além disso, foi usada uma sociedade do Grupo Espírito Santo nas Ilhas Virgens Britânicas, a Afrexport, para onde foram 8,25 milhões de euros. Daí, cinco milhões seguiram para contas da família Espírito Santo no KBL Swiss Private Bank, em Genebra, e três milhões ficaram para os homens da Escom.
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Ainda segundo Luís Horta e Costa, a Escom teve depois outros gastos associados ao negócio dos submarinos. Pagou 750 mil euros ao escritório de advogados Vieira de Almeida, por serviços jurídicos; 621 mil euros ao BES Investimento, por aconselhamento financeiro; 500 mil euros à Inteli, por consultoria técnica. E teve de suportar uma sucursal no Reino Unido, criada e mantida de propósito para aquele negócio, que custou 340 mil dólares, incluindo os salários e a residência de um representante. 
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Houve, por último, 360 mil euros gastos em Portugal com despesas de viagem e uma avença mensal de cinco mil euros paga ao longo de vários anos a Miguel Horta e Costa, o homem que geriu o dossiê dos submarinos com os alemães desde o início. E que receberia depois quatro milhões de euros de prémio, tal como os três administradores da Escom.
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Confrontado com as declarações de Ricardo Salgado feitas numa reunião do Conselho Superior do GES em dezembro do ano passado - e cujas gravações foram tornadas públicas -, em que o banqueiro se refere a uma "parte que tem de ser entregue a alguém em determinado dia", Horta e Costa diz: "O dr. Ricardo Salgado sabia perfeitamente que o dinheiro era para o meu irmão. A questão é que ele achava que não lhe devíamos dar dinheiro nenhum, apesar de ter sido o Miguel Horta e Costa a trazer o negócio para a Escom."

* E ninguém vai preso!


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ESTA SEMANA NA
"SEMANA INFORMÁTICA"

Segurança levará as empresas 
a mudar para a cloud

A Point.io está a procurar clientes em Portugal em parceria com a portuguesa Be-Flux. O CEO da empresa especialista em BPM e API, Ron Rock, acredita que no futuro o ambiente cloud será o mais seguro.

A Point.io é uma startup tecnológica norte-americana fundada por Ronald R. Rock, que integra uma equipa de profissionais experientes em business process management (BPM). A empresa tem dois anos e chega agora a Portugal através de uma parceria firmada com a tecnológica nacional Be-Flux.

Em conjunto, as duas empresas vão explorar oportunidades na economia das API (Application Programming Interface) em Portugal e em países de língua oficial portuguesa.
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A primeira ronda de reuniões com prospects decorreu durante o mês de Novembro, altura em que o Semana teve ocasião de entrevistar o responsável norte-americano.

Conhecido por Ron Rock, o empreendedor acumula mais de 25 anos de experiência profissional repartidos entre grandes organizações e a criação de empresas. Descreve-se como um «pensador» que tem a «capacidade de ligar os pontos antes mesmo de outros se aperceberem que existem pontos para relacionar», como descreve na sua apresentação no Linkedin.

Entre as startups criadas por Ron Rock destaca-se a Knowledge Rules, consultora especializada em BPM, que liderou durante mais de sete anos, até ter sido adquirida pela Accenture em 2010.

A criação da Point.io resulta do alinhamento entre a experiência profissional da equipa, muitos provenientes originalmente da Knowledge Rules, e a identificação da necessidade de ajudar as empresas a migrar os seus sistemas para a cloud e para o mobile, através de BPM. A Point.io opera no espaço da economia das API, com soluções de API as a Service (AaaS) ou mobile Backend as a Service (mBaaS), entre outras.

Ron Rock explica que o paradigma dos sistemas de informação está a mudar nas empresas. Se, nos últimos 30 anos, as «empresas blindaram a informação, construíram firewalls, eram donas dos mainframe, da cablagem e dos ecrãs, nos quais se via a informação», actualmente, «a cablagem foi substituída pelo wireless e cada colaborador transporta o seu próprio dispositivo para o trabalho. Os utilizadores acedem à informação a partir do dispositivo que receberam no Natal».

Este é um grande desafio para os CIO (chief information officer) e para as empresas. É necessário «cumprir requisitos de complicance, de segurança, entre outros», num ambiente cada vez mais heterogéneo, com novos fornecedores a surgir diariamente no espaço cloud/mobile e a disponibilizar serviços e soluções diversificados. Esta nova realidade, que se acentuou nos últimos cinco anos, pode ser «muito confusa para as empresas e clientes».

E a Point.io pode esclarecer as empresas e apresentar soluções para tirar partido dos sistemas de informação antigos, sejam eles quais forem, orquestrando-os através do BPM e tirando partido da economia das API para que qualquer pessoa possa aceder a qualquer informação a partir de qualquer dispositivo actual.

Economia das API e a segurança na cloud

A economia das API são core expertise da Point.io e da Be-flux. As API são o standard através das quais «qualquer coisa pode comunicar com qualquer coisa», explica Ron. «Os mainframe, os sistemas de CRM ou de ERP não foram desenhados com API, por isso a Point.io, através de API ajuda as organizações a tirar partido de todos os sistemas recorrendo ao valor acrescentado que pode representar o BPM.»

Além disso, Ron Rock perspectiva o futuro. «Hoje tendemos a pensar no mobile como smartphone ou tablet. Mas o que fazer quando todo os colaboradores aparecerem com Google Glasses ou Apple iWatchs? Ou quando for comum um browser integrado no tablier do automóvel, ou quando o frigorífico for inteligente?» O consumo de conteúdos está a mudar e para fazer face a esta mudança radical em curso as empresas têm de ter uma estratégia. «Com a nossa plataforma não será necessário reescrever as aplicações de raiz, tudo é publicado via API e simplesmente se faz a ponte entre o dispositivo e a aplicação subjacente. Toda a segurança, compliance ou conectividade se mantém.»

A segurança tem sido apontada como a principal razão pela qual as grandes empresas dizem não pretender mudar para a cloud. «No entanto, por mais dinheiro que gastem individualmente em segurança, nunca será suficiente», sublinha RonRock. Neste sentido, o especialista prevê que, no futuro, a segurança se vai tornar na principal razão pela qual as empresas irão migrar para a cloud. Imagine-se que cada banco norte-americano gasta entre 150 e 200 milhões e dólares em segurança, não seria mais eficiente e eficaz reunir todos esses recursos num investimento conjunto? Sairia eventualmente mais barato do que cada empresa estar a gastar determinado montante em segurança, sendo que o sistema seria no todo maior e melhor do que a soma de múltiplos sistemas diferentes. «Até porque a segurança é um investimento contínuo, diário, todos os meses, para sempre», defende.

O caminho a percorrer é longo «até que as poupanças de custos inerentes à mudança para a cloud se tornem apelativas. Mas, se há dois anos alguns clientes diziam que não iriam mudar nada para a cloud, hoje, começam a mudar um ou outro sistema». Para já são sistemas não core e com níveis de segurança menos exigentes, mas será uma «questão de tempo até que decidam que encontraram um sítio para colocar também os dados, mesmo os mais críticos para o negócio».

E esta mudança é realizada com o recurso à economia das API. «Podemos construir uma app que pode estar ligada a quaisquer sistemas onde quer que estejam alojados (na cloud ou atrás da firewall), mediante a layer de orquestração e interfaces API. O user interface será independente da app. E uma mesma app poderá ser suportada em óculos, relógios, mesas de café ou qualquer outro dispositivo. «É um work in progress», conclui.

Be-Flux simplifica cadeia de valor

A Be-Flux – Process Improvement, consultoraespecializada na melhoria de processos, está a apresentar-se ao mercado. A startup foi criada há cerca de seis meses, opera a partir de Portugal, mas já conta com operações na Europa. A Be-Flux reúne um conjunto de profissionais com experiência em BPM que optaram «por fazer as coisas de uma forma diferente na área dos serviços de TI, operando essencialmente em projectos que passam pela integração de software», explica Filipe Rato, managing partner da empresa. «Quisemos simplificar e tornar-nos um veículo de inovação para disponibilizar o valor de TI às empresas», num mundo complexo, com as tecnologias sempre a mudar, em particular agora, com o mobile, a Internet of Thing (IoT) ou a cloud.

Na senda da melhoria dos processos, e com o objectivo de adicionar valor, «procurámos soluções inovadoras e encontrámos a Point.io e a sua oferta».

A Be-Flux, que representa a oferta Point.io, dedica-se especialmente às indústrias de telecomunicações e serviços financeiros, em Portugal, nos países de língua oficial portuguesa, com destaque para Angola, e já tem prospects na Europa.

A cloud transformará as TI numa commodity

A Point.io está a investir «a maioria das receitas obtidas bem como os 5,5 milhões de euros angariados junto de uma rede de business angels nos EUA» em Investigação e Desenvolvimento (I&D), explica Ron Rock.  «Gastamos muito mais em I&D do que em marketing e vendas. Neste momento o nosso objectivo é desenvolver a plataforma e a tecnologia.»

A plataforma, explica Ron, pode ser utilizada por empresas de qualquer sector: banca, seguros, telecomunicações, saúde, entre outros.

Sobre o futuro do sector, Ron Rock concebe um mundo em que as TI serão uma da commodities. E num breve retorno ao passado recorda: «Em 1900, quando se construía uma fábrica era necessário construir também as instalações de produção de energia. E gastava-se muito dinheiro a construir geradores de energia, antes sequer de terminar a construção da fábrica. Uso essa analogia quando penso em todas as empresas que investiram em departamentos de TI. Porque é que um fabricante de vestuário para mulher, de automóveis ou um banco precisam de um departamento de TI? Penso que os nossos filhos vão olhar para trás e rir-se».

E assevera: «Estamos no início da jornada, mas a cloud vai tornar o processamento informático em algo tão ubíquo como a energia eléctrica, em que basta ligar à tomada e já está. As empresas vão mudar a forma de fazer negócio, de pensar em gestão de informação, vão reduzir o investimento em TI e aumentar o investimento no core business. Esta mudança terá um impacto profundo quer no trabalho das pessoas, quer nas implicações financeiras a montante. Com mais dinheiro disponível, as empresas terão mais lucro ou investirão mais em I&D, acelerando a inovação.

Expansão internacional

A Point.io conta actualmente com «meia dúzia de clientes nos EUA, incluindo duas empresas que integram a lista Fortune 500». A partir daqui «vamos apostar na expansão internacional». A operação europeia é liderada por Charles Paumelle, em Londres, e a empresa está a procurar parceiros estratégicos noutros países. Em Portugal é a Be-Flux, de Filipe Rato, que jámediou a apresentação das soluções e a estratégia da Point.io a alguns prospects que operam especialmente no sector das telecomunicações. O acolhimento «foi bom», assinalou Ron Rock.

A estratégia apresentada é gradual: «Não nos propomos a passar toda a infra-estrutura, aplicações e dados do cliente para a cloud de um dia para o outro», frisa Ron Rock. «Propomos uma migração gradual que nas grandes empresas se pode prolongar por cinco a sete anos», explica. O empreendedor defende que é uma alternativa «única». As grandes empresas têm a generalidade dos sistemas nas suas instalações e, desde modo, poderão reaproveitar os sistemas, defende. «Hoje em dia, a maior parte dos fornecedores está a construir produtos exclusivamente para a Net ou exclusivamente para o mobile», a solução da Point.io permite aproveitar o que os clientes têm inhouse, optimizando o processo de mudança.

Para além das telecomunicações, a banca e os seguros são sectores onde existe maior pressão a nível de auditorias, compliance e segurança e é onde a Point.io irá concentrar os seus esforços.

Sendo ainda cedo para antecipar projecções de negócio, tanto Ron Rock como Filipe Rato estão optimistas. «É prematuro definir a dimensão das oportunidades. O que sei é que todas as PSI-20 portuguesas precisam da ajuda que estamos a disponibilizar», explica o managing partner da Be-Flux.

A lição de Ron Rock

Desde meados da década de 80 do século passado, Ron Rock, CEO da Point.io, criou seis startups, entre elas a Knowledge Rules, uma empresa que operava na área do BPM e que incluía entre os seus clientes empresas dos sectores financeiro, saúde, entre outros nos EUA. Foi posteriormente adquirida pela Accenture.

A maioria dos negócios iniciados por Ron Rock foi «um sucesso ou correu bem». No entanto, uma das startups foi um «desastre absoluto». «Lembro-me diariamente desse desastre absoluto e digo muitas vezes que sei bastante sobre o que não se deve fazer!» «A maior lição que tirei foi que nada é mais importante do que ter clientes e receitas», sublinha. Por mais dedicação que se tenha, é muito fácil gastar todo o tempo e dinheiro a trabalhar (working) arduamente, sem fazer o nosso trabalho (job)». Ron Rock deixa um alerta à navegação: «Estes dois conceitos são facilmente confundidos».

E explica: «De nada vale arranjar dinheiro e desenvolver tecnologia cada vez melhor, se não se tiver clientes. Clientes que compram e que dizem o que pretendem comprar no futuro. Neste contexto, todo o trabalho é desperdiçado». Ron assinala ainda que vê muitas vezes empresas a gastar rios de dinheiro em espaço de escritório, infra-estruturas ou websites – sem dúvida fundamentais a seu tempo –, mas que só podem ser privilegiados depois de ter clientes a pagar. Caso contrário a excelente ideia pode ficar pelo caminho.

«A magia das startups é ter uma visão do futuro, mas descobrir um produto táctico que os clientes estejam dispostos a pagar hoje, assegurando o futuro do negócio», frisa.

* Não estamos tão eufóricos quanto à segurança na "cloud" como o sr. Ron Rock,  aliás quanto à segurança na Web somos dos  mais pessimistas.


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