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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
06/12/2014
ANA BACALHAU
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IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
30/11/14
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Portuguese branding.
J’adore.
Foi bonito ouvir o discurso de Carlos do Carmo
aquando da recepção do prémio Grammy que lhe foi atribuído. Não só pelo
seu conteúdo e pelo que representa para a música portuguesa, mas
porque Carlos do Carmo escolheu fazê-lo em português. Um gesto que
deveria ser natural e comum mas que, pela forma enfática como foi
reportado por todos os meios de comunicação, parece apresentar–se como
uma escolha mais rara do que aquilo que se suporia.
Discursar na língua materna perante uma audiência
que não a domina parece dividir opiniões. Por um lado, dificulta a vida
dos que não a compreendem, por outro, afigura-se como forma de enaltecer
a cultura que lhe deu forma. Para o primeiro problema há sempre
resolução. Chama-se tradução simultânea e constitui-se como uma das
melhores formas de entendimento entre discursantes de diferentes
nacionalidades. Para o segundo, ou, melhor dizendo, para quem não
considere que a utilização da língua materna num discurso oficial possa
servir para representar toda uma cultura, não há entendimento possível,
apenas a certeza do recurso a línguas mais universais.
Ao que parece, a norma tem sido a escolha da segunda
via, ou seja, a escolha de discursar noutra língua que não a materna,
de forma a facilitar a vida aos outros e, porventura, mostrar os dotes
de poliglotismo do orador.
O que poderia ser apenas sinal de vaidade de alguns
revela porém algo mais insidioso. Para ilustrar o que pretendo dizer,
conto o que observei aqui há uns dias no metro de Lisboa. Algures na
paragem de metro que agora se intitula Blue Station estava um carrinho a
vender pastelaria típica de Portugal. A música que se ouvia era
portuguesa, o que foi uma óptima surpresa porque, muitas vezes, por mais
português que seja o produto, poucas vezes o mesmo é apresentado com
recurso à produção musical portuguesa.
Curiosa, procurei o nome para esta ideia que pretendia vender sabores portugueses. E, pontaria das pontarias, na Blue Station vende-se «portuguese flavours»*. O que é óptimo saber-se, principalmente para os que falam inglês.
Eu falo inglês. Aliás, gosto tanto da língua
inglesa, que a estudei a fundo. Também gosto muito da língua
portuguesa, que estudei igualmente a fundo. Além disso, mantenho uma
relação afectiva muito forte com a língua a que chamo de «mãe» e que me
serve de medida para tudo o que pretendo exprimir e pensar na vida. Por
isso, tento falar e escrever no melhor português que sei e recorrer às
suas expressões antes de as pedir emprestadas a outras línguas.
Se existe correspondente ao que quero dizer na minha língua, procuro utilizá-lo. Não adiro ao lifestyle se posso converter-me a um estilo de vida mais idiomático. Nem estendo a red carpet
a estrangeirismos quando posso estender a passadeira vermelha a
expressões portuguesas. Para mim, Estação Azul é incomensuravelmente
mais bonito do que Blue Station, mas não sei se não estarei em minoria.
Dada a profusão de estrangeirismos que encontro no dia-a-dia será, com
certeza, mais esquisitice minha do que algo que interesse ou preocupe a
sociedade portuguesa. Mesmo assim, mantenho o que disse.
O marketing português pode achar que uma
marca em inglês é mais apetecível e mais fácil de internacionalizar do
que uma marca em português. Eu acho que mais apetecível do que tudo isso
é uma cultura que não tem vergonha de se mostrar nem medo de se impor.
*O nome da marca foi alterado porque o que se pretende não é
menorizar o seu produto, mas sim apontar uma tendência generalizada.
IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
30/11/14
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HOJE NO
"i"
"i"
Hong Kong.
Dez semanas de protestos vão
acabar sem honra e glória
Com
cada vez menos adesão e popularidade, os protestos dos estudantes
parecem estar a terminar sem nada ter sido alcançado nestas dez semanas
Parece
estar próximo o tempo de os manifestantes que ocuparam as ruas de Hong
Kong nas últimas dez semanas pegarem nos seus guarda-chuvas e irem para
casa. O movimento pró-democracia iniciou-se com o anúncio do governo
central da China sobre a eleição democrática do chefe do executivo de
Hong Kong, em 2017. No fim de Agosto ficou esclarecido que isto se
traduziria em sufrágio universal, em vez de a eleição ser feita por um
colégio eleitoral, como acontecia anteriormente. No entanto, a lista de
candidatos à actual posição de Leung Chun-ying, chefe executivo da
região administrativa especial, está restrita aos nomes aprovados por
Pequim.
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Assim, no fim de Setembro, cidadãos de Hong Kong começaram a revoltar-se contra esta lista restrita, revolta que desaguou no movimento de desobediência civil Occupy Central with Love and Peace. Com este intuito, mais de 200 mil pessoas ocuparam as ruas de Hong Kong, em protesto, nos últimos dois meses.
"Vão para casa "
Hoje não estão 200 mil pessoas nos protestos, que foram perdendo entusiasmo à medida que nada se atingia. Esta semana, o trio que liderou o Occupy e idealizou o início da ocupação decidiu terminá-la. Na quarta entregaram-se à polícia, dizendo-se prontos a enfrentar as consequências da desobediência civil, e foram libertados sem acusações. Anunciaram que esta não era a forma de continuar a protestar e pediram a todos os manifestantes que também se retirassem das ruas e fossem para casa.
MOVIMENTO PACÍFICO?
As razões para estes líderes terminarem a ocupação devem-se também ao facto de os protestos terem mudado de forma. Se a matriz original era pacífica ("with Love and Peace") e os manifestantes protestariam sentando-se nas ruas, não oferecendo resistência se fossem detidos pela polícia, isto não se verifica nas ruas da cidade. O facto é que esta semana se viveram os piores confrontos entre os manifestantes e a polícia.
Na última semana, a polícia removeu os acampamentos da zona comercial de Mong Kok, um dos principais locais de protesto. A acção resultou em cerca de 100 detenções.
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A resposta dos manifestantes foi aumentar a violência. Na noite de domingo, a Hong Kong Federation of Students organizou uma tentativa de cerco aos edifícios do governo, na zona de Admiralty.
Esta tentativa foi rapidamente sustida: os manifestantes foram removidos pela polícia com jactos de água, gás-pimenta e cassetetes - sem paz. E os estudantes também não a esperavam. Foram equipados com capacetes e óculos das obras, escudos improvisados e os guarda-chuvas que usam para se defender do gás lacrimogéneo e que deram o nome ao movimento. Na madrugada de segunda-feira, mais de 40 haviam sido detidos e vários estavam feridos.
Depois deste fracasso, C. Y. Leung avisou os manifestantes que não poderiam voltar às ruas, ou a resposta policial seria "enérgica".
ÚLTIMO RECURSO
Este é um protesto confuso de vários grupos com vários líderes, sem um porta-voz único. Agora, se alguns desistiram, outros não retiram as sua tendas coloridas das avenidas de Admiralty. Se a tentativa de violência correu mal, tentam-se agora outras coisas.
O jovem líder do grupo Schlolarism iniciou uma greve de fome que promete terminar apenas quando for agendada uma reunião com o governo. Já passaram seis dias e outros activistas juntaram-se a Joshua Wong. Este jovem de 18 anos diz compreender que a sua greve de fome pode não ser determinante nas opções do governo, mas espera colocar-lhes alguma pressão e, sobretudo, "chamar a atenção" para a causa.
C. Y. Leung - cuja demissão é pedida pelos grupos de manifestantes, juntamente com a de Tsang Wai-hung, chefe da polícia de Hong Kong - já classificou a greve de fome de inútil.
POPULAÇÃO FARTA
Os protestos parecem ter caído em saco roto. O governo não mostra quaisquer sinais de desistência e, da única vez que aceitou conversar com os manifestantes, as conversações terminaram rapidamente, sem nenhum compromisso.
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No entanto, os governantes querem que os manifestantes se retirem e o movimento colapse sem ser preciso usar de violência, sem parecerem agressores. Por isso, se a tentativa de cerco foi veementemente reprimida, alguns acampamentos coloridos mantêm-se pacíficos.
Para lá das tendas, a população de Hong Kong mostra-se farta. A maioria não apoia os manifestantes, concordando até com as acções policiais para retirar as barricadas, segundo a sondagem da Universidade de Hong Kong.
No último domingo, a acção dirigia-se aos edifícios do governo, mas muitos edifícios públicos e lojas fecharam e, na segunda-feira, as pessoas não puderam ir trabalhar.
Se ao princípio o movimento era visto como algo novo e interessante, passaram-se dez semanas que resultaram em prejuízos económicos, além de as pessoas estarem impedidas de trabalhar e de circular, achando que a cidade foi tomada como refém por protestos que incidem principalmente nos centros administrativo, financeiro e comercial.
Michael Chugani, colunista do "South China Morning Post", jornal de Hong Kong, especifica que o movimento perdeu apoio porque as pessoas perceberam que é um movimento sem liderança e sem organização que apenas atingiu o quotidiano dos cidadãos de Hong Kong, sem respeito pelo Estado de direito.
Já em Pequim, o governo chinês não vê a hora de os protestos terminarem. A publicação "Global Times", do Partido Comunista Chinês, defende que "se os violentos protestos de rua se tornarem factos normais e a polícia local não for autorizada a tomar uma atitude dura, Hong Kong ficará provavelmente reduzida à desordem", pressionando Hong Kong para acabar com os protestos.
O FIM? Depois de dois meses de um braço-de-ferro entre o governo de Hong Kong e os manifestantes na rua, os activistas parecem estar a perder.
Quando os líderes dos protestos se retiraram, disseram fazê-lo "para que a comunidade crie maiores raízes e se estenda o espírito do Umbrella Movement", através de debates públicos, de educação na comunidade e da fundação de grupos democráticos.
A Umbrella Revolution mostrou à própria cidade, à China e ao mundo que em Hong Kong há cidadãos dispostos a lutar pelas reformas democráticas a que aspiram. Esta geração mais jovem está acordada e, se acabaram as ocupações nas ruas, o movimento poderá ser continuado por outros manifestantes noutros lugares.
* Com honra e muita glória talvez os estudantes regressem a casa. Com honra e glória porque não se imagina a coragem necessária para enfrentar o comitê central do sinistro partido comunista chinês. Talvez regressem porque muitas centenas deles serão perseguidos, proíbidos de continuar o curso, obrigados a mudar de território e até acontecer uma ida prolongada para o cárcere.
Com honra e glória porque germinaram uma semente de revolta, a ditadura chinesa há-se implodir, só pode.
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Assim, no fim de Setembro, cidadãos de Hong Kong começaram a revoltar-se contra esta lista restrita, revolta que desaguou no movimento de desobediência civil Occupy Central with Love and Peace. Com este intuito, mais de 200 mil pessoas ocuparam as ruas de Hong Kong, em protesto, nos últimos dois meses.
"Vão para casa "
Hoje não estão 200 mil pessoas nos protestos, que foram perdendo entusiasmo à medida que nada se atingia. Esta semana, o trio que liderou o Occupy e idealizou o início da ocupação decidiu terminá-la. Na quarta entregaram-se à polícia, dizendo-se prontos a enfrentar as consequências da desobediência civil, e foram libertados sem acusações. Anunciaram que esta não era a forma de continuar a protestar e pediram a todos os manifestantes que também se retirassem das ruas e fossem para casa.
MOVIMENTO PACÍFICO?
As razões para estes líderes terminarem a ocupação devem-se também ao facto de os protestos terem mudado de forma. Se a matriz original era pacífica ("with Love and Peace") e os manifestantes protestariam sentando-se nas ruas, não oferecendo resistência se fossem detidos pela polícia, isto não se verifica nas ruas da cidade. O facto é que esta semana se viveram os piores confrontos entre os manifestantes e a polícia.
Na última semana, a polícia removeu os acampamentos da zona comercial de Mong Kok, um dos principais locais de protesto. A acção resultou em cerca de 100 detenções.
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A resposta dos manifestantes foi aumentar a violência. Na noite de domingo, a Hong Kong Federation of Students organizou uma tentativa de cerco aos edifícios do governo, na zona de Admiralty.
Esta tentativa foi rapidamente sustida: os manifestantes foram removidos pela polícia com jactos de água, gás-pimenta e cassetetes - sem paz. E os estudantes também não a esperavam. Foram equipados com capacetes e óculos das obras, escudos improvisados e os guarda-chuvas que usam para se defender do gás lacrimogéneo e que deram o nome ao movimento. Na madrugada de segunda-feira, mais de 40 haviam sido detidos e vários estavam feridos.
Depois deste fracasso, C. Y. Leung avisou os manifestantes que não poderiam voltar às ruas, ou a resposta policial seria "enérgica".
ÚLTIMO RECURSO
Este é um protesto confuso de vários grupos com vários líderes, sem um porta-voz único. Agora, se alguns desistiram, outros não retiram as sua tendas coloridas das avenidas de Admiralty. Se a tentativa de violência correu mal, tentam-se agora outras coisas.
O jovem líder do grupo Schlolarism iniciou uma greve de fome que promete terminar apenas quando for agendada uma reunião com o governo. Já passaram seis dias e outros activistas juntaram-se a Joshua Wong. Este jovem de 18 anos diz compreender que a sua greve de fome pode não ser determinante nas opções do governo, mas espera colocar-lhes alguma pressão e, sobretudo, "chamar a atenção" para a causa.
C. Y. Leung - cuja demissão é pedida pelos grupos de manifestantes, juntamente com a de Tsang Wai-hung, chefe da polícia de Hong Kong - já classificou a greve de fome de inútil.
POPULAÇÃO FARTA
Os protestos parecem ter caído em saco roto. O governo não mostra quaisquer sinais de desistência e, da única vez que aceitou conversar com os manifestantes, as conversações terminaram rapidamente, sem nenhum compromisso.
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No entanto, os governantes querem que os manifestantes se retirem e o movimento colapse sem ser preciso usar de violência, sem parecerem agressores. Por isso, se a tentativa de cerco foi veementemente reprimida, alguns acampamentos coloridos mantêm-se pacíficos.
Para lá das tendas, a população de Hong Kong mostra-se farta. A maioria não apoia os manifestantes, concordando até com as acções policiais para retirar as barricadas, segundo a sondagem da Universidade de Hong Kong.
No último domingo, a acção dirigia-se aos edifícios do governo, mas muitos edifícios públicos e lojas fecharam e, na segunda-feira, as pessoas não puderam ir trabalhar.
Se ao princípio o movimento era visto como algo novo e interessante, passaram-se dez semanas que resultaram em prejuízos económicos, além de as pessoas estarem impedidas de trabalhar e de circular, achando que a cidade foi tomada como refém por protestos que incidem principalmente nos centros administrativo, financeiro e comercial.
Michael Chugani, colunista do "South China Morning Post", jornal de Hong Kong, especifica que o movimento perdeu apoio porque as pessoas perceberam que é um movimento sem liderança e sem organização que apenas atingiu o quotidiano dos cidadãos de Hong Kong, sem respeito pelo Estado de direito.
Já em Pequim, o governo chinês não vê a hora de os protestos terminarem. A publicação "Global Times", do Partido Comunista Chinês, defende que "se os violentos protestos de rua se tornarem factos normais e a polícia local não for autorizada a tomar uma atitude dura, Hong Kong ficará provavelmente reduzida à desordem", pressionando Hong Kong para acabar com os protestos.
O FIM? Depois de dois meses de um braço-de-ferro entre o governo de Hong Kong e os manifestantes na rua, os activistas parecem estar a perder.
Quando os líderes dos protestos se retiraram, disseram fazê-lo "para que a comunidade crie maiores raízes e se estenda o espírito do Umbrella Movement", através de debates públicos, de educação na comunidade e da fundação de grupos democráticos.
A Umbrella Revolution mostrou à própria cidade, à China e ao mundo que em Hong Kong há cidadãos dispostos a lutar pelas reformas democráticas a que aspiram. Esta geração mais jovem está acordada e, se acabaram as ocupações nas ruas, o movimento poderá ser continuado por outros manifestantes noutros lugares.
* Com honra e muita glória talvez os estudantes regressem a casa. Com honra e glória porque não se imagina a coragem necessária para enfrentar o comitê central do sinistro partido comunista chinês. Talvez regressem porque muitas centenas deles serão perseguidos, proíbidos de continuar o curso, obrigados a mudar de território e até acontecer uma ida prolongada para o cárcere.
Com honra e glória porque germinaram uma semente de revolta, a ditadura chinesa há-se implodir, só pode.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Ronaldo marca golo 200 na liga espanhola
Novo marco na
carreira de Ronaldo. Além de garantir a vitória do Real Madrid esta
noite sobre o Celta, com um hat-trick, o internacional português
alcançou o golo 200 na liga espanhola.
Um número especial que revela a eficácia do extremo merengue, que apenas precisou de 178 partidas no campeonato espanhol para chegar a esta marca.
Um número especial que revela a eficácia do extremo merengue, que apenas precisou de 178 partidas no campeonato espanhol para chegar a esta marca.
* Imparável!
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O QUE NÓS
"FESTEJAMOS"!!!
O QUE NÓS
"FESTEJAMOS"!!!
O primeiro número da ONDA POP explica quase tudo, os primórdios, os conceitos, a paginação e artigos publicados demonstram o trabalho destes rapazolas nos idos de 60.
É uma alegria rever as páginas velhinhas da ONDA POP que a pachorra do João Pedro guardou carinhosamente no baú da saudade durante 40 anos e que o "milagre" da tecnologia permite visitar de novo.Importante referir o trabalho imenso do Zé Couto, o "imagiologista" deste renascer.
Este sábado festejamos a reedição do nº8.
O blogue, na coluna da direita tem um link directo para a ONDA POP.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Spa para meninas de 5 a 12 anos
abre polémica em Espanha.
Em Lisboa, existe desde abril
A rede de spa, que oferece tratamentos de beleza, é acusada em Espanha de incentivar estereótipos de género e promover a sexualização das meninas. Em Portugal, spa abriu em abril.
Maquilhagem, desfiles, manicure, tratamentos de beleza e penteados,
num “mundo mágico à medida de todas as princesas”. Esta é a proposta da
Princelandia, uma rede de spas especializada em tratamentos para
meninas de cinco a 12 anos que está a ser acusada de promover a
sexualização e incentivar a criação de estereótipos de género.
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O spa conta com mais de 20 unidades em Espanha, em cidades como Madrid, Sevilha e Valência e recebeu cerca de 250 mil clientes em 2013, de acordo com o jornal La Vanguardia. Em Portugal, há uma sucursal em Lisboa desde abril deste ano.
A abertura das duas últimas unidades nas cidades de Sabadell e Granollers na Catalunha, em Espanha, reacendeu a polémica no país, quando dezenas de pessoas de associações feministas e juvenis se concentraram em frente aos locais para protestar contra uma oferta de lazer que promove a sexualização, conforme avança o jornal Folha de São Paulo. A campanha ganhou força na Internet nesta semana, quando a associação Projecte Ella iniciou uma campanha através da hashtag StopPrincelandia para solicitar o fechamento dos centros.
Em entrevista ao jornal, a coordenadora da associação, Júlia Mas, adverte que mesmo numa atividade infantil, as crianças estão a aprender uma visão do mundo: “Essas propostas de lazer contribuem para a desigualdade. Mostram às meninas um mundo cor de rosa, cujo objetivo é ser princesa, ser bonita e esperar por um príncipe. Os valores por trás desse tipo de lazer vão no sentido contrário da sociedade igualitária que queremos para nossas crianças”.
Para Miguel Ángel Parra, diretor da Princelandia Espanha, as críticas são exageradas e devem-se à falta de informação. “A Princelandia é um conceito universal, em que as crianças têm um momento de magia, fantasia e diversão. Vivemos numa sociedade moderna, plural e avançada. Aqui é um espaço para deixar voar a imaginação”, afirma. Já para o site espanhol publico.es, Ángel Parra defende que “o facto de uma menina se divertir nos centros não condiciona nada” e define o seu negócio como “uma opção de ócio, um ponto alto no caminho da rotina do stress de aprender cinco idiomas e novas tecnologias”.
A deputada Lourdes Muñoz, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que integra a Comissão de Igualdade do Congresso e é presidente da ONG Dones en Xarxa (Mulheres em Rede), discorda de Ángel Parra e defende que é importante que as crianças brinquem com todos os tipos de atividade, independentemente do papel tradicional reservado ao género.
“A minha crítica é a um tipo de serviço de lazer dirigido só a meninas, com único objetivo de elas se vestirem e se maquilharem como se fossem mulheres”, afirma em entrevista à BBC Brasil. Muñoz acredita que as crianças devem aprender desde cedo que não estão condicionados a certas funções sociais e profissionais.
Para a psicóloga Olga Carmona, citada pelo publico.es, o problema não é a proposta do spa mas sim a falta de contexto do que ele representa. “Não há nada mau nos contos de princesas, desde que não os descontextualizemos, desde que façamos com que as meninas desfilem e façam poses parvas sem dar ao seu mundo sagrado e limpo ideias e símbolos que vão colocá-las num espaço social de desvantagem e desigualdade”, explica.
O Observador contactou a o spa da mesma cadeia que existe em Lisboa, mas o responsável pelo estabelecimento preferiu não comentar o assunto. A Princelandia oferece serviços de manicure, pedicure, massagens, maquilhagem de fantasia, penteados, desfiles, festas de aniversário ou temáticas e ainda programas especiais para mãe e filhas.
* O que se seguirá, um clube playboy para meninos, uma sexy-shop infantil?
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O spa conta com mais de 20 unidades em Espanha, em cidades como Madrid, Sevilha e Valência e recebeu cerca de 250 mil clientes em 2013, de acordo com o jornal La Vanguardia. Em Portugal, há uma sucursal em Lisboa desde abril deste ano.
A abertura das duas últimas unidades nas cidades de Sabadell e Granollers na Catalunha, em Espanha, reacendeu a polémica no país, quando dezenas de pessoas de associações feministas e juvenis se concentraram em frente aos locais para protestar contra uma oferta de lazer que promove a sexualização, conforme avança o jornal Folha de São Paulo. A campanha ganhou força na Internet nesta semana, quando a associação Projecte Ella iniciou uma campanha através da hashtag StopPrincelandia para solicitar o fechamento dos centros.
Em entrevista ao jornal, a coordenadora da associação, Júlia Mas, adverte que mesmo numa atividade infantil, as crianças estão a aprender uma visão do mundo: “Essas propostas de lazer contribuem para a desigualdade. Mostram às meninas um mundo cor de rosa, cujo objetivo é ser princesa, ser bonita e esperar por um príncipe. Os valores por trás desse tipo de lazer vão no sentido contrário da sociedade igualitária que queremos para nossas crianças”.
Para Miguel Ángel Parra, diretor da Princelandia Espanha, as críticas são exageradas e devem-se à falta de informação. “A Princelandia é um conceito universal, em que as crianças têm um momento de magia, fantasia e diversão. Vivemos numa sociedade moderna, plural e avançada. Aqui é um espaço para deixar voar a imaginação”, afirma. Já para o site espanhol publico.es, Ángel Parra defende que “o facto de uma menina se divertir nos centros não condiciona nada” e define o seu negócio como “uma opção de ócio, um ponto alto no caminho da rotina do stress de aprender cinco idiomas e novas tecnologias”.
A deputada Lourdes Muñoz, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que integra a Comissão de Igualdade do Congresso e é presidente da ONG Dones en Xarxa (Mulheres em Rede), discorda de Ángel Parra e defende que é importante que as crianças brinquem com todos os tipos de atividade, independentemente do papel tradicional reservado ao género.
“A minha crítica é a um tipo de serviço de lazer dirigido só a meninas, com único objetivo de elas se vestirem e se maquilharem como se fossem mulheres”, afirma em entrevista à BBC Brasil. Muñoz acredita que as crianças devem aprender desde cedo que não estão condicionados a certas funções sociais e profissionais.
Para a psicóloga Olga Carmona, citada pelo publico.es, o problema não é a proposta do spa mas sim a falta de contexto do que ele representa. “Não há nada mau nos contos de princesas, desde que não os descontextualizemos, desde que façamos com que as meninas desfilem e façam poses parvas sem dar ao seu mundo sagrado e limpo ideias e símbolos que vão colocá-las num espaço social de desvantagem e desigualdade”, explica.
O Observador contactou a o spa da mesma cadeia que existe em Lisboa, mas o responsável pelo estabelecimento preferiu não comentar o assunto. A Princelandia oferece serviços de manicure, pedicure, massagens, maquilhagem de fantasia, penteados, desfiles, festas de aniversário ou temáticas e ainda programas especiais para mãe e filhas.
* O que se seguirá, um clube playboy para meninos, uma sexy-shop infantil?
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
António Costa admite erros do
governo de José Sócrates
António Costa admite erros do anterior governo PS, mas diz que houve visão para a qualificação
O Secretário-geral do PS, António Costa, admitiu hoje em Tróia que o
último Governo do PS pode ter cometido muitos erros, mas teve "uma visão
acertada para a qualificação e modernização do país".
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"Foi graças a essa ambição que entre 2005 e 2011, a população, entre os 30 e os 34 anos, com formação superior, subiu de 17 para 26%. Esse foi um esforço que foi feito e que estava a ser alcançado. Tínhamos agora de prosseguir e dar continuidade a esse esforço e subir dos 26 para os 40% a que estamos obrigados em 2020", disse.
O líder socialista, que falava no XIX Congresso da JS, em Tróia, concelho de Grândola, no distrito de Setúbal, salientou o trabalho desenvolvido pelo anterior governo do PS na qualificação das novas gerações, na investigação científica, na inovação tecnológica e na modernização das empresas e administração pública.
Depois de elogiar a visão socialista para a qualificação do país, António Costa criticou o alegado "retrocesso" dos últimos três anos de governação PSD/CDS.
"Aquilo a que temos vindo a assistir ao longo destes três anos de governo da direita, é que em vez de prosseguirmos esse esforço [na qualificação do país], estamos a retroceder", disse.
"E o melhor sinal que temos é a diminuição das matrículas do ensino superior, que caíram 19% ao longo destes três anos, o que significa menos 25 mil estudantes no ensino superior do que tínhamos anteriormente", acrescentou.
Para António Costa, estes dados significam que o país "está a divergir da Europa", e que não conseguirá voltar a convergir com os outros países da União Europeia "enquanto não conseguir vencer o grande défice das qualificações da população portuguesa, a começar pela atual geração".
* Para se livrar dos "fantasmas" do passado era necessário exorcisar. Já está em campanha para 2015, tem de começar pelas "exéquias" de Socrates.
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"Foi graças a essa ambição que entre 2005 e 2011, a população, entre os 30 e os 34 anos, com formação superior, subiu de 17 para 26%. Esse foi um esforço que foi feito e que estava a ser alcançado. Tínhamos agora de prosseguir e dar continuidade a esse esforço e subir dos 26 para os 40% a que estamos obrigados em 2020", disse.
O líder socialista, que falava no XIX Congresso da JS, em Tróia, concelho de Grândola, no distrito de Setúbal, salientou o trabalho desenvolvido pelo anterior governo do PS na qualificação das novas gerações, na investigação científica, na inovação tecnológica e na modernização das empresas e administração pública.
Depois de elogiar a visão socialista para a qualificação do país, António Costa criticou o alegado "retrocesso" dos últimos três anos de governação PSD/CDS.
"Aquilo a que temos vindo a assistir ao longo destes três anos de governo da direita, é que em vez de prosseguirmos esse esforço [na qualificação do país], estamos a retroceder", disse.
"E o melhor sinal que temos é a diminuição das matrículas do ensino superior, que caíram 19% ao longo destes três anos, o que significa menos 25 mil estudantes no ensino superior do que tínhamos anteriormente", acrescentou.
Para António Costa, estes dados significam que o país "está a divergir da Europa", e que não conseguirá voltar a convergir com os outros países da União Europeia "enquanto não conseguir vencer o grande défice das qualificações da população portuguesa, a começar pela atual geração".
* Para se livrar dos "fantasmas" do passado era necessário exorcisar. Já está em campanha para 2015, tem de começar pelas "exéquias" de Socrates.
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Pedro Farromba reeleito presidente da
. Federação de Desportos de Inverno
Pedro Farromba foi este sábado reconduzido na presidência da
Federação de Desportos de Inverno de Portugal, para um segundo mandato
de quatro anos. A única lista a sufrágio foi eleita com o voto favorável
de todos os clubes presentes na Assembleia Geral Eleitoral realizada na
Covilhã, na sede da federação.
SERRA DA ESTRELA |
A equipa com quem Pedro
Farromba vai trabalhar mantém-se praticamente inalterada e os
presidentes da Assembleia Geral, Conselho Fiscal, Conselho de Justiça,
Conselho de Disciplina e Conselho de Arbitragem são os mesmos que o
acompanharam no anterior mandato. "Estamos preparados para mais quatro
anos", disse à agência Lusa Pedro Farromba, minutos após a reeleição.
Para
além de pretender dar continuidade aos projetos em curso, o presidente
da FDIP tem novos objetivos, nomeadamente "procurar um maior
envolvimento internacional", por exemplo reforçando a "presença
institucional" junto dos organismos ligados aos desportos de Inverno.
Com essa envolvência em mente, a FDIP lidera uma candidatura, a que
estão associados 11 países, ao projeto Erasmus +, vocacionado para a
educação dos jovens atletas, junto das escolas, clubes e federações,
para um comportamento anti-doping. "Estamos à espera da aprovação.
Queremos dar instrumentos aos mais jovens para o combate ao doping",
sublinhou o dirigente. Continuar a procura de talentos junto das
comunidades portuguesas no estrangeiro para poderem vir a poder
representar Portugal, como aconteceu nos Jogos Olímpicos de Inverno de
Sochi, em 2014, é outra das prioridades, já a pensar nos Jogos
Pyeongchang, em 2018, e no período seguinte.
Mas, Pedro
Farromba menciona os programas Brincar na Neve, BN Pro e Ski 4 All, que
têm posto crianças em contacto com os desportos de Inverno, como
bandeiras em que quer continuar a apostar.
* Os desportos de inverno precisam de ser promovidos em Portugal, os jovens agradecem.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
'Pseudociência':
o lado cómico da medicina alternativa
David Marçal é um cientista comprometido a desmistificar os métodos e as práticas das medicinas não convencionais. Com humor, claro.
Quem diz que num laboratório não há espaço para gargalhadas não conhece David Marçal. Bioquímico de profissão, é também membro do grupo de comédia stand up Cientistas de Pé (juntamente com Bruno Pinto, Sofia Vaz Guedes e João Cruz) e apresenta agora Pseudociência, um livro que separa as águas entre a medicina convencional e a alternativa. "A medicina alternativa surge precisamente da credibilidade do conhecimento científico e da ciência. Onde não forem valorizados, não existe pseudociência: há só pensamento mágico", comenta o autor.
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No livro, David Marçal aborda diversos casos em que as "não-ciências" conseguem convencer verdadeiras multidões, mesmo depois de contrariadas por investigadores e cientistas. As pulseiras com um holograma que supostamente davam um equilíbrio sobre-humano, os iogurtes que criam uma barreira contra os micro-organismos nocivos ou os sumos antioxidantes são alguns exemplos, bem como as medicinas alternativas, como a homeopatia.
Sobre o "revivalismo new wave" das alternativas à medicina convencional, o autor considera que é "um chorar de barriga cheia", ou seja, a medicina convencional tem bons resultados e, por isso, apontam-lhe os efeitos secundários para experimentar a alternativa, mesmo sem nenhuma garantia de resultados.
O autor optou por associar o humor a este alerta, até porque, segundo David Marçal, a melhor maneira de contrariar o avanço das pseudociências é promover a cultura científica através de uma comunicação efetiva. "É uma espécie de guia, para não sermos enganados. Mas não é em dez passos nem nada que se pareça. Isso seria pseudociência!", conclui, divertido, o bioquímico.
* A nossa opinião:
- A medicina é só uma no ocidente, a ensinada nas faculdades.
- A medicina chinesa não é pseudo-ciência.
- Terapias complementares ensinadas em institutos sérios de saúde não são pseudo-ciência.
Pseudo-ciência na área da saúde é praticada por grandes burlões muitos deles licenciados em faculdades de medicina e farmácia deste país, as notícias revelam-no.
Pseudo-ciência é a exportação ilegal de medicamentos em detrimento dos doentes portugueses.
Dá p'ra rir?
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PAULO PORTAS
VICE-PRIMEIRO MINISTRO
SOBRE ALIANÇAS
365.
Senso d'hoje
Senso d'hoje
PAULO PORTAS
VICE-PRIMEIRO MINISTRO
"PSD e CDS-PP devem ter a ambição de alargar o espaço político, porque o país precisa de moderação, de realismo e de bom senso"
"Apresenta-se agora um PS
indiscutivelmente a guinar para a esquerda, não sabemos se se trata de
uma estratégia para captação dos votos à sua esquerda ou para a formação
de alianças, mas há uma coisa que sabemos, quanto mais o PS virar à
esquerda, mais a proposta que os dois partidos da maioria devem
apresentar deve ser centrada, moderada"
"Quanto mais o PS se limitar a dizer
que quer virar a página, sem dizer para onde vai, como financia e que
compromisso assume quanto a não repetir os erros de 2011, mais a nossa
proposta enquanto partidos da maioria deve ser centrada no futuro, se o
risco com os socialistas é o regresso a um passado que nos custou muito
caro, o essencial do nosso trabalho deve ser dizer às pessoas o que
queremos fazer num país que caminha passo a passo para uma situação de
normalidade"
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