Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
31/08/2014
Denominam-se Nzingalis e dele fazem parte alguns africanos de
segunda geração. E porque acreditam que a raça negra será a dominante
daqui a 50 anos na área metropolitana de Lisboa, querem um Estado
africano independente em Portugal chamado Nzingalis, em honra da rainha
angolana Nzinga e em homenagem a Lisboa.
Um site (www.blackmind.com/hosting/nzingalis) é a porta
de entrada para as aspirações destes jovens que escolheram a Internet
para divulgar as suas ideias. Assumem a criação de um Estado africano na
zona de Lisboa como uma inevitabilidade.
Um Estado, cujas fronteiras, a Sul, chegariam a Sesimbra/Setúbal, a
Este, a Benavente e Cartaxo e, a Norte, às Caldas da Rainha e Rio Maior.
No seu interior ficariam, naturalmente, Lisboa, Cascais, Sintra,
Setúbal, Almada e Torres Vedras.
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Uma inevitabilidade que assumem por motivos de natalidade. Pelas suas
contas, bastarão menos de 50 anos para a região de Lisboa e vale do Tejo
se tornar «uma região de maioria negra». E, na lógica dos seus
argumentos, Portugal nada poderá fazer para limitar esse crescimento,
até porque também «já demonstrou que não consegue controlar a entrada de
um numero crescente de imigrantes africanos».
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Citando o exemplo de Portugal em relação a Espanha e a determinação de
Portugal em conseguir a independência para Timor, os Nzingalis evocam o
direito de autodeterminação. Um direito que, para estes, será conseguido
a qualquer custo. «Será que os portugueses querem um novo "País Basco"
aqui em Portugal?», afirmam.
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Mas não só. Os Nzingalis evocam apoios internacionais e lembram que «no
Kosovo, a NATO defendeu o direito dos Kosovares a uma pátria própria
apesar do território do Kosovo ser historicamente Sérvio».
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E, se o mesmo não acontecer em Portugal, «nós temos os milhões de irmãos
afro-americanos nos Estados Unidos cuja influência nesta sociedade é
cada vez maior (...) que não deixarão de nos vir ajudar, caso seja
necessário».
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O site tem vários links quer para partidos políticos portugueses,
com excepção do PSD e do PP, movimentos cívicos, como a SOS Racismo e a
Frente Anti-Racista ou ainda para «lutas irmâs», como é o caso do UÇK e
dos Curdos.
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O Diário Digital tentou contactar os Nzingalis por e-mail mas não
obteve resposta. Contactou também a Frente Anti-Racista que não
comentou o assunto. O Diário Digital apurou que os movimentos que
defendem a criação de uma nação africana em Portugal são «acompanhados
há algum tempo» pelo Serviço de Informações e Segurança (SIS).
IN "DIÁRIO DIGITAL"
30/08/14
* ESTA GENTE QUER FAZER COM QUE TODOS NÓS SEJAMOS XENÓFOBOS, PORTUGAL É A MAIS ANTIGA NAÇÃO EUROPEIA, DEFENDEMOS A NOSSA HISTÓRIA, A NOSSA CULTURA E O NOSSO NACIONALISMO, NÃO NOS PROVOQUEM!
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PEDRO TADEU
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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
26/08/14
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Pluralismo nos jornais
Recuso cometer a
indelicadeza de não assinalar o agradecimento que devo a João Marcelino
por a 29 de setembro de 2010 me ter nomeado subdiretor do Diário de
Notícias. Foi um prazer trabalhar com alguém que gostava que
discordassem dele. E foi a primeira vez, ao fim de 35 anos, que um
jornalista publicamente identificado como militante do PCP ocupou um
cargo de direção neste jornal, o que vale algo mais do que a mera
curiosidade histórica: a decisão do João, um não comunista, em nomear-me
concretiza o seu pensamento sobre o valor inestimável para a
comunicação social de aliar a competência técnica e profissional ao
pluralismo ideológico, cultural e estético. João Marcelino é um
democrata. Para mim, ele foi, também, um bom diretor do Diário de
Notícias.
Já agora aproveito para felicitar André Macedo, que,
pelo que conheço, parece ter todas as qualidades profissionais para se
sair bem como diretor deste jornal. É uma escolha feliz.
O
imperativo ético que acabo de satisfazer fez-me lembrar uma frase de
José Manuel Fernandes, antigo diretor do Público (jornal rival do DN),
líder do site Observador e igualmente insuspeito de simpatias
comunistas. No ensaio "Liberdade e Informação" ele escreve: "O
pluralismo não pode ser medido apenas pela aparição dos líderes
políticos no noticiário, pois tão ou mais importante é a adopção, de
forma assumida ou inconsciente, das suas agendas pelas redacções. Basta
pensar na forma calorosa com que muitas causas do Bloco de Esquerda têm
sido acolhidas nos noticiários e nas colunas dos jornais, por contraste
com a indiferença ou mesmo hostilidade aos temas habituais do discurso
do PCP."
A falta de pluralismo é, para mim, mais grave nos
noticiários internacional, económico e cultural, onde as correntes
dominantes esmagam qualquer visão alternativa sem que a isso, sequer,
corresponda um movimento sério de protesto de consumidores ou de grupos
de pressão minoritários, ao contrário do que acontece na política.
E
porque estou a matutar nisto? Por causa das mudanças no DN? Não. Essas
até me dão esperança. O que não me sai da cabeça, depois de um fim de
semana de trabalho colado a um mês de férias, é ao domingo os
noticiários principais quase só analisarem e discutirem o que Marques
Mendes disse no sábado à noite na SIC e, às segundas-feiras, a operação
repetir-se em variações aos motes dados, na véspera, por Marcelo Rebelo
de Sousa, na TVI.
Eu gosto de os ouvir, mas, francamente, o mundo
oferecido por eles é demasiado pequenino e manipulado para ter tanta
importância. Estamos a precisar, portanto, de visões mais amplas da
realidade. Estamos, em suma, a necessitar de pluralismo, começando por
interiorizar o conceito nas nossas cabeças e nas nossas escolhas
pessoais. Mais uma vez, obrigado João Marcelino.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
26/08/14
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