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O QUE NÓS


DESCOBRIMOS



A Casa dos Espíritos

A história da única família de banqueiros portuguesa (I)

Estava um calor infernal naquele mês de Agosto de 1975, quando o marquês de Deleitosa mandou abrir os portões da sua finca em Puebla de Montalbán. Iria abrigar os amigos que durante a Guerra Civil de Espanha tinham acolhido a sua família, em Santa Marta, sobre o mar de Cascais. A história repetia-se, quarenta anos depois.

Chegaram primeiro as mulheres e as crianças. Dias mais tarde, a salto, alguns homens da família Espírito Santo Silva, com dois ou três colaboradores mais próximos.

Para trás ficavam, quatro meses na prisão e a história de duas gerações dedicadas à construção do maior banco privado português. Num sopro, o processo Revolucionário em Curso tomara o Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (BESCL), a Tranquilidade e os passaportes dos seus maiores accionistas. As contas tinham sido congeladas e uma imprevidência estranha deixara-os com pouco dinheiro fora do País.

A única dinastia financeira de Portugal chegara ao fim. Aproximava-se a hora de cada um seguir o seu caminho. Tal como nos romances de Thomas Mann, a decadência dos bisnetos fecharia o ciclo de uma família que tivera projecção económica, social e cultural nas três primeiras gerações.

Para os Espírito Santo, os calores daquele Verão de 75 passam-se entre as sombras dos pomares de Deleitosa, os mergulhos no Tejo e a sensação única de estarem juntos e a salvo. Dão-se conta de que só se têm uns aos outros e mais uma colecção de amigos influentes no estrangeiro. O próprio marquês dirige, nessa altura, o Banco Exterior de Espanha. É sogro da duquesa de Badajoz, irmã do rei. E não faltam telegramas de apoio dos Rockfeller, de Giscard d'Estaing, de D. Juan Carlos, do conde de Paris, Richard Nixon e Bernardo de Holanda.


"Tínhamos uma coisa muito importante: um nome capaz de abrir portas no estrangeiro" explica José Manuel Espírito Santo. Mesmo sem o banco, mantinham-se no inner circle mundial. Numa tarde, à volta da mesa, decidem continuar juntos. Como se de uma jura se tratasse. E reerguer o grupo que o avô José Maria E.S., levantara do nada nos últimos anos de Oitocentos.

Dava origem a uma família invulgar. Os Espírito Santo atravessam a crise da monarquia, o caos republicano, o marasmo salazarista e o saque da revolução com a fleuma de quem tem um caminho só seu. Imperturbável, até nas rupturas que a vida impõe a qualquer clã. Têm morrido cedo, os seus chefes. Mas redescobrem-se entre si. Como se tivessem combinado continuar a saga do homem que um dia nasceu incógnito, no 72 da Travessa dos Fiéis de Deus, em Lisboa.

O primeiro milhão
Foi em 1850, "aos vinte dias do mês de Maio de mil oitocentos e cincoenta Baptizei - José - que nasceu a treze do corrente ano, filho de Pays incógnitos, apresentado nesta Igreja pela parteira Hipólita Joanna", dita o padre Joaquim, coadjutor na igreja da Encarnação.

José tomará o nome de Maria, Mãe de Deus, sua madrinha de baptismo; do Espírito Santo, quando se crisma; e Silva, talvez como seu pai. Carlos Damas, do arquivo histórico do BESCL, segue a pista do conde de Rendufe, intendente-geral da Polícia. Atribui-lhe a paternidade da criança nascida nos Fiéis de Deus. Tem até um retrato do fidalgo pendurado numa das salas da Rua do Comércio. O conde era padrinho de Maria Angelina, que criou o rapaz, a quem nunca fez passar as privações comuns a estas crianças na Lisboa dickensiana do século XIX. "Mas factos só com provas", adiantou o arquivista.

A verdade é que, aos 19 anos, quando José Maria casa pela primeira vez, já é dado como cambista estabelecido no 91 da Calçada do Combro. Um sucesso precoce que sugere apoio familiar.

Começa por distribuir cautelas da lotaria espanhola. Aproveita a enchente de carlistas, que, na década de 70, procura abrigo em Lisboa. São anos difíceis para José Maria E.S. O negócio envolve riscos que as crises financeiras de 1875-76 vêm aprofundar. À febre bancária, seguem-se insolvências das casas de crédito.

Numa das suas cartas, José Maria escreve: "Trabalho até às duas da noite e sendo 5 ou 6 da manhã, volto ao trabalho das facturas, pois o dia não me chega, às vezes para fazer compras e vendas e cobrar outras vendas já feitas a prazo, de bilhetes e prémios."

Os registos do jovem cambista denunciam um controlo apertado nas contas e a caligrafia irregular de quem pouco estudou. Doseia risco com minúcia. "Mais vale perder pouco e cedo do que muito e tarde", escreve em Março de 1878, descontente com o negócio dos cupões espanhóis. Dedica-se à compra e venda de títulos nacionais e estrangeiros. Aproveita uma breve alta da economia. Mas abusa da atenção. Assina jornais estrangeiros para estar mais informado do que a concorrência. E nunca deixa de ir à Bolsa de Lisboa, todas as tardes, para acompanhar a evolução das cotações.

Reinveste sempre. Como se soubesse cedo onde vai chegar. Compra lotes no Passeio Público, que - sabe - será arrasado para a abertura da grande Avenida da Liberdade. E descobre Campo de Ourique, antes da hora. Arrenda ali a exploração de uma pedreira e passa a vender lotes construídos. Em dez anos faz o seu primeiro milhão.

Regressa à banca
Por várias vezes, José Maria E.S. desfaz as sociedades bancárias. Sabe que o seu único capital de risco é a confiança dos depositantes. "My word is my bond." E não tolera as dívidas dos sócios. Obriga-os ao acertar as contas mas, curiosamente, volta a tomá-los como parceiros.

Na decada de 1890, o Ultimatum inglês, as conspirações republicanas e a falência de Baring Brothers - banqueiros do Governo - desencadeiam uma crise financeira que leva Portugal a abandonar o regime do padrão-ouro.

José Maria obriga-se a uma pausa bancária (1889-97). O seu património soma já 500 contos de reis. Uma fortuna. O cambista passa a comprar prédios por toda a cidade. Prefere a Lapa, Arroios, Santa Engrácia, Santa Isabel e o Chiado. E não dispensa um conjunto no Paço do Lumiar.

É nesse altura que casa, pela segunda vez, com Rita Ribeiro. Uma mulher "muito mais nova e muito bonita", que lhe dá quatro filhos: Maria, José, Ricardo e Manuel.

Estamos no início do século XX. José Maria tem pouco mais de 50 anos, mas sente-se doente. Passa temporadas cada vez maiores em Interlaken, nos Alpes suíços, de onde escreve a sua mulher insistindo na disciplina de estudo dos três rapazes. Sobretudo nas línguas. Manda o mais velho para a Merchiston Castle School, em Edimburgo. Quer dar-lhe uma formação capaz de o preparar para o governo dos negócios.

Imparável, ainda aposta em África (1906). Tem açúcar em Moçambique e algodão em Angola. Investimentos seguros, mesmo nos anos que anunciam a desordem republicana. José Maria E.S. nunca se envolve no carrossel político que, há 20 anos, preenche a agenda do País. Não tem qualquer contacto com a oligarquia política e económica do seu tempo. É um homem que vive apenas para a construção de um império que quer deixar aos filhos. Morre em 1915.

Só o seu testamento denuncia uma timidíssima preferência política. Da metade disponível da herança, distribui 30 contos por asilos e albergues de infância desvalida. Neles se destaca a sociedade de beneficência do muito republicano José Estevão.

Um escândalo em Lisboa
Com os mesmos 19 anos com que seu pai começara a trabalhar, José E.S. assume a liderança dos negócios da família. Acompanhara as lides financeiras nos últimos dois anos e tem uma estratégia. Traz de Inglaterra a ideia de lançar uma rede nacional de balcões, como nunca se vira em Portugal. Uma teia parecida com a do Midland Bank, que captasse os abastados depósitos da província. Muito em breve, os velhos sócios de seu pai vão virar-se contra o rapaz.

As convulsões políticas e cambiais na Primeira República sugerem aos mais conservadores menos experiências. De 1914 a 1920, o custo de vida subira 14 vezes. Em 1918, Sidónio Pais é assassinado e um ano depois surgem movimentos restauraccionistas no Norte. A violência, o terrorismo e os golpes de Estado multiplicam-se, criando um clima de nervosismo nos capitais.

Por outro lado, os verdes anos de José E.S. oferecem aos seus sócios uma oportunidade única para tomarem o controlo da casa bancária. O projeto de construção da importante filial do Porto dará pretexto para um ultimato ao herdeiro. As múltiplas condições eram "indiscutíveis" para os sócios. Como indiscutíveis foram para José Espírito Santo. Sem resposta, a questão morreria num acordo, três meses depois, que dava a posse integral da casa à família. A 9 de abril de 1920, lançava-se finalmente o Banco Espírito Santo, SARL. José E.S. chama então uma nova equipa de colaboradores. São técnicos, advogados e comerciantes - pessoas que estabelecem pontes com outros negócios. Quer a ligação do capital financeiro ao capital comercial e industrial. Na mesma linha, fortalece as companhias africanas.

Também na casa dos Espíritos havia novidades. Depois dos estudos em Edimburgo, Ricardo casara, em 1918, com Mary Cohen, uma bonita judia de 16 anos, filha de um conhecido financeiro de Gibraltar. José E.S. pelo seu lado, apaixonara-se pela irmã, Vera Cohen, também ela de uma beleza que fica na história. Mas Maria - a irmã mais velha dos dois irmãos - "não aprova o namoro", que repete as famílias. Programa um casamento mais pensado: Maria José Borges Coutinho seria a mulher ideal para José E.S.

A ideia dos amores contrariados resulta provisoriamente. José E.S. e Vera Cohen passam anos separados. Ele casa e tem três filhos. Ela também casa, mas não chega a ser mãe. Um dia, em 1932, recebe um recado. José E.S iria raptá-la nessa noite. Vera Cohen "vai dormir a casa de umas tias de onde partem juntos, de comboio, para Paris", conta Maria João Bustorff, [no ano 2000] presidente da Fundação Ricardo Espírito Santo.

O escândalo ecoa na pequeníssima Lisboa dos anos 30. À excepção do duque de Palmela, "todas as portas se fecham ao novo casal". E a presidência do banco passa, de imediato, para Ricardo E.S., a quem José E.S. vende todas as acções da instituição de crédito. Salva-se, assim, a jóia do grupo.

José e Vera E.S. instalam-se em Paris num apartamento Belle Epóque, em Passy. Priva com os duques de Windsor e estabelece contactos internacionais úteis ao grupo em Lisboa. Interessa-se por outras áreas financeiras. "A indústria dos seguros apaixonava-me pela sua complexidade e diversidade." Desde sempre. Tornara-se accionista da Tranquilidade Portuense, logo em 1918, e vai convencer os irmãos a incluírem a empresa no grupo Espírito Santo.

Regressa a Portugal em 1937, onde passa a viver os melhores seis meses de cada ano, no Estoril. O seu irmão Ricardo devolve-lhe as acções ao preço de custo. "Coisa que os irmãos Sousa, do Fonsecas, nunca conseguiram entender", comenta Ricardo Salgado, actual presidente do grupo.

Até ao fim dos seus dias, José E.S. será consultado sobre as grandes questões do grupo como presidente do Conselho Geral do BESCL. É considerado o melhor técnico financeiro de sempre da família. Domina a estratégia sem desconhecer a oportunidade: "É a eminência parda do banco, quem realmente manda nas questões fundamentais", explica Ferreira Neto, [no ano 2000] presidente do BIC.

Exigente, quase duro, José E.S não dá largas à bonomia tão repetida nos seus irmãos Ricardo e Manuel. Assim parece. Mas quando morre, em 1968, entrega o terço disponível do fartíssimo testamento a todos os empregados do banco e da Tranquilidade. Privilegia, sobretudo, os que o serviram nos anos mais difíceis da Grande Guerra e da década de 20.

Íntimo de Salazar
Mais afortunado seria Ricardo E.S., de 1932 a 1955. Colhe os dividendos que a II Guerra Mundial traz a Portugal e à Suíça e vive os melhores anos do regime num excelente trato com Salazar.

Seguindo os conselhos do irmão mais velho, será o inventor da banca de retalho em Portugal, antes de Cupertino de Miranda. Logo em 1937, compra o Banco Comercial de Lisboa. "A fusão foi deitar uma parede abaixo e descobrir que havia um degrau de diferença entre os pisos", lembra um funcionário. Mas não só. O Comercial dava aos Espíritos um corpo financeiro apto para fazer músculo com os benefícios da guerra. As importantes transacções internacionais, sobretudo de volfrâmio, passam pelo BESCL e dão-lhes uma base para crescer.

As teses de Fernando Rosas e António Louçã atribuem uma tendência germanófila a Ricardo E.S., durante a II Guerra Mundial. Sabe-se que o banqueiro foi preso pela Resistência francesa, em Abril de 1945, e António Telo atribui essa prisão aos negócios do BESCL com a Alemanha. Mas, pelo seu lado, Carlos Damas, do arquivo histórico do BESCL, vai publicar em breve outra tese sobre a travessia do Banco nos anos da guerra ["O Banco Espírito Santo", Vol. I, Lisboa BES, 2004]. E guarda cartas - que não mostra - de israelitas americanos agradecidos pelo apoio recebido na aflitiva escala de Lisboa.

Atribui-se ao sangue judeu das irmãs Cohen a ajuda que o banco terá dado aos judeus que por cá passavam, rumo às Américas. Mary convertera-se ao cristianismo para casar com Ricardo E.S. Mas, quando morreu, tinha escondido, do lado do coração, um alfinete com mais de vinte medalhas de santos onde se via o brilho de uma pequena estrela de David.

Os arquivos do BESCL, que poderiam ajudar a esclarecer a questão, foram sendo destruídos por sucessivas vagas de aproveitamento de espaço.

Certo é que o bom trato social de Ricardo e Manuel E.S. transformam o grupo num íman de interesses internacionais. Pelas casas dos três irmãos passam todas as cabeças coroadas europeias que tinham procurado refúgio em Portugal. A pedido de Salazar, Ricardo E.S. recebera também os duques de Windsor, durante o mês de Agosto de 1940. Hitler entra em Paris e Churchill ainda não destinara o governo das Bahamas ao antigo rei de Inglaterra.

Entre o Eixo e a Aliança inglesa, Salazar balance. Em Abril de 1944, o presidente do Conselho está submetido a uma enorme pressão. Há desassossego no ar, novos rumores de greves, escassez de pão e são encontradas bombas relógio nas linhas férreas que conduzem a Espanha.

Mas a maior pressão vem de fora. Churchill quer uma definição de Portugal e Berlim aguarda a resposta de Lisboa. É do banqueiro que Salazar obtém mais uma informação preciosa: o embaixador do III Reich "confessa a Ricardo Espírito Santo que será retirado de Lisboa se for imposto à Alemanha um embargo total", como escreve Franco Nogueira.

Ricardo E.S. é íntimo de Salazar. Tanto quanto o presidente do Conselho tem intimidade com alguém. "Quem cooptava os amigos era Salazar", precisa Augusto Athaíde. "Governava com a sua equipa ministerial mas contava com uma segunda estrutura que ouvia à hora do chá."

Se os irmãos Sousa - do Fonsecas - eram mais chamados para dar crédito às obras do Regime, Ricardo E.S. é o banqueiro mais ouvido pelo presidente do Conselho. O que não deixa de ser estranho. O banqueiro representava tudo o que Salazar queria à distância. Era viajado, riquíssimo, boémio, esteta, independente e entrara directamente para o topo da sociedade lisboeta.

Em Ricardo E.S., por outro lado, também não se adivinha qualquer interesse em Salazar que escape à navegação económica e financeira dos Espíritos. "Portugal é a excepção. À sua maneira, cada um é profundamente nacionalista, amante de Portugal", diz quem os conheceu.

Apego à estética
Desde os 16 anos que Ricardo E.S mostra interesse por tudo quanto é português. É gozado em casa, pelos irmãos, quando faz a sua primeira compra: um tapete de Arraiolos do século XVIII, "em péssimo estado". Numa tasca de Torres Vedras ouve o barulho de uns talheres mais pesados na cozinha e quer saber do que se trata. A sua segunda compra é esse conjunto de prata do século XVIII, com estojo de tartaruga.

A jornalista francesa Christine Garnier escreve: "Acometido por uma espécie de febre, de frenesim, deitou-se a viajar pelo mundo em busca de quadros, móveis antigos, joias, pratas, porcelanas e bibelots raros [...] Sempre que encontra no estrangeiro alguma coisa bela com a marca de Portugal, apressa-se a comprá-la para a trazer, com amor, de volta ao seu País."

Conta-se até que, durante a guerra, Ricardo escapou de um atentado da Resistência francesa, descontente com tamanhas transacções. Terá sido salvo pelo dono de uma fundição de Oeiras, com melhores contactos na mesma Resistência.

Junta a maior colecção de peças portuguesas e francesas do País. Em 1947, compra o Palácio Azurara, às Portas do Sol, onde instala os objectos nacionais. Antes de morrer, em 1953, oferece o museu ao Estado, com uma escola de restauro. Escandaliza-se com o estado do património português e previne maiores estragos.

Na mesma linha, entende o génio de Amália Rodrigues e dá-lhe mundo. As suas casas são palco para gente do teatro, da música e da cultura. Num compromisso raro entre boémia e tradição, Mary Cohen dá abrigo a tamanha existência. Tem mundo. "Era considerada uma das mulheres mais cultas e elegantes de Lisboa. Pierre Balmain tinha o seu manequim em Paris. Na Primavera e no Outono mandava-lhe amostras e modelos com comentários e recomendações", conta a neta, Maria João Bustorff.

O apego à estética e a proximidade com o presidente do Conselho levam Ricardo E.S. a atitudes inesperadas. Quando Salazar decide comprar uma residência oficial em S. Bento, em Abril de 1939, o banqueiro surge como mecenas do Estado. "Para guarnecer a parte oficial contribui Ricardo Espírito Santo, que, sem conhecimento de Salazar, fornece gratuitamente algumas peças de sua propriedade pessoal", escreve Franco Nogueira.

Será pouco provável que o minucioso político não tenha conhecido a origem dos objectos de arte. A relação com o banqueiro era demasiado próxima, como se repara num "pormenor de interesse" que o biógrafo de Salazar escreve sobre Christine Garnier, a quem se atribui um romance com o presidente do Conselho. "Todas as despesas de C.G. - transportes, hotéis, viagens, presentes - eram integralmente pagas pelo bolso de Salazar. 
Geralmente eram liquidadas por Ricardo Espírito Santo, a quem Salazar reembolsava por cheques, cujos talões encontrei entre o seu espólio." Na lista dos seis homens que Garnier "julga poderem informá-la sobre o Chefe do Governo", estão, à cabeça Mário de Figueiredo, Manuel Cerejeira e Ricardo Espírito Santo.

O fim de um ciclo
São múltiplos os investimentos estratégicos que unem Salazar a Ricardo E.S. O presidente do Conselho conta com o banqueiro para preparar o financiamento da Ponte sobre o Tejo e para fundar a TAP e a Sacor. A última, com o romeno Sein e Queirós Pereira. "O Estado precisava que as empresas nacionais desenvolvessem a autonomia do País", explica Carlos Damas, do Arquivo Histórico do BESCL. Também o Hotel Ritz foi uma encomenda feita por Salazar a Ricardo E.S. e Manuel Queirós Pereira. Fazia falta em Lisboa um hotel com categoria para receber as mais ilustres personalidades estrangeiras.

Mas nem sempre os dois homens se entenderam. Divergiram, pelo menos, em três grandes questões. No pós-guerra, o banqueiro insistiu na necessidade absoluta de Portugal aceitar o Plano Marshall; Espírito Santo sentiu os limites impostos pelo presidente do Conselho a investimentos no estrangeiro; e não reconheceu grandes vantagens oficiais no desenvolvimento económico das províncias ultramarinas. "Salazar era um grande financeiro mas à pequena escala", define Ricardo Salgado.

Jaime Nogueira Pinto adianta: "Salazar aceitara, por necessidade de confiança e mobilização de capitais, a ascensão destes grupos económico-financeiros, embora os mantivesse nos limites da sua actividade específica, cortando-lhes o passo na intervenção política. Controlava-os como um árbitro, mantendo relações pessoais com alguns dos seus chefes, as quais eram sobretudo de 'cortesia', em que eram guardadas distâncias e intimidades."

Nada que evitasse os Espírito Santo de atingir, na segunda geração, o olimpo económico-financeiro do seu país. Quando Ricado E.S. morre, o BESCL é o primeiro banco privado português. Destaca-se: tem o dobro dos depósitos em relação ao segundo. E não só.

A extensa necrologia do banqueiro das artes, publicada nos jornais de 3 de Fevereiro de 1955, é eloquente: além do BESCL, despedem-se de Ricardo do Espírito Santo e Silva a Sacor, a TAP, a Cidla, a sociedade agrícola de Cassequel, a sociedade de algodões de Moçambique e as oficinas gráficas, a que se poderiam juntar outras empresas como a Tranquilidade, a Previsão e também a Companhia Geral Resseguradora. Mas também o Sporting Club de Cascais, a Academia dos Amadores de Música e a Fundação que leva o seu nome. Durante o percurso fúnebre sobrava povo nas ruas que ligam a Basílica da Estrela ao Cemitério dos Prazeres.

Fechava-se o primeiro ciclo ascendente da família Espírito Santo Silva.


* Esta é a primeira parte da saga da família Espírito Santo, que a jornalista Inês Dentinho publicou na revista do jornal O Independente em Fevereiro de 2000 e que o Dinheiro Vivo voltou a publicar duas semanas atrás.

** A segunda parte será editada amanhã, domingo, à mesma hora.


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6-BEM VINDO/A



À RUSSIA













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5-BEM VINDO/A



À RUSSIA


















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 1-PSAS

 Síndrome de Excitação Sexual Persistente


Um documentário fascinante de uma doença rara. 
As mulheres do documentário sofrem de uma estranha e desconcertante condição que os pesquisadores recentemente denominaram Síndrome de Excitação Sexual Persistente conhecida pela sigla PSAS (abreviação do inglês Persistent Sexual Arousal Syndrome),  que nada tem a ver com prazer. 
Esta patologia alem de ser invulgar poucos ginecologistas conhecem lembrando que  foi descoberta em 2001 sendo que apesar de rara, talvez alguns milhares de mulheres sofram dela e tenham vergonha de expor as suas angustias, veja o vídeo.

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4-BEM VINDO/A



À RUSSIA




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III- VOZES CONTRA



A GLOBALIZAÇÃO

    
3 - O MUNDO 
DE HOJE



A Série Vozes Contra a Globalização combina as filmagens em diferentes lugares do mundo, com arquivos documentais, crônicas de informativos, trabalhos cinematográficos de diretores como WinWin Wenders, Avi Lewis, Pino Solanas, Jorge Drexler, poemas de Mário Benedetti e a atuação de Loucas de Pedra, de Pernambuco/Brasil.


Outras das vozes da série são os economistas Jeremy Rifikin (EEUU), ecologistas como o espanhol Ramon Fernandez Duran, o relator das Nações Unidas para a Fome no Mundo, Jean Ziegler, o ex-portavoz do Fórum Social de Gênova, Vitório Agnolletto, o Prêmio Príncipe de Astúrias, de Ciências Sociais, Giovanni Sartori, o especialista em Química Atmosférica, James Lovelock, o Analista Social José Vidal Beneyto, entre outros.


O mundo de hoje

Aborda o "medo" e suas consequências


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3-BEM VINDO/A



À RUSSIA














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MARIANA MORTÁGUA

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BES: "o banco de quem quer mais"
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"Neste sétimo Domingo seguido da viagem (...) vou mais contente a pensar que se os deuses nos foram propícios estarei aí no próximo domingo e poderei matar as saudades que já pesam no meu coração", escrevia Ricardo Espírito Santo Silva, avô de Ricardo Salgado e, como ele, presidente do BES, a António de Oliveira Salazar.
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Longas e sólidas são as relações da família e do seu banco ao poder, ou melhor, aos poderes. Regimes mais ou menos despóticos, mais ou menos democráticos, mais ou menos liberais, mas sempre corruptos. Para o provar estão as contas off-shore de Pinochet no BES Miami. 
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O BES é uma família e é uma instituição, talvez por isso a sucessão seja tão ou mais sangrenta que em qualquer dinastia monárquica. Dois dos candidatos eram José Maria Ricciardi (presidente do BES Investimento) e Amilcar Morais Pires (diretor financeiro do BES), ambos constituídos arguidos num caso de tráfico de influências e abuso de informação envolvendo ações da EDP e REN. Esta investigação teve origem e faz parte do caso de branqueamento de capitais e fuga ao fisco conhecido por operação Monte Branco. 
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De acordo com o que é público, as operações de transação das ações da EDP e REN terão sido efetuadas através de sociedades offshore ligadas à Akoya Asset Management. A Akoya é uma empresa gestora de fortunas sediada na Suiça, que tem como principal acionista o angolano Álvaro Madaleno Sobrinho, apontado como o terceiro possível sucessor na liderança do BES. 
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Sobrinho é detentor de participações do Sporting (24%), Bom Petisco (80%), Cofina (Jornal de Negócios e Correio da Manhã, 15%), Impresa (3,2%),  e ainda da Espírito Santo International (3%), que controla a maior accionista do BES, a Espírito Santo Financial Group; e do BES Angola (BESA, 5%). Sobrinho é, de facto, um dos fundadores do banco angolano, detido na sua maioria por Ricardo Salgado, tendo sido seu presidente executivo até Outubro de 2012. 
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O Expresso deu a conhecer há dias o escândalo que envolve este banco, vencedor do prémio "Best Bank in Angola", atribuído pela World Finance Magazine. 

Foi revelado que o BESA terá na sua carteira 5700 milhões de dólares em créditos cujo destinatários, motivos ou garantias são desconhecidos ou insuficientes, e que estão em risco de não ser pagos. Desses, há 1624 milhões que estão minimamente identificados: terão ido para 5 empresas com ligações a Sobrinho. 
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A partir delas, 40 milhões destinaram-se (alegadamente) à Pineview Overseas, uma empresa offshore propriedade de Sobrinho, que detém a Newshold, dona do jornal SOL. Adicionalmente, 913 milhões terão sido transferidos para outras 10 empresas. Desses, 840 milhões seriam destinados ao negócio de compra das Torres Sky à ESCOM sendo que, segundo o Expresso, só 360 milhões chegaram ao seu destino, os restantes foram desviados. 
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Um dos beneficiários destas transferências terá sido Hélder Bataglia, na altura acionista e presidente executivo da ESCOM (Grupo Espírito Santo), administrador executivo do BESA, e imagine-se, accionista da Akoya Asset Management. 
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Vale a pena lembrar ainda que, durante todo este período, era administrador executivo do BESA Ricardo Abecassis, primo de Salgado, e seu (quarto) putativo sucessor. 
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A história vai longa, e nesta fase torna-se mais confusa, já que a própria venda da ESCOM, também envolvida também na Operação Furacão, é outro capítulo da Operação Monte Branco. 
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Segundo notícias na imprensa nacional, o Grupo Espírito Santo afirma que a empresa ESCOM foi vendida a capitais angolanos em 2010. O comprador conhecido era a Sonangol, liderada por Manuel Vicente, vice-presidente da República de Angola. O valor inicialmente proposto seria de 800 milhões. Como sinal, a Sonangol terá pago 15 milhões de euros, mas acontece que, além desse valor, foram encontrados mais 85 milhões (que estão a ser investigados pelo DIAP), depositados diretamente numa conta do Crédit Suisse através da ... Akoya. A partir daí a Sonangol ter-se-á recusado a fazer novas transferências, contestando até o valor de venda da ESCOM. Na prática, a venda não se concretizou. 
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Qual é a história de fundo? Bom, segundo a investigação apresentada no Donos Angolanos de Portugal (Costa et al, 2014, p.80, Bertrand), o BES terá usado o BESA para ir buscar 500 milhões de euros durante a crise de liquidez na Europa. A operação deixou o próprio BESA com problemas financeiros, tendo o banco sido salvo por uma injeção do Banco de Angola. Em troca, o governo Angolano terá feito pressão para que o Grupo Espírito Santo vendesse a ESCOM, por um valor que nunca conseguiu o acordo das duas partes.  
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A introdução do Governo de José Eduardo dos Santos nesta teia ajuda, por fim, a explicar por que razão o último resolveu garantir os créditos mal parados do BESA com dinheiro dos contribuintes Angolanos. 
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A serem confirmados, os relatos desta complexa rede deixam transparecer uma tendência maior. São os pequenos passos de uma elite angolana, da qual Álvaro Sobrinho é exemplo, que se constitui como grande interesse capitalista. A acumulação faz-se através de fundos públicos, usados para cobrir os desfalques dentro do sistema bancário luso-angolano, com a conivência e benefício das fortunas portuguesas, como a dos Espírito Santo.  
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Ao contrário da obra de George R. R. Martin, e salvo raras e até corajosas exceções, esta história tem cativado pouco interesse mediático. É pena. Bem vindos à Guerra dos Tronos do capitalismo moderno.

IN "EXPRESSO"
13/06/14


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2-BEM VINDO/A



À RUSSIA














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 VIII- COMO TUDO 



FUNCIONA

    2 - ALUMÍNIO





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1-BEM VINDO/A



À RUSSIA















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OqueStrada


Killing Me



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HOJE NO
"i"

Chineses da REN afundados em caso 
de corrupção e na mira de Pequim
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Cada tiro, cada melro. Parceiros chineses escolhidos por Portas e Passos para mandar na energia portuguesa envolvidos em fraudes e corrupção.
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Os parceiros chineses escolhidos pelo governo português para mandar na energia portuguesa, sector crítico para o funcionamento do país, estão afundados em escândalos de corrupção, estando já na mira das autoridades de Pequim para mais multas e sanções. 
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A State Grid e a Three Gorges Corp., os maiores accionistas da REN e da EDP, respectivamente, "estão a revelar-se enormes antros de corrupção, a uma escala dificilmente imaginável", reflecte a Stratfor, consultora, no rescaldo da análise às conclusões da investigação inicial a este sector na China levada a cabo pelo Gabinete Nacional de Auditoria da China (GNAC). Este gabinete apurou que em apenas quatro meses, de Abril a Julho de 2013, houve o "roubo e desvio através de irregularidades contratuais" de mais de 1,1 mil milhões de dólares - 808 milhões de euros - na State Grid. 

A investigação à State Grid surgiu depois da limpeza com que Pequim avançou na administração dos maiores accionistas da EDP, a Three Georges, devido a acusações de desvio de dinheiro. As conclusões iniciais da investigação à State Grid em curso foram divulgadas a 16 de Junho. 

"O auditor esclareceu que o sector da electricidade na China está sob intenso escrutínio no seguimento de um impulso anticorrupção que está em curso no país desde o final de 2012, que tem olhado para cada sector um a um", explicou o "Wall Street Journal", citando também as conclusões iniciais do GNAC. 

"O Gabinete de Auditoria apontou que a investigação a alguns contratos do sistema eléctrico de transmissão Oeste-Este desvendou o roubo e irregularidades contratuais num total de 1,1 mil milhões de dólares. Em algumas áreas, os problemas identificados valiam 16% do total dos contratos revistos", noticiou ainda o mesmo jornal. 

Até ao momento as autoridades de Pequim ainda não acusaram formalmente a State Grid ou a sua administração, mas Liu Zhenya, chairman da maior accionista da REN, é um dos focos da investigação. A adjudicação pela State Grid de 40 contratos no valor de 200 milhões de euros sem qualquer concurso é uma das irregularidades apontadas pelo GNAC. 

Tal como em Portugal, o sector energético na China é um quase-monopólio, cujo excesso de posição dominante por parte de poucas empresas tem impedido uma maior eficiência nos investimentos. "Os resultados da auditoria marcam o início de uma análise mais aprofundada à State Grid e a outros nós das cadeias de fornecimento de energia da China", um avanço em muito impulsionado "pelos reformadores tanto de dentro como de fora da liderança do Partido Comunista, que têm pedido em inúmeras ocasiões o fim do quase-monopólio da State Grid na rede de distribuição chinesa", explica por seu turno a Stratfor no rescaldo às conclusões da auditoria.

 "Em alternativa, o ataque à corrupção pode apenas significar que Pequim está consciente do pesado investimento que é necessário para atingir os objectivos de longo-prazo em termos energéticos procurando assim reduzir a ineficiência e desperdício relacionados com a corrupção", apontam também. 

* Mas  quem é que Passos Coelho e Portas podiam ir buscar a não ser gente deste jaez???

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HOJE NO
"A BOLA"

Chuva e gás-pimenta na chegada
 da Seleção a Manaus
MANAUS, encontro das águas, à esquerda rio Negro, à direita rio Solimões, início do rio Amazonas.
A Seleção Nacional já chegou a Manaus, palco do desafio da segunda jornada do Grupo G, onde a equipa das quinas terá pela frente os Estados Unidos na caminhada para os oitavos de final do Mundial-2014.
Após voo que demorou três horas e meia desde o aeroporto de Viracopos, em Campinas, a Seleção aterrou na cidade do estado da Amazónia por volta das 1.15 horas portuguesas. À chegada, além de centenas de adeptos, a turma portuguesa encontrou muita chuva, humidade e calor.

De acordo com a Polícia Federal local, os mais de mil adeptos quiseram estar o mais perto possível do hotel onde a Seleção está hospedada, facto que entupiu o trânsito local. De forma a evitar confusões com a multidão, as autoridades terão até recorrido ao uso de gás-pimenta para dispersar algumas pessoas que quiseram chegar mais perto dos craques nacionais, em particular Cristiano Ronaldo.

A Seleção realizará um treino pelas 0.30 horas portuguesas, pelo que, quatro horas antes, o selecionador Paulo Bento e um jogador a designar irão responder às perguntas da comunicação social na Arena Amazónia.

* Aproveitamos para propor a quem estiver em Manaus para descer o rio Negro e ir ao encontro das águas com o rio Solimões para daí se formar o Amazonas, serão imagens inesquecíveis.

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