31/05/2014

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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COMPLICAÇÕES 

 
UMA BELA MULHER VAI AO MÉDICO PARA EXAMES DE ROTINA:
SEU PULMÃO, SEU CORAÇÃO E A PRESSÃO ESTÃO ÓTIMOS.


DISSE O MÉDICO
 -AGORA, DEIXE-ME VER ESSA COISINHA QUE COSTUMA METER AS MULHERES EM COMPLICAÇÕES... 
QUANDO A MULHER COMEÇA A TIRAR A ROUPA, O MÉDICO DIZ:
- NÃO... NÃO... VISTA A ROUPA MINHA SENHORA... SÓ QUERIA QUE ME MOSTRASSE A SUA LÍNGUA!


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 O QUE NÓ

  PROPOMOS!!!



VIRTUAL OU REAL 


Está à porta o Mundial de Futebol, hoje mostramos-lhe uma infografia divertida; por um lado pode fazer prognósticos e registá-los, por outro pode inserir os resultados reais e guardá-los,basta arrastar as bandeiras para as casas próprias.
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6-ARTE DE




 

VITOR NUNES





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 COMUNICAÇÃO SOCIAL





















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 Marcelo Adnet
RADIO versus TELEVISÃO




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5-ARTE DE




 

VITOR NUNES





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8 -DOENÇA ARTERIAL


 CORONÁRIA



TRATAMENTO


Uma interessante série conduzida pelo Prof. Dr. Antonio Luiz da Silva
 
Uma produção: CANAL MÉDICO


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4-ARTE DE




 

VITOR NUNES




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 II- VOZES CONTRA



A GLOBALIZAÇÃO

     

4 - A ESTRATÉGIA
DE SIMBÁ



A Série Vozes Contra a Globalização combina as filmagens em diferentes lugares do mundo, com arquivos documentais, crônicas de informativos, trabalhos cinematográficos de diretores como WinWin Wenders, Avi Lewis, Pino Solanas, Jorge Drexler, poemas de Mário Benedetti e a atuação de Loucas de Pedra, de Pernambuco/Brasil.



Outras das vozes da série são os economistas Jeremy Rifikin (EEUU), ecologistas como o espanhol Ramon Fernandez Duran, o relator das Nações Unidas para a Fome no Mundo, Jean Ziegler, o ex-portavoz do Fórum Social de Gênova, Vitório Agnolletto, o Prêmio Príncipe de Astúrias, de Ciências Sociais, Giovanni Sartori, o especialista em Química Atmosférica, James Lovelock, o Analista Social José Vidal Beneyto, entre outros.


A estratégia de Simbá

Aborda o assunto  da imigração  causas e consequências

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3-ARTE DE




 

VITOR NUNES




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PEDRO D' ANUNCIAÇÃO

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A exuberância e 
o egoísmo do capital

O nosso Governo, mais por fé burocrática do que por princípios económicos, quer-nos convencer de que o ideal é conformar-nos com ser pobrezinhos, e apoiarmos os capitalistas, para eles oferecerem por aí uns empregos mal pagos mas honrados. 

Daí o vice-primeiro ministro ter aparecido há dias a distribuir com largueza por grandes empresas o dinheiro espoliado aos contribuintes. Estas empresas nem precisam de se capitalizar muito, com os apoios oficiais que recebem. Claro que o vice-primeiro-ministro de hoje é o mesmo ministro da defesa que há anos atirou borda fora o dinheiro dos contribuintes às pazadas, para a compra polémica de uns submarinos que, mesmo sem as comissões ilegais que estão a ser julgadas (mais noutros países, como a Alemanha de origem, do que por cá), já seriam caríssimos. O dinheiro agora dado às empresas foi considerado até escandaloso num editorial do conservador Jornal de Negócios.

Vejamos agora o que sucede com o dito capital, segundo os economistas que o estudam. O último grito, a fazer grande sucesso, é um livro do economista francês Thomas Peketty, ‘Le Capital au XXI Siècle’. Alguns escribas por cá querem-no apresentar como ‘marxista’, por sair do tom generalizado liberal. Mas os académicos americanos de todas as tendências estudam-no seriamente, mesmo nos casos de alguma contestação, sem lhe darem esse epíteto.

O primeiro a falar cá do assunto foi Manuel Maria Carrilho, nos seus artigos do DN. Mas ainda há dias João Constâncio (que eu penso ser um jovem académico filho do ex-líder do PS e vice-governador do BCE Vítor Constâncio), dedicou ao livro 2 entusiásticas páginas do Público.
O livro está agora a ser traduzido por todo o mundo (deverá sair cá em Setembro), aparece na lista dos mais vendidos da Amazon, e tem recebido os maiores encómios de economistas dos EUA como Stiglitz, R. Sollow ou Paul Krugman (que, na sua coluna do NYT, o considerou o livro da década).

Num resumo excessivo, Peketty vem comprovar que o capitalismo (e integra na noção de capital todo o património) tende a expandir-se especulativamente mais do que os PIBs do mundo (quem vive afinal acima das possibilidades?), e concentra-se de maneira oposta à luta contra as desigualdades. Mas demonstra-o com dados económicos e estatísticos.

Num momento em que a Europa atravessa a sua maior crise dos pós-guerras, e em que o projecto de unidade europeia perdeu todo o élan, esperar-se-ia que na campanha destas eleições europeias tivessem surgido em debate temas como estes. Mas não dei por isso, fora os artigos citados.


IN "SOL"
29/05/14



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197.UNIÃO


EUROPEIA

ABC DA EUROPA
LETRAS "V,X,Y e Z"



O Negócios lançou em parceria com a Universidade Católica uma nova ferramenta para nos ajudar a percorrer os caminhos da União Europeia e a descodificar o seu jargão. .

. O trabalho foi coordenado pelos professores Armando Rocha e Luís Barroso, e pela jornalista Eva Gaspar, tendo envolvido directamente alunos da Católica.

Reproduzimos com o devido respeito




Valores da União Europeia -
A União Europeia respeita os valores da dignidade humana, liberdade, democracia, igualdade, Estado de Direito e dos direitos do homem, incluindo os direitos das minorias. Com assento no artigo 2.º do Tratado da União Europeia, estes valores são comuns a todos os Estados-Membros e expressam uma união caracterizada pelo pluralismo, tolerância, justiça, solidariedade e igualdade entre homens e mulheres.
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Van Gend en Loos (Acórdão —) -
Proferido a 5 de fevereiro de 1963, este acórdão reconheceu pela primeira vez o princípio do efeito direto, esclarecendo que, para além dos Estados, também os seus nacionais são destinatários das normas constantes dos Tratados. Foi o primeiro acórdão “revolucionário” do Tribunal de Justiça, consagrando este tribunal como um dos motores da integração europeia.

Xisto (gás de —;
recomendação europeia) -
No âmbito da política de proteção do ambiente, a Comissão Europeia adotou em janeiro de 2014 uma recomendação quanto ao procedimento a seguir (ou a impor) pelos Estados-Membros em operações de exploração de gás de xisto, atendendo aos seus efeitos sobre o ecossistema e a saúde humana. É um bom exemplo de como os atos da União vão incidindo sobre todos os domínios da vida social.
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Yield” (Dívida pública) -
A “yield” corresponde, normalmente, a uma simplicação de “yield-to-maturity”, e remete para a rendibilidade bruta anual que o investidor receberá quando compra um título de dívida (uma obrigação), até ao momento em que o valor é reembolsado. As obrigações têm, por regra, um juro anual periódico que é fixo e expresso em percentagem (o “cupão”) mas são também negociadas com um preço. Um preço que oscila em redor de 100, sendo que 100 é o valor a reembolsar na maturidade. Para calcular a “yield”, são tidos em conta o cupão, o tempo que falta até à maturidade e a diferença, positiva ou negativa, entre o preço a que negoceia e o “par” (100).

Zona Euro -
Espaço geográfico formado pelos Estados-Membros que adotaram o euro como moeda oficial. Em 2014, esse espaço é composto por 18 Estados, prevendo-se que, em 2015, a Lituânia também adira. Para além destes Estados, há outros que adotaram o euro como moeda oficial, apesar de não integrarem a zona euro: ex. Montenegro ou Kosovo.

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FIM

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2-ARTE DE




 

VITOR NUNES

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VII- COMO TUDO 



FUNCIONA

   3 - ÁRVORES





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1-ARTE DE




 

VITOR NUNES


 

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Antigos Orfeonistas U.Coimbra

e
Ivan Lins



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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Portugal tem resposta "forte"
 para apoiar desfavorecidos

O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, disse hoje que Portugal tem agora uma capacidade de resposta "mais forte" na área da proteção social aos mais desfavorecidos, que tem sido "prioridade" do Governo. 

"Sempre que falamos de dados de pobreza estamos a falar de dados de pessoas e famílias em concreto. Conseguir garantir que, do ponto de vista da proteção social, estas pessoas têm acesso a um conjunto de serviços e de verbas que as conseguem proteger tem sido a nossa prioridade", frisou. 

 Pedro Mota Soares comentava à Lusa o relatório anual do Banco de Portugal (BdP) sobre a economia nacional, divulgado esta semana, à margem do XI Congresso Nacional das Misericórdias, que hoje terminou em Évora.  

O relatório revelou que "a taxa de pobreza -- definida como a fração de indivíduos com um rendimento inferior ao limiar de pobreza -- aumentou 0,8 pontos percentuais em 2012, o que corresponde a cerca de 85 mil indivíduos".  

A taxa de pobreza em Portugal, "continua a ser uma das mais elevadas na área do euro", tendo contribuído "uma significativa fração de trabalhadores numa situação de pobreza" (cerca de 10%). 
Segundo o BdP, "a evolução recente da taxa de pobreza encontra-se particularmente associada ao número do desemprego".   

O ministro lembrou hoje que estes dados "não são novos", mas reconheceu que "têm certamente muito a ver com fenómeno do desemprego" no país.  

"Felizmente, o desemprego está a descer", pois, "nos últimos 12 meses, desceu 2,4 pontos percentuais", realçou Mota Soares, admitindo, contudo, que "continua a ser muito elevado". 
Mota Soares disse que o Governo tem de "continuar a trabalhar para conseguir promover a economia e para encontrar um conjunto de medidas ativas de emprego que ajude a minorar este problema, por exemplo no caso do desemprego jovem".  


Ainda a propósito do relatório do BdP, Mota Soares preferiu destacar, como aspeto positivo, a "diminuição da pobreza dos mais idosos, em 2012", atribuindo-a ao facto de o Governo "ter aumentado as pensões mínimas sociais e rurais, recebidas por mais de 1,1 milhões de portugueses", que tinham sido "congeladas" pelo anterior executivo do PS.  

Outro dos dados positivos aludidos pelo ministro foi o aumento, "em quase 400 milhões de euros", nos últimos três anos, da verba destinada à ação social.  

Por isso, em termos de apoios sociais, afiançou, "a capacidade de resposta" do país é hoje "mais forte" do que há três anos, precisamente porque "houve uma proteção desta área e dos portugueses que estão em condições mais difíceis e desfavorecidas".

* Conhecemos aldrabões mais credíveis!


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HOJE NO
"RECORD"

Portugal conquista três medalhas
 em Piestany

Portugal conquistou estes sábado três medalhas na Regata Internacional de Piestany, disputada pela Seleção Nacional de velocidade, Júnior e sub-23.

Tiago Tavares venceu o ouro, Márcia Aldeiras o bronze e Arménio José a prata, todos em finais de 500 metros. A prova prossegue no domingo.

Resultados deste sábado:
Hugo Figueiras - Heats - K1 Junior Masculinos 500m - 3.º Lugar - Apurado SF
Márcia Aldeiras - Heats - K1 Junior Femininos 500m - 1.º Lugar - Apurada FINAL A
Arménio José - Heats - C1 Jun Masculinos 500m - 2.º Lugar- Apurado Final A
Tiago Tavares - Heats - C1 sub-23 Masculinos 500m - 2.º Lugar- Apurado FINAL A
Hugo Figueiras - SF - K1 Junior Masculinos 500m - 3.º Lugar - Apurado FINAL A
Tiago Tavares - Heats - C1 sub-23 Masculinos 500m - medalha de ouro
Márcia Aldeiras - FINAL A - K1 Junior Femininos 500m - medalha de bronze 
 
Hugo Figueiras - FINAL A - K1 Junior Masculinos 500m - 7.º Lugar
Arménio José - FINAL A - C1 Junior Masculinos 500m - medalha de prata

Calendarização para domingo:
7H15 - Hugo Figueiras - Heats - K1 Junior Masculinos 200m
7H52 - Márcia Aldeiras - Heats - K1 Junior Femininos 200m
8H16 - Arménio José - Heats - C1 Junior Masculinos 200m
13H04 - Tiago Tavares - FINAL A - C1 sub-23 Masculinos 200m

* Portugueses de luxo!

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OS MIMOS 


MEDIEVAIS



DEPILAÇÃO DEFINITIVA








 ARREPENDIMENTO PÚBLICO

M



 TERAPEUTICA ANTI-ALCOÓLICA





 MEDALHA DE 16 KG PARA OS 
EXCESSOS PÚBLICOS DE ÁLCOOL





 A CUSCUVILHICE ERA ASSIM PUNIDA, OS POILITIQUEIROS ACTUAIS 
MERECIAM TRATAMENTO SEMELHANTE





 TERAPEUTICA PARA NÃO SE DEIXAR
. DORMIR NO TRABALHO





 SUPORTE DE PESCOÇO PARA HERÉTICOS





 "SAPATINHO" DE FERRO PARA
 PARTIR O PÉ SEM ANESTESIA





 TERAPEUTICA HÍDRICA VIA ORAL,
. REPAREM NO FUNIL





HIDROTERAPIA EXTERNA,  TÉCNICA GOTA A GOTA EM CIMA DA CABEÇA























 MASSAGEM COM CHICOTE



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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Mafioso confessa e faz tremer Itália

 Antonio Iovine expõe relações de políticos, empresas e instituições com o crime organizado. 

Antonio Iovine, antigo chefe do clã Casalesi, um dos mais poderosos da Camorra italiana, decidiu ‘abrir o livro'. Após quatro anos na prisão, está arrependido e começou a contar à polícia tudo o que sabe sobre as relações do crime organizado com políticos, empresários e instituições. 


"Não me interessava quem eram os candidatos ou quem vencia as eleições, porque acabavam por entrar automaticamente no sistema gerido por nós", contou Iovine à polícia sobre a forma como a Camorra controlava a região de Nápoles. 

Políticos de esquerda e de direita, construtores, empresários, instituições, todos estavam a soldo da máfia, que ganhava sempre uma comissão de 5% sobre os contratos assinados pelos seus protegidos. 

"Raramente tínhamos de recorrer à violência, todos sabiam como as coisas funcionavam", acrescenta Iovine, de 49 anos, que cumpre pena de prisão perpétua desde 2010.

 "A colaboração de Iovine com a polícia pode mudar tudo aquilo que sabemos sobre as ligações entre a Camorra e os políticos e empresários, não só na região de Nápoles, mas em toda a Itália. Ele sabe tudo" afirma o jornalista Roberto Saviano, autor do livro ‘Gomorra', sobre a máfia napolitana.

* Se acha que em Portugal é diferente, desiluda-se.

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 ENTRE BALÕES




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HOJE NO
"i"

António José Seguro. 
“Habituem-se porque isto mudou”

O secretário-geral propôs eleições primárias, tal como aconteceu em França recentemente, e vai reunir esta semana a Comissão Política para iniciar o processo de revisão dos estatutos nesse sentido
O secretário-geral do PS advertiu hoje os militantes socialistas para se habituarem "porque isto mudou", depois de o presidente da câmara de Lisboa António Costa ter colocado a hipótese de se candidatar à liderança do partido.

"A minha consciência diz-me que tenho de continuar a lutar pelos valores e pelos princípios e habituem-se porque isto mudou", disse António José Seguro, rematando assim a conversa com os jornalistas, à saída para almoço da reunião da comissão política do PS, que decorre em Porto Novo, concelho de Torres Vedras.

O secretário-geral propôs eleições primárias, tal como aconteceu em França recentemente, e vai reunir esta semana a Comissão Política para iniciar o processo de revisão dos estatutos nesse sentido, enquanto o presidente da câmara de Lisboa, António Costa propôs incluir nessa reunião a discussão da possibilidade de haver um congresso extraordinário, mas foi recusado.

"Este é um momento histórico para o PS e para a democracia portuguesa. É uma inovação na democracia portuguesa e corresponde a uma leitura que eu retive das eleições europeias, a de que há muitos portugueses descontentes e descrentes com o sistema político e com o sistema partidário", disse.

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1- António Costa deu o passo maior que a perna
2- António Costa recebeu apoio de pessoas demasiado coladas a Socrates
3- António Costa foi apoiado por dinossauros não excelentíssimos.
4- António Costa sente que está a perder o tempo para ser líder, por ser amigo de Socrtates não o confrontou na altura própria, agora aguenta.
5- António José Seguro tem mais muito "tomates" do que se pensa e nós sempre dissemos isso neste blogue, praticamos a independência partidária estamos muito à vontade para opinar.


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 A BELEZA PODE DISPENSAR 
A MAMA












O NOSSO RESPEITO PELO SOFRIMENTO
. QUE AS TORNOU TÃO BELAS


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HOJE NO
"A BOLA"

João Pereira terceiro em Londres
 

O português João Pereira classificou-se na terceira posição no triatlo de Londres, quarta etapa do circuito mundial da modalidade.

João Pereira, que tinha como melhor prestação desta época o nono lugar na Cidade do Cabo, na África do Sul, terminou agora a prova com o tempo de 49.49 minutos, mais três segundos que o vencedor, o espanhol Mario Mola.

Com o terceiro lugar, o português subiu do 11.º para o nono lugar do ranking mundial, com 1.327 pontos, numa classificação liderada pelo espanhol Javier Gomez Noya (2.942).
Em ação em Londres estiveram ainda João Silva (oitavo lugar, com 50,14 minutos) e Miguel Arraiolos (26.º, com 50,42 minutos).

* VALENTE


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 P'RA NÃO CUSCAREM



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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS 
DA MADEIRA"


Falta de tempo e uso de métodos autoritários herdados são causas 
dos problemas de comportamento 
das crianças

A falta de tempo e o uso de métodos autoritários herdados são as principais causas dos problemas de comportamento das crianças, defende a psicóloga Cristina Valente, que há anos ajuda pais a compreender e respeitar o poder dos filhos. 

Antiga jornalista, formada em psicologia e "mãe tardia", Cristina Valente começou há uma década a fazer consultas ao domicílio para pais de crianças com problemas comportamentais e, em junho, lança o seu primeiro livro sobre as preocupações "mais comuns dos educadores: alimentação, sono, adolescência, monoparentalidade, birras e mau comportamento". 

"A esmagadora maioria dos problemas que os pais enfrentam hoje tem a ver com a falta de tempo. É a principal causa dos problemas de educação", disse em entrevista à agência Lusa a propósito do Dia Mundial da Criança, que se assinala domingo. 


Para Cristina Valente, a falta de tempo leva a um dos erros mais comuns que os pais cometem na educação dos filhos: compensá-los com "demasiados bens materiais". 

A psicóloga que nas consultas ao domicílio apoia sobretudo crianças até aos oito anos, considera também preocupante o excesso de atividades extracurriculares, a que se junta a agenda das festas de aniversário. 

"Há miúdos completamente extenuados que não têm um segundo de descanso", sustenta.
Cristina Valente lembra também a pressão para que tenham bons desempenhos académicos. 

"É bom ter um filho com bons resultados na escola, mas o que vejo nos pais é que, como sabem que vão deixar um futuro muito incerto[aos filhos], pensam, erradamente, que com o sucesso cognitivo, quando forem adultos, estão safos", adiantou. 

O que as crianças precisam é de ter outras competências, nomeadamente saber gerir um conflito ou lidar com as frustrações, defende. 

Aprender a resolver as angústias e fazer o luto, quer seja de um amigo, de uma mãe que morreu ou um relacionamento que acabou são outras competências que a especialista considera essenciais.
Ensinar os pais a criarem essas competências nos filhos é a base do trabalho da psicóloga, que segue o método de "educação positiva", onde os castigos não têm lugar e onde a energia das birras deve ser canalizada para ações positivas. 


Para Cristina Valente, a palmada não é uma linguagem de comunicação com a criança, apenas um descontrole que os pais têm de ultrapassar. 

"A principal técnica que interrompe a maior parte dos maus comportamentos é pedir ajuda [à criança] para fazer qualquer coisa, porque quando estamos a pedir ajuda estamos a dizer que a criança é importante e que vai utilizar o seu poder para uma coisa positiva", sugere. 

Adianta que a técnica pode ser usada logo a partir dos dois anos, altura em que as crianças já têm capacidade para fazer tarefas simples. 

"Se der atenção ao mau comportamento, de cada vez que a criança quiser atenção vai-se portar mal", considerou. 

Os pais devem aceitar que os filhos têm "poder desde que nascem" e que o seu comportamento vai depender da forma como for feita a gestão desse poder. 


Trata-se de guerras de poder que, segundo a psicóloga, são muito marcadas pelo uso, ainda hoje, de métodos de educação com laivos de autoritarismo que os pais herdaram e que as crianças não compreendem. 

"Os miúdos nascem numa sociedade democrática, numa família democrática [...]. O choque acontece porque estamos a utilizar métodos que já não fazem parte da sociedade em que eles vivem. Não significa que eles tenham os mesmos direitos do que nós, porque eles são os filhos e nós os pais, mas há uma necessidade de igualdade em termos de respeito e dignidade que não cumprimos no dia-a-dia e de que os miúdos se ressentem", acrescentou. 

Com idades na casa dos 40 anos, os pais que recorrem aos serviços de Cristina Valente são sobretudo da classe média/alta e têm já alguma consciência "da necessidade de o adulto crescer com a criança", mas a psicóloga reconhece que existe alguma relutância nos pais em pedirem ajuda. 

"Pedir ajuda é dizer que não sou suficientemente competente", considera a psicóloga, que admite também que o preço do serviço - 70/80 euros por consulta - pesa na decisão dos pais. 

* O excesso de actividades extra-curriculares permite aos pais estar menos tempo junto dos filhos, a companhia parental deveria ser a actividade extra-curricular prioritária.
NÃO ENTUPA OS SEUS FILHOS COM CONHECIMENTOS, NÃO FICAM MAIS SÁBIOS POR ISSO!


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