Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
14/11/2013
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HOJE NO
"i"
Estudo a esgotos revela uma dose
de cocaína por 50 pessoas
A
primeira análise feita em Portugal à presença de metabolitos de cocaína
nas águas residuais, revelou um consumo médio de uma dose diária de 0,1
grama por 50 pessoas, noticia a edição desta quinta-feira do “JN”.
A investigação, que foi realizada por uma equipa da Faculdade de
Farmácia de Lisboa sob a coordenação de Álvaro Lopes, especialista em
toxicologia forense, recolheu amostras na entrada na Estação de
Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcântara, em Lisboa, e detectou
nos resíduos analisados (urina e fezes) 252 gramas de cocaína, num
período de 24 horas e abrangendo uma área onde se encontram vários
estabelecimentos de diversão nocturna e por onde terão passado 380 mil
pessoas.
A ETAR de Alcântara recebe resíduos expelidos dos bares
concentrados em zonas como o Bairro Alto, Santos, Cais do Sodré e Docas.
Álvaro Lopes diz, por isso, que o valor é significativo, mas ressalva
que é arriscado transpor o cenário para todo o país porque a amostra
apresenta características específicas, no caso clientes dos bares
daquelas áreas da capital, apesar de ter sido recolhida às terças e
quintas. “Ao fim-de-semana, estas quantidades disparariam”, explicou o
investigador ao “JN”.
A realização do primeiro estudo do género, em Portugal, coloca Lisboa
a meio da tabela relativamente ao consumo de cocaína, atrás de Milão,
Santiago de Compostela, Paris e Bruxelas, mas à frente de Estocolmo,
Oslo e Helsínquia.
Segundo Álvaro Lopes, este tipo de pesquisa permite uma avaliação
mais rigorosa do consumo de drogas ilícitas, do que as investigações que
são feitas com base em inquéritos e onde as pessoas podem mentir e
omitir informações.
Apesar dos vestígios encontrados nas águas residuais, os metabolitos
de cocaína não se apresentam como um perigo para a saúde pública.
* O negócio da droga floresce não por falta de combate policial mas porque os "donos do dinheiro" são mais fortes.
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HOJE NO
"A BOLA"
Quase 5000 na Corrida Sporting
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A 3.ª edição da
Corrida Sporting já tem 4800 inscritos. A prova, que se realiza a 1 de
dezembro, volta a ter o Estádio José Alvalade como local de partida e
chegada e integra a corrida de 10 km (10.30 h) e os 4 km da Caminhada
Jubas (9.30 h).
As inscrições - 12 euros para sócios e 14 para não
sócios nos 10 km e 9 e 11, respetivamente, nos 4 km, até dia 27 -
decorrem no Centro de Atendimento do Multidesportivo e em
www.corridasporting2013.com.
* Vai ser uma festa
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Tribunal anula último negócio polémico
de Mesquita Machado
Expropriação de antigos terrenos de uma filha do antigo presidente da câmara custaria três milhões de euros à autarquia.
O Tribunal Judicial de Braga anulou a expropriação dos prédios
contíguos à Casa das Convertidas, no centro daquela cidade, aprovada há
seis meses pelo anterior presidente de Câmara, Mesquita Machado (PS).
O negócio tinha sido
polémico por envolver edifícios que tinham pertencido à filha e ao genro
do autarca até dias antes da discussão da expropriação em reunião de
câmara. A decisão foi revogada na primeira reunião do novo executivo
PSD/CDS, facto em que se apoio a sentença conhecida nesta quinta-feira.
O
tribunal declara “nulos e de nenhum efeito” os actos praticados no
âmbito desta expropriação, tendo por base a revogação da decisão que foi
assumida no final de Outubro pelo novo executivo de Braga. Esta foi a
primeira medida aprovada pela câmara liderada por Ricardo Rio, que
evocou a participação do seu antecessor numa decisão que envolvida
familiares directos e a ausência de garantia da execução do projecto da
Pousada de Juventude a que se destinavam estes prédios para sustentar a
anulação do negócio.
O presidente de câmara sublinha que esta “é
uma vitória da cidade”. “Era uma decisão errada, que afectava um volume
de recursos elevado a algo que não era prioritário”, afirma. A verba que
agora será restituída ao município – cerca de três milhões de euros –
vai ser canalizada para outros projectos, mas a autarquia não abdica da
recuperação da Casa das Convertidas nem da criação de uma Pousada de
Juventude, sendo a Escola Secundária Francisco Sanches a localização
favorita para este equipamento.
Por ordem do tribunal, os três
edifícios que tinham sido expropriados serão devolvidos à imobiliária
Urbimodarte, que os tinha comprado à filha e ao genro de Mesquita
Machado dias antes de ter sido aberto o processo. Contactado pelo
PÚBLICO, o antigo presidente de câmara, não quis prestar declarações
sobre o caso.
* Um caso vergonhoso de pulhítica com um desfecho honesto tanto na câmara como no tribunal.
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JOSÉ GAMEIRO
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IN "EXPRESSO"
12/11/13
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CASARAM-SE E FORAM
FELIZES PARA SEMPRE
"Um homem pode viver feliz com qualquer mulher desde que não a ame" (Oscar Wilde)
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O amor e a felicidade têm uma relação dificil, recheada
de euforias, sobressaltos, momentos de sintonia entre os dois
sentimentos, tempos de clivagem e de grande sofrimento.
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Mas é uma relação desigual: perder um amor gera infelicidade, ser feliz não implica necessariamente amar e ser amado.
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Haverá um conceito absoluto de felicidade? Uma espécie de definição universal, transversal a todas as culturas?
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A felicidade não se vê, sente-se, é uma construção de cada um de nós, baseada na conjugação do exterior com o interior.
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Podemos ser felizes se o exterior fizer sentido, mas também o podemos ser com o interior a bastar-se a si próprio.
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A felicidade pode ser agressiva para os outros. O
narcisista é feliz, adora-se, mas a sua capacidade de se relacionar é
muito limitada - quando olha para fora só se vê a si próprio...
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Olhar para trás e dizer "fui feliz", "fui infeliz"
implica a sobreposição de falsas e verdadeiras memórias, conjugadas no
momento da avaliação. Somos pouco consistentes quando pensamos na
felicidade, somos mais verdadeiros quando a sentimos.
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A felicidade é menos objetivável do que a infelicidade.
Sentimo-nos felizes, mas conseguimos descrever em pormenor porque somos
infelizes. Podemos estar tristes e felizes: a tristeza pode dar
bem-estar e equilíbrio, mas não pode ser desencadeada pela rutura
amorosa; quase ninguém se sente feliz por perder o objeto amado.
Aliviado, por vezes sim, feliz raramente.
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Os resultados do inquérito que o Expresso publica nesta
Revista são uma grande desilusão para os partidários da relação entre o
amor e a felicidade. Afinal, o amor só é importante para 8,7% dos
inquiridos, mas ter saúde dá felicidade a 88% da amostra.
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Mas numa outra pergunta sobre a relação entre a felicidade e uma relação estável, 67% dizem sentir-se felizes ou muito felizes.
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A estatística serve para justificarmos quase tudo o que
queremos provar; se enviesarmos estes resultados, poderemos assumir
que, para os portugueses, relação estável não é coincidente com amor. No
entanto, a perceção que temos nos tempos atuais é a de que o amor dá
muita felicidade e as relações estáveis estão cheias de amor.
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Casamentos e divórcios
Cresce todos os anos (a ligeira redução desde 2007 não tem em conta os casais em união de facto, que têm vindo a crescer) o número de divórcios. Um casal que se constitua agora tem 50% de hipóteses de se divorciar. Lá vem a estatística outra vez, mas neste caso os resultados são consistentes ao longo dos últimos 30 anos, quase sempre aumentando todos os anos.
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A correlação clássica entre estes valores e a importância do amor é conhecida: quando o sentimento de infelicidade conjugal é duradouro, as pessoas separam-se e tentam arranjar uma nova relação.
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Os casamentos que acabam em divórcio têm em média uma
duração de 15 anos. É o tempo que demora a ter uma relativa certeza de
que a felicidade com aquela pessoa já não é possível. A parte final
deste tempo é passada a tentar distinguir a zanga da falta de amor, o
que nem sempre é fácil.
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Mas talvez seja importante, antes de outros devaneios sobre o tema, perguntarmo-nos o que é um casal:
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- Duas almas que decidem confundir paixão e amor com
projeto de vida? Parece que a maior parte dos portugueses não resiste a
juntar-se, idealizando que o mesmo teto dá maior consistência ao
sentimento.
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- Duas pessoas que imaginam que se viverem juntas estão
mais tempo uma com a outra? Se trabalharem no mesmo local ainda melhor,
as discussões têm mais sumo.
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- Uma espécie de loucura a dois que mais cedo ou mais
tarde acaba? Enquanto dura, a felicidade é extrema. Provavelmente, a
amostra do inquérito não apanhou nenhum destes felizardos.
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- A crença profunda de que a felicidade é a
conjugalidade? Cada um acredita no que quer. As crenças, até prova em
contrário, contribuem para a harmonia interior.
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- Uma vida sexual frequente e satisfatória? Os homens
que estão a ler este texto têm razão para ficarem preocupados. Numa
série de circunstâncias que deixam os inquiridos mais felizes, o sexo
aparece em primeiro lugar para 31,4% dos homens e apenas para 9,5% das
mulheres. Finalmente começamos a compreender algumas mudanças na nossa
sociedade...
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O casamento sempre foi uma instituição estável,
destinada a facilitar a perpetuação da espécie, procurando criar um
ambiente protetor para as crianças e para os adultos (não é por acaso
que 42% dos homens e 61% das mulheres dizem que o dia mais feliz da
vida deles foi aquele em que nasceram os filhos, enquanto o dia em que
se casaram foi-o apenas para 13% dos homens e 11% das mulheres). Nem
sempre o conseguiu ser, os Estados foram sendo obrigados a intervir para
assegurar os limites da dignidade humana, sobretudo das mulheres e das
crianças.
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Mas os sentimentos que davam coesão á familia, a
amizade/amor e a solidariedade, eram temporalmente ilimitados - até que a
morte os separe.
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Hoje, não só nos juntamos por amor, de preferência
apaixonados, como procuramos a todo o custo que esse amor se prolongue
no tempo, em cada relação. E tornámos o casamento muito mais complexo -
não significa complicado -, mas fizemo-lo na pior altura da nossa
sociedade.
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Casais que são queijos suíços
Estamos cada vez mais abertos ao exterior: a maior
parte da nossa vida é passada em contacto com pessoas estranhas à
família e ao casal. A internet e as redes sociais poem-nos à distância
de um bit de alguém do outro lado do mundo ou da cidade em que
habitamos.
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Queremos o amor como quase ingrediente único dos
casamentos, mas - desculpem-me a comparação - transformámos os casais
numa espécie de queijos suíços, cheios de buracos e permeáveis às
correntes de ar...
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Queremos tudo na mesma pessoa: amante, sempre
disponível e criativa, amiga para as horas boas e más, mãe ou pai
solidários. Mesmo no auge da tensão conjugal, suportamos mal o
desinvestimento temporário na relação. "Assim não sou feliz, não sei se
consigo continuar."
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Conseguimos ter tudo isto por vezes. Somos pouco
tolerantes quando alguma coisa falha. Pomos no outro uma carga tal que a
capacidade de energia da relação não aguenta.
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Ao sermos assim, estamos também a defender a nossa
saúde: está mais que provado que as pessoas felizes são mais saudáveis,
têm menos enfartes do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. Os
divorciados morrem mais cedo.
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Encontrar o chamado" amor da minha vida" não é muito
difícil - quem feio ama bonito lhe parece... Difícil é manter a beleza
ao longo do tempo, difícil é gostar de alguém e não lhe atribuir as
culpas dos males que nos acontecem, difícil é não criticar quem se
conhece tão bem, difícil é manter a atração ao longo do tempo e não
transformar o outro numa pessoa da família, com quem não é suposto ter
uma relação erótica.
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É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
Vinicius de Moraes
Por muito que nos custe aceitar a pergunta, e mais
ainda partilhá-la com o outro, convém fazê-la de vez em quando. Será que
eu serei feliz sem esta pessoa?
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Com todo o risco das perguntas ficcionais, a resposta
dá-nos um bom indicador do estado da nossa felicidade. Felicidade e
dependência são coisas distintas: "Eu vivo melhor contigo se te fores
embora. Sofro, fico triste, mas volto ao que era, e a vida continua."
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A tristeza persistente pode fazer passar a euforia pela
paixão, mas voltará sempre a infelicidade se não for resolvida. Nenhuma
relação trata uma pessoa. A melancolia regressa complicada pela raiva
do abandono. Não diria como Sartre que o inferno são os outros, mas nem
sempre são o Céu.
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Iremos continuar à procura do amor ideal, eterno,
indestrutível, que aguente tudo com um sorriso rasgado de orelha a
orelha. Alguém a quem possamos dizer: "Sem ti, a vida não faz sentido";
até que um dia dizemos ou ouvimos: "Contigo, a vida não faz sentido."
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Mas a felicidade não passa por nada disto. Bem podemos
ficar sentados à espera que nos façam felizes, se não formos capazes de
juntar tudo o que de bom sentimos e fazer disto um escudo protetor para o
que não controlamos. Amor e felicidade tocam-se, cruzam-se, lutam,
podem mesmo ser amigos, mas têm vidas separadas. A felicidade é estarmos
à altura do que nos acontece, ninguém o pode fazer por nós.
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(...)
Pedem tanto a quem ama: pedem
o amor. Ainda pedem
a solidão e a loucura.
Dizem: dá-nos a tua canção que sai da sombra fria.
E eles querem dizer: tu darás a tua existência
ardida, a pura mortalidade.
Às mulheres amadas darei as pedras voantes,
uma a uma, os pára-
-raios abertíssimos da voz.
As raízes afogadas do nascimento. Darei o sono
onde um copo fala
fusiforme
batido pelos dedos. Pedem tudo aquilo em que respiro.
(...)
Porque não haverá paz para aquele que ama.
Seu ofício é incendiar povoações, roubar
e matar,
e alegrar o mundo, e aterrorizar,
e queimar os lugares reticentes deste mundo.
(Excertos de Lugar II, de Herberto Helder, 1981)
IN "EXPRESSO"
12/11/13
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Portugal entre os países que
menos confiam no Governo
Os três países sob assistência financeira - Portugal, Grécia e Irlanda - são os que perderam mais confiança nos governos.
Portugal está entre os países onde a confiança no Governo mais desceu
nos últimos anos, com uma queda de 23% entre 2001 e 2012. Deste grupo
fazem parte os outros dois países intervencionados pela ‘troika' -
Grécia e Irlanda - a que se junta também a Eslovénia.
Segundo o estudo da OCDE "Government at a Glance", a que o Diário
Económico teve acesso, pior que Portugal, que regista um nível de
confiança no Executivo de 20% (abaixo da média de 40% da OCDE) só está a
Grécia (12%), o Japão (18%) e a República Checa, num total de 34 países
analisados.
O país onde mais se confia na equipa governativa é a Suíça, com 80%.
* Porque temos de confiar em pessoas que apenas lutam pelos seus próprios interesses à custa da miséria dos portugueses? 20% é muito!!!
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Revolta na oncologia
Médicos pedem intervenção da ordem porque dizem que os doentes são prejudicados
Metade dos oncologistas do País, num
total de 67 especialistas, manifestou ontem indignação com a criação de
três centros de referenciação para a oncologia e pediu a intervenção da
Ordem dos Médicos.
Numa carta assinada pelos 67 médicos é contestado que os pedidos das terapêuticas inovadoras sejam "fundamentadamente formulados" pelos centros de referenciação, a funcionar nos três institutos portugueses de oncologia. Isso significa que todos os hospitais que tratam doentes de cancro ficam impossibilitados de pedir as terapêuticas à Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
Numa carta assinada pelos 67 médicos é contestado que os pedidos das terapêuticas inovadoras sejam "fundamentadamente formulados" pelos centros de referenciação, a funcionar nos três institutos portugueses de oncologia. Isso significa que todos os hospitais que tratam doentes de cancro ficam impossibilitados de pedir as terapêuticas à Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
No documento, a que o
Correio da Manhã teve acesso, os oncologistas alegam que os interesses
dos doentes não são salvaguardados porque não fica garantida a
"igualdade no acesso às melhores e mais adequadas terapêuticas". Luís
Costa, oncologista do Hospital de Santa Maria e um dos subscritores,
afirma que "os centros vão aumentar a desconfiança de doentes e
médicos".
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva,
afirma ao CM que os "doentes vão ser prejudicados porque os centros vão
criar mais entraves aos pedidos de autorização especial de medicamentos"
e deu o exemplo do pedido de um remédio rejeitado pelo IPO de Lisboa.
* Esta revolta tem razão de ser, há excelentes Serviços de Oncologia nos hospitais civis que serão altamente prejudicados com esta medida. A título de exemplo, o serviço de Sta Maria é excelente na qualidade, profissionalismo e humanidade de todos os funcionários, temos essa experiência.
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Ajuda humanitária às Filipinas
Comunidade internacional envia
cerca de 230 milhões de dólares
A comunidade internacional já anunciou o envio de cerca de 230 milhões de dólares para as Filipinas, atingidas pelo tufão Haiyan na semana passada e onde as necessidades urgentes estão estimadas em mais de 300 milhões de dólares.
A passagem do tufão, na passada sexta-feira, causou mais de 2300 mortos, segundo dados oficiais, além de quase 4000 feridos.
Diversos países e organizações internacionais estão a enviar apoio financeiro e material, além de comida e medicamentos para as Filipinas.
As Nações Unidas já estimaram em 301 milhões de dólares (223,5 milhões de euros) as necessidades básicas urgentes naquele país.
De Portugal, a ajuda às Filipinas surge na forma de dois voluntários da Assistência Médica Internacional (AMI), que estão no terreno a avaliar a situação, e de um donativo de 25.000 euros da Cáritas Portuguesa "para ajuda imediata e de emergência".
O Governo português anunciou hoje, em comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, que vai apoiar ações de ajuda humanitária nas Filipinas através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, “em parceria com organizações que já se encontram no terreno”.
De acordo com um balanço realizado até às 16:00 GMT de hoje (mesma hora em Lisboa), a ajuda internacional ascende a 229,2 milhões de dólares (cerca de 170 milhões de euros).
As Nações Unidas prometeram enviar 25 milhões de dólares, enquanto a Comissão Europeia ofereceu 13 milhões de euros.
Os Estados Unidos, aliados históricos das Filipinas, atribuíram 20 milhões de dólares àquele país, para onde também enviaram o porta-aviões ‘George Washington’, com uma guarnição de 5.000 elementos e mais de 80 aeronaves, transportando essencialmente material de dessalinização de água do mar. Também a agência humanitária norte-americana USAID desbloqueou 20 milhões de dólares.
O Reino Unido desbloqueou uma verba de 32 milhões de dólares, enviando um porta-helicópteros com capacidade para 22 mil toneladas de material e um avião Antonov, que vai ajudar na limpeza dos detritos.
A China, que mantém disputas territoriais com as Filipinas no mar do sul da China, ofereceu inicialmente cem mil dólares, mas, confrontada com críticas, anunciou depois um apoio adicional de 10 milhões de yuan (1,2 milhões de euros), sob a forma de coberturas, tendas e outros materiais.
Os franceses enviaram um carregamento de uma dezena de toneladas de tendas, lonas, kits de cozinha e enlatados, enquanto Espanha – que colonizou as Filipinas e converteu ao catolicismo os nativos no século XVI -, fretou um avião com 33 técnicos de saúde e material médico.
A Noruega comprometeu-se com 65 milhões de coroas (10,5 milhões de dólares), dos quais 25 milhões retirados de 380 milhões alocados por Oslo no início deste ano para o Fundo Central de Resposta de Emergência (CERF) das Nações Unidas.
A Austrália prometeu 21 milhões de euros, enquanto os Emirados Árabes Unidos e o Kuwait, onde trabalham muitos filipinos, disponibilizaram 10 milhões de dólares cada, tanto como o Japão.
O Canadá anunciou o envio de equipas de resgate, com 35 a 50 militares, e ofereceu cinco milhões de dólares às organizações não-governamentais a prestar socorro aos sobreviventes do tufão.
A Suécia mandou uma equipa de 21 especialistas em catástrofes naturais de seis nacionalidades europeias.
A Alemanha prometeu 23 toneladas de equipamentos, a Indonésia vai doar dois milhões de dólares e o Vietname, igualmente atingido pelo tufão, mas onde apenas se registaram algumas vítimas e danos menores, ofereceu cem mil dólares.
O Programa Alimentar Mundial distribuiu arroz a 50 mil pessoas, enquanto a UNICEF enviou um avião com 60 toneladas de produtos, entre os quais tendas e medicamentos. O fundo da ONU para a infância vai ainda disponibilizar equipamentos de saúde, purificadores de água e kits de emergência, com sabão, cobertores e roupas.
Os Médicos Sem Fronteiras enviaram quase 330 toneladas de medicamentos, tendas e produtos de higiene e a Organização Internacional do Trabalho abriu um programa para apoiar os três milhões de filipinos que perderam os seus empregos ou meios de subsistência.
O tufão Haiyan atingiu na sexta-feira passada as Filipinas com ventos de cerca de 300 quilómetros por hora, causando uma enorme devastação no centro do país, especialmente nas ilhas de Leyte e de Samar.
As autoridades filipinas elevaram hoje para 2.357 o número oficial de mortos provocados pelo tufão, que está a ser considerado como a terceira catástrofe natural mais mortífera da história daquele país. Organizações internacionais estimam que o número de mortos possa superar os 10.000.
O Conselho para a Gestão e Redução de Desastres das Filipinas, órgão que prossegue com o lento processo de contagem das vítimas, informou ainda, no seu mais recente relatório, do registo de um total de 3.853 feridos e de 77 desaparecidos.
* Uma tragédia que não nos pode deixar indiferentes, veja se pode contribuir.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DINHEIRO VIVO "
/DINHEIRO VIVO "
Economia cresce 0,2% e
Portugal sai da recessão
O Produto Interno Bruto aumentou 0,2% em volume no terceiro trimestre do
ano. Já na comparação homóloga, o PIB registou uma diminuição de 1% em
volume no terceiro trimestre de 2013, após uma variação homóloga de
-2,% observada no trimestre anterior, de acordo com a estimativa rápida
das Contas Nacionais Trimestrais.
Segundo os dados divulgados hoje pelo INE, este resultado deve-se à
procura interna, que apresentou um contributo menos negativo para a
variação homóloga do PIB, sobretudo devido à diminuição menos acentuada
das despesas de consumo final das famílias residentes. Em sentido
oposto, o contributo da procura externa líquida diminuiu, refletindo
principalmente a aceleração das Importações de Bens e Serviços.
Já na comparação homóloga, a economia portuguesa continua em
recessão, embora menos acentuada, com o PIB a recuar 1% no terceiro
trimestre, após ter diminuído 2% no trimestre anterior, de acordo com a
estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais.
A FÓRMULA ELOQUENTE DO PIB |
Também o
saldo anual da economia portuguesa deverá ser negativo, com a Comissão
Europeia a prever que Portugal feche o ano com uma recessão na ordem dos
1,8% do PIB. Este será o terceiro ano consecutivo de contração.
Segundo
os dados do INE, o PIB recuou 1,3% em 2011 e 3,2% em 2012. A Comissão
Europeia espera, por outro lado, que Portugal regresse ao crescimento já
no próximo ano, com um aumento de 0,8% do PIB, seguido de novo
crescimento em 2015, na ordem dos 1,5% do PIB.
Em agosto, o INE
divulgava que a economia nacional cresceu 1,1% no segundo trimestre,
superando todas as expectativas, que apontavam para uma subida máxima de
0,6%.
O crescimento da economia portuguesa vai ao encontro das
expectativas, que apontavam para um crescimento entre os 0,2% e os 0,5%.
Também
na zona euro a economia avançou 0,1%, enquanto no conjunto da União
Europeia aumentou 0,2%, com as duas maiores economias, Alemanha e
França, a desacelerarem.
O PIB alemão aumentou 0,3% no terceiro
trimestre, depois de ter aumentado 0,7% no trimestre anterior. Já a
economia francesa contrariou as expectativas, contraindo 0,1% no mesmo
período.
* Um título tão positivo para uma notícia da treta, confira os destaques e os valores ridículos.
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