Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
03/11/2013
.
O QUE NÓS
A INDUSTRIA DOS INCÊNDIOS
Por José Gomes Ferreira
"A evidência salta aos olhos: o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda. Há uma verdadeira indústria dos incêndios em Portugal. Há muita gente a beneficiar, directa ou indirectamente, da terra queimada.
Oficialmente, continua a correr a versão de que não há motivações económicas para a maioria dos incêndios. Oficialmente continua a ser dito que as ocorrências se devem a negligência ou ao simples prazer de ver o fogo. A maioria dos incendiários seriam pessoas mentalmente diminuídas.
Mas a tragédia não acontece por acaso. Vejamos:
1 – Assumir directamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar.
2 – Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas).
3 – Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores
4 – Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei.
5 – Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível.
6 – E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios.
Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo."
.
O QUE NÓS
APRENDEMOS!
A INDUSTRIA DOS INCÊNDIOS
Por José Gomes Ferreira
"A evidência salta aos olhos: o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda. Há uma verdadeira indústria dos incêndios em Portugal. Há muita gente a beneficiar, directa ou indirectamente, da terra queimada.
Oficialmente, continua a correr a versão de que não há motivações económicas para a maioria dos incêndios. Oficialmente continua a ser dito que as ocorrências se devem a negligência ou ao simples prazer de ver o fogo. A maioria dos incendiários seriam pessoas mentalmente diminuídas.
Mas a tragédia não acontece por acaso. Vejamos:
1 – Porque é que o combate aéreo aos incêndios em Portugal é TOTALMENTE
concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros
países europeus da orla mediterrânica?
Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências?
Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair?
Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis?
Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?
2 – A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios…
3 – Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei.
4 – À redacção da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: “enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder”. Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre.
5 – Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atractivos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade.
Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime…
Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta – e até as habitações – e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspecto perfeitamente marginal?
Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país.
Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objectivo – destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime.
Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer:
Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências?
Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair?
Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis?
Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?
2 – A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios…
3 – Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei.
4 – À redacção da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: “enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder”. Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre.
5 – Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atractivos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade.
Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime…
Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta – e até as habitações – e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspecto perfeitamente marginal?
Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país.
Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objectivo – destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime.
Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer:
1 – Assumir directamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar.
2 – Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas).
3 – Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores
4 – Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei.
5 – Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível.
6 – E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios.
Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo."
NR: O seu livro "O meu programa de governo" já o destacava como homem corajoso, no seu programa " Negócios da Semana" SIC/Notícias demonstra conhecimento e argúcia, em qualquer texto seu o medo não existe.
.
ANA SÁ LOPES
.
IN "i"
30/11/13
.
O asco
A prova da existência de uma doença mental grave pode ser atenuante de Carrilho
Não
foram precisos os últimos acontecimentos para que muitos já tivessem
concluído que Manuel Maria Carrilho é uma personagem asquerosa. A
miséria de Carrilho está profundamente documentada na pequena história
lisboeta – e se boa parte dela não vem a público é pela necessidade de
ser protegida a dignidade de terceiras pessoas.
O que os últimos
acontecimentos e as sucessivas entrevistas de Carrilho sobre a ex-mulher
e respectiva família revelam é que é sempre possível descer às
profundezas da miséria e do ultraje. Talvez Ferreira Fernandes já tenha
escrito tudo o que havia a escrever na sua crónica no DN: falta
perguntar a Carrilho como é possível que um ser humano que não sofra de
uma doença mental grave (é evidente que, a confirmar-se, isto será uma
atenuante em sede judicial) pode dar, compulsivamente, todas aquelas
entrevistas destilando tudo o que existe de mais sórdido contra a mãe
dos seus filhos e o resto da família.
A falta de carácter não é uma
doença mental, mas uma doença mental grave pode conduzir à falta de
carácter. Ao longo destes anos todos, a interrogação sobre se Carrilho
sofreria de uma doença mental grave que o conduziria a variadas faltas
de carácter subsistiu. Neste momento, só a explicação clínica pode
justificar a baixeza das declarações sobre a ex-mulher, enquanto pelos
vistos se reunia com personagens do PS (incluindo o líder, António José
Seguro) para os pôr a par do processo de divórcio. Imagino o pânico
desses dirigentes do PS à medida que as declarações de Carrilho iam
aumentando de tom.
As estatísticas provam que a violência
doméstica é um crime que não se restringe às barracas. A difamação torpe
também não. A falta de escrúpulos muito menos. O total desrespeito pela
protecção dos filhos menores idem. Carrilho conseguiu nestes últimos
dias mostrar-nos como é possível que um exemplar que sonhou um dia ser
primeiro-ministro de Portugal – no mínimo, candidatou-se a presidente da
Câmara de Lisboa, em que nos presenteou com uma campanha patética com
uma ampla utilização da mulher e da criança – pode estar ao nível de um
criminoso alcoólico desempregado e analfabeto a viver numa barraca de
zinco. Os tribunais estão cheios de processos de divórcio asquerosos, de
lutas por tutelas de crianças em que o superior interesse delas é posto
de lado em nome do controlo dos bens. Inusitado, para alguns, é o
protagonista ser o outrora glamoroso ministro da Cultura com aspirações a
uma carreira política.
IN "i"
30/11/13
.