24/07/2013



A recepcionista 

Algumas  secretárias de consultórios  médicos assumem por vezes uma importância que não têm.
Algumas perguntam, quando chegamos à uma consulta, a razão da sua visita e lá temos de  responder diante de todos às perguntas,  o que às vezes é muito desagradável. 

Não há nada pior que uma recepcionista que nos pede para dizer a razão da consulta  numa sala de espera cheia de pacientes. 

Um amigo meu brasileiro entrou  para uma consulta e  reproduzimos o diálogo:
- Bom dia, senhorita! 
A recepcionista disse:
- Bom dia, senhor, o que o senhor está sentindo? Por que quer ver o Doutor? 
- Tenho um problema com meu pinto, respondi. 
Como alguns dos presentes riram, a recepcionista se irritou e me disse:
- Você não deveria dizer coisas como estas diante das pessoas. 
- Porque não? ... você me perguntou o que eu estava sentindo e eu respondi. 
A recepcionista sem jeito me disse:
- Poderia ter sido mais dissimulado e dizer, por exemplo, que teria uma irritação no ouvido e discutir o real problema com o Doutor, mais tarde e em particular. Ao que eu respondi:
- E você não deveria fazer perguntas diante de estranhos, se a resposta pode incomodar. Então sorri, saí e voltei a entrar:
- Bom dia Senhorita! A recepcionista sorriu meio sem jeito e perguntou:
- Sim??? "
-Tenho problemas com meu ouvido" 
A recepcionista assentiu e sorriu, vendo que havia seguido seu conselho e voltou a me perguntar:
- E... o que acontece com o seu ouvido, senhor? 
 - "Arde quando mijo".

 Enviado por J. COUTO
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O  NOSSO
IMBRÓGLIO

FINANCEIRO



CLIQUE EM "Programa OLHOS NOS OLHOS"


Se no dia indicado acima não teve oportunidade de ficar mais esclarecido sobre "O IMBRÓGLIO FINANCEIRO", dispense-se tempo para se esclarecer agora, este fabuloso programa é extenso mas terrivelmente claro.
Fique atento às declarações do Professor Filipe de Jesus.


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HOJE NO
"RECORD"

 Tour: Orlando Rodrigues
 fora da lista negra de 1998

O ciclista alemão Erik Zabel e o italiano Mario Cipollini fazem parte da lista dos corredores que acusaram positivo a EPO durante a Volta a França de 1998, de acordo com um relatório do senado francês divulgado esta quarta-feira.

O nome do português Orlando Rodrigues, o único ciclista luso no Tour de 1998, não se encontra na lista dos corredores controlados positivamente, nem na lista dos resultados suspeitos.

Os documentos apresentados pela comissão de inquérito do senado francês identificam igualmente os italianos Andrea Tafi, Nicola Minali, Fabio Sacchi, o duas vezes campeão mundial Abraham Olano e os seus compatriotas Marcos Serrano e Manuel Beltran, o alemão Jens Heppner e o holandês Jeroen Blijlevens.

O dinamarquês Bo Hamburger e o norte-americano Kevin Livingstone fazem parte dos corredores controlados positivamente à EPO, registados em 1998 e 1999.

O italiano Marco Pantani e o alemão Jan Ullrich, respetivamente primeiro e segundo na prova, e ainda os franceses Laurent Desbiens, Jacky Durand e Laurent Jalabert figuram igualmente na lista

* Felizmente, Orlando Rodrigues era um excelente ciclista

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YANA 


GATAULLINA

PRIMAVERA VERÃO
MERCEDES BENZ
RUSSIA
2013



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HOJE NO
" JORNAL DE NOTÍCIAS"

Estado devolveu menos 187 milhões 
em reembolsos de IRS

O Estado pagou menos 187,1 milhões de euros em reembolsos com IRS nos primeiros seis meses deste ano, em comparação com igual período de 2012, uma diminuição de 14,2%.

De acordo com a Direção-Geral do Orçamento na síntese de execução orçamental de junho, publicada esta quarta-feira, os reembolsos de IRS eram de 1.133,7 milhões de euros no final de junho.
Nos primeiros seis meses de 2012 os reembolsos atingiam mesmo os 1.320,8 milhões de euros.
Em geral, na totalidade dos impostos os reembolsos que o Estado teve de fazer aos contribuintes caíram 3,1%, o equivalente a menos 121,8 milhões de euros. 

* Pentelhices diria Catroga.

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5-VAREKAI

 CIRQUE DU SOLEIL



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HOJE NO
 " JORNAL DE NEGÓCIOS"

 Estado pode ter de assumir créditos do BPN superiores a 100 milhões de euros

A ministra das Finanças afirmou hoje que o Estado poderá ainda assumir duas linhas de crédito com um valor superior a 100 milhões de euros que o BIC recusou aceitar quando comprou o BPN. 
 
Maria Luís Albuquerque falava na comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, em resposta a um agendamento potestativo do Bloco de Esquerda, depois de a 15 de Julho, o jornal Público ter noticiado que o BIC, que pagou 40 milhões de euros pelo Banco Português de Negócios (BPN), já enviou para as finanças facturas de cerca de 100 milhões de euros ao abrigo do contrato de execução assinado com a actual ministra das Finanças.

No entanto, a ministra das Finanças disse não ter conhecimento deste valor, nem que tal tivesse acontecido, mas explicou, entretanto, que existe "um outro montante que é superior" relativamente a outro caso.

Maria Luís Albuquerque explicou então que existem duas linhas de crédito do BPN ao BPN Crédito e ao banco Efisa, que o BIC rejeitou quando comprou o banco, algo que o contrato de compra e venda do banco BPN lhe permite fazer.

A governante afirmou que estes dois bancos - Efisa e BPN Crédito - estão em processo de alienação, estando o Governo já em contacto com a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia para "perceber as restrições que existem".

Neste processo, o Governo tentará, segundo a ministra, negociar uma solução que envolva a assunção destes créditos por quem comprar o Efisa ou o BPN Crédito, ou que cheguem a acordo com o BIC para assumir estes créditos.

Os créditos continuam no entanto na posse do BIC, que os terá rejeitado desde o início.

* O belo presente que Socrates e Teixeira dos Santos nos deram.
Quando da compra do BPN o BIC ficou com o bife de lombo e agora os portugueses que rilhem os ossos, há bons negócios.

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LEONOR ARROIO MALIK

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 Exames do 4.º ano:
 educar para a perversão

Quando uma criança nasce, os pais concentram a sua capacidade de amar na preservação do bem-estar físico e emocional dessa criança ao longo dos primeiros anos de vida.
Tradicionalmente contava-se com a ajuda dos mais velhos, no geral os avós, para melhor cuidar desse bem-estar. Com o andar dos tempos o médico, na figura do pediatra, passou também a desempenhar um papel fundamental nessa tarefa.

Hoje, na ausência dos avós e principalmente, na dos próprios pais ao longo de muitas horas do dia, os berçários e as creches, através das suas educadoras, passaram também elas a estar diretamente envolvidas na preservação do bem-estar físico e emocional das crianças que lhe são confiadas.

Assim, cada vez mais prematuramente, os pais confrontam-se com um maior número de pessoas na “criação” dos seus filhos. Pessoas que, não fazendo parte da família, isto é, não partilhando da natural capacidade de amar aquela criança em particular, que antes unificava o cuidar de pais e avós, abrem caminho para a nova preocupação que se instalará pouco a pouco no coração dos pais: educar, preservando ao mesmo tempo o bem-estar físico e emocional da criança.

Se essa preocupação se concentrar essencialmente em formas de estar e fazer que se adeqúem ao espaço físico e humano que rodeia a criança, rapidamente se confronta com exigências de adequação que não só tendem a ser diferentes como antagónicas. O espaço familiar por um lado, o espaço institucional por outro, apresentam à criança um horizonte complexo de estares e fazeres que se lhe impõe em diferentes momentos da sua vida diária, e quase nunca como a melhor forma de preservar o seu bem estar físico e emocional. Imperceptivelmente este vai reduzindo-se face a necessidades adaptativas sucessivas, as quais acabam por se tornar na preocupação dominante do ato de educar.

Daí a pergunta, incómoda para os adultos e assustadora para as crianças, que geralmente culmina ao fim do dia a separação de pais e filhos: "Hoje portaste-te bem?"

Sejamos verdadeiros, quantas vezes essa questão é substituída por qualquer coisa como: "Hoje, sentiste-te bem, tiveste um dia feliz?..."

A educação, enquanto preocupação de ajudar a estar e a fazer adequadamente, mas com base no respeito pelo Ser, preservando-o na sua integridade, torna-se cada vez mais inacessível à natural capacidade de amar dos pais. Não por falta de capacidade de amar, entenda-se, mas pela brutal pressão a que está sujeita por parte de quem “conduz” os caminhos educativos da sociedade atual: a Escola.

A Escola, enquanto instituição, não ama cada criança em particular, não mostra conhecer as necessidades que o crescimento das crianças comporta, não sabe como adequar formas de estar e fazer a essas necessidades. Não sabe nem poderia sabê-lo, a menos que, reconhecendo em boa verdade essa incapacidade, aceitasse com humildade e como meta do seu trabalho aprender a servir o crescer da criança, adequando procedimentos à preservação do seu bem-estar, no lugar de adotar sucessivas políticas “educativas” cada vez mais estranhas e adversas à infância.

Se se compenetrasse em se reconhecer, a Escola adquiriria a consciência de que, com o andar do tempo, indo o bem-estar abrangendo âmbitos cada vez menos visíveis e mais complexos – já não é só físico e emocional, mas também afetivo, ético-moral, espiritual – o resultado do seu trabalho vai deixando marcas profundas nessa progressiva abrangência: mesmo que a Escola o ignore, o bem-estar da criança até à idade adulta vai fertilizando o terreno onde ela vai semear ao longo da sua vida o sentido da existência.

É exatamente por volta dos nove anos que essa complexidade desponta: a criança começa a apreender a qualidade do mundo que a rodeia, vislumbrando a sua verdade. Pela primeira vez vê o que é, despido do véu de encantamento que a infância coloca sobre tudo o que toca. Essa proteção diáfana mas efetiva vai desaparecendo com a proximidade dos nove anos, para dar lugar pouco a pouco a um olhar consciente, obrigando a criança a mergulhar na imperfeição, nos limites e na efemeridade da vida dos homens. O seu mundo de luz dá lugar ao mundo onde a luz e a sombra se confrontam, dando contornos a tudo o que existe. A nitidez desses contornos, adquirindo qualidades morais no crescimento do Ser da criança, é a matéria prima com que ela irá modelar a complexidade do seu bem-estar. No futuro, a sua forma de atuar no mundo emergirá de forma inexorável da qualidade dessa complexidade.

Como se responde a tais necessidades do crescimento nesta idade, para que nela se semeie o garante de um futuro benéfico para a vida?

Ajudando essa nova capacidade de olhar, a ver o que, apesar de tudo, dignifica e engrandece o homem, na sua luta face à imperfeição, aos limites, à efemeridade; a ver a força curativa que, apesar de tudo, emana das coisas belas; a ver a bondade dos homens quando cuidam daquilo que amam; a alimentar enfim uma confiança ilimitada na vida e na humanidade como impulso futuro na defesa da verdade, da bondade e da beleza da Vida que determinará um agir reto no seio social.

Durante o 1.º ciclo (idealmente no sistema do nosso ensino, durante quatro anos) a criança é acompanhada por um adulto que lhe foi abrindo as portas do mundo através de múltiplas experiências e aprendizagens, cujo contributo para o seu crescimento global está grandemente condicionado pela confiança e estima que a criança vai criando dentro de si pelo/a professor/a. Para a criança esse adulto entra na sua ainda curta vida como uma âncora para o resto da sua vida. Porquê? Porque através dela bebe uma visão sobre o mundo, um sentir sobre a vida que, quer se queira quer não, constituem, para além da família, o suporte da edificação moral da criança.

A frase, tantas vezes ouvida da boca das crianças ao longo do 1.º ciclo: “a minha professora é que sabe…”, evidencia a confiança imensa que se espelhará na capacidade de confiança em si própria, para fazer a caminhada da vida que o seu coração acolhe na antevisão do que virá… O adulto que se torna digno da confiança que a criança nele deposita alimenta a sua autoconfiança face à vida.

De uma forma saudável ela aceita tanto os seus elogios como as suas exigências, porque imbuídas de amor e respeito pelo seu Ser. Esse é o cerne da verdadeira autoridade. Quando assim é, a criança aceita-a de uma forma natural, realizando com coragem todas as provas que lhe são pedidas, pois realizá-las por amor transmite-lhe a segurança que necessita para caminhar na vida.

Assim as aprendizagens escolares mergulham no oceano mais vasto e fundo das aprendizagens da vida. Dito por outras palavras, a instrução adquire significado porque serve os desígnios da educação.

Por todas estas razões e outras que não cabe aqui mencionar, se adivinha o drama da insegurança no crescimento da criança, quando ao longo dos quatro anos de escolaridade, a âncora desse amor e respeito anda à deriva nas águas da constante mudança de professora.

Contextualizemos no âmbito deste complexo processo a existência de exames no 4.º ano, ou, se preferirmos, a forma como contribuem para edificar a complexidade do bem-estar da criança, nos moldes em que foram lançados neste ano de 2013.

Num ambiente educativo imbuído de confiança, as crianças são informadas pelo seu professor sobre o desenrolar do processo e o diálogo acontece. Relatemos excertos a partir do exemplo vivido numa escola do 1.º ciclo:

“– Terão de fazer um exame a Matemática e outro a Língua Portuguesa …

– Assim como as provas que fazemos com a professora?

– Mais ou menos, é que não sou eu que vos faço a prova…

– Mas a professora é que sabe fazer as nossas provas! Foi a professora que nos ensinou… Não sabe fazer esta?

– Desta vez não posso ser eu, na verdade não sabemos quem a faz.

– Mas nós não conhecemos essa professora e ela também não nos conhece…

– Pois é, mas vocês vão imaginar que ela vos conhece e assim é mais fácil. Lembrem-se que eu sei que vocês aprenderam e que são capazes.

– É a professora que depois vai ver se fizemos bem, não é?

– Também não sabemos quem vai ver o que fizeram.

– Ah, assim fico com medo! A minha letra não é muito bonita… só a professora sabe lê-la bem…

– Não vale a pena terem medo, eu estarei a pensar em vocês para vos dar força! Ainda há mais um pormenor: teremos que ir a outra escola fazer a prova e…

– Porquê? A nossa sala é esta, temos mesas e cadeiras… Nós sentimo-nos bem é na nossa escola.

– Eu sei, mas são ordens do ministério.

– Ah! E como é que vamos? É muito longe? A professora vai connosco? Eu sozinho não sei ir…

– Claro que vou com vocês. Só não posso estar na sala quando estiverem a fazer a prova… mas fico à vossa espera lá fora.

– Ficamos sozinhos numa sala qualquer? Sem a professora? Eu não vou!

– Claro que vais, vão todos. Haverá outras professoras que ficam com vocês…

– Boazinhas como a professora? E se são más ou não gostam de nós?

– Não se preocupem, não podem é perguntar nada, entram e sentam-se direitinhos até ao fim da prova…

– E se tivermos vontade de fazer xixi, não podemos?

– Não, não podem sair nem para ir à casa de banho, nem para beber água. Só podem levar as vossas coisas num saquinho de plástico transparente, caneta, lápis…

– Num saco transparente. Porquê?

– Para que se veja bem que só levam o que devem levar.

– Ah, eles desconfiam de nós…

– São regras… e mais uma coisa antes de entrarem têm que pôr o vosso nome num papel…

– No papel da prova?

– Não, isso é lá dentro. Cá fora é um papel onde diz que não levam um telemóvel no bolso. Chama-se assinar um termo de responsabilidade.

– Um termo de… responsabilidade?! O que é isso?

– É para as professoras que vos recebem terem a certeza que não levam telemóvel.

– Mas nós não íamos levar telemóvel se a professora nos disser… Porque não nos perguntam?

– Pois, mas não chega. Têm que assinar o tal papel, para que seja mesmo verdade. Quando se assina um termo de responsabilidade e depois se mente as pessoas sofrem uma espécie de castigo. Neste caso a prova seria anulada.

– É como uma promessa a que se não deve faltar, não é? Mas quando prometemos está prometido, não é preciso assinar nada! As pessoas não mentem quando assinam um… papel?

– Quem me dera que não fosse nada assim… para que servirá fazermos este exame?”

No preciso momento em que a criança está a viver a crise de crescimento dos seus nove anos, que sentido adquire toda esta panóplia de procedimentos no seu sentir, no seu pensar, no seu bem-estar, independentemente de servir supostos conceitos de rigor ditados por um qualquer ministério?

Transmite-lhe, sem sombra de dúvida, que a pessoa de referência com quem construíram a confiança em si próprios e nos outros não é totalmente confiável na capacidade de se responsabilizar por tudo o que fizeram juntos.

Transmite-lhe, sem sombra de dúvida, que quem não a conhece e portanto não a estima é que tem poder para decidir sobre ela.

Transmite-lhe, sem sombra de dúvida, que não basta agir respeitando o que nos pedem, é preciso apresentar provas em invólucros transparentes para que os olhos, mais do que o coração possam julgá-la.

Transmite-lhe, sem sombra de dúvida, que existem procedimentos estranhos e ainda incompreensíveis à sua vida que substituem a pergunta que se lhe faz, olhos nos olhos, na resposta à qual está contida a coragem de dizer a verdade.

Transmite-lhe enfim e sem sombra de dúvida que, como nada disto tem sentido no contexto do caminho que cada criança conseguiu fazer, deve ter outra finalidade alheia ao bem-estar do seu crescer. Mas isto ela só compreenderá mais tarde: usa-se a criança para servir metas que controlem os professores e construam uma exterioridade fictícia de rigores absurdos e balofos para serem aplicados a crianças que apenas despertaram para a vidinha dos homens.

Por tudo isto e muito mais que não cabe aqui mencionar, falar de procedimentos de exames não é um assunto político, é um assunto ético e moral no seio de uma cultura cujos procedimentos prognosticam com evidência a doença e a decadência que a corrói.

A escolha é simples e faz-se na consciência de cada um: ou se permite que a doença alastre na direção do futuro através de cada criança e se promove definitivamente a decadência da própria Infância, ou se olha de novo com amor e respeito aquilo que o crescimento do ser humano nos exige através de cada criança.

“A criança é o pai da humanidade”, disse-nos Wordsworth, na esperança de que soubéssemos salvaguardar a grandiosidade humana que na criança brilha ainda quase incólume. Cabe-nos a todos nós – pais, educadores, professores, pediatras… – fazê-lo, em vez de o delegar num qualquer Ministério da Educação que, de educação, pouco sabe.

A autora é pedagoga, doutorada em Ciências da Educação

IN "PÚBLICO"
19/07/13

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HOJE NO
 " DESTAK"

 Cinco mil idosos de Penafiel vão assinalar dia dos avós com bolo de 104 metros 

Cinco mil idosos de Penafiel vão assinalar, na sexta-feira, o Dia Nacional dos Avós, num convívio oferecido pela autarquia em que poderão provar um bolo com 104 metros e meia tonelada. 

Segundo fonte do município, o comprimento do bolo é para homenagear a avó mais idosa do concelho, que já comemorou o 104.º aniversário e que se espera possa estar presente no evento. 


 O bolo será também uma homenagem a Ana Eliseu Couto, a idosa de Penafiel, que morreu em 2007 e que durante vários anos intercedeu, junto de governantes, entre os quais primeiros-ministros e presidentes da República, para que o dia dos avós fosse reconhecido oficialmente.

* Quem tem avós tem tudo.

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MISTÉRIOS FANTÁSTICOS

  4.MACHU PICCHU




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HOJE NO
 "i"

77% dos políticos mundiais já twittam

O relatório “Twiplomacy”, elaborado pela  Burson Marsteller, revelou que 77% dos líderes mundiais usam a rede social Twitter.


O mesmo relatório avança que os presidentes e ministros usam a rede para comunicarem com titulares de outras pastas do governo a que pertencem ou até com membros dos executivos de outros países.
Entre os principais utilizadores encontram-se políticos como Barack Obama, Dimitri Medvedev e Tayyip Erdogan.

* Eles twittam tudo, eles twittam tudo, eles twittam tudo e não deixam nada.

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HOJE NO
"A BOLA"

Ronaldo solidário com vítimas 
de acidente ferroviário
 

O internacional português fez questão de deixar mensagem de solidariedade para com as vítimas do acidente de comboio, ocorrido esta quarta-feira, na ligação entre Madrid e Ferrol, numa estação perto de Santiago de Compostela.

«É com grande tristeza que sei da notícia sobre o acidente de comboio em Espanha. Solidarizo-me com as vítimas e peço às entidades locais que possam ajudar os feridos», escreveu Ronaldo na rede social Facebook.

Segundo os primeiros balanços morreram 45 pessoas e 100 ficaram feridas no acidente. 

* Sempre demonstrou que não tem só pés.

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TERRORISTA




 Não há legendagem em português

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HOJE NO
 " PÚBLICO"

E se um biossensor portátil detectar certos cancros? É o que quer fazer cientista portuguesa

Projecto possível graças a um milhão de euros do Conselho Europeu de Investigação, atribuídos em 2012.

Uma investigadora portuguesa, Goreti Sales, apresentou esta terça-feira o laboratório científico e a equipa que vai tornar real um biossensor portátil para detectar certos tipos de cancro de forma “barata, indolor e rápida”.

O biossensor 3P’s – de Plastic-Antibodies, Plasmonics and Photovoltaic-Cells – usará anticorpos artificiais feitos de plástico como material sensor e terá a autonomia de operação de uma célula fotovoltaica, equipada com membranas plásmicas (ou celulares). A ideia é desenvolver novos materiais sensores para um reconhecimento selectivo de biomoléculas que actuam como biomarcadores, neste caso na área da saúde.

E que forma terá o aparelho? “Será uma espécie de caixinha em plástico ou vidro, relativamente pequena, e custará entre 6 e 10 euros”, adiantou Goreti Sales à agência Lusa. “Tem de ser um dispositivo barato para poder ser utilizado em grande escala e não apenas em hospitais ou laboratórios de análises específicos. Esperamos que alguém venha a interessar-se pela produção do 3P mas com esse objectivo.”

O aparelho representará um “novo conceito de diagnóstico” que permitirá a detecção “bastante precoce” do cancro do útero, cólon e rectal, explicou Goreti Sales, coordenadora da BioMark – Sensor Research, uma unidade de investigação do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). Em 2012, o projecto recebeu um milhão de euros do Conselho Europeu de Investigação (ERC), o que permitiu montar uma estrutura física e captar os recursos humanos necessários para desenvolver o biossensor.

“O 3P’s representa um novo conceito de diagnóstico que vai permitir a um médico, em qualquer consultório, fazer uma análise rápida, indolor e baratinha, de forma a detectar os marcadores de certos tipos de cancros.”
A equipa que vai trabalhar com Goreti Sales consiste em duas alunas de pós-doutoramento vindas da Índia. “Não foi um caminho fácil. Em Portugal estamos condicionados a muita burocracia. Mas agora estamos no caminho certo e estou convencida de que, daqui a quatro anos e meio, vamos ter o 3P’s pronto a funcionar.”

 * Mais um exemplo de  Inteligência portuguesa a evidenciar-se em investigações de excepção. 
No entanto, o professor francês Jean Pierre Barral investigou, teorizou e pratica a avaliação térmica  para  detecção de lesões entre as quais cancros e conexão à componente emocional. Entre muitos, escreveu um livro "Manual de Avaliação Térmica" destinado a profissionais de saúde.

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A ÁRVORE DO PRESIDENTE
 E O DECRÉPITO 
JARDIM BOTÂNICO TROPICAL


 01 - Entrada do Jardim Botânico Tropical - 21.06.13

No passado dia 19/06/13 a comunicação social deu grande destaque à cerimónia de plantação de três árvores exóticas no Jardim Botânico Tropical, em Belém.

 02 - Coralinas (Erythrina coralloides) originárias do México e do Arizona - 21.06.13

Os notáveis plantadores foram o Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, décimo oitavo Presidente da República, que se esmerou em colocar no solo um Sapindus mukorossi, indígena da Ásia Tropical e Subtropical, exatamente um século após Manuel de Arriaga, ter plantado uma árvore neste jardim que já fez parte da ?Cerca do Palácio de Belém?, a Dra. Maria Cavaco Silva encarregou-se duma Ceiba insignis, da América do Sul, e o Prof. Doutor Jorge Braga de Macedo, presidente do Instituto de Investigação Científica e Tropical, também plantou uma árvore da América do Sul, de nome Chrysophyllum imperiale.

 03 - A árvore (Sapindus mukorossi) plantada pelo 
Presidente da Repúblicano dia 19 de Junho - 21.06.13


Sua Excelência, que quando primeiro ministro liderou uma política de desmantelamento da agricultura, aproveitou a aula de jardinagem para, mais uma vez, incentivar os portugueses a retornarem às lides da terra. Os órgãos de comunicação limitaram-se a passar a mensagem política e não perderam um bocadinho de tempo ou de espaço para mostrar o estado de conservação do jardim, que o Guia dos Parques, Jardins e Geomonumentos de Lisboa, classifica de ?pérola tropical?.


04 - Dois dias depois da cerimónia, mantinha-se a placa com a informação de que o Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silvaé o décimo nono  Presidente da República, quando ele próprio referiu que é o décimo oitavo - 21.06.13
 
 05 -  Área designada de Campo de Culturas junto
 ao Palácio de Belém - 21.06.13

De facto, este ?é um dos jardins mais belos da capital?, que neste mês de junho recebe os visitantes com as lindíssimas flores vermelhas das coralinas (Erythrina coralloides). Quem se limitar a fazer o Percurso do Diretor?, sugerido no folheto entregue conjuntamente com o bilhete, fica com a ilusão de que o centenário jardim está bem conservado. Mas quem ali vai com o objetivo de observar e estudar as cerca de ?500 espécies de plantas reunidas no jardim e nas suas estufas, a maioria das quais de origem tropical e subtropical?, sai com um aperto no coração.

 06 - Nesta área já funcionou um viveiro - 21.06.13

O ?Campo de Culturas?, que confronta com o Palácio de Belém, está  completamente abandonado e nas estufas não há sinais de investigadores.
O antigo viveiro deixou de ser um campo experimental e agora é um matagal.

 07 - Área das plantas suculentas - 21.06.13

É deprimente a imagem da área dedicada às suculentas.


 08 - Estufa principal - 21.06.13

A bela estufa principal caminha rapidamente para a ruína.
O muro de suporte do jardim de buxo? ostenta uma perigosa fissura.

 09 - Estufa principal - 21.06.13
 
Na última sexta-feira 21/06, dia do solstício de verão, percorri demoradamente todos os recantos do Jardim Botânico Tropical. Visitei as plantas, minhas velhas amigas, e vi pela primeira vez a árvore do presidente.


10 - Muro fissurado - 21.06.13

Já com os portões a fechar saí para o Largo os Jerónimos com a certeza de que há um enorme fosso entre a propaganda política e a sensibilidade conservacionista. O Jardim Botânico Tropical está decrépito.
Aqui ficam as fotografias e o meu grito de protesto.
 
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal

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